Autor Tópico: A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade  (Lida 42972 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #350 Online: 23 de Junho de 2016, 08:58:15 »
Só imagine o tamanho da bolha chinesa, só a chinesa:



Aquela m... de país vai se 'estourar' exatamente como a URSS.
Foto USGS

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #351 Online: 23 de Junho de 2016, 10:11:49 »
A URSS também assistia um investimento massivo em urbanização?

(na verdade, segundo o gráfico abaixo, parece que vinha num ritmo comparativamente constante, e declinou abruptamente com a abertura do mercado)

É possível "ver"/"prever" uma bolha apenas pelo uso de cimento (e consumo de suínos?) , sem dados diretos do mercado e que "produtos econômicos" estão impulsionando a esse crescimento?










Esses dados batem com previsões de bolhas proporcionais afetando cada país, ou tem alguma não-linearidade na coisa toda que seria evidente que a China teria passado... porque....


E quanto à Tailândia?

Offline Muad'Dib

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #352 Online: 23 de Junho de 2016, 10:22:18 »
Eu li uma vez que os economistas foram apitos a prever nove das últimas três crises econômicas.

Offline Geotecton

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #353 Online: 23 de Junho de 2016, 11:44:47 »
A URSS também assistia um investimento massivo em urbanização?

Não.

Mas também nunca promoveu uma 'bolha imobiliária' da magnitude dos chineses, que tem vários prédios, bairros e até mesmo cidades construídos sem que exista uma real demanda, feitas apenas para manter em atividade (intensa, por sinal) as indústrias correlatas.

http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/03/150322_cidades_fantasmas_china_mj_cc

http://www.megacurioso.com.br/oriente-bizarro/70075-conheca-10-cidades-abandonadas-na-china-que-sao-loucas-e-bizarras.htm

http://gizmodo.uol.com.br/china-cidades-fantasmas/


(na verdade, segundo o gráfico abaixo, parece que vinha num ritmo comparativamente constante, e declinou abruptamente com a abertura do mercado)

Exatamente. A curva indicava um aparente equilíbrio.

Bastou que a diminuição e ou eliminação do artificialismo criado pelo intervencionismo estatal e a real demanda despencou.

Situação análoga ao que ocorrerá com os chineses, quando a 'bolha' imobiliária estourar.


É possível "ver"/"prever" uma bolha apenas pelo uso de cimento (e consumo de suínos?) , sem dados diretos do mercado e que "produtos econômicos" estão impulsionando a esse crescimento?

Não, eu acho que não é possível.

Mas se forem observardos os dados, constata-se uma clara manipulação estatal no mercado local. Mais cedo ou mais tarde, as relações econômicas reais (ou seja aquelas que decorrem das atividades típicas de mercado) irão se impor e que refletirá em todos os parâmetros controlados pelo estado: câmbio, inflação, juros, taxas de desemprego e de crescimento de PIB, etc. 


Esses dados batem com previsões de bolhas proporcionais afetando cada país, ou tem alguma não-linearidade na coisa toda que seria evidente que a China teria passado... porque....

Cada país tem suas especificidades.

O que eu mencionei vale para a China, dado o tamanho de sua economia e o grau de intervenção estatal na economia.


E quanto à Tailândia?

Não conheço as peculiaridades econômicas dela.
Foto USGS

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #354 Online: 23 de Junho de 2016, 12:04:50 »
Realmente a coisa parece problemática, embora novamente não sei se a maior parte da culpa é mesmo estatal ou um fenômeno que emerge espontaneamente da valorização do setor...

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June 4, 2012 6:11 pm
Concrete at the core of China bubble fears

...Some fear that Zoomlion, which is becoming a dominant player in the concrete machinery industry in China and beyond, is at the centre of a complex and growing web of shadow finance involving credit creation by banks, machinery makers and concrete producers.

...
However, some fear that buyers of its concrete mixing machines are doubling up on their debt by using new machines as collateral for further loans. The concrete mixing companies are then selling their ready mixed concrete on credit to cash-strapped property developers.
...
“To get more loans, they tend to buy many more machines than they need – one buyer was said to have bought eight when it initially wanted two,” said Julian Bu at Jefferies.
Beijing has been fighting to deflate the property sector and rebalance the economy, instructing banks to reduce lending to the sector, which has put a growing number of developers out of business.
In spite of this, sales of concrete machinery for Zoomlion and its big rival Sany Heavy Industry, which is seen as less aggressive with its financing, have continued to grow strongly even as those of their global rivals such as Caterpillar have declined.

...
http://www.ft.com/cms/s/0/c4eb7f38-a893-11e1-a747-00144feabdc0.html


Pior, parte da ruína da bolha imobiliária pode ser literal:



<a href="https://www.youtube.com/v/2HMcZiWxX7o" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/2HMcZiWxX7o</a>

https://www.rt.com/viral/337501-china-new-apartment-crumbling/





...


