Não foi refutado.
A minha afirmação é a de que não existe livre arbítrio, o comportamento das pessoas é dependente da soma dos condicionantes da genética + condicionantes do ambiente.
Sim, JJ, embora o comportamento das pessoas seja dependente (na verdade, determinado a partir) da genética e do meio-ambiente, isso não refuta a praxeologia, isso porque mesmo que todo o destino do universo esteja completamente determinado, se formos analisar um sub-sistema desse universo (tal como o cérebro) de maneira isolada, veremos que temos informação insuficiente para inferir como esse sistema vai se desenvolver no futuro. Por que? porque esse sistema não está isolado do resto do universo, há uma dependência entre eles, vindo daí a ilusão de que nossos destinos podem ser determinados exclusivamente por nossas ações.
O que eu quero mostrar aqui é que você não refutou a praxeologia. Quando você disse que a praxeologia é podre por que é baseada na "falsa ideia de livre-arbítrio", a qual implica que nossos sistemas nervosos não obedecem às leis da física, você está errado. Não porque não existe livre arbítrio, mas porque a ideia de "livre arbítrio" no qual se baseia a praxeologia é a ideia funcional de livre arbitrio, a de que os indivíduos são livres para agirem da maneira que lhes convir, de acordo com seus arbítrios, mesmo que essa liberdade seja ilusória e que suas decisões já tenham sido tomadas antes em seus cérebros; mas aí é necessário notar que o indivíduo é seu cérebro, e seu corpo, e que a genética não determina por completo suas ações. Longe disso, o ambiente é o maior determinante para a maioria das ações que os indivíduos tomam, não como reações imediatas, mas como ações premeditadas, "racionais". Vem daí a ideia de "livre-arbítrio" funcional, pois todas as ações que os indivíduos tomarão no futuro não estão completamente determinadas à partir das informações contidas em seus cérebros, podendo eles reagir de maneiras diferentes a cada fator externo que surgir, justamente porque desconheciam esses fatores, sendo para eles o futuro incerto, indeterminado, havendo aí a ilusão de que suas ações podem mudar o futuro.
Então, JJ, mesmo que não haja o "livre arbítrio", os indivíduos ainda têm a ilusão de terem livre-arbítrio, e essa ilusão basta para a praxeologia.
Na sua estranha visão qualquer que fosse a ação ocorrida estaria sendo uma expressão de uma livre vontade. Tanto faria se JJ tivesse respondido ou não tivesse respondido, a resposta ou não resposta para você seria uma confirmação da livre vontade do JJ.
Estranho mesmo é alguém falar de si mesmo em terceira pessoa
O fato é que você teve escolha em me responder ou não, e mesmo que o movimento de cada partícula do universo esteja determinado, foi você quem decidiu me responder, de acordo com seu arbítrio. Você poderia não ter me respondido, mas me respondestes. Logo, você se refutou.