Autor Tópico: Masculinismo  (Lida 42015 vezes)

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Offline AlienígenA

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Re:Masculinismo
« Resposta #175 Online: 21 de Novembro de 2014, 19:39:34 »
Sim, eu morro de medo. Tenho pesadelos. Não posso nem ouvir essa expressão.  :lol:   

Não, eu simplesmente não me importo com a vida sexual alheia, mesmo. Se o cara acha que para ser feliz precisa casar com uma virgem, eu apoio. Tem um monte de mulher por aí que pensa da mesma forma. É problema deles. Para mim, pessoalmente, isso é tão escabroso quanto um boquete público coletivo, mas isso é para mim. Há quem sinta necessidade de se expor, quebrar regras, causar polêmica, escandalizar. Que seja feliz ou infeliz com suas escolhas. Minha única exigência é que, seja lá o que for, seja consensual. O que me causa um tédio profundo é gente que acha que sabe melhor do que os outros como viver a vida deles.

É claro que o que uma pessoa de doze anos sob a minha responsabilidade faz é problema meu também, pela sua pouca idade, experiência e maturidade. Mas aos dezoito, vinte, se não tem juízo, deveria. Não é mais comigo. Eu posso aconselhar, no máximo.

Sim, eu me preocupo com a imagem das pessoas com que me importo, família, parentes, amigos, porque vivemos em sociedade e ela é tudo, menos simples, mas particularmente, não me afeta. Não muda minha opinião sobre tudo mais que eu sei sobre a pessoa, não a aumenta e nem a diminui.

Eu não entendo porque isso te causa tanto estranhamento, Buckaroo. Eu simplesmente não consigo levar tudo isso tão a sério. A vida das pessoas, para mim, não se resume nem aos seus erros nem aos seus acertos e muito menos a suas preferências/condutas sexuais. Conheço muita "vadia" e "cafajeste", sexualmente falando, que são muito melhores, do meu ponto de vista, sob vários aspectos que realmente me importam, do que puritanos. Na verdade, acho que não conheço muitos puritanos, não me lembro de nenhum numa busca mental rápida.

E como qualquer um, tenho sim minhas influências conservadoristas, faço questão de preservar todos os hábitos e costumes sociais que fazem sentido para mim, como, por exemplo, fazer rigorosamente as refeições à mesa, em família, mas outros, simplesmente, não me dizem nada.

O que me causa estranhamento é importância que se dá a sexualidade, principalmente, a alheia.  :?         

Offline Skeptikós

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Re:Masculinismo
« Resposta #176 Online: 21 de Novembro de 2014, 20:23:07 »
E sim, a família "mente aberta" deseja que a filha, para o bem dela, leve bagagem para a vida, inclusive sexual, porque é saudável, faz parte da vida se aventurar, experimentar, descobrir, sofrer, se decepcionar, errar, consertar, acertar, enfim, que seja uma mulher normal, como a mãe dela, até para que ela não corra o risco de por uma aliança na mão de um machista/direitista/conservadorista/Realista/PUA/misógino/revoltado/inseguro/bitolado (nem o extremo oposto disso), porque ninguém merece um genro desses. :biglol: Eu desejo que ela seja feliz e a experiência me diz que experiência de vida é fundamental para isso.     
Pow, mas com exceção do misógino, do machista, do revoltado, do bitolado e do inseguro (Se bem que este também é questionável), que mal tem uma mulher se relacionar com um cara que seja conservador, de direita, PUA ou Realista? Desde que ele não esteja no extremo destes grupos, não vejo mal algum em uma mulher se relacionar com caras assim. O mesmo vale para o relacionamento com membros de grupos opostos a esses, como progressistas, esquerdistas ou feministas. hehe

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Masculinismo
« Resposta #177 Online: 21 de Novembro de 2014, 20:41:53 »
Ah, e nem estou defendendo "a real" ou qualquer coisa (acho até lamentável terem se apropriado de um termo tão bom quanto "realidade" para algo no mínimo questionável -- o blog de Mark Kleiman, autor/blogueiro/professor meio centro-esquerdista/esquerdo-centrista tem inclusive o engraçado nome "reality based community", acho que criado em ironia/corolário a lei de Poe relacionada a algum político republicano que havia usado o termo de forma pejorativa, por incrível que pareça), a minha percepção é que saiu do tópico desde o começo. Que eu saiba "masculinismo" é mais sobre "direitos dos homens", como sobre custódia dos filhos, e posições anti-abortistas e anti-circuncisão, etc.
De fato, os "realistas" não  fazem parte de um movimento político como os masculinistas, mas apenas social. Existem muitas distinções entre uns e outros, e não faz sentido por este motivo criar um tópico com o título de "masculinismo" mas com um texto que descreve os "realistas".

A turma da real foi ao meu ver erroneamente jogada no tópico de debate pelo autor do tópico, e reforçado por um artigo da época (se não me engano, que também foi publicado aqui) e um outro do blog da feminista Lola, que faziam a mesma confusão de citar uns e outros como sendo a mesma coisa.

A Lola, se não me engano, se neste mesmo texto ou se em outros, faz uma crítica também colocando no mesmo balaio, os masculinistas, os Ativistas por Direitos dos Homens*, os "Realistas" e os PUA's. E convenhamos, uma pessoa que coloca tudo isso no mesmo saco para se fazer uma crítica generalizada, é de fato uma pessoa que não sabe sobre o que esta falando.

Abraços!


* Confundir os dois primeiros ainda é perdoável, visto que as semelhanças entre um e outro (ambos são movimentos políticos e sociais por direitos dos homens) são maiores. Apesar de existir distinções: O primeiro é um movimento tipicamente de direita, o segundo é um movimento apartidário; O primeiro é um movimento tipicamente conservador, o segundo é um movimento que critica tanto o conservadorismo quanto o progressivismo clássicos e etc.
« Última modificação: 21 de Novembro de 2014, 20:44:13 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Masculinismo
« Resposta #178 Online: 21 de Novembro de 2014, 20:49:31 »
(...)Conheço muita "vadia" e "cafajeste", sexualmente falando, que são muito melhores, do meu ponto de vista, sob vários aspectos que realmente me importam, do que puritanos. Na verdade, acho que não conheço muitos puritanos, não me lembro de nenhum numa busca mental rápida.(...)   