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http://fortune.com/2016/03/03/china-mass-layoffs-steel-coal/

Here’s Why China Laying Off 1.8 Million Workers Is Actually Good News

[...]

 The cuts target other sectors experiencing oversupply, too, such as cement and shipbuilding. A prime target is China’s so-called “zombie” enterprises. These are state-owned companies that are no longer producing, but keep employees on the books to avoid an unemployment crisis. State-owned enterprises currently account for around 37 million workers and 40% of China’s industrial output. With growth projected to slow to around 6.5% a year and possibly even less, it is increasingly clear that the economy can no longer afford to carry industries that don’t produce. Much of the resistance to change, nevertheless, comes from local governments that fear dealing with the social unrest that is likely to result from mass layoffs.

[...]

Skorpios

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #355 Online: 23 de Junho de 2016, 13:36:12 »
Eu li uma vez que os economistas foram apitos a prever nove das últimas três crises econômicas.

Chegou a coçar a mão, mas eu prometi, então não.

Offline Lorentz

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #356 Online: 23 de Junho de 2016, 13:39:17 »
Eu li uma vez que os economistas foram apitos a prever nove das últimas três crises econômicas.

Chegou a coçar a mão, mas eu prometi, então não.

 :biglol:
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth


Offline Lorentz

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #358 Online: 23 de Junho de 2016, 13:52:04 »
"Apitos" são aqueles de apitar. Nada há ver. O correto ser "foram à ptos".

Nada há ver, nada haver. Foi indo mas acabou não fondo.
"Amy, technology isn't intrinsically good or bad. It's all in how you use it, like the death ray." - Professor Hubert J. Farnsworth

Skorpios

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #359 Online: 23 de Junho de 2016, 13:53:14 »
 :hehe:

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #360 Online: 23 de Junho de 2016, 13:58:13 »
"Apitos" são aqueles de apitar. Nada há ver. O correto ser "foram à ptos".

Nada há ver, nada haver. Foi indo mas acabou não fondo.

Você não capitou o que eu disse. Mas deixa para lá. Voltemos ao assunto: que importa na maior crise da economia da história da humanidade é a renda per capta.

Offline JJ

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #361 Online: 23 de Junho de 2016, 14:00:15 »
Só imagine o tamanho da bolha chinesa, só a chinesa:

Aquela m... de país vai se 'estourar' exatamente como a URSS.



Por que a China vai implodir

por David Stockman, sexta-feira, 23 de maio de 2014

 
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china.bmp


O segredo para se entender a China é que o país não é apenas mais uma economia emergente que vivenciou um forte crescimento e que, agora, está momentaneamente se esforçando para conter seus excessos.  Também não se trata de mais uma economia que incorreu em uma farra de investimentos errôneos em ativos fixos, como imóveis, e que agora quer fazer uma transição para algum tipo mais "normal" de economia, como uma baseada no consumo.
Não.


A China é uma grotesca aberração econômica, cujo modelo econômico simplesmente não tem semelhança a nenhum outro modelo econômico já adotado por algum outro país em algum momento da história — nem mesmo ao modelo mercantilista de estímulo às exportações originalmente criado pelo Japão, e que já se comprovou insustentável.


O governo chinês está nas mãos de um grupo de velhos comunistas que foram criados sob o regime de Mao.  Eles acreditam em planejamento central, ainda que de uma maneira mais diluída.  Eles enviaram seus jovens mais inteligentes para estudar economia nas universidades americanas.  Esses jovens retornaram para a China keynesianos.


A economia chinesa é hoje uma mistura maluca de empreendedorismo de livre mercado, de investimentos subsidiados e dirigidos pelo Banco Central, de mercantilismo keynesiano, e de planejamento central comunista.  Trata-se de um acidente monumental que está na iminência de acontecer.


A China é uma nação que, em decorrência de uma monumental bolha de crédito, incorreu em uma insana mania especulativa direcionada majoritariamente para a construção civil.  As implicações desse endividamento (todo crédito é um endividamento) e dessa especulação imobiliária estão sendo resolutamente ignoradas por analistas que ainda estão iludidos pela noção de que a China criou um modelo econômico singular chamado "capitalismo vermelho".


Quando a dívida total (pública e privada) de um país explode de US$1 trilhão para US$25 trilhões em apenas 14 anos, isso não é capitalismo, nem mesmo vermelho.  Trata-se de insanidade monetária conduzida pelo estado.


Há ocasiões em que uma imagem vale mais que mil palavras.  Eis a seguir um gráfico que apareceu em uma matéria do Financial Times que falava sobre a rápida deterioração do mercado imobiliário chinês.  Ao que parece, de acordo com dados da US Geological Survey e do Comitê Nacional de Estatísticas da China, durante um período de apenas dois anos, 2011 e 2012, o qual representou o ápice da tão aclamada "agressiva política de estímulos" do governo chinês em resposta à recessão do mundo desenvolvido, a China consumiu mais cimento do que os EUA consumiram durante todo o século XX!


