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A liberdade existe?

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Autor Tópico: A liberdade existe?  (Lida 40527 vezes)

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Offline AleYsatis

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #425 Online: 11 de Janeiro de 2013, 22:54:17 »
Sinto informar para o Barata, mas ele está discutindo Filosfia, ainda que não saiba...  :P
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Offline AlienígenA

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #426 Online: 12 de Janeiro de 2013, 11:37:08 »
Quanto à minha definição de livre-arbítrio = ilusão. Ainda não encontrei para o termo uma representação na realidade, exceto, claro, na minha própria, subjetiva.

Isso não é sua definição, mas mais o "veredito" sobre uma dada definição.

Ah, tá.  Bom, não tenho uma pronta, mas para o momento "uma ação que escape à causalidade" acho que serve.  :hein:

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #427 Online: 12 de Janeiro de 2013, 21:45:17 »
É isso que vocês não percebem. Quando um determinista diz:
A: Todas as partículas do universo são determinadas (Isso é ciência porque pode ser provado)
B: Nós somos somente matéria (Isso é metafísica, é generalização é mero conceito mental não provado, aqui estão conceitos como o de causalidade, a causalidade para quem não sabe é uma questão metafísica)
C: Logo, nossas vontades são determinadas (Crença baseada numa generalização criada pela mente, não há física aqui, isso é uma consequência metafísica.)

Fato é, para afirmar algo nestas questões temos que conseguir provar aquilo que somos. Temos que provar que a consciência é epifenômeno cerebral. Querer discutir liberdade sem entrar em méritos metafisico e filosóficos, querendo se abster de pensar a consciência me parece algo sem o minimo sentido... Agora, quem consegue provar isso? Podemos apenas cogitar.

Seja lá como for que se classifique, metafísico ou científico, a noção de que só existe matéria com comportamentos regulares, e não cogitar a existência de uma "vontade pura" controlando certas organizações de matéria (ou que matéria não existe, e é tudo mental), é mais parcimoniosa. Assim como é dizer que as partículas e outras coisas não-pessoas também têm o comportamento regular que apresentam de forma "fundamental" (ou interação de propriedades fundamentais), sem supor que isso seja resultado de uma "vontade" delas.

Estamos tão longe de provar que a consciência não é só material como estamos de provar que não há "vontade" nas partículas e "objetos inanimados" de agirem sempre como agem (ou deixam de agir). Ou que Jeová não existe. O ônus da prova é geralmente de quem inventa mais.

Offline Cientista

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #428 Online: 13 de Janeiro de 2013, 01:09:21 »
Lendo esse post (e devo estar mesmo perdendo a sanidade...), lembrei disso no link aqui embaixo que você não deu resposta.

../forum/topic=27255.25.html#msg726136

Então mudei meu voto aqui de "não sei" para "depende",
"Não sabe", entre aspas? É porque, de fato, sabe (sabia antes)? Mudou para "depende"? Seria o, finalmente, entendimento de que depende da realidade física que se mostra inflexível? Realmente, depende mesmo. Por isso, não existe.

Agora, o mais importante..., então é voto? Não é aposta, ao menos? No caso, liberdade seria decidida no voto? Ato falho?



porque para ele a liberdade existe sim, mas é um fato muito raro de acontecer.
Raro, quanto? Tem alguma 'escala probabilística'? Algumas dezenas de bilhões de "máquinas livres" continuamente durante décadas, transgredindo ininterruptamente os processos naturais seria considerado raro por essa estimativa?

Seria raro porque existe só para ele?

...



Porém, segundo Bergson, ambos estão em parte errados, porque partem de uma ideia a priori para a construção de suas ideias de mundo.
Essa tática é boa para funcionar com tolos. "Nenhum dos dois está errado nem certo, mas eu estou (certo) e vou mostrar qual dos dois lados é o que está certo porque é o lado que abraço..." Muito boa!

Mas... não! Não, um parte da ideia a priori, sim; permanece nela arraigadamente diante de todas as evidências contrariantes. Porém, o outro lado parte da verificação a posteriori. Para todos a ilusão é a mesma mas a verificação de que ela é ilusão só pode ser alcançada após necessárias verificações empíricas posteriores ao contexto arbitrariamente inicial. Não tem equiparabilidade nenhuma entre os tais dois lados. Isso aí é concentrado puro de falácia.



Para ele, o problema da liberdade e essa discussão toda que se este levanta, é um falso problema.
E é mesmo! Não existe "problema da liberdade" porque não existe liberdade.



É um problema criado por nossa ilusão e nosso costume em transformar dados da consciência em coisas
Exatamente! Nossa ilusão, principalmente, de que somos livres. E essa deturpação de projetar-se na realidade.

Ótimo!



em objetos que se dariam no espaço, quando em verdade, segundo ele, que é um dualista, a mente pura não se dá no espaço, é separada dele e se dá só no tempo; o espaço por sua vez é só extensão, não tem temporalidade.
Essa besteira entra em conflito frontal com uma famosa teoria física solidamente verificada.



Mas o determinista aceita bem a ideia de que a consciência vem do nada, de que ela pode nascer como resultado de agrupamentos de moléculas e de causas que não a contêm.
Não não não não não! Peraêêêêêêê!!!! Que conversinha é essa?!

