Estava vendo isso tudo e, naturalmente, tudo de relevante, útil, importante dito depois do Cientista, já tinha sido dito pelo Cientista. Ocorre que muito mais de importante, útil, relevante há a dizer e, se o Cientista não mostrar (de fato, muitas vezes, aparentemente, nem ele mostrando), ninguém vê. Mas, por ora, isso aqui impressiona... O grau de distorção, de autoconvencimento da irrealidade dos fatos.
Eu já tinha dito!:
Só uma observação mais a fazer é que a minha especulação sobre os testes com a talidomida partiram obviamente de desconhecimento meu de que procedimentos experimentais foram efetivamente adotados até a droga ser comercializada; não faço ideia. O que quero observar, que só percebi, eu mesmo, agora, é que as limitações impostas por essa faceta do terror do politicamente correto podem sim resultar em menos testes do que seriam mais desejáveis, até mesmo pelos que reclamam dos testes! Ou seja, como exemplo, a Fabi reclama do uso de animais em testes E reclama, TAMBÉM, da (in)eficiência no escrutínio das drogas! Preciso dizer o que é isso?
Bem, digamos que eu seja um bobo alegre que anda por aí e que tenha caído rapidinho nessa dos poderes extrassensorias dos institutos de pesquisa bioquímica americanos ou que eu simplesmente dê esse desconto permissivo, como tão me é de costume, "aceitando isso como fato", à Fabi. Pergunto, eles já estavam tão federais assim lá na decada de... ...70... (...60...) por aí, não vou pesquisar, desculpem, tal exatidão não é relevante (o tal do google é para quase todos e meu tempo dedicável é curto), mas já faz um tempinho, quando descobriram o drama da referida droga? Então, possivelmente, se mais testes com mais variados animais tivessem sido feitos, por mais tempo, tal filtro melhor poderia ter evitado tal tragédia. Se não eram tão federais, então a Fabi não teve legitimidade em usar tal exemplo. É o básico em ciência: se você for científico, as falácias não têm escapatória.
Então, acertei!:
Testar só em ratos prejudica pesquisa; cientistas pedem outros animais
"Concentrar as pesquisas em um número pequeno de animais comumente usados em laboratório não vai, em geral, levar a descobertas que estejam erradas no final - se bem que há um exemplo nos estudos de toxicologia com roedores da talidomida, que levou inicialmente a declará-la segura para mulheres grávidas: os efeitos teratogênicos da droga não apareciam em roedores. Mas os mesmos apareceram nos macacos rhesus", diz Bolker.
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/10/21/testar-so-em-ratos-prejudica-pesquisa-pesquisadores-pedem-outros-animais.htm
Mas tem um detalhinho incomodativo aqui...
Deixe-me ver se estou entendendo bem a... ...Vejamos... apareceram no gênero rhesus porque... foi testado neles ...depois de em humanos? Teria sido tardiamente desnecessário? Não, claro que não. Nenhum teste empírico jamais é desperdício. Tal teste foi desperdiçado em sua possibilidade de inviabilizar a droga para seres humanos e evitar os danos, mas, feito depois, ainda assim serviu, E SERVE, para mostrar que devia ter sido feito antes, que devem sempre ser feitos muitos mais.
Ela é a favor de ficar usando outros animais,
E sustenta muitissimamente bem esta necessidade.
cita todos os problemas que eu fiquei falando aqui durante 5 páginas,
O que faz você ficar numa posição idêntica à do docdeoz no outro tópico, tendo seus "argumentos" depondo contra você mesma.
mas pra mim testar em outros animais é complicar as coisas.
Sua opinião infundada é sua, é seu direito. Eu vejo claramente que não testar em tantos animais quanto fisicamente possível é condenar humanos a possíveis 'talidomidas'.
Como eu disse, cachorros não podem tomar certos remédios que humanos tomam, porque é tóxico.
Humanos não podem tomar certos remédios que outros humanos tomam, porque é tóxico. E daí? O que isso significa?
Macacos não são tão parecidos geneticamente com humanos quanto os ratos,
Como é??? Que macacos, exatamente? Que "semelhança genética", exatamente? Similaridades segmentadas específicas, "transgenizadas", talvez? É preciso mais rigor do que é mesmo possível nisto, mas temos que trabalhar com o que temos.
...Digamos assim (minha tolerância permissiva de sempre)...
E, no entanto, segundo o texto que você mesma postou aqui, eles tiveram resposta à talidomida similar à em humanos; os ratos, não. Como fica? Eu dou uma visão mais clara da realidade: o que é mais parecido (não vou falar "geneticamente ou, em bases mais gerais, fisiologicamente"; **parecido no mais amplo e inespecífico sentido**) com um humano em particular é o maior conjunto possível de formas de vida, todas e quaisquer. O mais genericamente possível, vida é semelhante a vida. Pode-se identificar substâncias com efeitos similares entre plantas e animais, o que faz com que até plantas teoricamente sirvam como uma etapa bem/mais prévia de algum tipo de ensaio. Subindo na especificidade de uma ação farmacológica, chega-se, ao máximo, num indivíduo com sua identidade genética única (e, de fato, a coisa não termina aí, nem mais em teoria). Entre estes dois extremos (o outro pode ser "menos" que uma planta), há uma miríade. É algo, no mínimo, insipiente não entender isto. Se alguém que estuda tanto biologia não conseguir aceitar, o que significa isso? Pensamento mágico?
vai saber que remédios funcionam neles mas não em nós.
Vou, se eu testar.
Vai esperar outros 70 anos pra dizer que descartaram remédios e lançaram remédios perigosos porque o teste em determinado animal não é eficaz?
O tempo é, mais que necessário, inevitável para tudo, até para se chegar a uma excelência de poder diminuir a necessidade dele, nunca a uma instantaneidade. Fazer o que?
Ou seja, testar em outros animais é criar outro problema, o único animal parecido com humanos são os próprios humanos.
Humanos são tão diferentes de humanos que não é de surpreender que uma substância num dado animal outro, como um macaco, apresente efeitos mais similares aos em um certo indivíduo humano que entre esse humano e outro humano. Animais são usados nos testes para preservar seres humanos, não exatamente por similaridade, menos até por isso.
Coisas mais simples, como permeabilidade e osmose em membranas, solubilidades variadas, etc. continuam acontecendo em organismos vivos, ou não (depois que surgiu a genética)? Nem tudo em farmacologia tem ou deve ter que ter a alta especificidade de um anticorpo e, se tiver, seus ensaio e aplicação deverão ser individuais.
Porém, isto é o de menos. O que realmente ninguém vê, caindo fácil em falácia, exatamente agora não poderei mostrar pelo tempo dedicável esgotado.