Autor Tópico: Cantadas e Assédio Sexual  (Lida 73637 vezes)

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Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #675 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:20:56 »
Geo, exato, fato. O grande problema é que só vamos saber à posteriori, tentar puxar assunto perceber que não é bem vindo, pedir desculpas e sair.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #676 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:21:57 »
[...]
Quanto à decisão de não beijar antes de namorar ou transar antes de casar, é de cunho pessoal. Será moralista se quem tomar essa decisão quiser cagar regras em cima da cabeça dos outros.

[...]
Mas, para que fique bem claro, eu não quero 'ditar regras' para outros. Cada um age conforme os seus princípios.

 :ok:
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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #677 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:24:57 »
Doubt, it is what it is. Você passou o tempo todo advogando besteira, não dá para mudar. Fale como eu fiz no caso do BB e em alguns casos com o Barata, "estou errado"

Madiba, it is what it is. Você passou do tempo advogando besteira, não dá para mudar. Fale novamente "estou errado".

Isso você escreveu agora, depois que viu que sua posição sem noção é insustentável.

Para haver paquera é preciso haver retorno, evidentemente. Paquera = namoro, conquista amorosa. Envolve reciprocidade. Com ou sem humor, leveza, alegria, um "linda", "princesa", "rainha", "deusa", "gostosa", "ôh, lá em casa", não é paquera nem aqui nem lá em casa, é cantada, não é sequer uma "conversa", se a mulher não se der ao trabalho nem de olhar para o lado, é monólogo. 



Doubt, e um "contato inicial"? Precisam os olhos se cruzar e acontecer um momento mágico-cósmico-super-romântico e transcendental que durará pela eternidade, ou algo educado com potencial para transcorrer bem* pode ser iniciado unilateralmente? Chegar em alguém e dizer "oi" é molestar?

* e sem insistência inoportuna caso não seja bem recebido.
Em um dos vídeos postados, olhares e sorrisos, mas somente os vindos de homens, claro, também foram denunciados como assédio, então eu não me surpreenderia se esta cruzada de olhares, mesmo que involuntária, não fosse também colocada por os ativistas contra-"cantadas" como uma atitude que merecesse repreensão, ou o no mínimo o cuidado de ser evitada pelos homens, para não correr o risco de, se não assediar, pelo menos não incomodar as pobres e frágeis mulheres.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar


Offline Sergiomgbr

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #679 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:28:53 »
Sua defesa sei lá do que tem redundado apenas em argumentos circulares,
Mentira. Mostre um argumento circular.
Você só tem se repetido, e já a algum tempo, meu caro.
E aprenda o que é uma falácia argumento circular não é repetir um argumento. 
Argumento circular também é a repetição de termos.
A repetição de um argumento não é argumentação circular. Posso repetir Ad infinitum o seguinte argumento:

Um Poodle não é um Labrador mas ambos são cachorros. Manga de camisa não é manga de pastoreio nem essas duas primeiras são uma fruta chamada manga. Nem sempre existe só uma definição para cada termo.

Não é porque não tem a mesma conotação de falácia de argumento circular que uma repetição de argumentos não pode ser chamada de argumento circular.

No caso em questão, a tipificação de argumento circular como falácia ou simples expressão de repetição de argumento no entanto, são caracterizáveis.

Você é muito intenso em apresentar definições como justificativas pra tudo, meu caro Skeptikós, tanto quanto é propenso a desconectá-las da Realidade.
É você quem é propenso de mais em usar a desculpa de estar criando um neologismo para deixar de admitir ter se equivocado no uso de um termo ou expressão.

Argumento circular é aquilo que apresentei como definição de argumento circular. Usar o mesmo argumento repetidas vezes recebe outro nome, se chama argumentação Ad infinitum.

Não meu filho, essa definição que você trouxe é a de uma falácia chamada Argumento Circular. Um argumentação que começa a se tornar repetitiva também é uma argumentação circular que passa de "x" para "y" depois para "z", depois volta para "x" de novo, refazendo todo processo(aí sim Ad Infinitum), é como um disco arranhado, por que reinicia de onde termina. Neologismo ou não, faça a leitura que quiser.



Ficaria surpreso se você alguma vez admitisse um erro seu, sério cara,
Você precisa relativizar aquilo que você vê como erros, de fato e de direito. Para deixar de ser anacrônico, quem sabe?


 por que você chega a níveis ridículos de manobras sofísticas (no sentido pejorativo da palavra) para não admitir uma derrota ou erro argumentativo.

Histeria também, meu garoto?
Até onde eu sei eu não sei.

Offline AlienígenA

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #680 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:33:39 »
Doubt, it is what it is. Você passou o tempo todo advogando besteira, não dá para mudar. Fale como eu fiz no caso do BB e em alguns casos com o Barata, "estou errado"

Madiba, it is what it is. Você passou do tempo advogando besteira, não dá para mudar. Fale novamente "estou errado".