NÃO! Quem aceita isso é o pensador mágico. O reconhecedor da determinação natural (pensador científico) não aceita é que a "consciência "venha" ". Nada "vem". Então, matéria não "cria consciência do nada" nem coisa nenhuma; nada cria nada por essas bandas do universo. O princípio geral da conservação continua valendo até verificação em contrário. Por essas bandas universais. Se tiver alguma coisa além do universo de que tenha conhecimento, apresente, por favor.



Se por essa visão, a matéria pode criar do nada a consciência, porque não poderia a consciência, do nada, criar a matéria e o movimento? Isso, porque para o seu dualismo, ambos não podem ser tidos conceitualmente como uma mesma substância.
E eu sou um otarinho para cair nessa enrolaçãozinha...

Que sofistaria baratinha que não vale nem R$1,99!

Pô, esse cara é dos fracos, hein...



Os deterministas, como não enxergam a dualidade, vão dizer que mente é matéria,
Não, vão dizer que mente não existe; é ilusão. Mas o Bergson e você devem saber bem disso...



mas isso é apenas uma suposição.
Não, é verificação.



Pela analise profunda das características dessas duas substâncias, fica claro que não são uma mesma coisa.
Que "duas substâncias"?! Que "análise profunda"?! "Mesma coisa" o que com o que?! Onde está a outra "substância" para analisar "profundamente"? Porque a ***substância*** que ***existe*** já é mais que profundamente analisada. Essa outra aí, não vejo, não detecto, não conheço.



Na matéria, a própria lei da inércia deixa claro que não existe o tempo.
De onde isso?! O tempo existe. Simplesmente os processos que evoluem em função dele evoluem inflexivelmente. Não há bifurcabilidade.



Nosso verdadeiros e raros atos livres, são os atos praticados num instante e com o todo do nosso ser verdadeiro e profundo. E por incrível que pareça, quando realizamos um ato de vontade livre, depois de realizado, ficamos perplexos por não sabermos o que nos fez agir. Ficamos pensando nele e tentando procurar alguma causa, alguma coisa que nos tenha feito agir como agimos, pois não estamos acostumados a liberdade, por nossa cultura e nosso modelo de pensamento. Quando um ato tem causas bem identificáveis e afetou apenas algo do seu ser, por exemplo, matei o amante da minha esposa porque os peguei na cama e toda minha ideia de honra, de vergonha e meu amor me fizeram matá-la, então não tive um ato livre, mas um ato condicionado por essas meras ideia de amor, honra, vergonha... Mas se o matei num ímpeto tão violento e rápido que nem sei porquê o que fiz, só sei que todo o meu ser agiu, então sim, o matei livremente.
PQP! Então, o ato foi livre exatamente por não ter sido resultado da deliberação ponderada do indivíduo? Um ato livre é aquele que não é decidido?!!!!!!!

Então, é isso que seria "raro"?!!!!!! Atitudes humanas de rompante?! E em qual universo seria isso aí "raro"?



Percebam a inversão do que a nossa cultura estabelece como liberdade. Para ela, só sou livre quando penso no que fiz, se esquecendo de que pensamento é sujeito a causalidade, então se a lógica me levou a matar eu na tinha escapatória; mas se mato por defesa ou num ímpeto, que nossa sociedade veria como não premeditado e mais leve, ai sim eu estaria livre de fato, porque manifestei a verdade e a liberdade do todo do meu ser naquele instante...
Perceeeebo... Todas as máquinas sem sistemas de controle, sem centro de processamento, são livres!

Eu já apontei isso umas trocentas vezes por aqui. Se querem filosofar a respeito, procurem por Hume porque essa besteirada filosófica toda ele já resolveu há bastante tempo. Ele conseguiu uma anulação filosófica em si mesmo, reconhecendo a contradição. Tentem também. Quem sabe, não funciona com vocês, já que não são pensadores científicos mesmo... Não têm outra via possível.





Só estou vendo detimento sobre o entendimento determinista da questão, para combatê-lo, o que mostra bem o foco da preocupação e a "equiparação" forçada entre os dois lados. É preciso se exercitar muito para convencer e se convencer de fantasias claramente fantasiosas.

Offline AleYsatis

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #429 Online: 13 de Janeiro de 2013, 04:25:44 »
Cientista confesso que não te respondi lá no outro, pela mesma coisa que não conseguirei te responder agora, não entendo bem sua argumentação... Você critica o que falo e dá sua opinião sobre ela, não consigo argumentar bem contra opinião; opinião cada um tem a sua, e não fico tentando converter as pessoas na delas não, cada um na sua...

Ex: O "não sabe" e o "depende" entre aspas, só estão entre aspas para demarcar que estou falando das respostas do tópico, é uma regra de metalinguistica, não compreendi o que você quis dizer...  :biglol:

Como fica com mais sentido a frase:

Então mudei meu voto aqui de não sei para depende

Então mudei meu voto aqui de "não sei" para "depende"

 :?: :?:

A palavra VOTO mesma coisa, é o nome que se dá aqui no fórum para as respostas às perguntas, se você olhar ali em cima, perto da enquete terá um botão "mudar voto"......  :?: :?:

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Essa tática é boa para funcionar com tolos. "Nenhum dos dois está errado nem certo, mas eu estou (certo) e vou mostrar qual dos dois lados é o que está certo porque é o lado que abraço..." Muito boa!

