Autor Tópico: Cantadas e Assédio Sexual  (Lida 73617 vezes)

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Offline Barata Tenno

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #175 Online: 03 de Novembro de 2014, 15:40:24 »
Eu fico besta com pessoas que acham que o direito de "incomodar" deve se sobrepor ao direito de não ser "incomodado".

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Offline _Juca_

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #176 Online: 03 de Novembro de 2014, 15:55:05 »
Eu fico besta com pessoas que acham que o direito de "incomodar" deve se sobrepor ao direito de não ser "incomodado".



Então, você já viu que muitas mulheres se sentem extremamente desconfortáveis com isso, eu diria que a esmagadora maioria se sente assim e não há razão para defender que homens hajam como idiotas nas ruas, mostrando lascividade contra mulheres desconhecidas e constrangendo-as, mesmo quando isso é apenas um olhar indiscreto.

Offline Skeptikós

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #177 Online: 03 de Novembro de 2014, 16:48:28 »
"Incomodar" aqui esta sendo tomado em sentido subjetivo, relativo, inespecífico, e esta sendo erronemante associado a termos com maior impacto emocional, como "assédio", "estupro" e etc. (que estão evidentemente associado a comportamentos condenados) aparentemente com o objetivo de fazer o apelo de criminalização de certos comportamentos comuns ganhar força. Os grupos contrários a catadas até aqui citados, pretendem arbitraria e subjetivamente criminalizar simples comportamentos, como o de fazer comentários, de cumprimentar, elogiar, olhar ou sorrir para pessoas desconhecidas na rua, justamente comparando-os a comportamentos efetivamente criminosos, como assédios e tentativa de estupro.

Eu não sei vocês, mas existe um abismo entre aquilo que uma pessoa pode arbitrariamente e subjetivamente classificar como incomodo, e aquilo que efetivamente se caracteriza um crime grave, como o de assédio ou tentativa de estupro, e me surpreende muito ver pessoas como vocês acreditando no discurso de que elogios ou expressões comuns como as até aqui citadas possam de fato serem rotuladas como verdadeiros assédios sexuais ou tentativa de estupro. Sinceramente.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Dream

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #178 Online: 03 de Novembro de 2014, 17:17:17 »
Já ouvi relatos de mulheres que se sentem bem ao ouvirem cantadas como essas, dizem que isso as fazem se sentirem desejadas, e que isso aumenta a sua auto-estima. Já ouvi de outras, claro, que não gostam disso, que as fazem se sentir um objeto, que as deixam envergonhadas, ou que sentem nojo quando o autor da cantada é feio, mal vestido e coisas do tipo, mas que gostam caso ele seja bonitão, rico, ou coisas do tipo.

Já ouvi de tudo, confesso. E como visto, o gostar ou não gostar é relativo de mulher para mulher, de situação para situação, e etc. E confesso que em alguns casos a cantada pode incomodar, mas não acho que ela deva ser classificada com mais do que isso, ou seja, um incomodo. A não ser que passe dos limites, como demonstrado acima, na definição que apresentei sobre assédio, neste caso ela deve sim ser condenada.

Abraços!

Evidencia anedótica não é evidência. O que você ouviu de mulheres de forma particular é irrelevante, o que ocorre é que existe um grupo organizado e de tamanho significativo falando que chega de "fiu fiu" - Então chega de "fiu fiu".
There was a most ingenious Architect who had contrived a new method for building houses, by beginning at the Roof, and working downwards to the foundation.
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Offline Gregory House

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #179 Online: 03 de Novembro de 2014, 17:51:16 »
Eu acho esses caras que fazem cantadas um bando de otários, e já fui desses.

Se liguem só, quando eu era do tempo de fazer cantada na rua ou seja lá onde for, as mina faziam era gostar, dar risadinha.  ::)

Mais uns detalhes: sou alto(1,85m), galego e corpo atlético.

Tirem suas conclusões.

Offline Georg Hagedorn

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #180 Online: 03 de Novembro de 2014, 19:09:42 »
Há várias pesquisas que mostram que o que a mulher fala, nem sempre é o que ela deseja instintivamente. É um mecanismo de sobrevivência desenvolvido pelo sexo feminino para serem bem vistas pela sociedade e para que homens interessem-se em sua "pureza". É preciso ter cuidado nesse tipo de pesquisa e ter a principal fonte de informação por meio de metódos que não necessitem da opnião da mulher, apenas do instinto.

As mesmas mulheres que reclamam de assédio sexual, muitas vezes utilizam maquiagem e roupas provocantes aos homens. Sem falar das mulheres que culpam um homem por estupro apenas por que ele não o agradou. Que culpa tenho eu, ao olhar instintivamente para uma mulher que meu instinto considera atraente, ainda mais que essa mulher faz conta de mostrar sua beleza? Isso é a socialização macho/femeã  para o acasalamento.