Isso você escreveu agora, depois que viu que sua posição sem noção é insustentável.

Para haver paquera é preciso haver retorno, evidentemente. Paquera = namoro, conquista amorosa. Envolve reciprocidade. Com ou sem humor, leveza, alegria, um "linda", "princesa", "rainha", "deusa", "gostosa", "ôh, lá em casa", não é paquera nem aqui nem lá em casa, é cantada, não é sequer uma "conversa", se a mulher não se der ao trabalho nem de olhar para o lado, é monólogo. 



Doubt, e um "contato inicial"? Precisam os olhos se cruzar e acontecer um momento mágico-cósmico-super-romântico e transcendental que durará pela eternidade, ou algo educado com potencial para transcorrer bem* pode ser iniciado unilateralmente? Chegar em alguém e dizer "oi" é molestar?

* e sem insistência inoportuna caso não seja bem recebido.

Ainda estamos falando de cantadas de rua? De interpelar pessoas transitando, para marcar território, como um cão mija num poste? Molestar não, só falta de noção. Porque uma coisa é se aproximar de uma mulher numa praça, num bar, na academia, ali, na boa, relaxada, com a situação sob controle, uma boa visão do ambiente em volta, para tentar um contato inicial, mesmo sem um cruzar de olhos num momento mágico-cósmico-super-romântico e transcendental que durará pela eternidade, sem as preocupações naturais de quem transita pelas ruas, assalto, atropelamento, obstáculos na calçada, essas coisas. :/ 

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #681 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:34:09 »
"Argumentação circular" é geralmente definida como argumentação que tem a conclusão já implícita na premissa.

O que houve é confusão com a expressão de estar se "andando em círculos" na discussão.

Offline Geotecton

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #682 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:35:34 »
[...]
Obs2: Ficaria surpreso se você alguma vez admitisse um erro seu, sério cara, por que você chega a níveis ridículos de manobras sofísticas (no sentido pejorativo da palavra) para não admitir uma derrota ou erro argumentativo.
[...]

"Derrota"?

Estamos neste tópico há muito tempo e não percebi que havia um jogo ou uma atividade competitiva se desenrolando por aqui.

Pensei que era um tópico de discussão intelectual.
Foto USGS

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #683 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:40:25 »
Sua defesa sei lá do que tem redundado apenas em argumentos circulares,
Mentira. Mostre um argumento circular.
Você só tem se repetido, e já a algum tempo, meu caro.
E aprenda o que é uma falácia argumento circular não é repetir um argumento. 
Argumento circular também é a repetição de termos.
A repetição de um argumento não é argumentação circular. Posso repetir Ad infinitum o seguinte argumento:

Um Poodle não é um Labrador mas ambos são cachorros. Manga de camisa não é manga de pastoreio nem essas duas primeiras são uma fruta chamada manga. Nem sempre existe só uma definição para cada termo.

Não é porque não tem a mesma conotação de falácia de argumento circular que uma repetição de argumentos não pode ser chamada de argumento circular.

No caso em questão, a tipificação de argumento circular como falácia ou simples expressão de repetição de argumento no entanto, são caracterizáveis.

Você é muito intenso em apresentar definições como justificativas pra tudo, meu caro Skeptikós, tanto quanto é propenso a desconectá-las da Realidade.
É você quem é propenso de mais em usar a desculpa de estar criando um neologismo para deixar de admitir ter se equivocado no uso de um termo ou expressão.

Argumento circular é aquilo que apresentei como definição de argumento circular. Usar o mesmo argumento repetidas vezes recebe outro nome, se chama argumentação Ad infinitum.

Não meu filho, essa definição que você trouxe é a de uma falácia chamada Argumento Circular. Um argumentação que começa a se tornar repetitiva também é uma argumentação circular que passa de "x" para "y" depois para "z", depois volta para "x" de novo, refazendo todo processo(aí sim Ad Infinitum), é como um disco arranhado, por que reinicia de onde termina. Neologismo ou não, faça a leitura que quiser.
Ta bom, ta bom, pra encerrar esta discussão irei (apesar de não concordar) aceitar a sua justificação de ter usado argumentação circular com outro sentido, que se não aquele mais usual, para não dizer, oficial. Satisfeito  :?:

Abraços!

"Argumentação circular" é geralmente definida como argumentação que tem a conclusão já implícita na premissa.

O que houve é confusão com a expressão de estar se "andando em círculos" na discussão.
Sim, mas não acredito que ele dará o braço a torcer, seria mais fácil aceitarmos a explicação dele de que o sentido que usou é usual também. Ou talvez ele agora diga mesmo ser um neologismo, como já costumou fazer em outros tópicos. veremos. . .