Mas... não! Não, um parte da ideia a priori, sim; permanece nela arraigadamente diante de todas as evidências contrariantes. Porém, o outro lado parte da verificação a posteriori. Para todos a ilusão é a mesma mas a verificação de que ela é ilusão só pode ser alcançada após necessárias verificações empíricas posteriores ao contexto arbitrariamente inicial. Não tem equiparabilidade nenhuma entre os tais dois lados. Isso aí é concentrado puro de falácia.
Vamos lá, primeiro toda pessoa quando está argumentando está defendendo o seu lado, como você, como eu, como Bergson. O que temos que fazer é atacar a lógica e os argumentos do outro, e mostrar se conseguirmos, que os nossos são mais fortes...

Você só disse o que acha, você acha que quem defendo a liberdade está com uma certeza a priori e você só ACHA que quem defende o livre arbítrio está defendendo uma verificação a posteriori, mas você não mostra o porque e o que prova que você está certo e não Bergson. Já Bergson sim, ele diz que ambos partem de premissas a prior e mostra os argumentos para isso, se você continuar lendo o texto ao invés de ir argumentando cada trecho, você encontraria ele falando mais para frente que essa visão a priori

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A ideia determinista de que os nossos estados de consciência correspondem a estados físicos da matéria, não pode ser provado. E ainda que alguns casos mostrem essa relação, nós só podemos realizar uma generalização destas observações e transformá-la numa verdade universal, utilizando a mente e seus conceitos para isso. Então, ainda que eu observe que neste e naquele caso um estado mental correspondeu a uma alteração física, a certeza que construo depois, de que TODOS os estados mentais DEVEM ter um correspondente físico associado, é apenas uma ideia associacionista que acredita na ideia de causalidade, e que consegue por uma força de fé, generalizar algumas observações, transformando-a num conceito pretensamente universal.
O que eu quis dizer ai, ou melhor o que ele quis dizer, ele tentou provar pela argumentação que o determinista não parte de uma observação a posterior mas também de uma crença a priori uma vez que a observação de alguns casos não garante todos, só garante se você já tiver comprado os conceitos metafisico de "causalidade" de "verdade" para dai você tendo observado um punhado de casos automaticamente generalizar isso criando uma certeza PSICOLÓGICA de que sempre será assim...

Darei de novo um exemplo bem claro:
A: Observo que todas as partículas conhecidas do Universo são determinadas (Observação, fato cientifico, e um fato universal já que fala de TODAS)
B: Observo que alguns estados mentais correspondem a alguns estados cerebrais. (Observação cientifica, mas particular e NÃO universal porque fala de ALGUNS)
C: Logo, TODOS os processos mentais são frutos de estados cerebrais e como toda matéria (será que toda mesmo?) é determinada a mente também é, não existe liberdade(Você não vê problema nenhum na lógica daqui??)

Enxerga o problema, a ciência observa alguns casos, mas o processo mesmo de generalização, é um processo a priori, não é a posteriori porque você não observou a correspondência entre todos os estados mentais e os estados cerebrais. E mais, você sequer consegue provar que mesmo que observemos a correspondência entre eles, que não sejam coisas com existências separadas, mas se afetam mutuamente mudando juntos uma com as outras, como defenderia um Descartes. Enfim, todo o processo de generalização é um processo mental, um processo psicológico de crença de que as coisas continuem seguindo um padrão observado em poucos casos. Isso já pressupõe que você acredita numa verdade, que acredita na causalidade, acredita na regularidade do universo, acredita que as medições que fazemos são corretas, acredita que nunca encontraremos outras partículas ou outros atributos dessas partículas que fujam as nossas observações atuais... Enfim, tudo isso, é crença a priori...

Hume que você citou fala bem disso. Ele diz que não podemos saber sequer se o sol nascerá amanhã, e se acreditamos que sim, é porque acreditamos na causalidade, e como não podemos provar na causalidade, todo conhecimento em ultima analise é crença...

Já substância é um conceito da filosofia basicamente para se referir a essência. Então quando ele fala de suas substancias está se referindo a questão da dualidade que vê o mundo como uma construção de duas essências básicas, res extensa (extensão, ou matéria) e res cogitans (coisa pensante, mente, alma e etc). Essa diferenciação em filosofia não uma mera crença religiosa, nenhum filosofo dualista diz que é assim porque Deus quis, eles argumentam e mostram as dificuldades em ver a mente como mero epifenômeno da matéria, então eles tentam mostrar que as características e atributos de uma substancia não são aplicáveis a outra, o que comprovaria sua diferença.

Por isso ele dá os exemplos que deu. Matéria não pensa, nós sentimos que pensamos, como pode o pensamento provir de algo que não pensa? Você também não pode dizer, nunca vimos a coisa que pensa então ela é só matéria, tem que trazer algum argumento. Ele trouxe, ele mostrou que na sua filosofia o que pode não ter ficado bem claro nesse textinho que escrevi, mas ele tem toda uma argumentação bem fundamentada para demonstrar que a mente tem características que a matéria não tem e vice versa. Ai vem os exemplos que eu dei onde ele tenta mostrar que a mente não está presa ao espaço e que o espaço não esta preso ao tempo. O mundo que vemos, o mundo entendido pela física como sendo um tempo-espaço, é uma representação criada pela junção do tempo (mente) com a extensão (espaço) ambos substancias diferentes com caracteristicas próprias que se junta para formar o mundo que conhecemos...