China Cement.jpg

Consumo de cimento per capita (eixo Y) versus PIB per capita (eixo X)


Esse fato insano tem de ser corretamente digerido.  Eis uma maneira de colocar as coisas em suas devidas proporções.


Pense em todo o processo de urbanização ocorrido nos EUA ao longo dos últimos 100 anos.  Pense na construção de todos os edifícios comerciais, de todos os prédios residenciais, de todas as casas, de todos os arranha-céus, e de todos os shoppings que adornam as milhares de cidades americanas da costa leste à oeste.  Pense também na construção de toda a infraestrutura do país, desde as simples ruas e avenidas das cidades até as grandiosas represas Hoover, TVA e Grande Coulee, passando por toda a malha de rodovias, aeroportos, portos, rodoviárias, estações de trem, de metrô.  Pense em todos os estádios de futebol americano, de beisebol, de basquete, de hóquei; em todos os auditórios e estacionamentos que já foram construídos no país.


Todo o volume de cimento gasto nesse processo de 100 anos foi o mesmo que a China gastou em dois anos.


O resultado?  Cidades completamente vazias.


Eis o busílis.  É impossível olhar apenas para os frios números do PIB chinês e ter qualquer compreensão sobre o estrondoso colapso que irá ocorrer quando todo esse frenesi de obras acabar.  A noção de que o governo, de maneira indolor, será capaz de reduzir os investimentos em ativos fixos de seu atual valor de 50% do PIB para "apenas" 25% — o que ainda seria consideravelmente alto — ignora o que realmente é a economia chinesa: um projeto de construção civil de dimensões continentais, na qual tudo está relacionado a transportar, fabricar, erigir e vender infraestrutura — públicas e privadas, varejista e industrial.


Portanto, quando as construções pararem — seja porque os preços inflados dos imóveis estão caindo ou porque a expansão creditícia não mais será capaz de continuar sustentando a bolha —, a implosão será trovejante.  A produção de cimento pode cair dos atuais 2 bilhões de toneladas por ano para meros 500 milhões; o consumo de aço irá despencar proporcionalmente; frotas industriais de caminhões de cimento e de transporte de aço ficarão ociosas; a demanda por pneus, por componentes de motores, e por combustível para caminhão irá evaporar; empreendedores que fornecem os serviços que suprem este gigantesco fluxo de cimento e aço irão à bancarrota; os apartamentos vazios — ainda chamados de "investimentos" — em posse de seus proprietários serão inúteis.


E quando essa implosão ocorrer, mais de um bilhão de pessoas irá vivenciar em primeira mão como planejamento central, expansão do crédito e inflação monetária produzida por um Banco Central são eficientes em destruir recursos escassos.


Esse será o maior desafio dos oligarcas comunistas.  Os chineses conhecem apenas dois sistemas econômicos: o sistema comunista sob Mao e o atual sistema, que é baseado na inflação monetária gerenciada pelo Banco Central e na alocação keynesiana de capital.  As massas depositaram sua fé nesse sistema econômico.  Quando ele entrar em colapso, as consequências serão interessantes.


Atualmente, há aproximadamente 90.000 manifestações populares por ano na China.  O governo é relativamente eficaz em escondê-las do mundo.  Quantas mais ocorrerão quando houver a implosão?



David Stockman é ex-congressista americano e ex-membro do governo Reagan.  Escreveu o livro The Great Deformation (resenhado aqui), que cita detalhes desconhecidos sobre os favorecimentos do governo americano aos grandes bancos do país.  Atualmente, Stockman é o editor do site David Stockman's Contra Corner.



http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=1868



Rhyan

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #362 Online: 26 de Junho de 2016, 02:41:24 »
Governo chines estimula seus cidadãos a investirem na bolsa chinesa, todos, sem exceção, com direito a propaganda nacionalista. Dê uma olhada no nível de alavancagem da bolsa de Xangai.

Há bolha na China, ela vai estourar e efeito será longo, afirma especialista
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/07/1654964-ha-bolha-na-china-ela-vai-estourar-e-efeito-sera-longo-afirma-economista.shtml

Estourou a bolha: o "crash" da bolsa chinesa está apenas começando
http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/4147992/estourou-bolha-crash-bolsa-chinesa-esta-apenas-comecando

Lembrando que o mercado brasileiro é dependente demais da China.

Offline Feliperj

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #363 Online: 26 de Junho de 2016, 20:02:21 »
A URSS também assistia um investimento massivo em urbanização?

