Autor Tópico: A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade  (Lida 42983 vezes)

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Offline Peter Joseph

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #625 Online: 13 de Julho de 2017, 19:36:11 »
Eu ouvi falar isso, de que URSS não se focou na Informática, mas mas na indústria bélica, astronáutica, etc, e aí então começou a perder competitividade contra os EUA.

Este texto aqui é MUITO bom pra destrinchar estas causas e entender como passaram perto da solução mas não a adotaram:
https://ominhocario.wordpress.com/2017/05/08/economia-e-planejamento-sovieticos-e-as-licoes-na-queda/

Ainda sobre o assunto, outro texto muito bom: http://web.mit.edu/slava/homepage/articles/Gerovitch-InterNyet.pdf

Tem um outro também que é bem bom, chamado "Cybernetics in the Service of Communism" (Cibernética a Serviço do Comunismo), que não está mais disponível na net.

Os vermelhos passaram perto da solução pra ganhar a Guerra Fria. Porém, se isto teria resultado ou não em algo melhor hoje em dia, é outra história.
"Não é sinal de saúde estar bem adaptado a uma sociedade doente." - Krishnamurti

"O progresso é a concretização de Utopias." – Oscar Wilde
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #626 Online: 13 de Julho de 2017, 20:11:15 »
É bobagem, por que não é assim que as coisas funcionam:

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"oh não, e agora, como poderemos trocar bens e serviços? Estamos tentando e não conseguimos, as trocas se auto-desfazem magicamente"

Não tem como trocas serem feitas de forma a sustentarem uma civilização de bilhões de pessoas tão complexa como a nossa, sem o uso destas tecnologias. Se elas não tivessem sido adotadas o sistema não teria como crescer e entraria em definhamento: ou as populações estagnariam em número e conhecimento para que as trocas continuassem sendo feitas de forma mais rustica (o que é impossível na prática a menos que diminuamos a população com genocídios tipo uma guerra mundial - muitos conservadores acham isto lindo) ou o sistema teria sido trocado por outro para que não precisássemos estagnar em conhecimento e número. Acreditar que o Capitalismo necessário para sustentar bilhões se resume simplesmente a trocas "livres" (kkkkk), é duma ingenuidade sem tamanho, digno de sectarista religioso (muita fé).

Tudo muito vago, fundamentalmente petições de princípio, e tascados uns ataques ad hominem bem irônicos -- crente fiel no homenageado pelo próprio nick acusar alguém de "fé".

Diferentemente de você, aceito sim perfeitamente limites diversos ao crescimento populacional.

Não falei em "trocas "livres" (kkkkkk)", meramente "trocas".

No que tange o tamanho da população, "trocas" não são o fundamental, o fundamental é produção de alimentos, biomassa.

Não é trivial se apontar quais tecnologias exatamente, especialmente restrito a tecnologias que assistam ao mercado, são absolutamente necessárias para se atingir uma dada população.

Uma coisa é atribuir o histórico do crescimento populacional a certos desenvolvimentos tecnológicos -- isso ainda é complicado, mas talvez possa ser feito. Mas é ainda diferente de se ter uma fórmula que preveja a população mundial máxima a partir de cada tecnologia.

Diferentes continentes e localidades devem ter tido variações populacionais não muito diretamente correlatas a tecnologias especificamente "mercadológicas", não sendo imediatamente óbvia a impossibilidade de reescalar qualquer "tecnologia de mercado" para uma população maior. O crucial será o limite mais físico/energético da produção de alimentos.

E incidentalmente esta foi apenas acelerada graças ao mercado, e tragicamente comprometida quando visionários megalômanos e seus seguidores fiéis tentaram controlá-la.











Tem um outro também que é bem bom, chamado "Cybernetics in the Service of Communism" (Cibernética a Serviço do Comunismo), que não está mais disponível na net.

http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:ji-HlzdmgNIJ:www.au.af.mil/au/afri/aspj/airchronicles/aureview/1967/mar-apr/sleeper.html+&cd=1&hl=en&ct=clnk&gl=br
Citar

...
The key step in the process is the decision and timing of the take-over. Note the relationship that must be satisfied for the Communist take-over: One could write this very simply as

P= S/O

where P represents potential for take-over, S the subjective power of the Communist Party in the target country, and 0 the objective situation in the country itself. Now it can readily be seen that experience will be necessary to determine the proper values of P for evaluating take-over potential. It can also be seen that the quotient of S divided by O is essentially a summation of the Communist potential for takeover in each of the key institutional structures as related to the stabilizing anti-Communist elements in the country. It is the problem of measuring Communist potential for take-over in a national power structure sense that “scientific programs” using statistics, content analysis, sociological and anthropological social structure analysis, and experience factors, that we see as the task for cybernetics. The process can be shown as the objective situation deriving from real life in the target country feeding into the reference model (the Communist model) and with effectors and sensors from the Communist Party in its central role of subversion, take-over, command, and control, as shown in Figure 1.


Figure 1. Model for Communist take-over

The tremendous upheaval and social reorientation of Cuba which have been produced by the Castro regime may be seen as an example of Communist transition of society toward a “higher stage of social evolution” and as a transition toward the Soviet model.

Citar
Through a series of trade and finance agreements the Castro Regime has moved toward the adaptation of Cuba’s economy and industrial plan to that of the Sino-Soviet Bloc. . . . The degree to which Cuba has become economically dependent on the Bloc is evidenced by the fact that 80% of its trade is now tied up in arrangements with Iron Curtain countries. At the beginning of 1960 only 2% of Cuba’s total foreign trade was with the Bloc.

Cuba, under the Castro Regime, is rapidly becoming oriented toward the Sino-Soviet Bloc. This orientation is not taking the form of a merely cultural interchange with communist countries such as several Western countries are conducting. On the contrary, the emerging pattern is one of extensive cultural identification with the Bloc in which Cuban cultural patterns are being rapidly altered and the traditional cultural ties with countries of this hemisphere and Western Europe are deliberately severed. This is to be seen in the comprehensive cultural agreements, the exchange of students, performing artists, and exhibitions with the Soviet Union, Communist China and their satellites, the impediments placed before students wishing to study anywhere except in Iron Curtain countries, the virtual halting of the flow of movies, books and magazines from free countries with a commensurate rise in the influx of these materials from the Sino-Soviet Bloc, and the attacks on Western culture in general and that of the United States in particular.14

Thus one sees the total social, economic, and cultural restructuring of Cuba to fit the Communist model. Meanwhile, the Communist model appears to be moving toward a cybernetics model. This may lead to increased rationalization of Communist subversive aggression against free nations.

