Amigos; espero que não se aborreçam, pois parece que se está fugindo da responsabilidade para com os esclarecimentos devidos, mas, a questão de provar, para mim, é mais ou menos como a lei do menor esforço: para que inventar a roda? Se fulano crê, nisto ou naquilo, que prove!
Não sei se felizmente ou infelizmente, mas não é assim que funciona. Primeiramente vem a motivação, que em seguida aciona a vontade e então eu saio a luta, ou seja eu me esforço para obter o que quero.
Mesmo que eu trouxesse os melhores argumentos e mesmo que houvesse a maior boa-vontade da parte de vcs, ainda assim não se consegue provar nada. Isto porque existem duas maneiras de se provar alguma coisa; a primeira, quando algo faz parte da ciência estabelecida, então microscópios, equações (essas nem sempre), tubos de ensaio, enfim, provas materiais para questionamentos materiais, Isto é absurdamente lógico.
Todo o resto passa pelo crivo da opinião própria. Eu digo que inteligência existe, embora ninguém jamais a tenha visto, mas ela se comprova pelas consequências no dia-a-dia das pessoas, Mas, também, acredito que exista vida inteligente nas galáxias porque a razão assim está a dizer, mas nem todos creem nisto. Serão estas pessoas menos inteligentes ou cultas? Claro que não, apenas fundamentam sua opinião em certas vivências de caráter pessoal. Mas um certo senso comum está a dizer que se equivocam, neste particular.
Me estendo um pouco mais: um padre, que chega ao seminário desde muito jovem, mesmo tendo vocação, assimilará um conceito de Deus quase que por osmose; faltou a busca, a pesquisa, ter sentido a necessidade. Este padre poderá ao longo de sua vida cometer erros absurdos embora isto não pareça lógico. Pois é, ele tem a crença em Deus, mas não a fé, que é diferente.
Crença é admitir pela razão ou simplesmente admitir que algo seja possível. Fé, é certeza, é comunhão diária com aquele entendimento. Mas a fé é muito mais racional que a crença porque advém de um esforço conjugado entre a emoção e a lógica.
Por exemplo, ainda citando Deus. Quem tem fé, combina a lógica - digamos aquela ditada pelo IDesigner, ou por toda uma epistemologia relacionada à Evolução, com uma necessidade íntima de compreender, digamos, sem qualquer originalidade, compreender o sentido da vida.
Neste particular a maioria das pessoas acredita ter fé quando muito têm uma frágil crença. Vivem como os que não a possuem e em alguns casos cometem erros que mesmo os que não têm crença alguma jamais cometeriam.
Finalmente, a questão de se provar se Deus existe, ou espíritos, ou se FCXavier era o que dizem ser, depende do esforço e da motivação que se possui a respeito destes assuntos. Lei do Trabalho - se contrapondo a aquela, do menor esforço.
Claro que para muitos que gostariam de ter fé o que acabo de dizer é pouco ou nada estimulante.
Afirmam alguns, e estão absolutamente certos, que pessoas há que sem nenhuma fé são mais éticos perante a vida que a maior parte dos crentes.
Mas a razão é exatamente a que acabo de apresentar. Fé é uma coisa e crença não é nada.
Restaria uma pergunta: por que certas pessoas têm Fé e outras, não.
Seria o mesmo que perguntar: por que umas pessoas são boas e outras, más.
A razão disto está nas experiências reencarnatórias. A sensibilidade para estas questões decorrem de uma sequência de vidas criminosas seguidas de outras tantas, expiatórias. Muitos, quando na vida espiritual, aprendem sobre o certo e o errado e suas consequências, mas isto não garante o sucesso quando na experiência física. O processo às vezes se repete por tempo considerável.
Na sequência viria outra pergunta: todos nós, em vidas passadas, fomos criminosos?
Cometer erros graves e aprender com eles, é da Lei. Viemos num processo evolutivo em que já fomos presas e predadores. Escravos e senhores.
O instinto de preservação e da satisfação é congenial. Mas também empurra a criatura numa sequencia de barbaridades e violências desde eras primitivas.
Até aquela fase da evolução da criatura inteligente na qual o Livre-arbítrio passa a ser o fiel da balança
O senso da responsabilidade e da solidariedade se desenvolve gradualmente.
Para encerrar este assunto, pedir que alguém nos prove isso ou aquilo, nos terrenos da fé ou da fenomenologia psíquica, significa que não temos motivos suficientes para sairmos a campo e comprovar por nós mesmos.