(na verdade, segundo o gráfico abaixo, parece que vinha num ritmo comparativamente constante, e declinou abruptamente com a abertura do mercado)

É possível "ver"/"prever" uma bolha apenas pelo uso de cimento (e consumo de suínos?) , sem dados diretos do mercado e que "produtos econômicos" estão impulsionando a esse crescimento?










Esses dados batem com previsões de bolhas proporcionais afetando cada país, ou tem alguma não-linearidade na coisa toda que seria evidente que a China teria passado... porque....


E quanto à Tailândia?


Se você considerar que esse concreto construiu cidades e industrias fantasmas, dá para concluir que provavelmente seja a bolha das bolhas.
« Última modificação: 26 de Junho de 2016, 20:08:33 por Feliperj »

Offline Feliperj

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #364 Online: 26 de Junho de 2016, 20:05:06 »
Realmente a coisa parece problemática, embora novamente não sei se a maior parte da culpa é mesmo estatal ou um fenômeno que emerge espontaneamente da valorização do setor...

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June 4, 2012 6:11 pm
Concrete at the core of China bubble fears

...Some fear that Zoomlion, which is becoming a dominant player in the concrete machinery industry in China and beyond, is at the centre of a complex and growing web of shadow finance involving credit creation by banks, machinery makers and concrete producers.

...
However, some fear that buyers of its concrete mixing machines are doubling up on their debt by using new machines as collateral for further loans. The concrete mixing companies are then selling their ready mixed concrete on credit to cash-strapped property developers.
...
“To get more loans, they tend to buy many more machines than they need – one buyer was said to have bought eight when it initially wanted two,” said Julian Bu at Jefferies.
Beijing has been fighting to deflate the property sector and rebalance the economy, instructing banks to reduce lending to the sector, which has put a growing number of developers out of business.
In spite of this, sales of concrete machinery for Zoomlion and its big rival Sany Heavy Industry, which is seen as less aggressive with its financing, have continued to grow strongly even as those of their global rivals such as Caterpillar have declined.

...
http://www.ft.com/cms/s/0/c4eb7f38-a893-11e1-a747-00144feabdc0.html


Pior, parte da ruína da bolha imobiliária pode ser literal:



<a href="https://www.youtube.com/v/2HMcZiWxX7o" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/2HMcZiWxX7o</a>

https://www.rt.com/viral/337501-china-new-apartment-crumbling/





...


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http://fortune.com/2016/03/03/china-mass-layoffs-steel-coal/

Here’s Why China Laying Off 1.8 Million Workers Is Actually Good News

[...]

 The cuts target other sectors experiencing oversupply, too, such as cement and shipbuilding. A prime target is China’s so-called “zombie” enterprises. These are state-owned companies that are no longer producing, but keep employees on the books to avoid an unemployment crisis. State-owned enterprises currently account for around 37 million workers and 40% of China’s industrial output. With growth projected to slow to around 6.5% a year and possibly even less, it is increasingly clear that the economy can no longer afford to carry industries that don’t produce. Much of the resistance to change, nevertheless, comes from local governments that fear dealing with the social unrest that is likely to result from mass layoffs.

[...]

A valorização do setor foi induzida pelo direcionamento estatal de recursos, e inflada por dinheiro novo impresso. Em um mercado livre e sem com "dinheiro bom", a valorização de um ativo especifico é contrabalanceada pela desvalorização de outros ativos, que se tornam atrativos, gerando um feedback de equilíbrio, que impede que essa desproporção se torne como ao que temos observado ultimamente.

Offline Feliperj

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #365 Online: 26 de Junho de 2016, 21:55:40 »
Governo chines estimula seus cidadãos a investirem na bolsa chinesa, todos, sem exceção, com direito a propaganda nacionalista. Dê uma olhada no nível de alavancagem da bolsa de Xangai.

Há bolha na China, ela vai estourar e efeito será longo, afirma especialista
http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2015/07/1654964-ha-bolha-na-china-ela-vai-estourar-e-efeito-sera-longo-afirma-economista.shtml

Estourou a bolha: o "crash" da bolsa chinesa está apenas começando
http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/4147992/estourou-bolha-crash-bolsa-chinesa-esta-apenas-comecando

Lembrando que o mercado brasileiro é dependente demais da China.

Lembrando que muito do Shadow Bank Chinês (que é outro problema gigantesco) está investindo nesses empreendimentos sem sentido.