"A posição de um homem que mistura a devoção com uma vida execrável parece ser bem mais condenável que a de um homem coerente com sigo mesmo e inteiramente dissoluto."
- Montaigne, Os Ensaios, Uma Seleção (2010), Liv. I, Cap. LVI, p. 182, Org. M. A. Screech, Trad. Rosa Freire D'aguiar.

 :ok:
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Offline AlienígenA

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Re:Masculinismo
« Resposta #179 Online: 21 de Novembro de 2014, 21:03:32 »
E sim, a família "mente aberta" deseja que a filha, para o bem dela, leve bagagem para a vida, inclusive sexual, porque é saudável, faz parte da vida se aventurar, experimentar, descobrir, sofrer, se decepcionar, errar, consertar, acertar, enfim, que seja uma mulher normal, como a mãe dela, até para que ela não corra o risco de por uma aliança na mão de um machista/direitista/conservadorista/Realista/PUA/misógino/revoltado/inseguro/bitolado (nem o extremo oposto disso), porque ninguém merece um genro desses. :biglol: Eu desejo que ela seja feliz e a experiência me diz que experiência de vida é fundamental para isso.     
Pow, mas com exceção do misógino, do machista, do revoltado, do bitolado e do inseguro (Se bem que este também é questionável), que mal tem uma mulher se relacionar com um cara que seja conservador, de direita, PUA ou Realista? Desde que ele não esteja no extremo destes grupos, não vejo mal algum em uma mulher se relacionar com caras assim. O mesmo vale para o relacionamento com membros de grupos opostos a esses, como progressistas, esquerdistas ou feministas. hehe

Abraços!

Problema nenhum. Azar o dela.  :lol:   Estava só descontraindo nessa parte. :ok:

Offline Skeptikós

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Re:Masculinismo
« Resposta #180 Online: 21 de Novembro de 2014, 21:15:34 »
Suspeitei desde o princípio,   :hihi: :hihi:, mas a incerteza me forçou a perguntar. Neste caso então, menos mal.

 :ok:
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Masculinismo
« Resposta #181 Online: 21 de Novembro de 2014, 21:38:40 »
Eu não entendo porque isso te causa tanto estranhamento, Buckaroo. Eu simplesmente não consigo levar tudo isso tão a sério.

Bem, não estou dizendo que é exatamente uma questão que "deva ser levada muito a sério"; tem até "elementos" mais sérios, como o que isso implica para a família como "pilar da sociedade", para usar um chavão conservador -- não acho que é algo exatamente apocalíptico, mas tem coisas que vão afetando como a tendência correlata a filhos demais, cedo demais, e as DSTs. Essa seria a única preocupação realmente "séria".

Mas mesmo assim ainda tenho admitir uma certa aversão a certos comportamentos, mas, não é exatamente "da minha conta", cada um que faça o que bem entende, consensualmente, entre adultos (enquanto isso ainda é tido como critério universalmente aceito, ao menos). E é algo compartilhado pela maior parte das pessoas que conheço, mesmo as não exatamente "conservadoras", ainda que talvez por padrões já datados disso. E como apontei em "PS" em outro post, parece que de vez em quando até mesmo pelos que costumam ser os maiores defensores dessas liberdades e geralmente contrários a qualquer tipo de reprovação pública da sexualidade de alguém.

Por isso acho curiosa a postura que se vê de alguns (geralmente na internet e na TV ou entrevistas com famosos), parece uma coisa bem de fachada mesmo. Achar o liberalismo bonito e digno de aplausos, da porta de casa para fora, e em outras famílias.

Também não estou defendendo exatamente "apedrejamentos" ou ostracização, nem nada. No máximo, qualquer que seja a versão civilizada da "defesa" desses valores liberais-conservadores, o que provavelmente é uma "guerra" perdida mesmo.

Citação de: Doubt
A vida das pessoas, para mim, não se resume nem aos seus erros nem aos seus acertos e muito menos a suas preferências/condutas sexuais. Conheço muita "vadia" e "cafajeste", sexualmente falando, que são muito melhores, do meu ponto de vista, sob vários aspectos que realmente me importam, do que puritanos.

É verdade... talvez no futuro se veja discussões sobre isso com frases como "conheço muito 'pedófilo' e 'zoófilo', sexualmente falando, que são muito melhores, do que mesma-idade-ófilos e mesma-espécie-ófilos".

Não é um "declive escorregadio", não estou sugerindo que "se as pessoas continuarem aceitando essas surubas, logo isso vai ser aceito também", pode bem ser independente, a aceitação universal das surubas a céu aberto ser "contida" espontaneamente à espécie humana, de adolescentes para cima. Mas é também verdade que muitos argumentos sobre a liberação mais abrangente já são feitos e são também defensáveis por lógicas idênticas, sem exagero. 


Citação de: Doubt
O que me causa estranhamento é importância que se dá a sexualidade, principalmente, a alheia.  :?         

Bem, como disse antes, não dou tanta importância, senão no que puder haver as consqüências sociais já mencionadas (e ainda assim, é "importância de coisas que se discute na internet"; nem passa pela minha cabeça fazer qualquer "ativismo" por "valores tradicionais" nem nada, longe de mim, não tenho nem planos de "fazer a minha parte", seria até mais "parte do problema", na visão de alguns), ainda que, também tenha sim esse "incômodo" em ver o grau de "avanço" e pensar em como as coisas podem continuar "avançando", como acabei de dizer. Não te dá mesmo nem um incomodozinho leve pensar nisso?

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Masculinismo
« Resposta #182 Online: 21 de Novembro de 2014, 22:10:20 »
(...)Conheço muita "vadia" e "cafajeste", sexualmente falando, que são muito melhores, do meu ponto de vista, sob vários aspectos que realmente me importam, do que puritanos. Na verdade, acho que não conheço muitos puritanos, não me lembro de nenhum numa busca mental rápida.(...)   