Na selva não vemos as femeãs constrangidas com os desejos do macho, elas na verdade utilizam seu poder sexual para obter vantagens para sí e sua prole. Isso não difere muito dos humanos, óbvio que tem diferenças nas femeãs humanas.
"Alguma frase aleátoria na assinatura"

Offline Georg Hagedorn

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #181 Online: 03 de Novembro de 2014, 19:16:39 »
Eu acho esses caras que fazem cantadas um bando de otários, e já fui desses.

Se liguem só, quando eu era do tempo de fazer cantada na rua ou seja lá onde for, as mina faziam era gostar, dar risadinha.  ::)

Mais uns detalhes: sou alto(1,85m), galego e corpo atlético.

Tirem suas conclusões.

Compare com os homens.

Caso essa mulher lhe desse uma cantada:



Qual sua reação?

E caso essa mulher lhe desse uma cantada:



Qual sua reação?


Eu já sei para qual você iria ser mais receptivo.  :hihi:

"Alguma frase aleátoria na assinatura"

Offline Sergiomgbr

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #182 Online: 03 de Novembro de 2014, 19:28:32 »
Há várias pesquisas que mostram que o que a mulher fala, nem sempre é o que ela deseja instintivamente. É um mecanismo de sobrevivência desenvolvido pelo sexo feminino para serem bem vistas pela sociedade e para que homens interessem-se em sua "pureza". É preciso ter cuidado nesse tipo de pesquisa e ter a principal fonte de informação por meio de metódos que não necessitem da opnião da mulher, apenas do instinto.

As mesmas mulheres que reclamam de assédio sexual, muitas vezes utilizam maquiagem e roupas provocantes aos homens. Sem falar das mulheres que culpam um homem por estupro apenas por que ele não o agradou. Que culpa tenho eu, ao olhar instintivamente para uma mulher que meu instinto considera atraente, ainda mais que essa mulher faz conta de mostrar sua beleza? Isso é a socialização macho/femeã  para o acasalamento.

Na selva não vemos as femeãs constrangidas com os desejos do macho, elas na verdade utilizam seu poder sexual para obter vantagens para sí e sua prole. Isso não difere muito dos humanos, óbvio que tem diferenças nas femeãs humanas.
Você está dizendo que quando uma mulher diz que não quer, ela na verdade quer? Pode citar as fontes dessas pesquisas que você menciona?

Será que uma mulher deve agir instintivamente e, por exemplo, engravidar toda vez que trepar? Ou mudar de macho a cada vez que encontrar um macho mais "alfa"? Ou trepar com os próprios filhos/pai?
« Última modificação: 03 de Novembro de 2014, 19:31:06 por sergiomgbr »
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Georg Hagedorn

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #183 Online: 03 de Novembro de 2014, 20:34:10 »
Há várias pesquisas que mostram que o que a mulher fala, nem sempre é o que ela deseja instintivamente. É um mecanismo de sobrevivência desenvolvido pelo sexo feminino para serem bem vistas pela sociedade e para que homens interessem-se em sua "pureza". É preciso ter cuidado nesse tipo de pesquisa e ter a principal fonte de informação por meio de metódos que não necessitem da opnião da mulher, apenas do instinto.

As mesmas mulheres que reclamam de assédio sexual, muitas vezes utilizam maquiagem e roupas provocantes aos homens. Sem falar das mulheres que culpam um homem por estupro apenas por que ele não o agradou. Que culpa tenho eu, ao olhar instintivamente para uma mulher que meu instinto considera atraente, ainda mais que essa mulher faz conta de mostrar sua beleza? Isso é a socialização macho/femeã  para o acasalamento.

Na selva não vemos as femeãs constrangidas com os desejos do macho, elas na verdade utilizam seu poder sexual para obter vantagens para sí e sua prole. Isso não difere muito dos humanos, óbvio que tem diferenças nas femeãs humanas.
Você está dizendo que quando uma mulher diz que não quer, ela na verdade quer? Pode citar as fontes dessas pesquisas que você menciona?

Será que uma mulher deve agir instintivamente e, por exemplo, engravidar toda vez que trepar? Ou mudar de macho a cada vez que encontrar um macho mais "alfa"? Ou trepar com os próprios filhos/pai?

Isso varia, normalmente isso ocorre com perguntas constragedoras onde elas tendem a mentir.  É mais importante observar as ações da mulher do que o que ela fala. Por exemplo, caso você aproxime-se de uma garota para beija-la, mas ela tira o rosto. Isso é um sinal de que ela não quer, ela nem precisa falar mais nada e você já sabe que deve se afastar.

Na verdade ela poderia fazer isso ( atentando-se ao fato de que ela pode engravidar apenas de 9 em 9 meses ), porém a educação  que ela recebeu e a moral da sociedade muitas vezes é um bloqueio para seguir seus desejos. Hoje em dia as mulheres são incentivadas a terem menos filhos e a serem mais promíscuas. Por isso elas seguem mais seus desejos com menos inibição, grande parte da mídia influência esse comportamento.