Under a cybernetic scheme the Communists need not export traditional ideology. Instead they need to export “scientific social changes” which fit the cybernetic model of the economy and sociological structure of scientific Marxism-Leninism now being built in Russia.

...






Citar
Os vermelhos passaram perto da solução pra ganhar a Guerra Fria.

O curioso é que apesar do mercado ter produzido aquilo que uns julgam que já viabilizaria o comunismo, os defensores do comunismo tão raramente tentam por isso em prática voluntariamente, exceto por umas comunas gato-pingadas aqui e ali. E que provavelmente nem tentam usar esses avanços tecnológicos.

Offline -Huxley-

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #627 Online: 13 de Julho de 2017, 21:48:10 »
"Evolution predicts that different sets of character data should still give the same phylogenetic trees. This has been confirmed informally myriad times and quantitatively, with different protein sequences, by Penny et al. (1982)."

Fonte: http://www.talkorigins.org/indexcc/CA/CA210.html


Esse talk.origins, e falando de cientificidade, sugere uma forma mais interessante de abordar a cientificidade de escolas econômicas, ou teorias em particular: quais observações possivelmente refutariam seus postulados?

Isso independe do que quer que tenha se baseado para formular uma dada hipótese, pode ter sido matemática, praxiologia, ou búzios.

É mais no cerne de cientificidade do que falar coisas como "a 'teoria da evolução' também não prevê se o papagaio vai virar um papagaio-rex ou um beija-flor em um milhão de anos, mas é considerada científica, então X também pode ser".

Mas, evidentemente, tal prova tem que ser empírica, não pode ser o próprio refraseamento da equação lógica inicial, isso seria pura circularidade.


Só ser testável o suficiente para cumprir o critério de demarcação de ciência é um padrão baixo para quem pensa em significativa utilidade de teorias para tomar decisões ou busca a melhor explicação para os fatos. Também queremos saber quando e quanto uma hipótese é superior e bem suportada, isto é, seu sucesso relativo em termos de confirmações das predições ao se fazer a observação empírica. Probabilidades e estatísticas cumprem um papel fundamental nesse processo.
« Última modificação: 13 de Julho de 2017, 21:53:46 por -Huxley- »

Offline Peter Joseph

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #628 Online: 14 de Julho de 2017, 14:57:07 »
"Evolution predicts that different sets of character data should still give the same phylogenetic trees. This has been confirmed informally myriad times and quantitatively, with different protein sequences, by Penny et al. (1982)."

Fonte: http://www.talkorigins.org/indexcc/CA/CA210.html


Esse talk.origins, e falando de cientificidade, sugere uma forma mais interessante de abordar a cientificidade de escolas econômicas, ou teorias em particular: quais observações possivelmente refutariam seus postulados?

Isso independe do que quer que tenha se baseado para formular uma dada hipótese, pode ter sido matemática, praxiologia, ou búzios.

É mais no cerne de cientificidade do que falar coisas como "a 'teoria da evolução' também não prevê se o papagaio vai virar um papagaio-rex ou um beija-flor em um milhão de anos, mas é considerada científica, então X também pode ser".

Mas, evidentemente, tal prova tem que ser empírica, não pode ser o próprio refraseamento da equação lógica inicial, isso seria pura circularidade.


Só ser testável o suficiente para cumprir o critério de demarcação de ciência é um padrão baixo para quem pensa em significativa utilidade de teorias para tomar decisões ou busca a melhor explicação para os fatos. Também queremos saber quando e quanto uma hipótese é superior e bem suportada, isto é, seu sucesso relativo em termos de confirmações das predições ao se fazer a observação empírica. Probabilidades e estatísticas cumprem um papel fundamental nesse processo.

Para se chegar a um resultado mais próximo possível de ótimo, temos que partir de alguns referenciais básicos, tudo sempre respaldado pelo conhecimento científico mais atual, para a construção de um Modelo Econômico. Por que a ciência acho que é bem obvio, pois trata-se, de longe, da melhor ferramenta que temos para entender a realidade e interferir nela. Nem filosofia pura, nem empirismo, nem religião, nem intuição, tradição... nada chega nem perto da perspicácia do método científico nesta tarefa.

E um destes princípios básicos, inclusive amplamente aceito entre os teóricos da economia, é o da Escassez. O que fazer com a porra da escassez, é a pergunta principal dentro de qualquer teoria que se propões econômica. O problema fundamental da escassez acho que é quase que autoevidente, além de poder ser também evidenciado por experimentos.

Outro objeto de estudo básico dentro da economia é o ser humano. Temos que entender o que é o ser humano e não apenas ficar filosofando sobre sua consciência e liberdade, sem base em referenciais objetivos reais. A ciência nua e crua nos demonstra que o ser humano é apenas uma MÁQUINA biológica, programada pela interação entre seus genes e o meio ambiente. O fato de não entendermos esta nanotecnologia natural ultra avançada para nós, faz muitas vezes ficarmos filosofando sobre o quão o ser humano é diferente, consciente e ímpar, levando as pessoas até a acreditarem na existência de fato da liberdade humana. A consciência é que acaba nos dando a ilusão de liberdade dentro da natureza. E quando falamos de máquinas, qual a melhor ciência para tratar disto? Engenharia, é claro. Engenharia Social é uma ciência chave dentro de um sistema econômico. Seja qual for o sistema, seja liberal, capitalista, comunista, nazista... todos irão produzir engenharia social. Mesmo que rotulados de sistemas livres, democráticos etc... irão ser moldadores de comportamento social e da dinâmica da sociedade em geral. Então se vamos ser programados, que seja por um sistema que nos leve ao nível máximo de harmonia (homeostase) e não por algo que nos levará a um ambiente caótico (demasiadamente entrópico).

Pois bem, se conhecemos a máquina e aquilo que mais tem o poder de influenciá-la (Escassez), basta criarmos mecanismos para que esta máquina desfrute de abundância da forma mais eficiente possível, tudo dentro de uma visão sistêmica da realidade. Teoria de Sistemas é outra ciência chave dentro da criação de um modelo econômico realista e eficiente (abundante/de baixa entropia). Porém, a engenharia social deve, ao contrário da engenharia tradicional, não se valer apenas da matemática, da física e da química para criar seus sistemas (muito menos se valer de filosofias subjetivas, tipo praxeologia ou religião). Uma engenharia social que realmente queira atingir um alto grau de homeostase em seu sistema deve recorrer a todas as demais ciências em busca de informações, da física à história, passando por biologia e sociologia e além. Ciência comportamental humana nem preciso dizer o quanto é essencial.