"A posição de um homem que mistura a devoção com uma vida execrável parece ser bem mais condenável que a de um homem coerente com sigo mesmo e inteiramente dissoluto."
- Montaigne, Os Ensaios, Uma Seleção (2010), Liv. I, Cap. LVI, p. 182, Org. M. A. Screech, Trad. Rosa Freire D'aguiar.

 :ok:

Isso quase que serve como uma espécie de "cala a boca" elegante e sofisticado no tema das "cantadas". :biglol:

Mas esses caras de antigamente se for peneirar muitas vezes vão ter também frases "elegantes" sobre como a mulher é um ser inferior e desprezível, então é uma faca de dois gumes. :/

Offline AlienígenA

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Re:Masculinismo
« Resposta #183 Online: 22 de Novembro de 2014, 02:23:02 »
Eu não entendo porque isso te causa tanto estranhamento, Buckaroo. Eu simplesmente não consigo levar tudo isso tão a sério.

Bem, não estou dizendo que é exatamente uma questão que "deva ser levada muito a sério"; tem até "elementos" mais sérios, como o que isso implica para a família como "pilar da sociedade", para usar um chavão conservador -- não acho que é algo exatamente apocalíptico, mas tem coisas que vão afetando como a tendência correlata a filhos demais, cedo demais, e as DSTs. Essa seria a única preocupação realmente "séria".

E as sociedades conservadoras estão ou alguma vez estiveram livres dessas preocupações?

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Mas mesmo assim ainda tenho admitir uma certa aversão a certos comportamentos, mas, não é exatamente "da minha conta", cada um que faça o que bem entende, consensualmente, entre adultos (enquanto isso ainda é tido como critério universalmente aceito, ao menos). E é algo compartilhado pela maior parte das pessoas que conheço, mesmo as não exatamente "conservadoras", ainda que talvez por padrões já datados disso. E como apontei em "PS" em outro post, parece que de vez em quando até mesmo pelos que costumam ser os maiores defensores dessas liberdades e geralmente contrários a qualquer tipo de reprovação pública da sexualidade de alguém.

Como a maioria das pessoas tendem a uma certa aversão a falta de deus no coração?

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Por isso acho curiosa a postura que se vê de alguns (geralmente na internet e na TV ou entrevistas com famosos), parece uma coisa bem de fachada mesmo. Achar o liberalismo bonito e digno de aplausos, da porta de casa para fora, e em outras famílias.

E achar feio e digno de vaias é menos curioso por quê? É a mesmíssima postura apenas com sinal trocado. Costuma, com bastante frequência, ser coisa só de fachada mesmo.

O que é bonito e digno de aplauso no liberalismo é o exercício da liberdade de escolha, não necessariamente as escolhas, que podem até ser feias e dignas de vaias. Não há nada de hipócrita nisso.

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Também não estou defendendo exatamente "apedrejamentos" ou ostracização, nem nada. No máximo, qualquer que seja a versão civilizada da "defesa" desses valores liberais-conservadores, o que provavelmente é uma "guerra" perdida mesmo.

Nem ninguém está defendendo, ao menos, por aqui, a imposição do liberalismo. Isso é um traço do conservadorismo normalmente.   

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Citação de: Doubt
A vida das pessoas, para mim, não se resume nem aos seus erros nem aos seus acertos e muito menos a suas preferências/condutas sexuais. Conheço muita "vadia" e "cafajeste", sexualmente falando, que são muito melhores, do meu ponto de vista, sob vários aspectos que realmente me importam, do que puritanos.

É verdade... talvez no futuro se veja discussões sobre isso com frases como "conheço muito 'pedófilo' e 'zoófilo', sexualmente falando, que são muito melhores, do que mesma-idade-ófilos e mesma-espécie-ófilos".

Não é um "declive escorregadio", não estou sugerindo que "se as pessoas continuarem aceitando essas surubas, logo isso vai ser aceito também", pode bem ser independente, a aceitação universal das surubas a céu aberto ser "contida" espontaneamente à espécie humana, de adolescentes para cima. Mas é também verdade que muitos argumentos sobre a liberação mais abrangente já são feitos e são também defensáveis por lógicas idênticas, sem exagero.

Como se a pedofilia, institucionalizada, inclusive, por casamentos forçados, e zoofilia não fossem um problema em sociedades conservadoras, talvez principalmente nelas. 

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Citação de: Doubt
O que me causa estranhamento é importância que se dá a sexualidade, principalmente, a alheia.  :?         

Bem, como disse antes, não dou tanta importância, senão no que puder haver as consqüências sociais já mencionadas (e ainda assim, é "importância de coisas que se discute na internet"; nem passa pela minha cabeça fazer qualquer "ativismo" por "valores tradicionais" nem nada, longe de mim, não tenho nem planos de "fazer a minha parte", seria até mais "parte do problema", na visão de alguns), ainda que, também tenha sim esse "incômodo" em ver o grau de "avanço" e pensar em como as coisas podem continuar "avançando", como acabei de dizer. Não te dá mesmo nem um incomodozinho leve pensar nisso?

E as consequências sociais do conservadorismo não te incomodam nem um pouquinho?

Desde que li as mesmas preocupações com a decadência moral nos diálogos socráticos, há uns vinte anos, e depois em outros textos de diferentes épocas, que deixei de sentir esse incomodozinho. Percebi que é um traço humano essa tendência meio apocalíptica de ver a decadência moral em marcha acelerada combinada a uma certa romantização do passado: os deploráveis modos de hoje, serão os bons tempos de amanhã.

 

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Masculinismo
« Resposta #184 Online: 22 de Novembro de 2014, 03:43:30 »
Eu não entendo porque isso te causa tanto estranhamento, Buckaroo. Eu simplesmente não consigo levar tudo isso tão a sério.

Bem, não estou dizendo que é exatamente uma questão que "deva ser levada muito a sério"; tem até "elementos" mais sérios, como o que isso implica para a família como "pilar da sociedade", para usar um chavão conservador -- não acho que é algo exatamente apocalíptico, mas tem coisas que vão afetando como a tendência correlata a filhos demais, cedo demais, e as DSTs. Essa seria a única preocupação realmente "séria".