[...]
Obs2: Ficaria surpreso se você alguma vez admitisse um erro seu, sério cara, por que você chega a níveis ridículos de manobras sofísticas (no sentido pejorativo da palavra) para não admitir uma derrota ou erro argumentativo.
[...]

"Derrota"?

Estamos neste tópico há muito tempo e não percebi que havia um jogo ou uma atividade competitiva se desenrolando por aqui.

Pensei que era um tópico de discussão intelectual.
Entenda da seguinte maneira, seja a verdade alcançável ou não, aquele que argumenta mal* sai derrotado.

*Não convence os outros de que seus argumentos são consistentes.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #684 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:42:04 »
"Argumentação circular" é geralmente definida como argumentação que tem a conclusão já implícita na premissa.

O que houve é confusão com a expressão de estar se "andando em círculos" na discussão.
Ou talvezmente a confusão seja com o que deva significar a expressão(figurativa) "andando em círculos" (argumentação circular)?
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Sergiomgbr

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #685 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:45:32 »
Sua defesa sei lá do que tem redundado apenas em argumentos circulares,
Mentira. Mostre um argumento circular.
Você só tem se repetido, e já a algum tempo, meu caro.
E aprenda o que é uma falácia argumento circular não é repetir um argumento. 
Argumento circular também é a repetição de termos.
A repetição de um argumento não é argumentação circular. Posso repetir Ad infinitum o seguinte argumento:

Um Poodle não é um Labrador mas ambos são cachorros. Manga de camisa não é manga de pastoreio nem essas duas primeiras são uma fruta chamada manga. Nem sempre existe só uma definição para cada termo.

Não é porque não tem a mesma conotação de falácia de argumento circular que uma repetição de argumentos não pode ser chamada de argumento circular.

No caso em questão, a tipificação de argumento circular como falácia ou simples expressão de repetição de argumento no entanto, são caracterizáveis.

Você é muito intenso em apresentar definições como justificativas pra tudo, meu caro Skeptikós, tanto quanto é propenso a desconectá-las da Realidade.
É você quem é propenso de mais em usar a desculpa de estar criando um neologismo para deixar de admitir ter se equivocado no uso de um termo ou expressão.

Argumento circular é aquilo que apresentei como definição de argumento circular. Usar o mesmo argumento repetidas vezes recebe outro nome, se chama argumentação Ad infinitum.

Não meu filho, essa definição que você trouxe é a de uma falácia chamada Argumento Circular. Um argumentação que começa a se tornar repetitiva também é uma argumentação circular que passa de "x" para "y" depois para "z", depois volta para "x" de novo, refazendo todo processo(aí sim Ad Infinitum), é como um disco arranhado, por que reinicia de onde termina. Neologismo ou não, faça a leitura que quiser.
Ta bom, ta bom, pra encerrar esta discussão irei (apesar de não concordar) aceitar a sua justificação de ter usado argumentação circular com outro sentido, que se não aquele mais usual, para não dizer, oficial. Satisfeito  :?:

Abraços!
Uau, nasceu uma flor no asfalto! Muahahahahahha...
Até onde eu sei eu não sei.

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #686 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:45:59 »
Doubt, it is what it is. Você passou o tempo todo advogando besteira, não dá para mudar. Fale como eu fiz no caso do BB e em alguns casos com o Barata, "estou errado"

Madiba, it is what it is. Você passou do tempo advogando besteira, não dá para mudar. Fale novamente "estou errado".

Isso você escreveu agora, depois que viu que sua posição sem noção é insustentável.

Para haver paquera é preciso haver retorno, evidentemente. Paquera = namoro, conquista amorosa. Envolve reciprocidade. Com ou sem humor, leveza, alegria, um "linda", "princesa", "rainha", "deusa", "gostosa", "ôh, lá em casa", não é paquera nem aqui nem lá em casa, é cantada, não é sequer uma "conversa", se a mulher não se der ao trabalho nem de olhar para o lado, é monólogo. 


acabei de postar meus posts de mais de 15 páginas atrás descrevendo exatamente o que queria dizer. Não discuto infantilidades assim.

Eu só entrei na sua onda, cara. Estou te "paquerando". :P  Discutir infantilidades é o que você mais faz, Madiba. Desculpe o incômodo, não é minha intenção molestá-lo   :lol:  mas às vezes parece que a Dilma roubou sua conta   :biglol:  Essa desconstrução  :hihi:  gratuita dos oponentes, ELA, moralistas, ideólogos, sei lá mais o quê (pra quê isso?), essa evolução bizarra de argumentação, porque você começou com um "mulher que não gosta de cantada tem que se tratar" (ou algo assim) para terminar em "o que mulher não gosta é de grosseria".  ::)  Relaxa, velho! Só estou te trollando...  ::)

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #687 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:50:39 »


[...]
Obs2: Ficaria surpreso se você alguma vez admitisse um erro seu, sério cara, por que você chega a níveis ridículos de manobras sofísticas (no sentido pejorativo da palavra) para não admitir uma derrota ou erro argumentativo.
[...]