É claro que não existe determinismo no comportamento humano, a ponto de prever completamente a ação de todos os agentes humanos. O que se pode falar é de tendências dentro do comportamento geral de grandes grupos humanos. Sempre haverão pontos fora da curva, é claro, principalmente devido a variabilidade genética, que é altamente benéfica para qualquer espécie e deve ser preservada.

Tudo isto sem esquecer da cereja do bolo, que é a Democracia Direta, utilizada sempre que algum assunto humano fosse muito subjetivo para ser tratado apenas pelo método científico, o que acabaria ocorrendo em raras ocasiões.
« Última modificação: 14 de Julho de 2017, 15:19:06 por Peter Joseph »
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #629 Online: 14 de Julho de 2017, 16:02:09 »
"Evolution predicts that different sets of character data should still give the same phylogenetic trees. This has been confirmed informally myriad times and quantitatively, with different protein sequences, by Penny et al. (1982)."

Fonte: http://www.talkorigins.org/indexcc/CA/CA210.html


Esse talk.origins, e falando de cientificidade, sugere uma forma mais interessante de abordar a cientificidade de escolas econômicas, ou teorias em particular: quais observações possivelmente refutariam seus postulados?

Isso independe do que quer que tenha se baseado para formular uma dada hipótese, pode ter sido matemática, praxiologia, ou búzios.

É mais no cerne de cientificidade do que falar coisas como "a 'teoria da evolução' também não prevê se o papagaio vai virar um papagaio-rex ou um beija-flor em um milhão de anos, mas é considerada científica, então X também pode ser".

Mas, evidentemente, tal prova tem que ser empírica, não pode ser o próprio refraseamento da equação lógica inicial, isso seria pura circularidade.


Só ser testável o suficiente para cumprir o critério de demarcação de ciência é um padrão baixo para quem pensa em significativa utilidade de teorias para tomar decisões ou busca a melhor explicação para os fatos. Também queremos saber quando e quanto uma hipótese é superior e bem suportada, isto é, seu sucesso relativo em termos de confirmações das predições ao se fazer a observação empírica. Probabilidades e estatísticas cumprem um papel fundamental nesse processo.

...ok... mas seria um começo.

De outra forma, limitado por "fazemos essas previsões vagas que batem com a realidade", que era a proposta alternativa (não sua), a coisa fica essencialmente irrefutável. Não é tão difícil inventar diversas "explicações" alternativas que batam com a realidade.

Mesmo no que concerne a analogia com teorias da evolução, similarmente pode-se usar "a natureza selecionou tais caracteres" de forma que pouca diferença tem de "Deus fez", tendo muito pouco valor científico. São relativamente comuns "contos da carochina" evolutivos, "o homem ficou de pé pois isso conferiu a vantagem de ter as mãos livres para usar ferramentas/ver mais distante no horizonte/correr mais rápido só sobre duas pernas/exibir o pênis como chamariz sexual/etc".

Mas apesar de serem comuns especulações mais livres/pobres sobre traços específicos terem sido selecionados pela natureza, é também algumas vezes possível testar essas hipóteses. Sem isso, o melhor que se pode fazer é apenas a reafirmação de que um mecanismo "onipresente" deve ter sido uma força atuante definindo a biodiversidade, sem adentrar nos pormenores. Um equivalente econômico disso seria então também similarmente limitado, e portanto não deve ser generalizado apressadamente, especialmente se estiverem sendo especuladas especificidades arbitrárias, com diversas alternativas plausíveis.

Talvez ainda dê para traçar paralelo entre micro e macro evolução e micro e macro economia, hehehe.

Comunistas: "a macroeconomia não existe, apenas a microeconomia, por isso é impossível o lucro; que mecanismo econômico seria responsável pela origem de nova informação financeira extra para o lucro? Não existe, é mais-valia" :hehe:.

Offline Sergiomgbr

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #630 Online: 14 de Julho de 2017, 17:26:35 »
"Evolution predicts that different sets of character data should still give the same phylogenetic trees. This has been confirmed informally myriad times and quantitatively, with different protein sequences, by Penny et al. (1982)."

Fonte: http://www.talkorigins.org/indexcc/CA/CA210.html


Esse talk.origins, e falando de cientificidade, sugere uma forma mais interessante de abordar a cientificidade de escolas econômicas, ou teorias em particular: quais observações possivelmente refutariam seus postulados?

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É mais no cerne de cientificidade do que falar coisas como "a 'teoria da evolução' também não prevê se o papagaio vai virar um papagaio-rex ou um beija-flor em um milhão de anos, mas é considerada científica, então X também pode ser".

Mas, evidentemente, tal prova tem que ser empírica, não pode ser o próprio refraseamento da equação lógica inicial, isso seria pura circularidade.


Só ser testável o suficiente para cumprir o critério de demarcação de ciência é um padrão baixo para quem pensa em significativa utilidade de teorias para tomar decisões ou busca a melhor explicação para os fatos. Também queremos saber quando e quanto uma hipótese é superior e bem suportada, isto é, seu sucesso relativo em termos de confirmações das predições ao se fazer a observação empírica. Probabilidades e estatísticas cumprem um papel fundamental nesse processo.

Para se chegar a um resultado mais próximo possível de ótimo, temos que partir de alguns referenciais básicos, tudo sempre respaldado pelo conhecimento científico mais atual, para a construção de um Modelo Econômico. Por que a ciência acho que é bem obvio, pois trata-se, de longe, da melhor ferramenta que temos para entender a realidade e interferir nela. Nem filosofia pura, nem empirismo, nem religião, nem intuição, tradição... nada chega nem perto da perspicácia do método científico nesta tarefa.

E um destes princípios básicos, inclusive amplamente aceito entre os teóricos da economia, é o da Escassez. O que fazer com a porra da escassez, é a pergunta principal dentro de qualquer teoria que se propões econômica. O problema fundamental da escassez acho que é quase que autoevidente, além de poder ser também evidenciado por experimentos.