Assim como é com um homem casado que deseja outras mulheres. Ele controla-se, mas isso não quer dizer que não sinta atração por outras mulheres.

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Novos estudos sobre revelam um abismo entre o que as mulheres sentem e o que dizem sentir
 
Ida Bauer aparece nos textos de Sigmund Freud, o pai da psicanálise, sob o nome fictício de Dora. É uma moça bonita, de 15 anos, perturbada por tosses nervosas e incapacidade ocasional de falar. Chegou ao divã do médico vienense queixando-se de duas coisas: assédio sexual de um amigo da família e indisposição do pai em protegê-la. Freud aceitou os fatos, mas desenvolveu uma interpretação própria sobre eles. O nervosismo e as doenças se explicavam porque a moça se sentia sexualmente atraída pelo molestador, mas reprimia a sensação prazerosa e a transformava, histericamente, em incômodo físico. Como Ida se recusou a aceitar essa versão sobre seus sentimentos, largou o tratamento. Peter Kramer, biógrafo de Freud, diz que os sintomas só diminuíram quando ela enfrentou o pai e o molestador, tempos depois. Freud estava errado; ela, certa. Anos mais tarde, refletindo sobre a experiência, Freud escreveu uma passagem famosa: “A grande questão que nunca foi respondida, e que eu ainda não fui capaz de responder, apesar de 30 anos de pesquisa sobre a alma feminina, é: o que querem as mulheres?”.
 
Meredith Chivers, uma jovem pesquisadora da Universidade Queen, no Canadá, acredita que pode finalmente responder à pergunta. Sem os preconceitos e a ortodoxia de Freud, e com recursos experimentais que ele não tinha, reuniu 47 mulheres e 44 homens em laboratório e aplicou o mesmo teste a todos eles: viram oito filmes curtos sobre sexo, com temas variados, enquanto seus órgãos genitais eram monitorados por sensores capazes de medir a ereção masculina e a lubrificação feminina. Ao mesmo tempo, Meredith pediu que indicassem, num sensor eletrônico, quanto estavam excitados com cada cena projetada. Essa era a parte subjetiva do teste.
 
Os resultados foram sensacionais. Meredith descobriu, primeiro, que as mulheres, sejam elas hétero ou homossexuais, se estimulam com uma gama muito variada de cenas. Homem e mulher transando, mulheres transando, homens transando, quase tudo foi capaz de produzir excitação física nas mulheres. Até cenas de coito entre bonobos (os parentes menores e mais dóceis dos chimpanzés) causaram alterações genitais nas voluntárias, embora tenham deixado os homens indiferentes. Qualquer que seja a sua orientação sexual, eles parecem ser mais focados em suas preferências. Homossexuais se excitam predominantemente com cenas de sexo entre homens ou com cenas de masturbação masculina. Heterossexuais se interessam por sexo entre mulheres, sexo entre homens e mulheres e atividades que envolvam o corpo feminino, mesmo as não-sexuais. O estudo sugere que as mulheres são mais flexíveis em sua capacidade de se interessar. Seu universo sexual é mais rico.
 
A outra surpresa da pesquisa de Meredith, talvez sua descoberta mais importante, foi a constatação de que existe uma distância entre o que as mulheres manifestam fisicamente e o que elas declaram sentir. As cenas de sexo entre mulheres, por exemplo, foram as que causaram maior excitação física entre as mulheres heterossexuais – mas aparecem em segundo na lista de respostas sobre as imagens mais excitantes. Ocorre o mesmo com sexo entre dois homens. Os sensores vaginais mostram ser esse o terceiro tipo de cena que mais excita as mulheres, mas ele aparece na quinta posição nas declarações. O fenômeno de divergência entre corpo e mente não poupa os macacos. Meredith diz que o relato subjetivo das mulheres sobre os bonobos não é coerente com a excitação física que elas demonstram. “O que eu descobri foi que as mulheres ficaram fisicamente excitadas (com os macacos), mas não declararam se sentir dessa forma”, ela disse em entrevista a ÉPOCA. Os homens demonstram um grau de coerência mais elevado entre as medidas objetivas e subjetivas. Eles declaram gostar daquilo que fisicamente os comove, embora também se confundam com escolhas, por assim dizer, difíceis. No instrumento em que registram suas preferências, os homens heterossexuais marcaram as cenas de masturbação femininas como as mais excitantes, vencendo por pouco o sexo entre duas mulheres. Mas os sensores genitais mostraram coisa diferente: a vitória pertence claramente às cenas de sexo entre mulheres. A conclusão é que também entre os homens há uma diferença entre excitação mental e excitação física, mas ela parece ser muito menor do que entre as mulheres.
 