"Derrota"?

Estamos neste tópico há muito tempo e não percebi que havia um jogo ou uma atividade competitiva se desenrolando por aqui.

Pensei que era um tópico de discussão intelectual.
Entenda da seguinte maneira, seja a verdade alcançável ou não, aquele que argumenta mal* sai derrotado.

*Não convence os outros de que seus argumentos são consistentes.
Xiiii, durou pouco a flor no asfalto. Ele votou à carga... Foi bom enquanto durou.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #688 Online: 12 de Novembro de 2014, 21:51:18 »
Doubt, it is what it is. Você passou o tempo todo advogando besteira, não dá para mudar. Fale como eu fiz no caso do BB e em alguns casos com o Barata, "estou errado"

Madiba, it is what it is. Você passou do tempo advogando besteira, não dá para mudar. Fale novamente "estou errado".

Isso você escreveu agora, depois que viu que sua posição sem noção é insustentável.

Para haver paquera é preciso haver retorno, evidentemente. Paquera = namoro, conquista amorosa. Envolve reciprocidade. Com ou sem humor, leveza, alegria, um "linda", "princesa", "rainha", "deusa", "gostosa", "ôh, lá em casa", não é paquera nem aqui nem lá em casa, é cantada, não é sequer uma "conversa", se a mulher não se der ao trabalho nem de olhar para o lado, é monólogo. 



Doubt, e um "contato inicial"? Precisam os olhos se cruzar e acontecer um momento mágico-cósmico-super-romântico e transcendental que durará pela eternidade, ou algo educado com potencial para transcorrer bem* pode ser iniciado unilateralmente? Chegar em alguém e dizer "oi" é molestar?

* e sem insistência inoportuna caso não seja bem recebido.

Ainda estamos falando de cantadas de rua? De interpelar pessoas transitando, para marcar território, como um cão mija num poste? Molestar não, só falta de noção.

(molestar pode ser apenas importunar, incomodar, por falta de noção, não precisa ser algo mais "físico", que talvez comumente se entenda)

Bem, se essa é sua definição da coisa, então a ação assim rotulada será sempre algo errado por definição, e não estaríamos falando da mesma coisa.

Mas se a definição abarca coisas que não são raramente benvindas, então estaríamos falando ainda da mesma coisa, a diferença seria que para as fracassadas/inoportunas se usaria algum adjetivo que caracterizasse isso, como "cantadas/abordagens fracassadas/idiotas/petulantes/grosseiras".



Citar
Porque uma coisa é se aproximar de uma mulher numa praça, num bar, na academia, ali, na boa, relaxada, com a situação sob controle, uma boa visão do ambiente em volta, para tentar um contato inicial, mesmo sem um cruzar de olhos num momento mágico-cósmico-super-romântico e transcendental que durará pela eternidade, sem as preocupações naturais de quem transita pelas ruas, assalto, atropelamento, obstáculos na calçada, essas coisas. :/ 

E ponto de ônibus? E esperando no sinal para atravessar pela rua na faixa de pedestres? E andando mais devagar numa calçada não muito movimentada, enquanto olha as vitrines? Tem toda uma gradação de coisas, mas deveria ser meio evidente que é ideal não assustar ninguém e nem colocar a outros ou a si mesmos em risco de tropeçar ou bater de cara contra um poste (ainda que se bem encenado isso possa se encaixar na linha de cantadas três-patetas, talvez), ou ser inconveniente, de modo geral.

Infelizmente eu não sou capaz de colocar a coisa em regras mais claras do que, "seja agradável", "não seja um mala", o que se pode ser mesmo se aproveitando janelas de oportunidade bem estreitas.

Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #689 Online: 12 de Novembro de 2014, 22:14:31 »
Doubt, it is what it is. Você passou o tempo todo advogando besteira, não dá para mudar. Fale como eu fiz no caso do BB e em alguns casos com o Barata, "estou errado"

Madiba, it is what it is. Você passou do tempo advogando besteira, não dá para mudar. Fale novamente "estou errado".

Isso você escreveu agora, depois que viu que sua posição sem noção é insustentável.

Para haver paquera é preciso haver retorno, evidentemente. Paquera = namoro, conquista amorosa. Envolve reciprocidade. Com ou sem humor, leveza, alegria, um "linda", "princesa", "rainha", "deusa", "gostosa", "ôh, lá em casa", não é paquera nem aqui nem lá em casa, é cantada, não é sequer uma "conversa", se a mulher não se der ao trabalho nem de olhar para o lado, é monólogo. 


acabei de postar meus posts de mais de 15 páginas atrás descrevendo exatamente o que queria dizer. Não discuto infantilidades assim.