Outro objeto de estudo básico dentro da economia é o ser humano. Temos que entender o que é o ser humano e não apenas ficar filosofando sobre sua consciência e liberdade, sem base em referenciais objetivos reais. A ciência nua e crua nos demonstra que o ser humano é apenas uma MÁQUINA biológica, programada pela interação entre seus genes e o meio ambiente. O fato de não entendermos esta nanotecnologia natural ultra avançada para nós, faz muitas vezes ficarmos filosofando sobre o quão o ser humano é diferente, consciente e ímpar, levando as pessoas até a acreditarem na existência de fato da liberdade humana. A consciência é que acaba nos dando a ilusão de liberdade dentro da natureza. E quando falamos de máquinas, qual a melhor ciência para tratar disto? Engenharia, é claro. Engenharia Social é uma ciência chave dentro de um sistema econômico. Seja qual for o sistema, seja liberal, capitalista, comunista, nazista... todos irão produzir engenharia social. Mesmo que rotulados de sistemas livres, democráticos etc... irão ser moldadores de comportamento social e da dinâmica da sociedade em geral. Então se vamos ser programados, que seja por um sistema que nos leve ao nível máximo de harmonia (homeostase) e não por algo que nos levará a um ambiente caótico (demasiadamente entrópico).

Pois bem, se conhecemos a máquina e aquilo que mais tem o poder de influenciá-la (Escassez), basta criarmos mecanismos para que esta máquina desfrute de abundância da forma mais eficiente possível, tudo dentro de uma visão sistêmica da realidade. Teoria de Sistemas é outra ciência chave dentro da criação de um modelo econômico realista e eficiente (abundante/de baixa entropia). Porém, a engenharia social deve, ao contrário da engenharia tradicional, não se valer apenas da matemática, da física e da química para criar seus sistemas (muito menos se valer de filosofias subjetivas, tipo praxeologia ou religião). Uma engenharia social que realmente queira atingir um alto grau de homeostase em seu sistema deve recorrer a todas as demais ciências em busca de informações, da física à história, passando por biologia e sociologia e além. Ciência comportamental humana nem preciso dizer o quanto é essencial.

É claro que não existe determinismo no comportamento humano, a ponto de prever completamente a ação de todos os agentes humanos. O que se pode falar é de tendências dentro do comportamento geral de grandes grupos humanos. Sempre haverão pontos fora da curva, é claro, principalmente devido a variabilidade genética, que é altamente benéfica para qualquer espécie e deve ser preservada.

Tudo isto sem esquecer da cereja do bolo, que é a Democracia Direta, utilizada sempre que algum assunto humano fosse muito subjetivo para ser tratado apenas pelo método científico, o que acabaria ocorrendo em raras ocasiões.
Pensei em fazer alguns apartes sobre esse texto mas de cara já vi que ia ter que ficar quotando até quase cada palavra, de tanto que é cabeludo o que está sendo considerado aqui. Então, nem vou arriscar. Dá até dodói.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Peter Joseph

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #631 Online: 14 de Julho de 2017, 18:03:23 »
Pensei em fazer alguns apartes sobre esse texto mas de cara já vi que ia ter que ficar quotando até quase cada palavra, de tanto que é cabeludo o que está sendo considerado aqui. Então, nem vou arriscar. Dá até dodói.

Ufa! Grato por nos poupar de seus achismos prolixos, sem fundamento em referenciais objetivos :D
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Offline Peter Joseph

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #632 Online: 19 de Julho de 2017, 14:49:58 »
Poxa vida, vocês aqui deste fórum me decepcionam! Achei que iriam no mínimo levantar os pontos defendidos pelo Popper em relação ao uso de engenharia social e da ciência na política e na economia. Cheguei até a sonhar em ler alguma objeção nova e relevante sobre a questão do uso de engenharia social (que ingenuidade a minha!). A única resposta  pro meu post foi uma gracinha de um conhecido sofista e achista aqui do Clube Cético. Sinceramente, tenho debates bem mais interessantes e produtivos com os marxistas do que com vocês liberais  :|
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #633 Online: 19 de Julho de 2017, 15:31:46 »
Talvez o sistema de busca esteja quebrado, mas nesse tópico não há nenhum resultado por "Popper".



Marxistas e conservadores/teócratas provavelmente tendem a ver menores obstáculos éticos em termos de engenharia social (ou preocupação com uma sociedade livre, falando em Popper), o que deverá consuzir a cogitarem um número maior de idéias totalitárias, com menor auto-censura.

Offline Arcanjo Lúcifer

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #634 Online: 19 de Julho de 2017, 15:45:58 »
No sistema de busca não consigo achar nem mesmo as mensagens que postei recentemente, se não errei.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #635 Online: 19 de Julho de 2017, 15:50:23 »
É, acho que está enguiçada mesmo.

No google, seria assim:

site:clubecetico.org "A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade" "popper"

Mas não funcionaria para mensagens muito recentes, tem algum tempo até serem indexadas, imagino que possa ser até de meses.

Offline Peter Joseph

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #636 Online: 19 de Julho de 2017, 16:35:22 »
Marxistas e conservadores/teócratas provavelmente tendem a ver menores obstáculos éticos em termos de engenharia social (ou preocupação com uma sociedade livre, falando em Popper), o que deverá consuzir a cogitarem um número maior de idéias totalitárias, com menor auto-censura.

Me refiro justamente ao contrário, que me mostram pontos de vista relevantes quando os questiono sobre alguma coisa que não concordo no marxismo/socialismo, nisto eles são bem melhores.
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Offline Geotecton

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #637 Online: 19 de Julho de 2017, 17:03:42 »
Poxa vida, vocês aqui deste fórum me decepcionam! Achei que iriam no mínimo levantar os pontos defendidos pelo Popper em relação ao uso de engenharia social e da ciência na política e na economia. Cheguei até a sonhar em ler alguma objeção nova e relevante sobre a questão do uso de engenharia social (que ingenuidade a minha!). A única resposta  pro meu post foi uma gracinha de um conhecido sofista e achista aqui do Clube Cético. Sinceramente, tenho debates bem mais interessantes e produtivos com os marxistas do que com vocês liberais  :|

Onde está tal texto?
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Offline Peter Joseph

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #638 Online: 19 de Julho de 2017, 17:20:31 »
Popper é um dos meus liberais favoritos. Conseguiu desferir ótimas críticas ao Marxismo.  Porém, foi muito simplista no que se refere à análise da possibilidade de se utilizar efetivamente o método científico para resolvermos questões sociais, logo ele um notável filósofo da ciência (creio que muito influenciado por suas próprias paixões e preconceitos ideológicos). Foi no mínimo contraditório ao advogar o uso do empirismo e não do método científico como o meio mais racional e eficiente para se gerir as questões sociais, ou mesmo ao sugerir que um é sinônimo do outro. Vejamos o que ele escreve em um de seus livros mais famosos, “A Sociedade Aberta e seus Inimigos”:

“as experiências sociais graduais podem ser realizadas em condições realistas, no meio da sociedade, a despeito de serem em “pequena escala”... De fato, estamos realizando constantemente tais experiências. A introdução de um novo sistema de seguro de vida, de uma nova espécie de tributação, de uma nova reforma penal... Mesmo um homem que abre uma loja nova, ou que reserva uma entrada para o teatro, está realizando uma espécie de experiência social em pequena escala. (...) Isto significa a introdução do método científico na política...”