Offline Pregador

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #366 Online: 28 de Junho de 2016, 14:22:56 »
Quando a bolha estourar o mundo inteiro vai mergulhar na crise... Acho que isso é o maior plano comunista de todos os tempos. Os chineses maoistas estão estimulando artificialmente a economia do mundo, tornando as grandes potências  econômicas dependentes da China, para depois quebrá-la estrondosamente e destruir o sistema financeiro mundial e a ordem capitalista. Depois os comunistas voltarão e salvarão a pátria e sepultarão o capitalismo para sempre no mundo todo...
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Peter Joseph

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #367 Online: 28 de Junho de 2016, 15:07:50 »
Quando a bolha estourar o mundo inteiro vai mergulhar na crise... Acho que isso é o maior plano comunista de todos os tempos. Os chineses maoistas estão estimulando artificialmente a economia do mundo, tornando as grandes potências  econômicas dependentes da China, para depois quebrá-la estrondosamente e destruir o sistema financeiro mundial e a ordem capitalista. Depois os comunistas voltarão e salvarão a pátria e sepultarão o capitalismo para sempre no mundo todo...

Eles vão gritar:  "Pegadinha do Malandro", e falar "agora é nois comunas" kkkkkk
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
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Offline Feliperj

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #368 Online: 30 de Junho de 2016, 21:34:16 »
Quando a bolha estourar o mundo inteiro vai mergulhar na crise... Acho que isso é o maior plano comunista de todos os tempos. Os chineses maoistas estão estimulando artificialmente a economia do mundo, tornando as grandes potências  econômicas dependentes da China, para depois quebrá-la estrondosamente e destruir o sistema financeiro mundial e a ordem capitalista. Depois os comunistas voltarão e salvarão a pátria e sepultarão o capitalismo para sempre no mundo todo...

Não falo em sepultar o capitalismo, pois sabem que não é possível ter uma economia planificada, mas tendemos a caminhar para o fascismo, com o estado agigantado, regulando e controlando uma elite econômico-financeira.

No livro The New Leviathan do David Horowitz, toda a história política e ideológica do Obama é exposta (o livro é mais que isso), e se demonstrado como ele se tornou o principal aprofundador da estratégia Cloward-Piven!

Rhyan

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #369 Online: 01 de Julho de 2016, 01:29:33 »
Já eu, acho que esse será o Muro de Berlin do Intervencionismo, quer dizer, não sou otimista para o que virá depois, mas vai ser uma ruptura ao modelo atual. A suspeita sempre foi que no futuro criassem um BC mundial mas a falha da UE mostra que isso não seria nada fácil. Muitos países não vão permitir o inflacionismo, principalmente os mais ricos, que são os que tem mais controle político. Resultado: austeridade forçada para os país mais pobres, o que deveria ser algo bom, mas não é porque os governos rejeitam isso. Austeridade é ofensivo pra burocrata, tem gente que ainda tem coragem de dizer que a causa da crise.

Rhyan

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #370 Online: 26 de Setembro de 2016, 19:55:14 »
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No, the Fed Doesn't Have a Plan. Yes, the Fed Really is Monetizing Government Debt
09/20/2016 Jeff Deist

Oh, what a difference a few years make.

After the Crash of '08, the Fed entered a period of "extraordinary" monetary policy marked by large scale purchases of Treasuries and other (worse) securities from commercial banks. This process, termed quantitative easing, began in November 2008 as a supposedly temporary measure to provide liquidity (and thus operational stability) to the banking sector. A Wall Street crisis would become a Main Street crisis otherwise, the story went.

As recently as 2013, Fed officials spoke quite confidently about returning the size of the Fed's balance sheet to "pre-crisis" levels. In other words, the unprecedented expansion of the monetary base — from less than $1 trillion to more than $4 trillion — would be reversed. The Fed had a plan!

Here is St. Louis Fed President James Bullard in 2010:

   
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The (FOMC) has often stated its intention to return the Fed balance sheet to normal, pre-crisis levels over time. Once that occurs, the Treasury will be left with just as much debt held by the public as before the Fed took any of these actions.

Furthermore, Fed officials were adamant that QE did not and would not amount to central bank monetization of government debt. According to Fed economists David Andolfatto and Li Li, the question hinges on what the Fed intends to do with its portfolio over the long term. Provided the swollen balance sheet created by QE returns to pre-crisis levels, the Fed is merely acting according to its dual mandate and stabilizing the economy. Here's the forthright statement from the St. Louis Fed in 2013: 

   
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For example, the FOMC has made unusually large acquisitions of longer-term securities, including Treasury debt. But is this debt a permanent acquisition? Or will its stay on the Fed's balance sheet be temporary? Andolfatto and Li address these questions:

        *If this accumulated Treasury debt is supposed to be permanent, then it is reasonable to expect that the corresponding supply of new money would also be permanent and would remain in the economy as either cash in circulation or bank reserves, Andolfatto and Li write. As the interest earned on the securities is remitted to the Treasury, the federal government essentially can borrow and spend this new money for free. Thus, under this scenario, money creation becomes a permanent source of financing for government spending.
        *On the other hand, if the Fed's recent increase in Treasury debt holdings is only temporary (an unusually large acquisition in response to an unusually large recession), then the public must expect that the monetary base at some point will return to a more normal level, with the Fed selling the securities or letting them mature without replacing them. Under this scenario, the Fed is not monetizing government debt;it is simply managing the supply of the monetary base in accordance with the goals set by its dual mandate. Some means other than money creation will be needed to finance the Treasury debt returned to the public through open market sales.