Eu só entrei na sua onda, cara. Estou te "paquerando". :P  Discutir infantilidades é o que você mais faz, Madiba. Desculpe o incômodo, não é minha intenção molestá-lo   :lol:  mas às vezes parece que a Dilma roubou sua conta   :biglol:  Essa desconstrução  :hihi:  gratuita dos oponentes, ELA, moralistas, ideólogos, sei lá mais o quê (pra quê isso?), essa evolução bizarra de argumentação, porque você começou com um "mulher que não gosta de cantada tem que se tratar" (ou algo assim) para terminar em "o que mulher não gosta é de grosseria".  ::)  Relaxa, velho! Só estou te trollando...  ::)

Não está, se você leu o tópico, verá que a definição que dei de cantada é de paquera. Postei diversas vezes em que eu defini isso dessa maneira, você insiste em negar.

Não é desconstrução alguma. Se espera um comportamento de ELA, e eles te brindam com a confirmação desse comportamento. É muito bom o entendimento da ideologia que guia cada um, para mim é fundamental.

Se a pessoa é um ELA ele tem certas características, já colocadas aqui, que sequer ele iria discutir.

Por outro lado, se te parece que não te agrega discutir comigo, somente parar. Para mim, dada as suas respostas, não me agrega.

“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Offline AlienígenA

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #690 Online: 12 de Novembro de 2014, 23:08:19 »
Doubt, it is what it is. Você passou o tempo todo advogando besteira, não dá para mudar. Fale como eu fiz no caso do BB e em alguns casos com o Barata, "estou errado"

Madiba, it is what it is. Você passou do tempo advogando besteira, não dá para mudar. Fale novamente "estou errado".

Isso você escreveu agora, depois que viu que sua posição sem noção é insustentável.

Para haver paquera é preciso haver retorno, evidentemente. Paquera = namoro, conquista amorosa. Envolve reciprocidade. Com ou sem humor, leveza, alegria, um "linda", "princesa", "rainha", "deusa", "gostosa", "ôh, lá em casa", não é paquera nem aqui nem lá em casa, é cantada, não é sequer uma "conversa", se a mulher não se der ao trabalho nem de olhar para o lado, é monólogo. 



Doubt, e um "contato inicial"? Precisam os olhos se cruzar e acontecer um momento mágico-cósmico-super-romântico e transcendental que durará pela eternidade, ou algo educado com potencial para transcorrer bem* pode ser iniciado unilateralmente? Chegar em alguém e dizer "oi" é molestar?

* e sem insistência inoportuna caso não seja bem recebido.

Ainda estamos falando de cantadas de rua? De interpelar pessoas transitando, para marcar território, como um cão mija num poste? Molestar não, só falta de noção.

(molestar pode ser apenas importunar, incomodar, por falta de noção, não precisa ser algo mais "físico", que talvez comumente se entenda)

Bem, se essa é sua definição da coisa, então a ação assim rotulada será sempre algo errado por definição, e não estaríamos falando da mesma coisa.

Mas se a definição abarca coisas que não são raramente benvindas, então estaríamos falando ainda da mesma coisa, a diferença seria que para as fracassadas/inoportunas se usaria algum adjetivo que caracterizasse isso, como "cantadas/abordagens fracassadas/idiotas/petulantes/grosseiras".



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Porque uma coisa é se aproximar de uma mulher numa praça, num bar, na academia, ali, na boa, relaxada, com a situação sob controle, uma boa visão do ambiente em volta, para tentar um contato inicial, mesmo sem um cruzar de olhos num momento mágico-cósmico-super-romântico e transcendental que durará pela eternidade, sem as preocupações naturais de quem transita pelas ruas, assalto, atropelamento, obstáculos na calçada, essas coisas. :/ 

E ponto de ônibus? E esperando no sinal para atravessar pela rua na faixa de pedestres? E andando mais devagar numa calçada não muito movimentada, enquanto olha as vitrines? Tem toda uma gradação de coisas, mas deveria ser meio evidente que é ideal não assustar ninguém e nem colocar a outros ou a si mesmos em risco de tropeçar ou bater de cara contra um poste (ainda que se bem encenado isso possa se encaixar na linha de cantadas três-patetas, talvez), ou ser inconveniente, de modo geral.

Infelizmente eu não sou capaz de colocar a coisa em regras mais claras do que, "seja agradável", "não seja um mala", o que se pode ser mesmo se aproveitando janelas de oportunidade bem estreitas.
Não é minha definição das coisas, mas uma das explicações do grupo das incomodadas do porque cantadas de rua vão sempre ter uma grande chance de incomodar, caso isso importe. As circunstâncias não ajudam. Transitar pelas ruas por si só, com frequência, não só para mulheres, costuma ser algo tenso. Já cansei de ver marmanjo recuando assustado a abordagens de estranhos pedindo informação. Eu simplesmente não entendo qual a dificuldade de entender isso.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #691 Online: 12 de Novembro de 2014, 23:43:51 »
Não é minha definição das coisas, mas uma das explicações do grupo das incomodadas do porque cantadas de rua vão sempre ter uma grande chance de incomodar, caso isso importe. As circunstâncias não ajudam. Transitar pelas ruas por si só, com frequência, não só para mulheres, costuma ser algo tenso. Já cansei de ver marmanjo recuando assustado a abordagens de estranhos pedindo informação. Eu simplesmente não entendo qual a dificuldade de entender isso.