Isto que ele descreve acima não se trata do uso do método científico, mas simplesmente do empirismo. O método da ciência é muito mais amplo do que isto, envolve todo um desenvolvimento teórico seguindo certos procedimentos e a aplicação de testes em laboratório, depois testes em pequena escala na sociedade e, finalmente, em larga escala na sociedade em geral, não se limitando a esta visão simplista de experiência acumulada surgida de tentativa e erro.

Inclusive, mesmo ele admitindo que engenharia social é usada em todos os sistemas sociais possíveis, ele tece várias críticas à engenharia social socialista, diferenciado-a da engenharia social gradual defendida por ele como a ideal. Mas é evidente para alguém que conhece o método científico que a engenharia social utilizada pelos socialistas era muito grosseira e nada científica, pois não existiam procedimentos realmente científicos básicos para a implantação das mudanças, o que se fazia na verdade era imaginarem soluções, muitas vezes baseadas em filosofias subjetivas e empirismo, e depois implanta-las aos trancos e barrancos na sociedade toda, sem procedimentos básicos como testes em escala e refinamentos.

“O mecânico [engenheiro social] utópico a que nos estamos opondo tem razão quando acentua que uma experiência de socialismo teria pouco valor se realizada em condições de laboratório, como por exemplo numa aldeia isolada, visto como o que desejamos saber é o modo por que se processam as coisas em sociedade sob normais condições sociais.”

Neste trecho ele descarta totalmente a possibilidade de se fazer experiências úteis em pequena escala para se testar novos sistemas sociais, por que “o que desejamos saber é o modo por que se processam as coisas em sociedade sob normais condições sociais.” Mas isto não faz sentido. Engenheiros mecânicos jamais projetam suas máquinas e já as constroem em seguida em escala real, na verdade trabalham com protótipos em menor escala primeiramente. Nem por isto tais engenhos deixam de ser uteis quando levados a um contexto maior “sob normais condições sociais”. Não precisamos testar um medicamento em toda a população pra sabermos que ele funciona ou que ao menos existe grande possibilidade de funcionar. Ou seja, ele subverte todo o método científico quando se trata de sua aplicação prática em problemas sociais, sem ao menos mostrar algum estudo científico que demonstre o por quê desta exceção. Aparentemente, baseia-se apenas em sua interpretação pessoal sobre fatos históricos (historicismo), algo que ele tanto condena.
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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #639 Online: 19 de Julho de 2017, 17:21:13 »
Outra coisa que ele faz é desconsiderar totalmente a visão sistêmica da sociedade e se apegar apenas a uma visão reducionista. Para que uma mudança social desejada seja atingida, diversos aspectos integrados a esta mudança devem ser pensados. Por exemplo, ele cita uma “reforma penal”, mas apenas esta reforma penal irá ser suficiente para reduzir a criminalidade ou reincidência? Ter-se-ia, na verdade, que serem também pensadas outras questões para que a mudança social desejada fosse alcançada, tais como: por que as pessoas tornam-se criminosos? Por que os criminosos possuem tanta reincidência? Quais as melhores práticas para evitar a ocorrência de crimes? Quais as melhores práticas para se evitar a reincidência? Etc. Questões que envolvem informações e conhecimentos altamente variados. E se uma das questões relacionadas ao crime dever-se à desigualdade social e a algum problema se saúde pública? Uma mera reforma judiciária não seria nem de longe o suficiente, teríamos que repensar uma reforma na economia e outra na saúde para se atingir o objetivo com algum nível considerável de eficiência. Desta forma, efetuar mudanças pequenas sem levar em conta alimentações e retroalimentações sistêmicas do todo, nunca levarão a resultados satisfatórios, pois torna-se disfuncional à media que, ao equilibrarmos de um lado, do outro lado outra coisa será desequilibrada, pois nunca lidamos com todas as partes ao  mesmo tempo.
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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #640 Online: 19 de Julho de 2017, 17:57:59 »
Essa linha de mensagens mais recentes parece mais adequada ao tópico "como o comunismo funcionairia?"

../forum/topic=29588.0.html


Eu não conheço a argumentação de Popper a respeito, mas suspeito que ela deva se concentrar não tanto num verdadeiro uso de método científico para examinar políticas (ou todo um conjunto enorme delas), mas no problema de se fazer qualquer reestruturação em larga escala respeitando os direitos e as liberdades de todos. O fato delas não terem embasamento científico, serem só confabulação daqueles que vêem a si mesmo como visionários, só agrava, mas não deve ser o principal.






:lol:

É engraçado rever por cima aquele tópico, justamente quando mencionava de problemas sobre violações de direitos, liberdade, etc, e ver nele o Peter Joseph recomendando um vídeo de "introdução à economia" cuja imagem congelada de "capa" é esta:


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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #641 Online: 19 de Julho de 2017, 18:49:52 »
Outra demonstração de como Popper era fã do empirismo quando se tratava de assuntos sociais, é a sua forte defesa da Democracia como principal maneira de se tomar decisões em sociedade, não o Método Científico. A Democracia nada mais é do que uma média de empirismo social, ou seja, pessoas em sua grande maioria sem conhecimento científico nenhum, tomando decisões baseadas em suas próprias opiniões subjetivas advindas de experiências pessoais de vida. E pior, sendo a Democracia Representativa usada menos eficiente ainda neste sentido, pois não se trata da vontade média do povo, mas da de representantes escolhidos para decidirem por ele. Eu mesmo sou favorável à utilização da democracia direta dentro de um sistema social, mas apenas em casos onde não fosse possível decidir-se usando o método científico. Ao não ser possível para a ciência definir mecanismos de atuação ou se alguma definição da ciência provocar descontentamento generalizado, o jeito é partir para a loteria caótica que é a Democracia, mas claro, a Direta.