E as sociedades conservadoras estão ou alguma vez estiveram livres dessas preocupações?

Não, o que se pode dizer é apenas que na medida em que esse "conservadorismo" se reflete em comportamento mais "tradicional"/monogâmico, esses problemas tendem a ser menores.


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Mas mesmo assim ainda tenho admitir uma certa aversão a certos comportamentos, mas, não é exatamente "da minha conta", cada um que faça o que bem entende, consensualmente, entre adultos (enquanto isso ainda é tido como critério universalmente aceito, ao menos). E é algo compartilhado pela maior parte das pessoas que conheço, mesmo as não exatamente "conservadoras", ainda que talvez por padrões já datados disso. E como apontei em "PS" em outro post, parece que de vez em quando até mesmo pelos que costumam ser os maiores defensores dessas liberdades e geralmente contrários a qualquer tipo de reprovação pública da sexualidade de alguém.

Como a maioria das pessoas tendem a uma certa aversão a falta de deus no coração?

Não sei se é exatamente análogo, talvez seja, bem como a aversão à pedofilia. Em todo caso, não estou "defendendo" tal aversão (à extrema promiscuidade -- também "não estou defendendo" a aversão à pedofilia, ainda que "fosse" defender, mas felizmente ainda não é necessário), apenas coloquei como "explicação" de minhas mensagens, já que você havia mencionado "não entender a preocupação" e tal.


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Por isso acho curiosa a postura que se vê de alguns (geralmente na internet e na TV ou entrevistas com famosos), parece uma coisa bem de fachada mesmo. Achar o liberalismo bonito e digno de aplausos, da porta de casa para fora, e em outras famílias.

E achar feio e digno de vaias é menos curioso por quê? É a mesmíssima postura apenas com sinal trocado. Costuma, com bastante frequência, ser coisa só de fachada mesmo.

Não é tão curioso porque é bem menos de fachada -- as pessoas simplesmente não estão quase todas fazendo sexo oral em dezenas de estranhos em praça pública e se fingindo de santos da boca para fora. E é o mais "tradicional", logo já não desperta tanta curiosidade quanto professarem ter o padrão extremo oposto de percepção das coisas.


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O que é bonito e digno de aplauso no liberalismo é o exercício da liberdade de escolha, não necessariamente as escolhas, que podem até ser feias e dignas de vaias. Não há nada de hipócrita nisso.

Essa é outra coisa completamente. O que as pessoas disseram aqui foi especificamente "viva a putaria" (sendo que a "putaria" imaginada era quase sem dúvida alguma algo bem mais moderado e "conservador" do que esses casos relatados nos blogs citados), não "viva a putaria, não pela putaria em si, mas por ser, antes de mais nada, um exercício de livre escolha, blablablá".


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Também não estou defendendo exatamente "apedrejamentos" ou ostracização, nem nada. No máximo, qualquer que seja a versão civilizada da "defesa" desses valores liberais-conservadores, o que provavelmente é uma "guerra" perdida mesmo.

Nem ninguém está defendendo, ao menos, por aqui, a imposição do liberalismo. Isso é um traço do conservadorismo normalmente.   

Não pretendi sugerir que estivessem. Estou só "dando explicações" sobre os meus comentários, que resumidamente foram de "ceticismo" quanto a essa celebração da "putaria", que, aparentemente algo que vale mais para os outros do que para dentro da própria família, ao mesmo tempo em que provavelmente se imagina algo relativamente "moderado"/"conservador", e não casos como os citados -- apesar da lógica que diz que o comportamento é "válido" não estabelece qualquer "grau", nem que só vale nas outras famílias.



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Citação de: Doubt
A vida das pessoas, para mim, não se resume nem aos seus erros nem aos seus acertos e muito menos a suas preferências/condutas sexuais. Conheço muita "vadia" e "cafajeste", sexualmente falando, que são muito melhores, do meu ponto de vista, sob vários aspectos que realmente me importam, do que puritanos.

É verdade... talvez no futuro se veja discussões sobre isso com frases como "conheço muito 'pedófilo' e 'zoófilo', sexualmente falando, que são muito melhores, do que mesma-idade-ófilos e mesma-espécie-ófilos".

Não é um "declive escorregadio", não estou sugerindo que "se as pessoas continuarem aceitando essas surubas, logo isso vai ser aceito também", pode bem ser independente, a aceitação universal das surubas a céu aberto ser "contida" espontaneamente à espécie humana, de adolescentes para cima. Mas é também verdade que muitos argumentos sobre a liberação mais abrangente já são feitos e são também defensáveis por lógicas idênticas, sem exagero.

Como se a pedofilia, institucionalizada, inclusive, por casamentos forçados, e zoofilia não fossem um problema em sociedades conservadoras, talvez principalmente nelas. 

Por que esse "como se"? Onde ficou sugerida essa comparação implícita, sugerindo que tudo seria melhor em sociedades conservadores? Pois eu não fiz. Estou falando apenas observado no presente e em tempos recentes, e atentando ao fato de que coisas a que mais pessoas, mesmo as mais liberais, ainda têm uma forte repulsa, poderiam igualmente vir a ser largamente aceitas na sociedade, tal como talvez ou certamente sejam em certas sociedades tradicionais. Talvez justamente essa aceitação em sociedades tradicionais seja uma "chave" para a aceitação em outras, a defesa do relativismo cultural/moral.



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Citação de: Doubt
O que me causa estranhamento é importância que se dá a sexualidade, principalmente, a alheia.  :?         

Bem, como disse antes, não dou tanta importância, senão no que puder haver as consqüências sociais já mencionadas (e ainda assim, é "importância de coisas que se discute na internet"; nem passa pela minha cabeça fazer qualquer "ativismo" por "valores tradicionais" nem nada, longe de mim, não tenho nem planos de "fazer a minha parte", seria até mais "parte do problema", na visão de alguns), ainda que, também tenha sim esse "incômodo" em ver o grau de "avanço" e pensar em como as coisas podem continuar "avançando", como acabei de dizer. Não te dá mesmo nem um incomodozinho leve pensar nisso?

E as consequências sociais do conservadorismo não te incomodam nem um pouquinho?

