Aviso a quem possa interessar:
Quem quiser que ponha a carapuça que será desenhada abaixo.
Ass.: A GERÊNCIA.
Eu tenho um conhecido, formado em engenharia civil que hoje mora no subúrbio (meio favela) e é balconista de loja. Coitado, recebe salário mínimo, apesar do diploma.
Existe muita gente na mesma situação ou até bem pior.
Infelizmente são pessoas que não tiveram muito sucesso nas suas tentativas de melhoria de vida, por diversos fatores, entre eles competência e capacitação.
Os médicos cubanos não são profissionais ralé.
São capazes, são bem treinados, são tecnicamente bons profissionais. Estão, provavelmente, entre os melhores do seu país.
Estão recebendo muito menos do que boa parte de seus colegas de outros países que estão no mesmo patamar que eles em competência profissional.
Mas...
Estão tendo que arrochar o salário para caber nas despesas e ainda sobrar algum, para um futuro incerto.
Estão contando tostões.
Estão morando em repúblicas.
Estão dormindo em dormitórios coletivos.
Estão usando banheiros compartilhados.
Muitos irão tomar banho com água fria no inverno.
Qual médico daqui, bem formado, inserido na sua categoria profissional, que está contando tostões?
Qual médico estrangeiro de outro país está morando em república?
Qual médico formado e inserido está compartilhando banheiro e dormitório, sem poder ver a família?
Qual médico de qualquer outro lugar está nesse piso rasteiro de qualidade de vida?
Quem passou anos e anos numa faculdade de medicina sabe os rigores da profissão. Sabe as horas de sono perdida, inicialmente em estudos, depois em plantões, em serões com pacientes em risco de vida, em telefonemas no meio da noite para responder uma outra pergunta de um paciente ou até mesmo dúvida de outro colega, sobre um caso delicado de risco de vida.
É nobre a profissão. Exige muito de quem a abraça.
Mas não bastasse isso, o infeliz que tem a desdita de nascer na ilha da ditadura ainda tem que enfrentar tudo isso aí acima, e muito mais, pois não sou médico para saber todas as agruras da profissão, e ainda encarar um cafundó do juda que ninguém quer ir, receber sobras de um salário, cuja parte maior é abocanhada pelos irmãos ditadores, rachar conta de pensão, morar em dormitório, economizar com caronas pra lá e pra cá, comer e se lamber com o pão que o tinhoso amassou e mil outros reveses...
Esquerda Caviar
- Temos déficits no atendimento médico em boa parte do Brasil.
- Vamos cobrir todas as áreas.
- Mas os médicos daqui não querem ir.
- Por quê?
- O salário é baixo.
- Aumenta para 10 mil.
- Os lugares são insalubres e longe de grandes centros.
- Já sei! Vamos enviar os cubanos. Eles vão para qualquer lugar por uma mixaria.
- Dá certo?
- Claro, eles vivem debaixo de chicote. Se disserem um pio, o couro come quando chegarem em casa.
Médico do Brasil tem salário bom. Se é para pagar fração de salário, manda o cubano. Eles tapam qualquer buraco. Enquanto isso, eu aqui, na minha TV de plasma, no plantão que eu só vou bater o ponto, nas minhas clínicas particulares, não tenho mais nem onde guardar tanto dinheiro. O negócio é descer a lenha no PIG, defender o Programa Mais Médicos com os cubanos e eles que tapem o buraco lá onde o Malvado perdeu as botas. Eu é que não vou nunca lá. Meu lugar é perto de cidade grande, não lá em Pacajá, lá no interior do Piauí, no meio da Floresta. Cubanos nasceram pra isso mesmo. Que se virem. No fim, eu ainda posso elogiar o desapego deles, abnegação e amor à profissão, porque do meu caviar, eu não abro mão.
(Esse parágrafo, é claro que foi uma caricatura. Os médicos daqui não nadam em dinheiro, mas a esquerda caviar sim)