Outra coisa que pesa nos escritos políticos de Popper é a sua crença na existência de liberdade (crença de todo liberal), quando fala de “responsabilidade moral das decisões individuais e blá blá blá” parece até um marxista (que ele tanto critica) falando sobre a responsabilidade moral da burguesia em suas atitudes kkkk. O fato é que não existe responsabilidade moral, pois não há tal liberdade (é o que a ciência moderna aponta através de experimentos, sendo que experimentos demonstrando o contrário não existem), o que há é apenas a adaptação da melhor forma que se pode/consegue ao meio material para sobreviver, sem moralismos, apenas causa e efeito ocorrendo sobre máquinas biológicas.

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #642 Online: 19 de Julho de 2017, 18:55:41 »

É engraçado rever por cima aquele tópico, justamente quando mencionava de problemas sobre violações de direitos, liberdade, etc, e ver nele o Peter Joseph recomendando um vídeo de "introdução à economia" cuja imagem congelada de "capa" é esta:



Nos mostre aí então as experiencias científicas que demonstram a existência de liberdade de escolha. Experiências demonstrando o contrário já existem e já as mostrei em vários tópicos diferentes.
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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #643 Online: 19 de Julho de 2017, 19:17:59 »
Acho que um dos temas sobre o que eu mais escrevi nesse fórum foi por que não existe o livre-arbítrio metafísico, e é bem provável que eu tenha sido quem mais escreveu sobre isso aqui, com exceção talvez do Cientista, se ele tiver postado sobre o tema duas ou três vezes.

Mas isso é essencialmente irrelevante em termos práticos; é algo do mesmo nível que dizer que a maior parte das coisas "não são nada", porque o átomo é na maior parte de seu espaço, vazio, e então dizer que "não existe nada". As pessoas ainda fazem escolhas, independentemente destas serem em última instância, determinadas, não "livres da física".

Não vi o vídeo. Se o determinismo é usado para justificar totalitarismo, "já que não existe liberdade mesmo", bem, não sei nem como "refutar" tal asneira. Espero que não seja isso.

A melhor coisa que se pode dizer quanto a "liberdade de escolha" no que concerne a políticas sociais não chega a tocar no tema de livre-arbítrio metafísico, mas seria talvez melhor expressa em termos de "falta de escolha", ou "falta de oportunidades." O que está longe de ser algo "absoluto", e não pode servir para justificar quaisquer medidas de cerceamento de liberdade pelo estado, algo que tem um histórico de fracassos tragicamente muitas vezes ignorado. 


...



Offline JJ

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #644 Online: 10 de Setembro de 2017, 06:47:12 »
Acho que um dos temas sobre o que eu mais escrevi nesse fórum foi por que não existe o livre-arbítrio metafísico, e é bem provável que eu tenha sido quem mais escreveu sobre isso aqui, com exceção talvez do Cientista, se ele tiver postado sobre o tema duas ou três vezes.

Mas isso é essencialmente irrelevante em termos práticos;


Falso,  pois não é nem de muito muito longe irrelevante,  pessoas  gastam enormes quantidades de dinheiro baseadas justamente na verificação prática de que pessoas  não tem (real) liberdade  de escolha.

Há toda uma série de atividades humanas fundamentadas na verificação prática de que pessoas  não tem (real) liberdade  de escolha.  Muito dinheiro é gasto nisso.



« Última modificação: 10 de Setembro de 2017, 06:49:58 por JJ »

Offline JJ

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #645 Online: 10 de Setembro de 2017, 06:52:36 »



A ideia de que existe liberdade de escolha é uma das ideias mais FALSAS que os liberais  necessitam e tentam vender. 


Só que ações que muitos deles fazem já contradizem amplamente e  inescapavelmente tal ideia FALSA.






« Última modificação: 10 de Setembro de 2017, 06:56:04 por JJ »

Offline JJ

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #646 Online: 10 de Setembro de 2017, 07:14:00 »
Outra demonstração de como Popper era fã do empirismo quando se tratava de assuntos sociais, é a sua forte defesa da Democracia como principal maneira de se tomar decisões em sociedade, não o Método Científico. A Democracia nada mais é do que uma média de empirismo social, ou seja, pessoas em sua grande maioria sem conhecimento científico nenhum, tomando decisões baseadas em suas próprias opiniões subjetivas advindas de experiências pessoais de vida. E pior, sendo a Democracia Representativa usada menos eficiente ainda neste sentido, pois não se trata da vontade média do povo, mas da de representantes escolhidos para decidirem por ele. Eu mesmo sou favorável à utilização da democracia direta dentro de um sistema social, mas apenas em casos onde não fosse possível decidir-se usando o método científico. Ao não ser possível para a ciência definir mecanismos de atuação ou se alguma definição da ciência provocar descontentamento generalizado, o jeito é partir para a loteria caótica que é a Democracia, mas claro, a Direta.




Concordo amplamente.




Offline JJ

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #647 Online: 16 de Setembro de 2017, 21:12:11 »
Gente apostando. Crash em Outubro?

Um investidor misterioso fez uma aposição de 262 milhões de dólares e diz que o mercado de ações irá quebrar  em outubro

Michael Snyder
Economic Collapse
25 de julho de 2017


Um comerciante misteriosíssimo fez uma aposta extremamente grande que o mercado de ações vai entrar em colapso em outubro, e se ele estiver certo, ele poderá potencialmente completar até 262 milhões de dólares no negócio.

As fortunas foram feitas e perdidas durante a grande crise financeira de 2008, e o mesmo acontecerá novamente na próxima vez que vejarmos um grande colapso no mercado de ações. Mas será que o crash do mercado de ações ocorrerá antes de 2017 acabar? Sem dúvida, estamos no meio de uma das maiores bolhas do mercado de ações na história dos EUA, e muitos investidores proeminentes estão alertando alto um colapso iminente do mercado de ações. Não é genial ver que esta bolha do mercado de ações acabará muito mal, como todas as outras bolhas do mercado de ações ao longo da história, mas se você pudesse conhecer o tempo preciso que acabará, você poderia se preparar Financeiramente para o resto de sua vida.

Quero ser muito claro sobre o fato de que eu não sei o que acontecerá ou não acontecerá até o final de outubro. Mas um investidor misterioso está extremamente convencido de que a volatilidade do mercado vai aumentar ao longo dos próximos meses, e se ele estiver correto, ele ganhará uma incrível quantidade de dinheiro. De acordo com o Business Insider, o seguinte é como o comércio foi configurado ...