PS: Enfim eu nem sou dualista, eu sou um monista, mas não materialista. O monista diz, tudo é um. O monista materialista diz: tudo é um e tudo é matéria. Eu sou um monista diferente, eu acho que tudo é um, mas tudo é mente... Enfim...
« Última modificação: 13 de Janeiro de 2013, 04:32:55 por AleYsatis »
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Offline uiliníli

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #430 Online: 13 de Janeiro de 2013, 13:03:44 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

Offline Cientista

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #431 Online: 13 de Janeiro de 2013, 13:10:20 »
Cientista confesso que não te respondi lá no outro, pela mesma coisa que não conseguirei te responder agora, não entendo bem sua argumentação...
É mesmo? Está dizendo que tem um bloqueio que não te permite responder isso aqui:

../forum/topic=27255.25.html#msg726136

Trago trecho para cá. Tentemos de novo.

Então, "Até onde se conhece" é uma afirmação meramente temporária e contextualizada,
Exatamente a afirmação que se pode fazer cientificamente.

não é uma afirmação universal e imutável,
Isso que está fazendo já é uma afirmação. Se baseia em que para fazê-la? No progresso já visto no passado? Nos erros do passado? Nas transformações que já ocorreram? Como você sabe que tudo o que existe não se resume ao que já se sabe?

Até quando se tenta criticar o processo científico real só se tem meio por ele mesmo.

(Completando o que é óbvio para quem não pensa magicamente, quando eu digo que é a afirmação que pode ser feita cientificamente estou contrapondo ao que se "pode" afirmar filosoficamente, ou seja, extrapolar o que se conhece por especulações, generalizando irrevogavelmente que "nunca sabemos tudo"/"nunca saberemos tudo". Um pensador científico, portanto não mágico, não olha o mundo pela lente do "que saberemos ou não", apenas pela do *que sabemos*, que, inclusive, pode ser tudo, não só sabível, mas real a qualquer instante. Esta última, de fato, deveria ser a perspectiva do filósofo --um pensador científico não se detém nessa questão-- ...mas filósofos são pensadores mágicos... ...não se dão bem com a dura realidade. Além do que, se se detivessem nisso, deixariam de ser filósofos automaticamente)

Bom... ...voltando.

Não acredito nisso (espero que consiga entender minha "argumentação" -- ou "opinião"? -- de que não sou crente e isso me causa o "enorme bloqueio" de não acreditar em tudo que me dizem). Entendo que você deve entender bem minha argumentação e poderia perfeitamente bem responder minhas *perguntas*. Entendo que você só se recusa a isso pelas dramáticas consequências que resultariam disso para suas crenças.







Você critica o que falo e dá sua opinião sobre ela, não consigo argumentar bem contra opinião;
Mas... talvez consiga emitir argumentos, se tentar...

Não dei opinião alguma. Depois de você querer determinar (ERRONEAMENTE e TENDENCIOSAMENTE) o que "deterministas entendem", apenas esclareci o que, de fato, deterministas entendem. Basicamente, te corrigi.



opinião cada um tem a sua,
E você expressa bem profusamente as suas aqui. Ah! Ou/e "as do Bergson", claro...

Mas, não, nem sempre "cada um tem a sua". Aqui você tem opiniões e eu não, por exemplo.



e não fico tentando converter as pessoas na delas não, cada um na sua...
Não só fica como também deturpa as posições das outras pessoas, com esse sonhado intento de converter, provavelmente. Não vai conseguir, claro. Mas desavisados que leiam ficarão com conceitos errados a respeito. Procedi à devida retificação.




Ex: O "não sabe" e o "depende" entre aspas, só estão entre aspas para demarcar que estou falando das respostas do tópico, é uma regra de metalinguistica, não compreendi o que você quis dizer...  :biglol:

Como fica com mais sentido a frase:

Então mudei meu voto aqui de não sei para depende

Então mudei meu voto aqui de "não sei" para "depende"

 :?: :?:

A palavra VOTO mesma coisa, é o nome que se dá aqui no fórum para as respostas às perguntas, se você olhar ali em cima, perto da enquete terá um botão "mudar voto"......  :?: :?:
Errei com relação a isto. Me desculpe. De fato, no contexto, "voto" deve ser entendido como posicionamento pessoal quanto à questão. Eu já tinha visto em vez anterior, mas tinha esquecido que foi montada uma enquete aqui. Reitero minha retratação.


De qualquer forma, não entendi o "Ex:". De que? POR FAVOR, ESCLAREÇA ESSE DETALHE. Não pode ser de que você "não entendeu o que eu quis dizer" porque quem falhou aqui fui eu. "Ex.:" de que?



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Essa tática é boa para funcionar com tolos. "Nenhum dos dois está errado nem certo, mas eu estou (certo) e vou mostrar qual dos dois lados é o que está certo porque é o lado que abraço..." Muito boa!