Eu ao mesmo tempo tenho que concordar, no sentido de que, definitivamente tem quem não se importe ou não tenha "tato" para esse tipo de coisa (foi ainda nesse tópico que houve uma mini discussão em torno da "regra de ouro" e do problema da empatia?), mas também não posso desconsiderar a existência do outro lado, do agradável.

E isso é admitido pelo lado reclamante, o que é até algo surpreendentemente inesperado nesse tipo de coisa*:

http://www.stopstreetharassment.org/category/street-respect/

Não sei se é exatamente o desejável se "jogar o bebê fora com a água do banho", por sempre haver esse "risco". Bem, novamente, não sei se consigo colocar a coisa de forma sucinta e menos vaga que "não seja um mala".



* - ex., em discussões sobre como a indústria do entretenimento é machista/misógina, a tendência geral é haver só crítica, com escassos exemplos do que há de bom ou como poderia ter sido bom. Mais raro ainda é a iniciativa de tentar algo "ideal"; preferem fazer uma campanha de doações no kickstarter para comprar vídeo games para falar mal deles nos mínimo detalhes, do que para criar um vídeo-game "feminista".

Acho surpreendentemente mais inesperado esse tipo de coisa nesse caso tanto por uma tendência natural ao "foco no negativo" (viés psicológico), como por talvez haver uma chance razoável da importância de uma interação inicial bem recebida "se diluir" na medida que evolui para uma conversa e etc. Deixar de ser o mais memorável.

Offline AlienígenA

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #692 Online: 13 de Novembro de 2014, 00:28:00 »
Doubt, it is what it is. Você passou o tempo todo advogando besteira, não dá para mudar. Fale como eu fiz no caso do BB e em alguns casos com o Barata, "estou errado"

Madiba, it is what it is. Você passou do tempo advogando besteira, não dá para mudar. Fale novamente "estou errado".

Isso você escreveu agora, depois que viu que sua posição sem noção é insustentável.

Para haver paquera é preciso haver retorno, evidentemente. Paquera = namoro, conquista amorosa. Envolve reciprocidade. Com ou sem humor, leveza, alegria, um "linda", "princesa", "rainha", "deusa", "gostosa", "ôh, lá em casa", não é paquera nem aqui nem lá em casa, é cantada, não é sequer uma "conversa", se a mulher não se der ao trabalho nem de olhar para o lado, é monólogo. 


acabei de postar meus posts de mais de 15 páginas atrás descrevendo exatamente o que queria dizer. Não discuto infantilidades assim.

Eu só entrei na sua onda, cara. Estou te "paquerando". :P  Discutir infantilidades é o que você mais faz, Madiba. Desculpe o incômodo, não é minha intenção molestá-lo   :lol:  mas às vezes parece que a Dilma roubou sua conta   :biglol:  Essa desconstrução  :hihi:  gratuita dos oponentes, ELA, moralistas, ideólogos, sei lá mais o quê (pra quê isso?), essa evolução bizarra de argumentação, porque você começou com um "mulher que não gosta de cantada tem que se tratar" (ou algo assim) para terminar em "o que mulher não gosta é de grosseria".  ::)  Relaxa, velho! Só estou te trollando...  ::)

Não está, se você leu o tópico, verá que a definição que dei de cantada é de paquera. Postei diversas vezes em que eu defini isso dessa maneira, você insiste em negar.

Não é desconstrução alguma. Se espera um comportamento de ELA, e eles te brindam com a confirmação desse comportamento. É muito bom o entendimento da ideologia que guia cada um, para mim é fundamental.

Se a pessoa é um ELA ele tem certas características, já colocadas aqui, que sequer ele iria discutir.

Por outro lado, se te parece que não te agrega discutir comigo, somente parar. Para mim, dada as suas respostas, não me agrega.
Pô, cara, foi mal. Não sabia que você era de vidro, com a frequência que distribui pedradas. Achei que fosse levar numa boa, com sua natural leveza e alegria. Para quem gosta tanto de marretar, levar provocações de um tópico para o outro, abrir tópicos para isso, você ficou mordido muito fácil. Não vou dizer que não era esperado. Comumente quem fala o que quer, não gosta de ouvir, mas viver em sociedade é assim. Se acompanhou o tópico verá que não fiz nada que você não faça com frequência. Só estou retribuindo a amizade. Quando não é sem noção, você é um cara legal. Não vejo motivo para evitá-lo, ignorá-lo, deixar de respondê-lo se me der vontade, nem tratá-lo com mais tato do que o seu próprio, mesmo que você decida o contrário. Espero, sinceramente, que releve, mas a decisão é sua. Sem pilha.