Se for excluída a hipótese de que as mulheres mentem a respeito de seus sentimentos (por que fariam isso em laboratório, protegidas pelo anonimato?), estamos de volta à perplexidade registrada por Freud no texto de 1900, com um sério agravante: não é apenas que um homem não entende as mulheres, mas elas mesmas que não sabem o que sentem. Ou não seria nada disso? “As mulheres mentem, de forma consciente e inconsciente”, diz a escritora e roteirista Fernanda Young, de 38 anos. “Elas mentem para sobreviver porque, historicamente, não têm liberdade para dizer o que pensam. Acho que a maioria das mulheres se constrange diante de alguns objetos de excitação e diz que não se excita. É uma questão de sobrevivência cultural”.
 
A revista dominical do jornal The New York Times publicou dias atrás uma longa reportagem em que a sexóloga Meredith, de 36 anos, discutia a sua pesquisa, publicada em 2007. O texto apresentava várias teorias e pesquisas empíricas que tentam explicar o universo sexual feminino. Curiosamente, quando combinados, os dados obtidos em laboratório parecem confirmar aquilo que Fernanda Young afirma sem amparo estatístico: por razões ainda misteriosas (históricas e culturais, provavelmente; físicas, quem sabe) as mulheres escondem (até de si mesmas) as suas preferências sexuais e operam com um nível elevado (e contraditório) de fantasias, nem todas politicamente corretas. “A sexualidade é um quarto escuro”, diz a escritora.
 
Desde os relatórios pioneiros de Alfred Kinsey, escritos nos anos 1940 e 1950 do século XX, o meio médico acreditava que mulheres e homens eram sexualmente assemelhados. Foi apenas em 2005 que a pesquisadora canadense Rosemary Basson sugeriu que o desejo das mulheres não segue a cronologia masculina, na qual desejo, excitação e orgasmo se sucedem, nesta ordem. De lá para cá, a ênfase dos estudos sobre sexualidade tem estado nas diferenças entre homens e mulheres. Um dos resultados práticos dessa tendência é a percepção crescente de que o sexo nas mulheres é muito mais subjetivo do que se imaginava. Nelas, os mecanismos de excitação psicológicos parecem estar em ampla medida descolados do que ocorre no corpo. Ao contrário dos homens, para quem ereção é sinônimo de disposição, a lubrificação feminina não significa prontidão para o sexo.
 
Se for excluída a hipótese de que as mulheres mentem a respeito de seus sentimentos (por que fariam isso em laboratório, protegidas pelo anonimato?), estamos de volta à perplexidade registrada por Freud no texto de 1900, com um sério agravante: não é apenas que um homem não entende as mulheres, mas elas mesmas que não sabem o que sentem. Ou não seria nada disso? “As mulheres mentem, de forma consciente e inconsciente”, diz a escritora e roteirista Fernanda Young, de 38 anos. “Elas mentem para sobreviver porque, historicamente, não têm liberdade para dizer o que pensam. Acho que a maioria das mulheres se constrange diante de alguns objetos de excitação e diz que não se excita. É uma questão de sobrevivência cultural”.
 
A revista dominical do jornal The New York Times publicou dias atrás uma longa reportagem em que a sexóloga Meredith, de 36 anos, discutia a sua pesquisa, publicada em 2007. O texto apresentava várias teorias e pesquisas empíricas que tentam explicar o universo sexual feminino. Curiosamente, quando combinados, os dados obtidos em laboratório parecem confirmar aquilo que Fernanda Young afirma sem amparo estatístico: por razões ainda misteriosas (históricas e culturais, provavelmente; físicas, quem sabe) as mulheres escondem (até de si mesmas) as suas preferências sexuais e operam com um nível elevado (e contraditório) de fantasias, nem todas politicamente corretas. “A sexualidade é um quarto escuro”, diz a escritora.
 
Desde os relatórios pioneiros de Alfred Kinsey, escritos nos anos 1940 e 1950 do século XX, o meio médico acreditava que mulheres e homens eram sexualmente assemelhados. Foi apenas em 2005 que a pesquisadora canadense Rosemary Basson sugeriu que o desejo das mulheres não segue a cronologia masculina, na qual desejo, excitação e orgasmo se sucedem, nesta ordem. De lá para cá, a ênfase dos estudos sobre sexualidade tem estado nas diferenças entre homens e mulheres. Um dos resultados práticos dessa tendência é a percepção crescente de que o sexo nas mulheres é muito mais subjetivo do que se imaginava. Nelas, os mecanismos de excitação psicológicos parecem estar em ampla medida descolados do que ocorre no corpo. Ao contrário dos homens, para quem ereção é sinônimo de disposição, a lubrificação feminina não significa prontidão para o sexo.
 