Mas... não! Não, um parte da ideia a priori, sim; permanece nela arraigadamente diante de todas as evidências contrariantes. Porém, o outro lado parte da verificação a posteriori. Para todos a ilusão é a mesma mas a verificação de que ela é ilusão só pode ser alcançada após necessárias verificações empíricas posteriores ao contexto arbitrariamente inicial. Não tem equiparabilidade nenhuma entre os tais dois lados. Isso aí é concentrado puro de falácia.
Vamos lá, primeiro toda pessoa quando está argumentando está defendendo o seu lado, como você, como eu, como Bergson. O que temos que fazer é atacar a lógica e os argumentos do outro, e mostrar se conseguirmos, que os nossos são mais fortes...
Não, eu não estou defendendo "meu lado". Não estou preocupado em mostrar quais argumentos são "mais fortes". No que converge para este ponto específico, apenas corrigi, pura e simplesmente, uma distorção por você trazida. Foi algo que vi e contra o qual reagi espontaneamente (foi esse um ato de "pura liberdade de todo o meu ser"?!, segundo suas postulações?). Entendo que canhões não são mais fortes que argumentos; só os canhões têm força. No mundo, há tolos e espertos e "argumentos" só funcionam entre essas duas variedades numa via única de mão única. Nessa via, argumentos são canhões. Mas pensadores científicos usam canhões físicos, REAIS, e nin-guém pode contra isso.

O "que temos que fazer", eu prefiro "decidir", da minha parte (se você me permitir, claro...), eu mesmo o que "tenho que fazer", SE eu tenho que fazer alguma coisa. E não vejo necessidade de atacar lógica/argumentos alheios (embora eu até faça como enchimento de linguiça) quando há fatos dos quais só resta, como "argumento", tergiversar e fugir.




Você só disse o que acha, você acha que quem defendo a liberdade está com uma certeza a priori e você só ACHA que quem defende o livre arbítrio está defendendo uma verificação a posteriori, mas você não mostra o porque e o que prova que você está certo e não Bergson. Já Bergson sim, ele diz que ambos partem de premissas a prior e mostra os argumentos para isso, se você continuar lendo o texto ao invés de ir argumentando cada trecho, você encontraria ele falando mais para frente que essa visão a priori

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A ideia determinista de que os nossos estados de consciência correspondem a estados físicos da matéria, não pode ser provado. E ainda que alguns casos mostrem essa relação, nós só podemos realizar uma generalização destas observações e transformá-la numa verdade universal, utilizando a mente e seus conceitos para isso. Então, ainda que eu observe que neste e naquele caso um estado mental correspondeu a uma alteração física, a certeza que construo depois, de que TODOS os estados mentais DEVEM ter um correspondente físico associado, é apenas uma ideia associacionista que acredita na ideia de causalidade, e que consegue por uma força de fé, generalizar algumas observações, transformando-a num conceito pretensamente universal.
O que eu quis dizer ai, ou melhor o que ele quis dizer, ele tentou provar pela argumentação que o determinista não parte de uma observação a posterior mas também de uma crença a priori uma vez que a observação de alguns casos não garante todos, só garante se você já tiver comprado os conceitos metafisico de "causalidade" de "verdade" para dai você tendo observado um punhado de casos automaticamente generalizar isso criando uma certeza PSICOLÓGICA de que sempre será assim...

Darei de novo um exemplo bem claro:
A: Observo que todas as partículas conhecidas do Universo são determinadas (Observação, fato cientifico, e um fato universal já que fala de TODAS)
B: Observo que alguns estados mentais correspondem a alguns estados cerebrais. (Observação cientifica, mas particular e NÃO universal porque fala de ALGUNS)
C: Logo, TODOS os processos mentais são frutos de estados cerebrais e como toda matéria (será que toda mesmo?) é determinada a mente também é, não existe liberdade(Você não vê problema nenhum na lógica daqui??)
A presepada epistemolóide de sempre. É só para isso aí mesmo que essa joça "serve".

Vejo problema em toda lógica. Lógica é a parte mais perniciosa da filosofia; a que apresenta ares mais veridicionistas. Lógica só é construtivamente validada pela verificação. Especulações por extrapolações lógicas como por exemplo, "se eu sinto, deve existir" são só especulações. Agora, se eu verifico, existe. Lógicas válidas só vêm depois da verificação pois são todas indutivas, casuísticas.




Enxerga o problema, a ciência observa alguns casos, mas o processo mesmo de generalização, é um processo a priori, não é a posteriori porque você não observou a correspondência entre todos os estados mentais e os estados cerebrais. E mais, você sequer consegue provar que mesmo que observemos a correspondência entre eles, que não sejam coisas com existências separadas, mas se afetam mutuamente mudando juntos uma com as outras, como defenderia um Descartes. Enfim, todo o processo de generalização é um processo mental, um processo psicológico de crença de que as coisas continuem seguindo um padrão observado em poucos casos. Isso já pressupõe que você acredita numa verdade, que acredita na causalidade, acredita na regularidade do universo, acredita que as medições que fazemos são corretas, acredita que nunca encontraremos outras partículas ou outros atributos dessas partículas que fujam as nossas observações atuais... Enfim, tudo isso, é crença a priori...
Enxergo claramento o problema: Pensadores mágicos generalizam suas próprias especulações puras baseadas em nada verificado uma vez sequer.