 Many economists, mostly Austrians but also certain fellow travelers, have argued for years (even before QE) that the Fed's willingness to buy Treasury debt represented a kind of blank check for Congress: don't worry about the debt, spend what you need to prevent the natives from getting too restless... Just issue Treasuries to paper over the deficits, and we'll be here (wink wink) to provide a ready backstop market. No need to raise rates.

And Fed critics, again mostly Austrians, have argued since 2008 that "normal" monetary policy would never return, that QE would never be unwound, and that artificially low (or even negative) interest rates were here to stay. In other words, that the Fed and its 300 Ivy League economists don't know what to do other than kick the can down the road another few months while hoping for a miraculous economic recovery.

Fast forward to today, and the recovery hasn't materialized. And Fed officials, current and former, are singing a different tune about ever restoring the balance sheet to pre-2008 levels.

Consider this remarkable admission made recently by former Fed Chair Ben Bernanke:

   
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But that principle (reducing the Fed's balance sheet) is now being second-guessed as well. At the Fed’s exclusive annual conference in Jackson Hole, Wyo., which draws some of the world’s most influential policymakers, several prominent economists argued that the Fed should maintain a large balance sheet indefinitely. The idea has the backing of Bernanke, who recently questioned Yellen’s continuing support for the exit strategy outlined two years ago. "Does this plan make sense? The answer is not clear cut," wrote Bernanke, who is now a distinguished fellow at the Brookings Institution. The Fed's"plan to return to a pre-2008 balance sheet and the associated operating framework needs more thought."

This entire Washington Post article is well worth reading. The nod to Sartre is an attempt at humor, although the Post has been among the Fed's biggest cheerleaders. But the comments section to the article, as usual, tells the real story: even progressive WaPo readers sense that the Fed is clueless, and that there are no brilliant people in Washington working on a "plan" to save us. Extraordinary monetary policy is the new normal, and all those pundits who assumed the Fed knew what it was doing were- and are- wrong.

Jeff Deist is president of the Mises Institute. He previously worked as a longtime advisor and chief of staff to Congressman Ron Paul. Contact: email; twitter.


Fonte:  https://mises.org/blog/no-fed-doesnt-have-plan-yes-fed-really-monetizing-government-debt

Rhyan

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #371 Online: 26 de Setembro de 2016, 19:56:57 »
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FOMC, Not Surprisingly, Holds on Interest Rates Again
09/21/2016 Paul-Martin Foss

The Federal Open Market Committee (FOMC) decided yet again today to hold off on raising the target federal funds rate. Not much changed in the language of the FOMC statement, with the Fed believing that the labor market continues to strengthen and that economic activity is picking up. The FOMC continues to see economic activity expanding, the labor market strengthening, and thus a stronger case for an increase in the federal funds rate. Perhaps the only shocking part of today’s FOMC statement was that there were three dissensions from the decision. Kansas City Fed President Esther George, Cleveland Fed President Loretta Mester, and Boston Fed President Eric Rosengren all dissented, each favoring a rise in the federal funds rate to 1/2 to 3/4 percent.

While there had been some discussion of a surprise rate rise today, and the dissent of three FOMC members shows indications that a rate rise may very well be around the corner, news of today’s Bank of Japan monetary policy action may have also played a role in the Fed’s decision not to raise rates today. Tightening monetary policy, no matter how loose it still remains, while other central banks continue to loosen, will only exacerbate the effects of the Fed’s actions. Perhaps the Fed is just taking a wait and see approach to see what happens in Japan and Europe before it decides to go ahead with another rate hike. Let’s hope that someone asks that question in this afternoon’s press conference.

Originally posted at the Carl Menger Center.

Fonte: https://mises.org/blog/fomc-not-surprisingly-holds-interest-rates-again

Offline JJ

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #372 Online: 06 de Outubro de 2016, 14:08:37 »
Mais notícia ruim:



A situação do Deutsche Bank coloca Angela Merkel entre a cruz e a espada
E os gregos e italianos, ao menos temporariamente, estão tendo algum deleite



Há algumas palavras que, quando colocadas juntas, formam uma dupla sem par.  'Itália' e 'eficiência', por exemplo.  Ou 'Inglaterra' e 'gastronomia'.  E 'Alemanha' e 'crise bancária'.


A imagem que temos dos bancos alemães, e da economia alemã, como sendo sólidos como uma rocha está arraigada em nossa mente, que é difícil acreditarmos que algum deles possa estar com problemas.