Claro.... você por acaso já viu outros posts meus pelo fórum? :hein:

De repente eu estou parecendo algum panfletário da TFP, é isso?


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Desde que li as mesmas preocupações com a decadência moral nos diálogos socráticos, há uns vinte anos, e depois em outros textos de diferentes épocas, que deixei de sentir esse incomodozinho. Percebi que é um traço humano essa tendência meio apocalíptica de ver a decadência moral em marcha acelerada combinada a uma certa romantização do passado: os deploráveis modos de hoje, serão os bons tempos de amanhã.

Bem, talvez esse alívio seja ilusório, ao menos no que concerne as conseqüências reais, como a maior incidência de patologias sociais associadas à "decadência moral" (oh! que horror! Usar tal termo reaça! *desmaio*)

Mas, como disse, nem isso é lá bem uma "tremenda preocupação", nem o que havia me chamado mais a atenção, que seria a postura aparentemente "de fachada", quanto aos aspectos teoricamente/logicamente potencialmente "inócuos", mas que mesmo assim comumente despertam ainda uma reação moral natural. Só uma fração negligenciável de quem tem essa [im?]postura mais liberal vai de fato agir de acordo, mostrando para a filha, filho, esposa ou esposo grandes oportunidades de trabalho na área de prostituição de luxo, e coisas assim, que se poderia esperar de uma atitude tão liberal quanto o discurso.

(E sim, conservadores serão menos conservadores e tradicionalistas do que posam ser, e seja lá o que mais forem de condenável também... como anti-intelectuais, é o que vem agora... e todas as facetas perigosas disso, etc. "Eles também")

Offline Moro

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Re:Masculinismo
« Resposta #185 Online: 22 de Novembro de 2014, 11:48:03 »
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saudeciencia/196539-camiseta-de-cientista-se-torna-motivo-de-criticas-na-internet.shtml


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Um cientista britânico envolvido na pouso da sonda Rosetta, na semana passada, passou a sofrer críticas por conta da camiseta que vestia na transmissão da Agência Espacial Europeia (ESO).

A camiseta de Matt Taylor tinha uma colagem de imagens de mulheres pin-up, em poses e roupas sensuais.

"Uma pequena camiseta para um homem, uma enorme fato para o sexismo", disse a professora universitária Jennifer Hoffman no Twitter. A camiseta explicaria por que há poucas mulheres na pesquisa espacial, que seria um ambiente hostil para elas.

A jornalista Rose Eveleth escreveu, também no Twitter, "obrigada por arruinar o pouso para mim, imbecil".

Até o prefeito de Londres, Boris Johnson, entrou na briga. Ele escreveu em defesa de Taylor, "bombardeado na internet por uma nuvem de ódio, orquestrada por grupos politicamente corretos".

Na "Time", a jornalista Cathy Young disse que "isso mostra como o feminismo virou uma caricatura: a Irmandade das Eternas Ofendidas, interessadas em atacar os homens, não em celebrar conquistas femininas".

Taylor acabou pedindo desculpas. A camiseta foi presente de aniversário de Elly Prizeman, amiga artista que fez a peça. "Nunca achei que Matt usaria o presente num dia tão especial, o que me comoveu", escreveu ela. "Não há nenhum significado por trás da peça. Só comprei o material e fiz."

Ela contou estar recebendo e-mails em massa de interessados em camisetas iguais.


Só para entender.. o cara ganha uma camiseta de uma amiga, que só comprou a estampa porque achou bonita, o cara usa porque gosta, e as feministas descobrem que isso é um sintoma de porque existe tão poucas mulheres no projeto.

Deveria haver limites para a estupidez.


« Última modificação: 22 de Novembro de 2014, 11:51:04 por Madiba »
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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I'm not convinced that faith can move mountains, but I've seen what it can do to skyscrapers."  --William Gascoyne

Offline Geotecton

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Re:Masculinismo
« Resposta #186 Online: 22 de Novembro de 2014, 12:43:13 »
Deixe as e os apoiadores irrestrita(o)s do feminismo do fórum explicarem uma situação ridícula como esta.
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Offline _Juca_

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Re:Masculinismo
« Resposta #187 Online: 22 de Novembro de 2014, 12:52:31 »
Deixe as e os apoiadores irrestrita(o)s do feminismo do fórum explicarem uma situação ridícula como esta.

Acho que não tem o que explicar a camisa é feia pra burro. O Esquadrão da Moda iria avacalhar ainda mais o cara.  :lol:


Offline Skeptikós

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Re:Masculinismo
« Resposta #188 Online: 22 de Novembro de 2014, 12:59:49 »
(...)É verdade... talvez no futuro se veja discussões sobre isso com frases como "conheço muito 'pedófilo' e 'zoófilo', sexualmente falando, que são muito melhores, do que mesma-idade-ófilos e mesma-espécie-ófilos".(...)
Se o cara é honesto com seus desejos e assumi-se pedófilo ou zoófilo, mas no entanto reconhece a imoralidade social dos comportamentos que resultariam destes desejos, e por este motivo, não os prática, seria este cara, ao meu ver, mesmo hoje, muito melhor moralmente do que uma pessoa com a sexualidade normalmente orientada, e que no entanto, de forma oportunista, molesta crianças ou animais incapazes de consentir.

(...)Não é um "declive escorregadio", não estou sugerindo que "se as pessoas continuarem aceitando essas surubas, logo isso vai ser aceito também"(...)
Sei que você usou "pedofilia" e "zoofilia" em sentido de senso comum, de pessoas que pratica atos sexuais socialmente condenados e/ou inadequados, respectivamente com crianças e animais. Mas devo deixar claro para os outros, que a parafilia (como é o caso da pedofilia e da zoofilia) se caracteriza pelo desejo (socialmente inadequado e/ou condenado), e não necessariamente pelas ações (que poderiam resultar dele). Isto é, um pedófilo ou zoófilo podem nunca virem a praticar comportamentos sexuais motivados por seus desejos, pelo simples fato de reconhecem-nos como imorais, ou simplesmente socialmente inaceitáveis, e ainda sim seria um pedófilo ou zoófilo, sem no entanto, ter cometido crime algum.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Masculinismo
« Resposta #189 Online: 22 de Novembro de 2014, 13:07:33 »
(...)Conheço muita "vadia" e "cafajeste", sexualmente falando, que são muito melhores, do meu ponto de vista, sob vários aspectos que realmente me importam, do que puritanos. Na verdade, acho que não conheço muitos puritanos, não me lembro de nenhum numa busca mental rápida.(...)   