Hume que você citou fala bem disso. Ele diz que não podemos saber sequer se o sol nascerá amanhã, e se acreditamos que sim, é porque acreditamos na causalidade, e como não podemos provar na causalidade, todo conhecimento em ultima analise é crença...
Sim, o pobre coitado vivia nesse dilema. Entretanto, o do livre arbítrio ele suplantou, em algum momento. Quanto a isso, o que você tem a dizer? Entendeu o argumento dele?



Já substância é um conceito da filosofia basicamente para se referir a essência. Então quando ele fala de suas substancias está se referindo a questão da dualidade que vê o mundo como uma construção de duas essências básicas, res extensa (extensão, ou matéria) e res cogitans (coisa pensante, mente, alma e etc). Essa diferenciação em filosofia não uma mera crença religiosa, nenhum filosofo dualista diz que é assim porque Deus quis, eles argumentam e mostram as dificuldades em ver a mente como mero epifenômeno da matéria, então eles tentam mostrar que as características e atributos de uma substancia não são aplicáveis a outra, o que comprovaria sua diferença.
Se eu fosse crente, eu poderia dizer que estas são belas opiniões mas, sendo o que sou, não acho isso. Essa crendice toda me parece feia pra cacimba.




Por isso ele dá os exemplos que deu. Matéria não pensa, nós sentimos que pensamos, como pode o pensamento provir de algo que não pensa? Você também não pode dizer, nunca vimos a coisa que pensa então ela é só matéria, tem que trazer algum argumento. Ele trouxe, ele mostrou que na sua filosofia o que pode não ter ficado bem claro nesse textinho que escrevi, mas ele tem toda uma argumentação bem fundamentada para demonstrar que a mente tem características que a matéria não tem e vice versa. Ai vem os exemplos que eu dei onde ele tenta mostrar que a mente não está presa ao espaço e que o espaço não esta preso ao tempo. O mundo que vemos, o mundo entendido pela física como sendo um tempo-espaço, é uma representação criada pela junção do tempo (mente) com a extensão (espaço) ambos substancias diferentes com caracteristicas próprias que se junta para formar o mundo que conhecemos...
Nunca vimos a "coisa que pensa", então ela não existe até vermos. Você está só repetindo a mesma coisa.



PS: Enfim eu nem sou dualista, eu sou um monista, mas não materialista. O monista diz, tudo é um. O monista materialista diz: tudo é um e tudo é matéria. Eu sou um monista diferente, eu acho que tudo é um, mas tudo é mente... Enfim...
É solipsista.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #432 Online: 13 de Janeiro de 2013, 17:38:34 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

Deixei o cursor sobre o link, e então apareceu um quadrado de texto revelando o endereço oculto do link: "http://veja.abr...". Parei aqui. Já desconfiava de ser essa a fonte, uma vez que não é de se surpreender que o PiG queira convencer o povo de que não há liberdade, de que inevitavelmente são escravos.

Offline AleYsatis

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #433 Online: 13 de Janeiro de 2013, 18:45:29 »
Pronto Cientista, não consigo te responder, você ganhou, troféu joinha pra ti  :ok:

Cara, para mim a unica coisa que você faz nas suas postagens é ir destrinchando meus textos paragrafo por paragrafo e dizendo, "Não concordo", "Isso é um pensamento mágica", "Isso já foi demonstrado"...

Ótimo, o que é isso se não opinião? Você não concorda com algo POR QUE......???? Tal e tal coisa que falei é um pensamento mágico porque..... Tal e tal coisa já foi demonstrado por quem, quando, onde, cade as fontes... Cara para eu poder argumentar, você precisa completar as frases, nem todo mundo concorda com você, logo nem todo mundo sabe do que você está falando... Senão nós ficaríamos eternamente nisso, eu digo algo, você diz que não concorda, eu digo, você diz que estou num pensamento mágico, mas não diz porque, como... Enfim, pra mim é complicado, sinceramente não te entendo direito para te responder, de boa, o que você diz simplesmente não me suscita questionamentos porque realmente só vejo opinião, não vejo qualquer argumentação...

Se alguém vê quais são os argumentos que o Cientista quer que eu responda, por favor, me ajuda...
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Offline _tiago

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #434 Online: 13 de Janeiro de 2013, 18:57:38 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"
Vi isso no Facebook do Barata. Lembrei do CC e comecei a rir... :P
Fiquei com a impressão de que essa discussão tornou-se uma disputa boba por aqui. Anyway...!

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #435 Online: 13 de Janeiro de 2013, 19:18:37 »
Logo vamos estar falando coisas como "mais um fato que será simplesmente ignorado pelos seguidores da religião [livre-arbitrarista/determinista]", e chamando uns aos outros de "deterministinhas", "livre-arbitraristinhas", "putinhas de [Sam Harris/ Dennett/ Descartes/ Laplace/ etc]".


Sugiro ainda a possibilidade de se atribuir o livre-arbítrio aos direitistas e o determinismo aos esquerdistas, o que realmente coincide de ser uma tendência, e então podemos simplesmente usar os mesmos termos de sempre, só que nessa discussão também.