Isso explica por que ainda não existe um Viagra feminino: ele seria inútil, já que a libido das mulheres não é vascular. Meredith vai mais longe. Ela especula que a lubrificação vaginal talvez seja apenas um artefato evolutivo “para reduzir o desconforto e a possibilidade de ferimentos” durante a penetração. Não teria nada a ver com prazer e satisfação sexual, muito menos seria sinônimo de sinal verde. “Eu vivo repetindo a meus alunos que estar molhada não significa ter consentido em fazer sexo”, diz ela.
 
A lubrificação vaginal talvez seja um artifício evolutivo para impedir que a mulher se machuque. Esse tipo de generalização extraída do laboratório reflete a realidade das mulheres? Eis uma pergunta que o psicólogo Ítor Finotelli Júnior, terapeuta sexual na cidade de Campinas, em São Paulo, acha difícil responder. Ele examinou o estudo de Meredith a pedido de ÉPOCA e faz uma ressalva: a amostragem limitada. “O número de voluntários não é razoável. Você precisa de umas 200 ou 300 pessoas para extrair conclusões confiá­veis”, diz ele. Meredith trabalhou com 47 mulheres. Outra complicação é a ausência de informação sobre as voluntárias. Qual a idade, qual a classe social, qual a etnia ou a cultura das mulheres estudadas por Meredith? Ele dá um exemplo prático da limitação dessas investigações. Seu grupo de trabalho acaba de concluir um estudo de 200 pacientes (homens e mulheres) sobre fantasias autoeróticas. Descobriu que as mulheres se excitam recordando cenas de sexo com os parceiros, enquanto os homens recorrem a fantasias com “mulheres atraentes”. “Mas isso é válido apenas para pessoas de classe média alta, com curso universitário, que moram em São Paulo e procuram auxílio psicológico”, diz ele.
 
Um dos indicadores de que a pesquisa de Meredith chegou perto do alvo é que a sua conclusão mais espetacular – a separação entre o corpo e a mente sexual das mulheres – não surpreende tanto assim os especialistas, sobretudo as mulheres que conhecem a intimidade das outras mulheres. “Os homens sabem o que têm de sentir; as mulheres, não”, diz a psicanalista Diana Corso, de Porto Alegre.
 
“As mulheres querem ser queridas, desejadas, aceitas. Elas se confundem quando têm de explicar o seu próprio desejo.” Essa percepção sobre a relativa passividade do desejo feminino, da sua dependência, está cada vez mais presente na literatura sobre sexualidade. Meredith Chivers fala do “poder de ser desejada” como um dos componentes mais fortes do desejo das mulheres, uma área que ela deseja estudar no futuro. Outra pesquisadora citada na reportagem do New York Times, Marta Meana, da Universidade de Nevada, sustenta que o desejo feminino depende diretamente da urgência demonstrada pelo homem. “Para as mulheres, ser desejada é o orgasmo”, diz ela. É por isso, afirma, que relações estáveis, duradouras e… mornas, tendem a “esfriar” as mulheres.
 
O desejo feminino parece depender diretamente da urgência demonstrada pelo homem em copular. Como ocorre com muitos elementos da vasta e contraditória psique humana, há consequências perversas na opção sexual das mulheres pelo prazer do outro. Uma delas é a divergência entre o que o corpo diz e o que a mente ouve, capturada no estudo de Meredith. A outra, perturbadora, é a fantasia do estupro. Os especialistas pisam em ovos ao falar sobre isso, mas o fato é que as mulheres têm fantasias recorrentes de serem submetidas pela força. Por trás disso, encontra-se, aparentemente, a ilusão narcisista (e excitante) de ser tão atraente, tão irresistível, que os homens seriam incapazes de conter sua luxúria. “As fantasias de estupro são muito mais recorrentes do que as pessoas imaginam”, diz o terapeuta Finotelli. Isso quer dizer que essas mulheres gostariam de ser estupradas? Não. Não. E, mais uma vez, não. Trata-se de uma fantasia íntima que dispara desejos sexuais. Ela não esconde a vontade oculta de sofrer a violência sórdida de um estupro. “As mulheres querem ser encostadas no muro, mas não colocadas em perigo”, diz Marta Meana. “Elas querem um homem das cavernas atencioso”. Quem seria capaz de cumprir tal papel? “Denzel Washington”, responde a pesquisadora. “Ele transmite esse tipo de poder e é um bom homem”. O.k., vai.
 