"A posição de um homem que mistura a devoção com uma vida execrável parece ser bem mais condenável que a de um homem coerente com sigo mesmo e inteiramente dissoluto."
- Montaigne, Os Ensaios, Uma Seleção (2010), Liv. I, Cap. LVI, p. 182, Org. M. A. Screech, Trad. Rosa Freire D'aguiar.

 :ok:

Isso quase que serve como uma espécie de "cala a boca" elegante e sofisticado no tema das "cantadas". :biglol:

 :ok:

Mas esses caras de antigamente se for peneirar muitas vezes vão ter também frases "elegantes" sobre como a mulher é um ser inferior e desprezível, então é uma faca de dois gumes. :/
Hehe, com Montaigne não é o caso, eu li quase todos os teus ensaios, e em nenhum deles ele defende algo como a inferioridade ou desprezibilidade das mulheres. Pode ficar tranquilo com ele neste aspecto.

 :ok:
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Masculinismo
« Resposta #190 Online: 22 de Novembro de 2014, 15:46:24 »
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saudeciencia/196539-camiseta-de-cientista-se-torna-motivo-de-criticas-na-internet.shtml


Citar
Um cientista britânico envolvido na pouso da sonda Rosetta, na semana passada, passou a sofrer críticas por conta da camiseta que vestia na transmissão da Agência Espacial Europeia (ESO).

A camiseta de Matt Taylor tinha uma colagem de imagens de mulheres pin-up, em poses e roupas sensuais.

"Uma pequena camiseta para um homem, uma enorme fato para o sexismo", disse a professora universitária Jennifer Hoffman no Twitter. A camiseta explicaria por que há poucas mulheres na pesquisa espacial, que seria um ambiente hostil para elas.

A jornalista Rose Eveleth escreveu, também no Twitter, "obrigada por arruinar o pouso para mim, imbecil".

Até o prefeito de Londres, Boris Johnson, entrou na briga. Ele escreveu em defesa de Taylor, "bombardeado na internet por uma nuvem de ódio, orquestrada por grupos politicamente corretos".

Na "Time", a jornalista Cathy Young disse que "isso mostra como o feminismo virou uma caricatura: a Irmandade das Eternas Ofendidas, interessadas em atacar os homens, não em celebrar conquistas femininas".

Taylor acabou pedindo desculpas. A camiseta foi presente de aniversário de Elly Prizeman, amiga artista que fez a peça. "Nunca achei que Matt usaria o presente num dia tão especial, o que me comoveu", escreveu ela. "Não há nenhum significado por trás da peça. Só comprei o material e fiz."

Ela contou estar recebendo e-mails em massa de interessados em camisetas iguais.


Só para entender.. o cara ganha uma camiseta de uma amiga, que só comprou a estampa porque achou bonita, o cara usa porque gosta, e as feministas descobrem que isso é um sintoma de porque existe tão poucas mulheres no projeto.

Deveria haver limites para a estupidez.




A artista deveria dar para ele agora uma versão da mesma camisa, mas com as mulheres usando burca. :biglol:








Esse novo "escândalo" feminista está sendo chamado de "shirtgate" (curiosamente parecido com "shitgate"). Seguindo o "elevatorgate" e o "gamegate", ainda em "andamento".

Se for esperta uma fabricante de pasta de dentes acaba dando um jeito de criar um novo escândalo desses para promover a marca.



Comentário no YT:

Citar
Mia Mendez3 days ago
 
I cannot believe no one has stepped up to help her with funding mass production. She should absolutely capitalize on the unwarranted attacks and attention at the hands of feminist extremists. It would allow us (her and her millions of supporters) to have the last laugh! And Elly, an innocent bystander, can laugh all the way to the bank as compensation for being dragged into this. Also, I'm sure her gains from this negative experience would also be somewhat redeeming for Dr Taylor as well. I'm sure he feels terrible that his friend has been thrown into this mess. 

Boa idéia, seria bem legal ver isso acontecer. Quinhentas vezes melhor do que as 4chanzices típicas.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Masculinismo
« Resposta #191 Online: 22 de Novembro de 2014, 17:19:15 »
Em outro post eu havia citado "paradoxo moral", mas o termo devia ter sido "perplexidade moral":


(acredito que o post todo é de autoria do Res Cogitans)

(retirado de Tábula Rasa de Steven Pinker.)

[...]o senso moral é repleto de peculiaridades e propenso a erros sistemáticos- ilusões morais, digamos assim-, exatamente como nossas outras faculdades.
Ponderemos sobre a seguinte história:


Citar
Júlia e Marcos são irmãos. Estão viajando juntos pela França durante as férias de verão da universidade. Certa noite, a sós em uma barraca perto da praia, decidem que seria interessante e divertido se tentassem fazer amor. No mínimo, seria uma nova experiência para cada um deles. Júlia já estava tomando pílula, mas Marcos ainda assim usou camisinha, só para garantir. Os 2 sentem prazer naquele ato, mas decidem não repeti-lo. Mantêm aquela noite como um segredo especial, o que os faz sentir-se ainda mais próximos um do outro. Qual sua opinião: o que eles fizeram foi errado?


O psicólogo Jonathan e seus colegas apresentaram esssa história a muitas pessoas. a maioria declara prontamente que o que júlia e Marcos fizeram é errado, e depois fica procurando razões para justificar por quê. Mencionam os perigos na endogamia, mas são lembrados que usaram duas formas de contracepção. Aventam que Júlia e Marcos sairiam emocionalmente magoados, mas a história deixa claro que isso não acontece. Arriscam que aquele ato ofenderia a comunidade, mas depois lembram que foi manido em segredo. Argumentam que aquilo poderia interferir em futuros relacionamentos, mas reconhecem que Júlia e Marcos concordam em não repetir o ato. Por fim, muitos dos entrevistados admitem: "Não sei, não consigo explicar, só sei que é errado". Haidt designa esta situação como "perplexidade moral", e a evoca juntamente com outros cenários desagradáveis mas sem vítimas:

[...]