Offline _tiago

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #436 Online: 13 de Janeiro de 2013, 21:00:09 »
 :lol:
Buck, você tá muito pentelho. :P

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #437 Online: 13 de Janeiro de 2013, 21:36:14 »
PS: Enfim eu nem sou dualista, eu sou um monista, mas não materialista. O monista diz, tudo é um. O monista materialista diz: tudo é um e tudo é matéria. Eu sou um monista diferente, eu acho que tudo é um, mas tudo é mente... Enfim...
É solipsista.

Enquanto que um solipsismo agnóstico-radical é a única posição possível de ser mantida sob uma perspectiva estritamente empírica, o que ele parece estar descrevendo é uma crença que vai além disso, um tipo de idealismo ontológico, acho.

Offline Moro

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #438 Online: 14 de Janeiro de 2013, 02:31:52 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

O cérebro é a pessoa, se ele toma a decisão, o livre arbítrio existe.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Pagão

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #439 Online: 14 de Janeiro de 2013, 08:37:58 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

O cérebro é a pessoa, se ele toma a decisão, o livre arbítrio existe.

Bem simples e claro. :ok:

Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline JohnnyRivers

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #440 Online: 14 de Janeiro de 2013, 10:41:27 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

O cérebro é a pessoa, se ele toma a decisão, o livre arbítrio existe.

Pelo que entendi, há a separação entre inconsciente, subconsiente e consciente para julgar o livre-arbitrio. Eles consideram livre arbitrio somente as descisões tomadas pelo consciente.

http://en.wikipedia.org/wiki/Neuroscience_of_free_will

E sim, esta matéria da Veja é sensacionalista e exagerada.
« Última modificação: 14 de Janeiro de 2013, 10:47:50 por JohnnyRivers »
"Que homem é um homem que não torna o mundo melhor?"

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Offline uiliníli

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #441 Online: 14 de Janeiro de 2013, 10:49:14 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

O cérebro é a pessoa, se ele toma a decisão, o livre arbítrio existe.

Decisão é sinônimo de arbítrio. O arbítrio existe, só não é livre.

Offline Pagão

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #442 Online: 14 de Janeiro de 2013, 11:51:14 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

O cérebro é a pessoa, se ele toma a decisão, o livre arbítrio existe.

Decisão é sinônimo de arbítrio. O arbítrio existe, só não é livre.

É livre se não for coagido por entidade externa (ou dano interno)... Daí falarmos de liberdade de pensamento distinguindo de liberdade de expressão do pensamento, pois na expressão do pensamento pode haver coação externa.
Se o normal funcionamento da máquina cerebral for possível, se não estiver lesionada, poderíamos aceitar o livre-arbítrio em contraposição ao simples arbítrio que ficaria reservado para cérebros que tomam decisões sem estarem devidamente "operacionais" por razões internas ou externas (imposição de drogas por exemplo). É razoável? 
« Última modificação: 14 de Janeiro de 2013, 11:55:39 por Pagão »
Nenhuma argumentação racional exerce efeitos racionais sobre um indivíduo que não deseje adotar uma atitude racional. - K.Popper

Offline LaraAS

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #443 Online: 14 de Janeiro de 2013, 12:07:24 »

         Ora, quem pensa que a liberdade não existe, que vá para a Coréia do norte ou para a Arabia Saudita para ver se a liberdade existe ou não. (se bem que do jeito que esse cara é machista é capaz de gostar da Arabia Saudita....).
         Isso me lembra quando houve aquele cara (que antes até era um cientista respeitável antes de ficar caduco) que disse que não existia o vírus da AIDS...e que portanto para ele, o tratamento está todo errado, e ainda fez uma grande campanha para isso.

Offline Moro

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #444 Online: 14 de Janeiro de 2013, 12:22:40 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

O cérebro é a pessoa, se ele toma a decisão, o livre arbítrio existe.

Decisão é sinônimo de arbítrio. O arbítrio existe, só não é livre.

Não é porque?
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Offline Moro

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #445 Online: 14 de Janeiro de 2013, 12:26:27 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

O cérebro é a pessoa, se ele toma a decisão, o livre arbítrio existe.

Decisão é sinônimo de arbítrio. O arbítrio existe, só não é livre.

É livre se não for coagido por entidade externa (ou dano interno)... Daí falarmos de liberdade de pensamento distinguindo de liberdade de expressão do pensamento, pois na expressão do pensamento pode haver coação externa.
Se o normal funcionamento da máquina cerebral for possível, se não estiver lesionada, poderíamos aceitar o livre-arbítrio em contraposição ao simples arbítrio que ficaria reservado para cérebros que tomam decisões sem estarem devidamente "operacionais" por razões internas ou externas (imposição de drogas por exemplo). É razoável? 

Sim, para a definição que usamos e que creio ser única útil. Para eles, o livre arbítrio não existe porque o átomo existe.
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Offline Barata Tenno

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #446 Online: 14 de Janeiro de 2013, 12:34:08 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

O cérebro é a pessoa, se ele toma a decisão, o livre arbítrio existe.

Decisão é sinônimo de arbítrio. O arbítrio existe, só não é livre.