Ao preconizar a divisão radical da libido das mulheres entre mente e corpo, os novos estudos de sexualidade criam um dilema. Se essa divisão expressa a natureza profunda das mulheres, então há nas fêmeas da espécie humana um duplo comando sexual. De um lado, o corpo, capaz de demonstrar excitação até mesmo durante um estupro, como forma de proteção. Do outro, a mente, dividida entre fantasias de prazer arriscado e a necessidade emocional de intimidade e proteção. Se essa duplicidade corpo-mente for de fato a realidade feminina, há simplesmente de entendê-la e adaptar-se a ela. Uma tarefa para homens e mulheres. Mas existe a possibilidade de que essas constatações reflitam apenas o passivo cultural e psicológico das fêmeas da linhagem humana. Elas são submetidas ao controle sexual dos machos desde o Paleolítico (há dois milhões de anos) e apenas nas últimas três ou quatro décadas foram emancipadas, parcialmente. “A terrível realidade dos estudos psicológicos é que você não consegue separar o que é cultural do que é biológico”, diz Meredith. Ainda bem, já que a nossa vida se passa simultaneamente nas esferas biológica e cultural.
 
Mas, o que fazer diante do dilema? Carmita Abdo, professora da Universidade de São Paulo e médica do Hospital das Clínicas de São Paulo, uma das mais respeitadas especialistas brasileiras em sexualidade humana, prefere trabalhar com a hipótese terapêutica. Ela sugere, por exemplo, que a mulher fique atenta aos sinais genitais, como uma forma de intensificar seu próprio desejo. As pesquisas mostram que as mulheres têm muito mais dificuldade que os homens em perceber as próprias alterações. Finotelli exemplifica com um fato singelo: diz  que é muito comum que as mulheres mais inibidas expliquem o eventual intumescimento dos mamilos como “frio”, mesmo quando a temperatura ambiental e subjetiva está muito elevada. É apenas natural que essas mulheres não reconheçam os sinais de excitação genital e nem se deixem carregar por eles, como fazem os homens. Esse é o terreno em que a informação pode ter uso terapêutico, no qual as pesquisas podem servir como guia. Essa é a especialidade de pessoas como Carmita. Quanto à atávica dificuldade em explicar o que querem, afinal, as mulheres, ela dá de ombros. “A quem interessa responder essa pergunta?”, diz a médica. “A dúvida é que mantém o interesse por elas”. Touché.
 
Título: O que desperta o desejo sexual feminino
Autores: Ivan Martins e Francine Lima
Palavras-Chave: desejo sexual; feminino; pesquisa científica; lubrificação; fantasias sexuais; libido; prazer sexual; sexo; sexualidade humana
Categoria: Trabalhos técnicos: Entrevista para Revista Época
Fonte: Revista Época
« Última modificação: 03 de Novembro de 2014, 20:41:21 por Georg Hagedorn »
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Offline Skeptikós

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #184 Online: 03 de Novembro de 2014, 20:36:31 »
Já ouvi relatos de mulheres que se sentem bem ao ouvirem cantadas como essas, dizem que isso as fazem se sentirem desejadas, e que isso aumenta a sua auto-estima. Já ouvi de outras, claro, que não gostam disso, que as fazem se sentir um objeto, que as deixam envergonhadas, ou que sentem nojo quando o autor da cantada é feio, mal vestido e coisas do tipo, mas que gostam caso ele seja bonitão, rico, ou coisas do tipo.

Já ouvi de tudo, confesso. E como visto, o gostar ou não gostar é relativo de mulher para mulher, de situação para situação, e etc. E confesso que em alguns casos a cantada pode incomodar, mas não acho que ela deva ser classificada com mais do que isso, ou seja, um incomodo. A não ser que passe dos limites, como demonstrado acima, na definição que apresentei sobre assédio, neste caso ela deve sim ser condenada.

Abraços!

Evidencia anedótica não é evidência. O que você ouviu de mulheres de forma particular é irrelevante, o que ocorre é que existe um grupo organizado e de tamanho significativo falando que chega de "fiu fiu" - Então chega de "fiu fiu".
Podem não possuírem relevância cientifica (e eu nem mesmo pretendi que tivessem), mas possuem relevância para a indagação feita pelo Juca:

(...) pergunte a qualquer mulher bonita ( ou não) do seu lado sobre levar cantadas, olhares indiscretos, gracejos. . . [!]
Já perguntei e as resposta que obtive (supracitadas) foram as que passei ao Juca.

Mais uma vez: As minhas experiências não pretendem servirem como evidência científica, foram usadas apenas para responderem a solicitação do forista Juca.

Abraços!
« Última modificação: 03 de Novembro de 2014, 20:38:47 por Skeptikós »
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"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Sergiomgbr

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #185 Online: 03 de Novembro de 2014, 21:23:29 »
Há várias pesquisas que mostram que o que a mulher fala, nem sempre é o que ela deseja instintivamente. É um mecanismo de sobrevivência desenvolvido pelo sexo feminino para serem bem vistas pela sociedade e para que homens interessem-se em sua "pureza". É preciso ter cuidado nesse tipo de pesquisa e ter a principal fonte de informação por meio de metódos que não necessitem da opnião da mulher, apenas do instinto.