Para financiar, o investidor vendeu 262 mil VIX, expirando em outubro, com um preço de exercício de 12.
O comerciante usou esses recursos para comprar uma propagação de chamadas VIX 1 × 2, que envolve a compra de 262 mil contratos de outubro com um preço de exercício de 15 e a venda de 524 mil contratos de outubro com um preço de exercício de 25.

Para referência, spreads de chamadas de alta são usados ​​quando um aumento moderado no ativo subjacente é esperado. Os comerciantes compram opções de chamadas a um preço de exercício específico ao vender o mesmo número de chamadas do mesmo ativo e a data de validade em uma greve mais alta.

Em um cenário perfeito, onde o VIX atinge, mas não excede 25 antes da expiração de outubro, o comerciante veria um enorme pagamento de US $ 262 milhões.

Estarei observando para ver o que acontece. Se este investidor misterioso estiver correto, será essencialmente como ganhar a loteria.

Mas só porque ele fez essa aposta não significa que ele tenha algum conhecimento especial sobre o que vai acontecer.

Por exemplo, basta ver o que Ruffer LLP tem feito. Eles são um fundo de investimento de US $ 20 bilhões com sede em Londres, e eles apostaram dezenas de milhões de dólares em um crash do mercado de ações que não se materializou até agora. Mas mesmo que tenham perdido muito dinheiro já, eles continuam a fazer grandes apostas de baixa ...

No início desta semana, Ruffer gastou US $ 119 milhões neste ano apostando em um choque no mercado de ações, dos quais US $ 89 milhões expiraram sem valor, de acordo com dados compilados pela Macro Risk Advisors. O investidor gradualmente acumulou participações de cerca de 1 milhão de chamadas VIX por três ocasiões até agora em 2017, e cada vez que uma parcela significativa expirou em uma perda.

Culpe um VIX subjugado pela futilidade. O medidor de medo foi bloqueado em uma faixa de 10 a 14 nos primeiros três meses de 2017 e, enquanto subiu até 15.96, ficou preso bem abaixo de 14 desde um mergulho de um dia de 26% nove dias atrás. No início desta semana, o índice fechou em seu nível mais baixo desde fevereiro de 2007.

Mas isso não significa que Ruffer esteja desistindo. Já carregado nos contratos de maio, a empresa continuou a comprar chamadas VIX baratas que expiram no final do ano - apostas que custam cerca de 50 centavos.

Eu posso entender por que Ruffer vem fazendo essas apostas. Em um mundo racional, os estoques já haviam caído há muito tempo.

A única forma como os preços das ações conseguiram continuar a subir é por causa de uma intervenção sem precedentes dos bancos centrais globais. Eles estão bombando trilhões de dólares nos mercados financeiros, e isso essencialmente destruiu completamente as forças normais do mercado. O seguinte vem de David Stockman ...

O Fed e sua equipe de bancos centrais viajando em todo o mundo destruíram completamente a descoberta de preços honesto. Eles transformaram os mercados financeiros globais em casas de apostas abertas de especulações não controladas.

As políticas do banco central de flexibilização quantitativa maciça (QE) e taxas de juros zero (ZIRP) foram revestidas de açúcar em retórica sobre "estímulo", "acomodação" e economias orientadoras em direção a níveis ótimos de inflação e pleno emprego.

A verdade do assunto é muito diferente. A combinação de US $ 15 trilhões de expansão do balanço do banco central desde 2007 equivale a fraude monetária de proporções épicas.
No "mundo bizarro" em que vivemos hoje, muitas empresas estão negociando a preços que são mais de 100 vezes ganhos, e algumas empresas estão negociando a preços que são mais de 200 vezes ganhos.

Os preços das ações se tornaram completamente e totalmente desconectados da realidade econômica. Como eu discuti no outro dia, o PIB dos EUA só aumentou a uma taxa anual média de apenas 1,33% nos últimos 10 anos, mas, enquanto isso, os preços das ações têm aumentado a estratosfera.

Ninguém em sua mente correta pode afirmar que isso faz algum sentido. Assim como no ano de 2000, e como em 2008, essa bolha do mercado de ações absolutamente ridícula também terá um final terrível.

Mais uma vez, não sei qual será o tempo exato. As ações poderiam começar a bater amanhã, mas o Banco Nacional Suíço poderia entrar e comprar 4 milhões de ações da Apple, como fizeram durante os meses de janeiro, fevereiro e março no início deste ano.

Os maiores jogadores nesta charada em curso são os bancos centrais globais. Se eles decidirem continuar empilhando trilhões de dólares em mercados financeiros globais, eles poderão manter a bolha por um tempo mais longo.

Mas se, em qualquer ponto, decidirem retirar sua assistência artificial, aqueles que fizeram grandes apostas contra o mercado farão enormes pilhas de dinheiro.

Postado por Um novo Despertar às 09:47


Marcadores: Colapso econômico


https://undhorizontenews2.blogspot.com.br/2017/07/gente-apostando-crash-em-outubro.html



Offline JJ

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #648 Online: 16 de Setembro de 2017, 21:13:21 »



Alguém sabe de mais alguma fonte  que mostre algum indício que confirme coisas que estão neste texto ?



Offline Peter Joseph

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Re:A Maior Crise Econômica da Historia da Humanidade
« Resposta #649 Online: 03 de Outubro de 2017, 17:07:50 »
Algumas considerações abaixo sobre o que falávamos a respeito de esforços necessários no sentido de se obter um Ciência Econômica de fato científica e objetiva, suplantando visões de economia política baseadas em filosofias sem referencial objetivo na realidade verificável (ainda predominantes).

"Qualquer empreendimento científico precisa ser fundamentado em sólidos conhecimentos empíricos sobre o fenômeno em questão. Milton Friedman colocou isso bem em sua conferência Nobel em 1976: "A fim de recomendar um curso de ação para atingir um objetivo, primeiro devemos saber se esse curso de ação, de fato, promoverá o objetivo. O conhecimento científico positivo que nos permite prever as conseqüências de um possível curso de ação é claramente um pré-requisito para o julgamento normativo, quer esse curso de ação seja desejável ". Claro, entendo-se “empírico” aqui como uma fase da aplicação do método científico, e não de forma isolada para se conseguir conhecimento.
No entanto, os autores do artigo permanecem otimistas. Para eles, o problema não é que os economistas sejam bloqueados em uma apologia do sistema capitalista, mas que é difícil "identificar" as variáveis certas em qualquer análise causal. Em outras palavras, a economia é uma ciência positivista como a física, mas está apenas atrasada na compreensão da "economia" em comparação com a física por causa da dificuldade extra no trabalho empírico.