É livre se não for coagido por entidade externa (ou dano interno)... Daí falarmos de liberdade de pensamento distinguindo de liberdade de expressão do pensamento, pois na expressão do pensamento pode haver coação externa.
Se o normal funcionamento da máquina cerebral for possível, se não estiver lesionada, poderíamos aceitar o livre-arbítrio em contraposição ao simples arbítrio que ficaria reservado para cérebros que tomam decisões sem estarem devidamente "operacionais" por razões internas ou externas (imposição de drogas por exemplo). É razoável? 

Sim, para a definição que usamos e que creio ser única útil. Para eles, o livre arbítrio não existe porque o átomo existe.

E pra voce livre arbítrio existe porque voce acha que existe.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline JohnnyRivers

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #447 Online: 14 de Janeiro de 2013, 12:39:29 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

O cérebro é a pessoa, se ele toma a decisão, o livre arbítrio existe.

Decisão é sinônimo de arbítrio. O arbítrio existe, só não é livre.

É livre se não for coagido por entidade externa (ou dano interno)... Daí falarmos de liberdade de pensamento distinguindo de liberdade de expressão do pensamento, pois na expressão do pensamento pode haver coação externa.
Se o normal funcionamento da máquina cerebral for possível, se não estiver lesionada, poderíamos aceitar o livre-arbítrio em contraposição ao simples arbítrio que ficaria reservado para cérebros que tomam decisões sem estarem devidamente "operacionais" por razões internas ou externas (imposição de drogas por exemplo). É razoável? 

Sim, para a definição que usamos e que creio ser única útil. Para eles, o livre arbítrio não existe porque o átomo existe.

E pra voce livre arbítrio existe porque voce acha que existe.

O que já é uma evidência da liberdade de pensamento.

Oh não, achamos isso porque a partir do big bang fomos determinados a acharmos que somos livres... :lol:
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Offline LaraAS

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #448 Online: 14 de Janeiro de 2013, 12:42:42 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

O cérebro é a pessoa, se ele toma a decisão, o livre arbítrio existe.

Decisão é sinônimo de arbítrio. O arbítrio existe, só não é livre.

É livre se não for coagido por entidade externa (ou dano interno)... Daí falarmos de liberdade de pensamento distinguindo de liberdade de expressão do pensamento, pois na expressão do pensamento pode haver coação externa.
Se o normal funcionamento da máquina cerebral for possível, se não estiver lesionada, poderíamos aceitar o livre-arbítrio em contraposição ao simples arbítrio que ficaria reservado para cérebros que tomam decisões sem estarem devidamente "operacionais" por razões internas ou externas (imposição de drogas por exemplo). É razoável? 

Sim, para a definição que usamos e que creio ser única útil. Para eles, o livre arbítrio não existe porque o átomo existe.


          Outro resídio católico e ortodoxo moderno, é estilo aquela frase do personagem criado por Dostoeivsky (não do próprio Dostoevisky) "se Deus não existe tudo é permitido". E talvez também um pouco relacionado ao quase abolicionismo penal. Só que quanto a esse ponto, o tiro pode sair pela culatra, pois se pode também chegar à conclusão de que os criminosos hediondos são incuráveis, e por isso, se deve matá-los.
          Em todo caso, pelo menos criminosos mais leves já se regeneraram sim, e talvez até alguns criminosos hediondos se regeneram e muitos com o auxílio de coisas como a religião, ou se dedicar a política (como Malcom x por exemplo).
          Em todo caso, essas brincadeiras são perigosas, pois podem levar a justificar ditaduras, levar a ditaduras mesmo, dizendo que é tudo a mesma coisa. Veja-se as leviandades e atrocidades que a necessidade de pagar as contas e não ter talento para outra coisa além de fazer bizantinises, pode levar....
         

Offline Barata Tenno

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Re:A liberdade existe?
« Resposta #449 Online: 14 de Janeiro de 2013, 12:45:18 »
O livre-arbítrio não existe, dizem neurocientistas.

"Novas pesquisas sugerem que o que cremos ser escolhas conscientes são decisões automáticas tomadas pelo cérebro. O homem não seria, assim, mais do que um computador de carne"

O cérebro é a pessoa, se ele toma a decisão, o livre arbítrio existe.

Decisão é sinônimo de arbítrio. O arbítrio existe, só não é livre.

É livre se não for coagido por entidade externa (ou dano interno)... Daí falarmos de liberdade de pensamento distinguindo de liberdade de expressão do pensamento, pois na expressão do pensamento pode haver coação externa.
Se o normal funcionamento da máquina cerebral for possível, se não estiver lesionada, poderíamos aceitar o livre-arbítrio em contraposição ao simples arbítrio que ficaria reservado para cérebros que tomam decisões sem estarem devidamente "operacionais" por razões internas ou externas (imposição de drogas por exemplo). É razoável? 

Sim, para a definição que usamos e que creio ser única útil. Para eles, o livre arbítrio não existe porque o átomo existe.

E pra voce livre arbítrio existe porque voce acha que existe.

O que já é uma evidência da liberdade de pensamento.

Oh não, achamos isso porque a partir do big bang fomos determinados a acharmos que somos livres... :lol:

Pra quem acredita que duendes causam chuva, toda chuva é uma prova da existencia dos duendes.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

 

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