Citar
O cachorro de uma família é morto por um carro na frente de casa. a família ouviu dizer que carne de cachorro é deliciosa, por isso cortam o corpo do cão em pedaços e o comem cozido no jantar.

Um homem vai ao supermercado uma vez por semana e compra uma galinha morta. Mas, antes de cozinhar a galinha, tem relação sexual com ela. Depois cozinha e come. 


Muitos filósofos morais diriam que não há nada errado nesses atos, pois atos privados entre adultos de comum acordo e que não prejudiquem outros seres sensíveis não são imorais. [...]As pessoas tem sentimentos viscerais que que lhes dão convicções morais intensas, e se esforçam para racionalizar estas convicções em vista do fato. Essas convicções podem ter pouca relação com julgamentos morais que o indivíduo poderia justificar para outras pessoas com base em seus efeitos sobre a felicidade ou o sofrimento. Em vez disso, surgem de organização neurobiológica e evolutiva dos órgãos que chamamos de emoções morais.




Offline Sergiomgbr

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Re:Masculinismo
« Resposta #192 Online: 22 de Novembro de 2014, 17:40:17 »
Em outro post eu havia citado "paradoxo moral", mas o termo devia ter sido "perplexidade moral":


(acredito que o post todo é de autoria do Res Cogitans)

(retirado de Tábula Rasa de Steven Pinker.)

[...]o senso moral é repleto de peculiaridades e propenso a erros sistemáticos- ilusões morais, digamos assim-, exatamente como nossas outras faculdades.
Ponderemos sobre a seguinte história:


Citar
Júlia e Marcos são irmãos. Estão viajando juntos pela França durante as férias de verão da universidade. Certa noite, a sós em uma barraca perto da praia, decidem que seria interessante e divertido se tentassem fazer amor. No mínimo, seria uma nova experiência para cada um deles. Júlia já estava tomando pílula, mas Marcos ainda assim usou camisinha, só para garantir. Os 2 sentem prazer naquele ato, mas decidem não repeti-lo. Mantêm aquela noite como um segredo especial, o que os faz sentir-se ainda mais próximos um do outro. Qual sua opinião: o que eles fizeram foi errado?


O psicólogo Jonathan e seus colegas apresentaram esssa história a muitas pessoas. a maioria declara prontamente que o que júlia e Marcos fizeram é errado, e depois fica procurando razões para justificar por quê. Mencionam os perigos na endogamia, mas são lembrados que usaram duas formas de contracepção. Aventam que Júlia e Marcos sairiam emocionalmente magoados, mas a história deixa claro que isso não acontece. Arriscam que aquele ato ofenderia a comunidade, mas depois lembram que foi manido em segredo. Argumentam que aquilo poderia interferir em futuros relacionamentos, mas reconhecem que Júlia e Marcos concordam em não repetir o ato. Por fim, muitos dos entrevistados admitem: "Não sei, não consigo explicar, só sei que é errado". Haidt designa esta situação como "perplexidade moral", e a evoca juntamente com outros cenários desagradáveis mas sem vítimas:

[...]

Citar
O cachorro de uma família é morto por um carro na frente de casa. a família ouviu dizer que carne de cachorro é deliciosa, por isso cortam o corpo do cão em pedaços e o comem cozido no jantar.

Um homem vai ao supermercado uma vez por semana e compra uma galinha morta. Mas, antes de cozinhar a galinha, tem relação sexual com ela. Depois cozinha e come. 


Muitos filósofos morais diriam que não há nada errado nesses atos, pois atos privados entre adultos de comum acordo e que não prejudiquem outros seres sensíveis não são imorais. [...]As pessoas tem sentimentos viscerais que que lhes dão convicções morais intensas, e se esforçam para racionalizar estas convicções em vista do fato. Essas convicções podem ter pouca relação com julgamentos morais que o indivíduo poderia justificar para outras pessoas com base em seus efeitos sobre a felicidade ou o sofrimento. Em vez disso, surgem de organização neurobiológica e evolutiva dos órgãos que chamamos de emoções morais.



Eu diria que antes de os exemplos descritos serem casos de perplexidade moral(em casos onde a perplexidade não seja pleonasticamente moral!) são algo como formas precipitadas de relacionar temas sem a contextualidade esperada, um inusitado não solicitado. Algo que não é afeto só a temas de sexualidade mas também a outras questões, como o suicídio, por exemplo.

Um outro exemplo de como a coisa funcionaria como um inusitado: estou numa sala repleta de amigos e familiares falando algo formalmente sobre um tema qualquer e de repente me expresso com um termo chulo flagrantemente onde deveria usar uma palavra naturalmente mais fácil.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Skeptikós

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Re:Masculinismo
« Resposta #193 Online: 22 de Novembro de 2014, 18:41:01 »

Citar
[...]o senso moral é repleto de peculiaridades e propenso a erros sistemáticos- ilusões morais, digamos assim-, exatamente como nossas outras faculdades.
Ponderemos sobre a seguinte história:


Citar
Júlia e Marcos são irmãos. Estão viajando juntos pela França durante as férias de verão da universidade. Certa noite, a sós em uma barraca perto da praia, decidem que seria interessante e divertido se tentassem fazer amor. No mínimo, seria uma nova experiência para cada um deles. Júlia já estava tomando pílula, mas Marcos ainda assim usou camisinha, só para garantir. Os 2 sentem prazer naquele ato, mas decidem não repeti-lo. Mantêm aquela noite como um segredo especial, o que os faz sentir-se ainda mais próximos um do outro. Qual sua opinião: o que eles fizeram foi errado?