As mesmas mulheres que reclamam de assédio sexual, muitas vezes utilizam maquiagem e roupas provocantes aos homens. Sem falar das mulheres que culpam um homem por estupro apenas por que ele não o agradou. Que culpa tenho eu, ao olhar instintivamente para uma mulher que meu instinto considera atraente, ainda mais que essa mulher faz conta de mostrar sua beleza? Isso é a socialização macho/femeã  para o acasalamento.

Na selva não vemos as femeãs constrangidas com os desejos do macho, elas na verdade utilizam seu poder sexual para obter vantagens para sí e sua prole. Isso não difere muito dos humanos, óbvio que tem diferenças nas femeãs humanas.
Você está dizendo que quando uma mulher diz que não quer, ela na verdade quer? Pode citar as fontes dessas pesquisas que você menciona?

Será que uma mulher deve agir instintivamente e, por exemplo, engravidar toda vez que trepar? Ou mudar de macho a cada vez que encontrar um macho mais "alfa"? Ou trepar com os próprios filhos/pai?

Isso varia, normalmente isso ocorre com perguntas constragedoras onde elas tendem a mentir.  É mais importante observar as ações da mulher do que o que ela fala. Por exemplo, caso você aproxime-se de uma garota para beija-la, mas ela tira o rosto. Isso é um sinal de que ela não quer, ela nem precisa falar mais nada e você já sabe que deve se afastar.

Na verdade ela poderia fazer isso ( atentando-se ao fato de que ela pode engravidar apenas de 9 em 9 meses ), porém a educação  que ela recebeu e a moral da sociedade muitas vezes é um bloqueio para seguir seus desejos. Hoje em dia as mulheres são incentivadas a terem menos filhos e a serem mais promíscuas. Por isso elas seguem mais seus desejos com menos inibição, grande parte da mídia influência esse comportamento.

Assim como é com um homem casado que deseja outras mulheres. Ele controla-se, mas isso não quer dizer que não sinta atração por outras mulheres.

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Novos estudos sobre revelam um abismo entre o que as mulheres sentem e o que dizem sentir[...]
 
O que esse texto parece confirmar é exatamente o contrário de procurar as reais intenções das mulheres apenas considerando seus instintos, por causa da volubilidade natural feminina, aquilo que elas dizem por "a + b" é que deve principalmente ser levado em consideração.
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Offline Georg Hagedorn

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #186 Online: 03 de Novembro de 2014, 22:12:51 »
A mulher sente atração por diferentes sexualidades como deu pra entender no texto e o que ela diz sentir não condiz com o que ela sente no momento. Por isso não deve-se confiar muito nas mulheres quando fazemos perguntas constragedoras e diretas a elas. Óbvio que tem exceções. Não entendi por que você disse que devemos acreditar no que elas dizem, por causa do texto.

Uma coisa interessante que observei:

Nesse vídeo podemos ver mulheres tentando beijar mulheres estranhas como um experimento social/pegadinha. Pelo que ví no vídeo, as mulheres parecem gostar e não reagem ao beijo da mulher.


Nesse vídeo podemos ver homens tentando beijar outros homens e pelo que parece nemhum deles ousou a beijar... até mesmo um gay.  :hihi:


« Última modificação: 03 de Novembro de 2014, 22:20:47 por Georg Hagedorn »
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Offline Sergiomgbr

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #187 Online: 03 de Novembro de 2014, 22:26:18 »
A mulher sente atração por diferentes sexualidades como deu pra entender no texto e o que ela diz sentir não condiz com o que ela sente no momento.


O que está evidenciado no texto, que diz respeito a experiência com os sensores nas genitálias auferindo a lubrificação vaginal, não remete a uma excitação que corresponda a um desejo sexual explícito e sim respostas atávicas/instintivas do corpo desconectas do que poderiam ser  desejos conscientes para as mulheres em questão.

Por isso não deve-se confiar muito nas mulheres quando fazemos perguntas constragedoras e diretas a elas. Óbvio que tem exceções.

Conclusão absurda! 


Não entendi por que você disse que devemos acreditar no que elas dizem, por causa do texto.

Por que não há qualquer paralelo no texto com uma afirmação em contrário, aliás, o texto só reafirma a profundidade psicológica feminina com relação a mínimas nuances de escolhas.
« Última modificação: 03 de Novembro de 2014, 22:30:02 por sergiomgbr »
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Offline Georg Hagedorn

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #188 Online: 03 de Novembro de 2014, 22:43:01 »
Pode-se medir a excitação da mulher atravez da secreção vaginal, já  no homem é pela ereção. O que seria um desejo sexual explícito e consciente?

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Offline Barata Tenno

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #189 Online: 03 de Novembro de 2014, 22:54:09 »
Pode-se medir a excitação da mulher atravez da secreção vaginal, já  no homem é pela ereção. O que seria um desejo sexual explícito e consciente?



