Bom, já me intrometendo.
Divirta-se. Há cerveja na geladeira, pegue uma pra ti
Tin tin...
Caríssimo, e porque não seria auto-sustentável?
A premissa de "relativamente pequena" também não existiu na pergunta original.
Mesmo que para uma comunidade não haja a possibilidade de ser auto-sustentável, e daí talvez essa discussão aqui já esteja morta por motivos evidentes, não há implicação obrigatória em depender de país qualquer, se falamos dos locais mais "civilizados".
Um "experimento" como esse precisa necessariamente começar pequeno.
A comunidade não seria auto-sustentável porque controlaria um território pequeno,
Essa é a especulação tradicional. “controlaria um território pequeno”... “contaria com poucas pessoas”... não seria auto-sustentável...
Não há absolutamente nada que garanta essas premissas a não ser pura especulação sobre um experimento meio obrigatoriamente mental.
A impossibilidade de sequer conceber um modelo mental de um experimento de escala gradual de expansão de uma comunidade comunista, é a negação do modelo amplo.
No mais, existem exemplos de comunidades de subsistência de pequeno porte e que viveram muito bem, pros parâmetros de quem está disposto a sacrificar os luxos em nome de um coletivo basicão.
e portanto precisaria importar recursos; para tal, precisaria exportar outros recursos. E com isso, ela dependeria de todo um sistema capitalista à volta dela, o que não lembra nem um pouco a proposta do Marx.
Só se valesse a premissa de que não teriam condições de prover o suficiente.
E me parece que é parte da premissa comunista ter capacidade de prover o suficiente para todos, conforme qualquer um queira/precise. Se não há possibilidade de prover em pequena escala, com voluntários agrupados exatamente com esse intuito, provavelmente também não haveria em grande com indivíduos de estilo diverso.
Talvez um exemplo ajude... imagine que um bando de carolíngios doidos no ano 800 resolvesse montar uma "comunidade capitalista". Compram um feudo? Mas que senhor feudal iria vendê-lo? E o que fazer com os servos que são comprados junto do feudo? Supondo que matassem os servos, como implementariam capitalismo sem eles? E se o mantivessem, ainda estariam sob o mesmo feudalismo de antes. [Não sei se o exemplo ajuda, espero que sim]
Eu prometo que tive boa vontade, mas não entendi o que exatamente índios carolíngios comprando um feudo pra montar uma comunidade capitalista nos anos 800, tem a ver com a impossibilidade de comunistas se agruparem e viverem “comunistamente” de 2016 em diante.
Não entendo o problema aqui. Dadas as condições globais, talvez vários dos países atuais sejam vistos como "vilas" e grande parte das vezes subjugados a diversos tipos de pressão e regras internacionais que não seria diferente da aplicação a essas comunidades inseridas em países/governos/estados não ditatoriais.
Só que esses países não são economicamente isolados uns dos outros... funcionam como parte de um sistema só. Exceto talvez Cuba - que se fodeu muito com a queda da União Soviética exatamente por essa isolação. [E teria se fodido mesmo sem a ditadura por este motivo.]
É exatamente esse o ponto que eu quis trazer. Eles são ALTAMENTE influenciados e subjugados pelos entes ao redor e nem por isso perdem a rédea interna. A necessidade de participação do jogo exterior não deve ser grande empecilho pra um modo de vida que proporia felicidade plena para todos.
Me parece que a própria instalação e crescimento de uma comunidade comunista já seja o projeto o projeto de "derrubada" do sistema capitalista, para o caso em tela.
Não... o modelo marxista foi feito para revolução, mesmo. Marx propõe que você derrube governos como fizeram na Revolução Francesa.
O caso em tela não era bem o que o modelo Marxista “foi feito para”. Mas, ok, aqui a gente não precisa se estender porque já sabemos que da em m3rda.
E se a análise for pela Soc. Fabiana, o próprio conceito de "derrubar" é estranho, a mudança é gradual e não-revolucionária.
Ué, e uma comunidade crescente, que engloba cada vez mais pedaços da sociedade capitalista “hospedeira” é o que? É gradual.
Só vou concordar aqui se vier um “mas na verdade é ‘gradual’ de outro jeito que eu estava falando...”.