Diplomas de boas faculdades tem melhores chances de empregos melhores, é assim que o mercado funciona. Conheço muitos recrutadores que nem abrem um currículo se ele não for de universidade pública. Dar aos negros chances de obter esses diplomas também aumenta a chance de igualarmos as raças economicamente, ao dar chances de empregos melhores.
Desconfio que é menos significativo/mais lento do que "cortando o mal pela raiz", ela proporção de diplomados adicionais com melhroes chances que isso irá trazer, relativa à população geral. Sem falar de trazer o risco/quase certeza de aumento de racismo (que, como tanto gostam de lembrar, existe), tanto por desempenho inferior dos cotistas, quanto por mero estigma de "cotista". Mesmo para os negros que não forem cotistas. Os brancos cotistas se safam do estigma.
Será que existe alguma estimativa, projeção, de quando se atingiria igualdade econômica racial, apenas através do sistema de cotas? Será que tais estimativas têm margens de erro considerando as fraudes e negros/pardos já mais abastados, que devem acabar sendo os principais beneficiários?
Se isso não é mais lento, então o lógico a fazer talvez não fosse ter cotas, mas baixar os níveis de admissão em geral, ao mesmo tempo em que se tem "cotas negativas", um limite máximo de vagas, só para ricos. Seria muito mais eficiente do que continuar "dando metade das vagas só para os ricos".
Quais vantagens têm cotas com relação a cursos preparatórios para vestibular, gratuitos, esses sim, com cotas raciais e sociais? A única "vantagem" que vejo é que é mais garantido enfiar uma parte da população de qualquer jeito com isso, mas com isso vêm problemas que não viriam, de menor preparo, desempenho e de estigma/racismo relacionados.