E, no entanto, está cada vez mais difícil ignorar este "acidente de trem em câmera lenta" em que se transformou o Deutsche Bank, o maior banco da Alemanha, um dos maiores do mundo, e aquele que já foi visto como a mais robusta instituição financeira da Europa.


Detentor do maior volume de derivativos de toda a Europa, o Deutsche Bank possui elos com praticamente todas as grandes instituições financeiras da região.  O que significa que, se o banco começou a afundar, é porque algo de grande está acontecendo.  E se o banco de afundar, todo um perverso efeito dominó ocorrerá.


As ações do DB já caíram 16% desde o dia 15 de setembro, e já desabaram mais de 20% desde o dia 9 de setembro.  Ou, dito de outra forma, o banco perdeu um quinto de sua capitalização de mercado em menos de duas semanas.


Atualmente, as ações estão em seu menor valor em 20 anos, bem menor do que o valor mínimo atingido no ápice da crise financeira de 2008.  Ontem, segunda-feira, caíram para menos de 10,70 euros.  Há um ano, estavam em 27 euros.


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Ainda mais assustadora é a semelhança com a trajetória do Lehman Brothers, cujo colapso foi o estopim da crise financeira de 2008.

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As eventuais consequências


Ainda durante o último fim de semana, a chanceler alemã Angela Merkel entrou em cena afirmando que não haverá nenhum pacote de socorro do governo alemão ao banco.


Se ela realmente estiver falando sério, então os eventos vindouros prometem ser interessantes.  Se o governo alemão não socorrer o banco — como realmente não deveria fazê-lo —, todos os outros bancos que transacionam com o DB no mercado interbancário começarão a ficar nervosos e inseguros em lidar com o banco alemão.  E, como hoje já se sabe, o estopim da crise de 2008 começou realmente em 2007, quando a confiança no sistema bancário começou a evaporar.


Se o Deutsche Bank quebrar, vários outros bancos que lidam com ele podem ir junto.  Todos os bancos (e também empresas) que possuíam ativos do Deutsche Bank teriam seu capital imediatamente reduzido.  Ficando descapitalizados, sua capacidade de conceder novos empréstimos seria substantivamente reduzida: os bancos teriam de restringir novos empréstimos e requisitar a quitação antecipada de empréstimos pendentes, pois agora seu capital sofreu uma redução. 


E, dado que o sistema bancário trabalha com reservas fracionárias, tal medida inevitavelmente iria gerar um processo deflacionário, pois isso faria com que várias contas-correntes que foram criadas para esses empréstimos fossem encerradas.  Na prática, os bancos estariam requisitando a devolução de um dinheiro que está na economia.


Por isso, praticamente nenhum governo permite a quebra de um grande banco.  As consequências para a economia podem ser devastadoras: a acentuada deflação monetária que isso geraria poderia levar a economia para uma profunda depressão.


E, dado que a atual situação dos bancos europeus já é delicada, por causa da política de juros negativo do Banco Central Europeu, a eventual quebra de um gigantesco banco alemão seria a pá de cal sobre a economia da região.


As causas


O Deutsche Bank vem cambaleando há mais de um ano.  Ainda em julho, o banco alemão anunciou uma acentuada queda em suas receitas e lucros.  Em fevereiro, em meio a uma derrocada no preço de suas ações, um de seus executivos-chefes, John Cryan, emitiu um comunicado assegurando aos seus funcionários e investidores que a instituição estava "sólida como uma rocha".  Qualquer pessoa que se lembre de 2008 sabe que isso é exatamente o tipo de coisa que um CEO de banco diz imediatamente antes de a coisa toda explodir.


Desde então, as notícias variam de ruins a péssimas.  Para começar, o banco levou uma série de "calotes brandos" de países periféricos da zona do euro, majoritariamente da Grécia e da Itália, que tiveram o valor de sua dívida reestruturada para baixo.  Adicionalmente, há suspeitas de que o banco está com problemas em seus derivativos relacionados à taxa Libor e ao mercado de câmbio.  Para culminar, no início de setembro, o Departamento de Justiça americano impôs ao banco uma multa de US$ 14 bilhões relacionada à venda de títulos hipotecários.


O banco está tentando cortar custos e restaurar sua lucratividade, mas, até o momento, não tem sido bem-sucedido.  Especula-se que ele nem sequer tenha o dinheiro para pagar a multa do Departamento de Justiça americano.


A encruzilhada de Merkel


Um recente artigo na revista Focus relata que altos funcionários do governo alemão garantem que a chanceler Angela Merkel está irredutível em sua decisão de não socorrer o banco.  Não haveria assistência caso o banco não conseguisse elevar seu capital — necessário para se manter solvente — e o governo alemão também não está planejando intervir para reduzir a multa imposta ao banco pelo governo americano.  Se o banco está com problemas, então ele está por conta própria.