Estar de pau duro ou molhada não quer dizer que a pessoa necessariamente quer trepar, nosso corpo tem reações inconscientes a estímulos, mas o que importa é a decisão que tomamos conscientemente. Se a pessoa disser não, não importa se ele esta de pau duro ou se ela esta molhada, não é não.
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Offline Sergiomgbr

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #190 Online: 03 de Novembro de 2014, 22:55:23 »
Pode-se medir a excitação da mulher atravez da secreção vaginal, já  no homem é pela ereção. O que seria um desejo sexual explícito e consciente?

Você sequer leu o próprio texto que você postou?

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Isso explica por que ainda não existe um Viagra feminino: ele seria inútil, já que a libido das mulheres não é vascular. Meredith vai mais longe. Ela especula que a lubrificação vaginal talvez seja apenas um artefato evolutivo “para reduzir o desconforto e a possibilidade de ferimentos” durante a penetração. Não teria nada a ver com prazer e satisfação sexual, muito menos seria sinônimo de sinal verde. “Eu vivo repetindo a meus alunos que estar molhada não significa ter consentido em fazer sexo”, diz ela.

E também,

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Ao preconizar a divisão radical da libido das mulheres entre mente e corpo, os novos estudos de sexualidade criam um dilema. Se essa divisão expressa a natureza profunda das mulheres, então há nas fêmeas da espécie humana um duplo comando sexual.
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Offline Georg Hagedorn

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #191 Online: 03 de Novembro de 2014, 23:05:24 »
Certo. Manterei minha especulação comigo e quando eu formular algo mais concreto postarei. Queria saber alguma opnião sobre os vídeos que postei.
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Offline Marcel

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #192 Online: 07 de Novembro de 2014, 00:45:49 »
Eu acho que proibir cantadas é tirar o direito da mulher de decidir se gosta ou não, se quer ou não quer. Eu vi no programa "amor e sexo" da globo uma mulher falando que gosta de levar cantada de pedreiro, e até agradece. E aí? Proibir as cantadas não traria prejuízo à essa mulher, que gosta de ser elogiada? Essas feministas que querem proibir cantadas pensam assim: "eu não gosto, então nenhuma mulher gosta. E se ela diz que gosta, é por que tá sendo explorada e não sabe, por isso, nós vamos decidir do que ela tem que gostar e do que ela não tem que gostar, as mulheres são todas crianças e nós temos que protege-las..."

Offline Marcel

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #193 Online: 07 de Novembro de 2014, 00:49:08 »
Eu chamo isso de infantilização da mulher. "Vamos proteger as garotinhas (mulheres adultas) inocentes desses pedófilos estupradores que chamam elas de lindas na rua..."

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #194 Online: 07 de Novembro de 2014, 00:58:17 »
Então estão mesmo falando em proibir que as pessoas digam que uma mulher é linda, é isso mesmo? :hein:

Tem algum texto disso vindo das próprias pessoas propondo isso, que tire qualquer margem de dúvida quanto até mesmo isso ser "proibido"?


Pois eu acho que, mesmo que for "proibido", se feito com bom senso, não há muito com o que se preocupar. O mais provável é que as mulheres que recereberem esses elogios não vão denunciar ninguém.

Mas desconfio que não é exatamente o "direito" a fazer elogios com bom senso que alguns estão temendo perder.



...


Curiosidade, o que os opositores pensariam de suas namoradas, esposas, mães, irmãs, serem aquelas se queixando de assédio? Seria só frescura, ainda? :hein:

Offline Barata Tenno

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #195 Online: 07 de Novembro de 2014, 01:18:14 »
Eu não acho que se deva proibir por lei, mas acho legal campanhas que mostrem o quanto isso é babaca e incomodo. O fato de algumas gostarem não muda o fato de que é uma coisa a ser evitada, tem gente que não fuma e não se incomoda com a fumaça, mas fumar perto de gente que não fuma é falta de respeito e deve ser evitado quando não se conhece as pessoas que estão ao seu redor.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #196 Online: 07 de Novembro de 2014, 02:20:36 »
Eu não acho que se deva proibir por lei, mas acho legal campanhas que mostrem o quanto isso é babaca e incomodo.

A efetividade de uma campanha assim deve no entanto levar em consideração haver quem faça isso justamente com o propósito de incomodar.

Offline Georg Hagedorn

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #197 Online: 07 de Novembro de 2014, 07:17:00 »
Também quero que façam campanhas contra o assédio sexual por parte das mulheres.
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Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #198 Online: 07 de Novembro de 2014, 11:07:59 »
ah que ponto o politicamente correto chegou. Cansei de ver cantadas bem sucedidas, garotas super felizes em receber cantadas. O que muitas não vão gostar é ser chamada de gostosa, vou te lamber toda, etc
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #199 Online: 07 de Novembro de 2014, 13:49:49 »
De qualquer forma um enquadramento em algum nível para "cantores" vai punir apenas os imbecis, e não, reais artistas da sedução.
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