O psicólogo Jonathan e seus colegas apresentaram esssa história a muitas pessoas. a maioria declara prontamente que o que júlia e Marcos fizeram é errado, e depois fica procurando razões para justificar por quê. Mencionam os perigos na endogamia, mas são lembrados que usaram duas formas de contracepção. Aventam que Júlia e Marcos sairiam emocionalmente magoados, mas a história deixa claro que isso não acontece. Arriscam que aquele ato ofenderia a comunidade, mas depois lembram que foi manido em segredo. Argumentam que aquilo poderia interferir em futuros relacionamentos, mas reconhecem que Júlia e Marcos concordam em não repetir o ato. Por fim, muitos dos entrevistados admitem: "Não sei, não consigo explicar, só sei que é errado". Haidt designa esta situação como "perplexidade moral"(...)

Este texto me fez lembrar de um outro:

Citação de: TIM HALLBOM, ROBERT B. DILTS & SUZY SMITH em "Crenças - Caminhos Para a Saude E O Bem-estar"
Quando as pessoas nos falam de suas crenças, muitas vezes criam argumentos lógicos para tentar entender os comportamentos que tem. Freud chamava a isso ansiedade de flutuação livre (ansiedade causada por um conflito inconsciente). Segundo Freud, a única coisa de que a pessoa tem consciência é apenas  do sentimento de ansiedade. Então, inventa razões lógicas para explicar por que se sente assim, mas suas razões lógicas nada tem a ver com o sentimento de ansiedade.

Crenças - Caminhos Para a Saúde E O Bem-estar, Página 31, TIM HALLBOM, ROBERT B. DILTS, SUZY SMITH, Grupo Editorial Summus - 192 páginas.

Abraços!
« Última modificação: 22 de Novembro de 2014, 18:47:36 por Skeptikós »
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"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Gregory House

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Re:Masculinismo
« Resposta #194 Online: 22 de Novembro de 2014, 19:59:48 »


Nem tudo se resume a estar de acordo com os padrões de beleza e status-condições sócio-econômicas socialmente valorizadas, a bela e boa lábia ainda é na minha opinião, fator impactante nesta relação.

 :ok:

Explicação pra essa imagem.



hahahahaha

Offline Cientista

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Re:Masculinismo
« Resposta #195 Online: 22 de Novembro de 2014, 20:11:36 »

Citar
[...]o senso moral é repleto de peculiaridades e propenso a erros sistemáticos- ilusões morais, digamos assim-, exatamente como nossas outras faculdades.
Ponderemos sobre a seguinte história:


Citar
Júlia e Marcos são irmãos. Estão viajando juntos pela França durante as férias de verão da universidade. Certa noite, a sós em uma barraca perto da praia, decidem que seria interessante e divertido se tentassem fazer amor. No mínimo, seria uma nova experiência para cada um deles. Júlia já estava tomando pílula, mas Marcos ainda assim usou camisinha, só para garantir. Os 2 sentem prazer naquele ato, mas decidem não repeti-lo. Mantêm aquela noite como um segredo especial, o que os faz sentir-se ainda mais próximos um do outro. Qual sua opinião: o que eles fizeram foi errado?


O psicólogo Jonathan e seus colegas apresentaram esssa história a muitas pessoas. a maioria declara prontamente que o que júlia e Marcos fizeram é errado, e depois fica procurando razões para justificar por quê. Mencionam os perigos na endogamia, mas são lembrados que usaram duas formas de contracepção. Aventam que Júlia e Marcos sairiam emocionalmente magoados, mas a história deixa claro que isso não acontece. Arriscam que aquele ato ofenderia a comunidade, mas depois lembram que foi manido em segredo. Argumentam que aquilo poderia interferir em futuros relacionamentos, mas reconhecem que Júlia e Marcos concordam em não repetir o ato. Por fim, muitos dos entrevistados admitem: "Não sei, não consigo explicar, só sei que é errado". Haidt designa esta situação como "perplexidade moral"(...)

Este texto me fez lembrar de um outro:

Citação de: TIM HALLBOM, ROBERT B. DILTS & SUZY SMITH em "Crenças - Caminhos Para a Saude E O Bem-estar"
Quando as pessoas nos falam de suas crenças, muitas vezes criam argumentos lógicos para tentar entender os comportamentos que tem. Freud chamava a isso ansiedade de flutuação livre (ansiedade causada por um conflito inconsciente). Segundo Freud, a única coisa de que a pessoa tem consciência é apenas  do sentimento de ansiedade. Então, inventa razões lógicas para explicar por que se sente assim, mas suas razões lógicas nada tem a ver com o sentimento de ansiedade.

Crenças - Caminhos Para a Saúde E O Bem-estar, Página 31, TIM HALLBOM, ROBERT B. DILTS, SUZY SMITH, Grupo Editorial Summus - 192 páginas.

Abraços!
Só mesmo um sabe-nada 'empoeirado' como o 'Segue-o-mundo-e-Foide-o' para criar uma doutrina vazia ignara do naipe...   e seguideres para segui-lo...

Offline Skeptikós

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Re:Masculinismo
« Resposta #196 Online: 22 de Novembro de 2014, 20:43:23 »


Nem tudo se resume a estar de acordo com os padrões de beleza e status-condições sócio-econômicas socialmente valorizadas, a bela e boa lábia ainda é na minha opinião, fator impactante nesta relação.

 :ok:

Explicação pra essa imagem.



hahahahaha

 :histeria: :histeria: :histeria:

É a segunda vez aqui no fórum que me estrepo por não confrontar as informações que repasso.

Assim minha imagem não fica muito boa, apaga isso dai.  :histeria: :histeria:
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Offline Moro

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Re:Masculinismo
« Resposta #197 Online: 23 de Novembro de 2014, 00:42:39 »
Mas Skepticos, essa era obvia, a chance de errar era bem pequena mesmo :-)
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Georg Hagedorn

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Re:Masculinismo
« Resposta #198 Online: 23 de Novembro de 2014, 10:55:36 »
 :histeria:

"Alguma frase aleátoria na assinatura"

Offline Moro

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Re:Masculinismo
« Resposta #199 Online: 23 de Novembro de 2014, 13:14:13 »
Mas isso não é algo errado, nem faz delas diferentes de nós homens. Ele quer uma gostosa,  ela quer um luxo. E outras características também entrarão em jogo.
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