A economia poderia progredir da mesma forma que a "ciência natural".  "Macroeconomia e meteorologia são semelhantes de determinadas formas. Primeiro, ambos os campos lidam com sistemas de equilíbrio geral altamente complexos. Em segundo lugar, ambos os campos têm problemas para fazer previsões a longo prazo. Por esta razão, considerando a evolução da meteorologia é útil para entender o potencial de nossa pesquisa em macroeconomia. Nos velhos tempos, antes do advento da ciência moderna, as pessoas passaram muito tempo orando para os deuses da chuva e fazendo outras coisas loucas destinadas a melhorar o clima. Mas, à medida que a nossa compreensão científica do clima melhorou, as pessoas passaram muito menos tempo orando para os deuses da chuva e muito mais tempo assistindo o canal meteorológico. "

"As discussões políticas sobre a macroeconomia hoje são, infelizmente, altamente influenciadas pela ideologia. Os políticos, os decisores políticos e até mesmo alguns acadêmicos tiveram fortes pontos de vista sobre a política macroeconômica que não se baseia na evidência, mas sim na fé ".

http://www.columbia.edu/~js3204/papers/macroempirics.pdf

Mais de trezentos anos atrás Isaac Newton iniciou a Revolução Científica mostrando
que as leis da natureza são compreensíveis por humanos e são universais, aplicando em todo
lugar e em qualquer ponto no tempo. Superstição deu lugar à razão. Agora era possível
modelar o universo através de equações diferenciais que explicavam todos os fenômenos
naturais com base em alguns poucos princípios fundamentais. Era a visão do universo como
um relógio, perfeitamente ordenado e previsível. Esta visão embutia a promessa de que se
soubéssemos a posição e a direção de cada partícula no universo em dado momento do
tempo, poderíamos saber exatamente o que aconteceria em cada momento a seguir. Sob este
paradigma grandes avanços na ciência e em aplicações práticas foram e continuam sendo
feitas, incluindo mecânica de fluídos, termodinâmica, mecânica estrutural, eletricidade e
magnetismo, entre outras. A existência de caos e desordem no mundo era reconhecida, mas
não ameaçava esta visão, podendo ser tratada com teoria de probabilidade. Uma área que foi
profundamente influenciada por este modo de pensar foi a Economia. Em seu  Elementos de
uma Teoria Pura de Economia Política (1874) Léon Walras criou um arcabouço que trata
os fenômenos econômicos por um prisma Newtoniano e reducionista, movido por agentes
racionais e sujeito a forças semelhantes às forças naturais, como a gravidade, levando a
equilíbrios ordenados e previsíveis. Este continua sendo o paradigma das Ciências
Econômicas até hoje. Esforços foram feitos para lidar com problemas como assimetrias de
informação, incerteza e outras imperfeições de mercados, mas tudo dentro do mesmo
paradigma reducionista, determinista e linear.

Mas já a partir de século 19 várias incongruências em fenômenos observados e em
experimentos começaram a por em dúvida a capacidade do arcabouço Newtoniano de
explicar o mundo. Destas falhas surgiram três novos paradigmas iriam revolucionar as
Ciências no século 20: Relatividade, Mecânica Quântica e Teoria do Caos, cada uma com
novas perspectivas, instrumentos e matemáticas. No entanto, estes avanços pouco
influenciaram as Ciências Econômicas, que continuam, via de regra, com uma abordagem
essencialmente Newtoniana do século 19.
Nesta disciplina nosso interesse esta nos avanços desencadeados pela Teoria do
Caos, e mais especificamente por sua mais recente reencarnação sob a forma da Teoria de
Sistemas Complexos Adaptáveis
.

Ciências Econômicas rapidamente tomou uma direção Cartesiana onde um problema
maior é estudado decompondo-o em pequenas partes simples que depois são juntadas
linearmente para se obter uma compreensão do todo integrado. Mais explicitamente, a
Economia seguiu as outras ciências no século 19 na busca de uma abordagem
mecanicista Newtoniana que visa ‘uma idealização matemática precisa para unificar e ao
mesmo tempo quantitativamente prever o comportamento dos mais diversos fenômenos’
(Ryan, 2008). De fato, sabe se que Walras, que primeiro juntou matemática com
economia, se baseou explicitamente nos livros de física da época (em particular no
capítulo 2 do livro Elements of Physics de Poinsot de 1803, cujo título era “On
conditions of equilibrium expressed by means of equations.”) Pelo final do século 20 os
economistas haviam refinado e avançado estas abordagens Newtonianas e Cartesianas
da Economia para formar uma serie de modelos rigorosos e matematicamente bem
definidos (Beinhocker, 2007: 48). No entanto, a esta altura a grande maioria das outras
ciências, a começar pela Física, haviam evoluído e abandonado este paradigma
Newtoniano mecanicista e avançado para visões menos reducionistas, reconhecendo que
muitos dos fenômenos mais interessantes do mundo têm características de sistemas
complexos que são melhores compreendidos através do estudo da análise das interações
entre agentes heterogêneos seguindo regras simples que levam à emergência de um todo
maior que a soma das partes. Assim, em 1987 quando o Santa Fé Institute, que é hoje
um dos principais centros de estudo de complexidade, realizou a lendária conferência
entre cientistas físicos e economistas (presentes Kenneth Arrow, Larry Summers, Mário
Henrique Simonsen e José Scheinkman, entre outros), os cientistas físicos ficaram
impressionados com o intelecto dos economistas, mas ficaram também chocados como
as teorias e métodos usado pelos economistas pareciam relíquias de outras eras. A
sensação, descreveu um cientista físico, era parecida com um viagem a Cuba, ou seja,
um lugar parado no tempo e fechado do mundo com as ruas cheias de carros velhos da
década de 50, onde era ao mesmo tempo valoroso e patético o esforço e a ingenuidade
dos nativos para manter aqueles carros funcionando por tanto tempo usando peças
resgatadas de velhos tratores soviéticos.

http://www.economia.unb.br/images/pos/ementas/2-2014/A_Economia_como_um_Sistema_Complexo_Adapt%C3%A1vel_-_Bernardo_Mueller.pdf

« Última modificação: 03 de Outubro de 2017, 17:13:12 por Peter Joseph »
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