Offline AlienígenA

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #694 Online: 13 de Novembro de 2014, 01:19:25 »
Não é minha definição das coisas, mas uma das explicações do grupo das incomodadas do porque cantadas de rua vão sempre ter uma grande chance de incomodar, caso isso importe. As circunstâncias não ajudam. Transitar pelas ruas por si só, com frequência, não só para mulheres, costuma ser algo tenso. Já cansei de ver marmanjo recuando assustado a abordagens de estranhos pedindo informação. Eu simplesmente não entendo qual a dificuldade de entender isso.

Eu ao mesmo tempo tenho que concordar, no sentido de que, definitivamente tem quem não se importe ou não tenha "tato" para esse tipo de coisa (foi ainda nesse tópico que houve uma mini discussão em torno da "regra de ouro" e do problema da empatia?), mas também não posso desconsiderar a existência do outro lado, do agradável.

E isso é admitido pelo lado reclamante, o que é até algo surpreendentemente inesperado nesse tipo de coisa*:

http://www.stopstreetharassment.org/category/street-respect/

Não sei se é exatamente o desejável se "jogar o bebê fora com a água do banho", por sempre haver esse "risco". Bem, novamente, não sei se consigo colocar a coisa de forma sucinta e menos vaga que "não seja um mala".



* - ex., em discussões sobre como a indústria do entretenimento é machista/misógina, a tendência geral é haver só crítica, com escassos exemplos do que há de bom ou como poderia ter sido bom. Mais raro ainda é a iniciativa de tentar algo "ideal"; preferem fazer uma campanha de doações no kickstarter para comprar vídeo games para falar mal deles nos mínimo detalhes, do que para criar um vídeo-game "feminista".

Acho surpreendentemente mais inesperado esse tipo de coisa nesse caso tanto por uma tendência natural ao "foco no negativo" (viés psicológico), como por talvez haver uma chance razoável da importância de uma interação inicial bem recebida "se diluir" na medida que evolui para uma conversa e etc. Deixar de ser o mais memorável.
Acho que adimitir o risco já é o meio termo entre o lado bom e o ruim. É complicado de qualquer forma. Além dos que não se importam ou simplesmente nunca pararam para pensar porque é algo corriqueiro, mas contribuem para criar dispositivos de alerta no cérebro feminino, mais os assédios sofridos, de fato, físicos, inclusive, que não são incomuns infelizmente. Se um cara andar do meu lado calado por cinco minutos na rua eu fico uns cinco dias em casa para me recuperar. Bizarro! Ainda tem a falta de tato do improviso, mesmo tentando ser o mais agradável possível,  menos mala. Sei lá. As coisas eram mais simples, ao menos, para os homens, quando as mulheres não reclamavam. Tenho receita, não. Na dúvida, não ultrapasse? :/

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #695 Online: 13 de Novembro de 2014, 01:55:15 »
É complicado isso de "receita", o melhor que imagino até agora é "não seja um mala".

Mas ao mesmo tempo, quanto a essas últimas colocações. O fato de você parar de fazer qualquer coisa por haver o "risco" de ser incômodo, simplesmente não fará nada para diminuir a freqüência de aproximações que não se importam em ser incômodas ou são assim até propositalmente. Na verdade, desconsiderando qualquer outra coisa, só piora a proporção!

(lembrei do "elevatorgate"; acho que chegaram até a recomendar que não se entrasse em elevadores onde só houvesse uma mulher, o que não só não será algo que será levado em consideração por estupradores/molestadores físicos, mas esses só terão um ambiente mais seguro na medida em que as mulheres mais raramente estariam acompanhadas de pessoas contrárias a isso, cavalheiros demais até para ficar em sua presença).

E que risco exatamente é esse? Acho que para começar, talvez não seja boa idéia qualquer coisa com um "risco" de incômodo maior do que perguntar as horas ou comentar sobre o clima ("na dúvida, não ultrapasse?"). Estamos também considerando levantar esse tipo de coisa como problema social digno de campanha e legislação? Mas se a coisa é mais ou menos equiparável, acho que é preocupação excessiva, se a pessoa não for muito sem-noção no que considera equiparável, claro. Mas, é bom lembrar, o risco vai mesmo aumentando na medida em que a coisa gradualmente deixa de ser um início de "small talk" sexualmente neutro e passa a ter qualquer conteúdo mais sexual. Talvez outra recomendação geral pudesse ser de evitar "coisas que não diria a uma mulher acompanhada de um cara de físico imponente".

Offline DDV

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #696 Online: 13 de Novembro de 2014, 03:20:34 »
É complicado isso de "receita", o melhor que imagino até agora é "não seja um mala".