A postura de Merkel é compreensível: afinal, se ela socorresse o banco, ela seria vista pela Europa e por todo o mundo como uma grande hipócrita.  A Alemanha, com Merkel à frente, sempre se posicionou como a guardiã da responsabilidade financeira na zona do euro.


Ainda ano passado, a Grécia enfrentou uma crise bancária que não só manteve os bancos fechados por algumas semanas, como ainda esvaziou completamente os caixas de atendimento automático.  A Alemanha foi inflexível em não permitir resgates ao país.


Este ano, está ocorrendo uma crise bancária na Itália: seu banco mais antigo, o Banca Monte dei Paschi di Siena, está insolvente.  A Alemanha foi irredutível: as regras da zona do euro dizem que os correntistas do banco é que devem arcar com as perdas quando o banco se torna insolvente.


[N. do E.: em termos práticos, o dinheiro que está na sua conta-corrente, na sua conta-poupança ou em CDBs é confiscado de você e incorporado ao patrimônio líquido do banco, aumentando seu capital.  O dinheiro que até então era contabilizado como um passivo para o banco torna-se um patrimônio líquido do banco.  Foi isso o que aconteceu no Chipre em 2013.  Esse método é chamado de bail-in].


Se o governo alemão, após tudo isso, decidir socorrer seu próprio banco, ao mesmo tempo em que negou socorro aos bancos dos outros países, a medida parecerá, para ser bem brando, um pouco incoerente.  No mínimo, as pessoas começarão a pensar que há uma regra exclusiva para a Alemanha e outra para todo o resto.  Com efeito, seria impossível continuar mantendo uma linha-dura em relação à Itália e à Grécia.


Por outro lado, se o Deutsche Bank quebrar e o governo alemão nada fizer para socorrê-lo, isso será um devastador golpe à maior economia da Europa — e ao sistema financeiro global.  Ninguém realmente sabe quais seriam as perdas totais e qual será o impacto sobre todo o sistema financeiro.  Certamente, seria um golpe fatal para o sistema bancário italiano.  Os bancos franceses e espanhóis seriam os próximos.  Pior ainda: a economia da zona do euro, com a França e Itália de volta ao crescimento zero e ainda lidando com o impacto do Brexit, dificilmente está em boa forma para absorver um choque desta magnitude.


O fato é que, de certa forma, uma "crise bancária alemã" traria, ainda que brevemente, algum deleite para italianos e gregos, que sempre receberam duros sermões da Alemanha sobre "se ater às regras da União Europeia", para não mencionar as recorrentes admoestações do ministro das finanças alemão Wolfgang Schäuble de não utilizar dinheiro público para socorrer bancos, mas sim recorrer ao bail-in.


Conclusão


Se os € 42 trilhões em derivativos — valor três vezes maior que o PIB da União Europeia — que estão no portfólio do banco repentinamente perderem sua contrapartida, os danos sistêmicos podem ser sem precedentes.


A cruz e a espada são as opções de Merkel.  Um colapso do Deutsche facilmente aniquilaria sua carreira política.  Por outro lado, seu resgate poderia significar o fim do euro e da União Europeia.

Olhando em retrospecto, a ironia é interessante: por vários anos, todos os analistas se concentraram na periferia da Europa, imaginando estar ali o maior potencial de contágio bancário.  No entanto, a maior bomba-relógio de todo o setor bancário europeu sempre esteve exatamente no núcleo daquele que era considerado o mais seguro e mais estável país da região. 


Mas, agora, não vai dar para culpar a "falta de regulação"...



http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2525


« Última modificação: 06 de Outubro de 2016, 14:10:48 por JJ »

Offline JJ

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #373 Online: 06 de Outubro de 2016, 14:10:21 »

Mises vale ?

Será que alguém vai reclamar da fonte ?





Offline Gauss

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #374 Online: 06 de Outubro de 2016, 14:37:08 »

Mises vale ?

Será que alguém vai reclamar da fonte ?

Sua fonte agora cita dados e referências confiáveis, e não apela para autoridades anônimas. Muito  bom, está evoluindo.

Só nunca podemos confiar em tudo que eles afirmam, devemos saber filtrar as informações e sempre checar as referências e a plausibilidade das (des)informações. :ok:

Isso vale para qualquer fonte, seja Globo, UOL, BBC, El País, NYTimes, Brasil247(risos. Ok esse é difícil), Veja, Pravda, Mises, etc.
Citação de: Gauss
Bolsonaro é um falastrão conservador e ignorante. Atualmente teria 8% das intenções de votos, ou seja, é o Enéas 2.0. As possibilidades desse ser chegar a presidência são baixíssimas, ele só faz muito barulho mesmo, nada mais que isso. Não tem nenhum apoio popular forte, somente de adolescentes desinformados e velhos com memória curta que acham que a ditadura foi boa só porque "tinha menos crime". Teria que acontecer uma merda muito grande para ele chegar lá.

 

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