Mas ao mesmo tempo, quanto a essas últimas colocações. O fato de você parar de fazer qualquer coisa por haver o "risco" de ser incômodo, simplesmente não fará nada para diminuir a freqüência de aproximações que não se importam em ser incômodas ou são assim até propositalmente. Na verdade, desconsiderando qualquer outra coisa, só piora a proporção!

(lembrei do "elevatorgate"; acho que chegaram até a recomendar que não se entrasse em elevadores onde só houvesse uma mulher, o que não só não será algo que será levado em consideração por estupradores/molestadores físicos, mas esses só terão um ambiente mais seguro na medida em que as mulheres mais raramente estariam acompanhadas de pessoas contrárias a isso, cavalheiros demais até para ficar em sua presença).

E que risco exatamente é esse? Acho que para começar, talvez não seja boa idéia qualquer coisa com um "risco" de incômodo maior do que perguntar as horas ou comentar sobre o clima ("na dúvida, não ultrapasse?"). Estamos também considerando levantar esse tipo de coisa como problema social digno de campanha e legislação? Mas se a coisa é mais ou menos equiparável, acho que é preocupação excessiva, se a pessoa não for muito sem-noção no que considera equiparável, claro. Mas, é bom lembrar, o risco vai mesmo aumentando na medida em que a coisa gradualmente deixa de ser um início de "small talk" sexualmente neutro e passa a ter qualquer conteúdo mais sexual. Talvez outra recomendação geral pudesse ser de evitar "coisas que não diria a uma mulher acompanhada de um cara de físico imponente".

Nossa, lendo isso deu até vontade de rir. Quanto mimimi! Quanto "não me toque"!

Daqui a pouco, irão defender que os homens peçam perdão às mulheres por existirem, por cruzarem a linha de visão de uma delas, ou que paguem uma taxa toda vez que andarem na rua e chegarem a menos de 10 metros de uma mulher, taxa essa que será revertida para a psicoterapia de mulheres que ficaram traumatizadas por terem topado com um homem a 5 metros de distância que ousou olhá-la de relance. 

Falar com uma  mulher então??? Nossa... seria o horror dos horrores.

Alguns países já têm legislação "avançada" nesse sentido. Em países islâmicos, mulheres só podem andar na rua acompanhadas de maridos, pais ou irmãos. A obrigação de usarem véu ou burca também tem sentido, ao protegerem do OLHAR terrível de homens, que é um prelúdio para ataques sexuais. É como se fossem um EPI ou cinto de segurança.
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Offline DDV

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #697 Online: 13 de Novembro de 2014, 03:30:56 »
Nessas discussões, é bom levar em conta 2 fatores:


1- Diferenças culturais: o que é considerado aceitável ou normal aqui no ocidente pode não ser em outros locais. Por exemplo: no Japão e Coréia (se não estou enganado), não é considerado de bom tom demonstrações de afeto homem-mulher em público (talvez isso inclua as cantadas). Na Coréia, as mulheres não gostam de serem abordadas na rua por ocidentais, porque a sociedade não vê com bons olhos o relacionamento com estrangeiros.



2- Nem sempre o que as mulheres dizem abertamente que gostam é de fato o que mais gostam (ou ao menos o que mais provoca "reações positivas" nelas). E muitas vezes (isso vai pirar o melão de alguns) elas próprias não sabem o que querem! O porquê disso? Não sei ao certo e foge ao escopo uma tentativa de explicar, mas é algo que ocorre.



 
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Offline Georg Hagedorn

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #698 Online: 13 de Novembro de 2014, 08:55:04 »
Acho que nem mesmo as feministas discutiram tanto sobre assédio do que nesse tópico.
"Alguma frase aleátoria na assinatura"

Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #699 Online: 13 de Novembro de 2014, 10:02:30 »
bom voltando ao exemplo prático. teste de realidade. Em Brasília no hotel, uma garota com uma mala 3x maior que a minha no saguão..  eu parei na frente dela e perguntei se poderia fazer uma pergunta, quantos dias ela iria ficar no hotel.  Ela falou dois,  eu ri e disse.
sabía..  mulheres usam malas sempre desproporcionais a dos homens..  rimos.. ela disse que havia chegado de outra viagem então só havia trocado o que estava sujo..  blábláblá ela trabalha em uma empresa francesa que inventou os cosméticos há 200 anos,  falou que foi para a esposa do Napoleão e que eu deveria visitar a sede.. contei o que fazia, trocamos cartões e. pronto
Não vou fazer porra nenhuma..  Mas isso é sociedade. Isso é ser de bem com a vida e não ser neurótico e moralista. se eu ficasse será que poderei falar com ela sem ferir os direitos femininos haveria uma pessoa com auto estima mais baixa hoje kkk
« Última modificação: 13 de Novembro de 2014, 10:13:34 por Madiba »
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