Autor Tópico: Que Deus abençoe o Ceticismo  (Lida 44084 vezes)

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Offline Gigaview

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1200 Online: 22 de Agosto de 2017, 08:24:17 »
Acho que até valeria abrir um tópico, do tipo : bizarrices e esquisitices nos livros e palestras espíritas (espiritismo,chiquismo, etc.) . É que não sei ou não tenho como abrir  :histeria:

Já está aqui:
../forum/topic=30156.0.html#msg946712
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

Pavlov probably thought about feeding his dogs every time someone rang a bell.

Offline Spencer

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1201 Online: 22 de Agosto de 2017, 15:00:59 »
 
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É arriscado comprar paletós e blazers em brechós ? O espírito poderá perseguir quem comprar ???
"Mais tarde vim a perceber que os objetos de nosso uso pessoal emitem radiações que se casam às nossas ondas magnéticas, criando elementos de ligação entre eles e nós, reclamando-se muito desapego de nossa parte, a fim de que não nos prendam ou perturbem."   

A Psicometria, fenômeno que impregna com as vibrações pessoais mas intensas os objetos de uso pessoal ao qual seu proprietário se liga de modo particular, é inclusive usada (diz-se) pelas polícias investigativas para localizar pessoas perdidas ou até criminosos.
Não são os espíritos que se ligam aos objetos, mas, o desencarnado que se mantém ligado de forma muito intensa a um objeto pode ser atraído, por certo tempo à sua trajetória.

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SPENCER, temos logo abaixo trechos do livro de CX  - Voltei. 
Dúvidas
02)   Se o “recém-desencarnado” estiver resistente para sair do corpo , Dr.Bezerra pede aos socorristas que o levem até a praia. Aí sim, gostei, deste que seja no verão!

“— É necessário sair de algum modo – acentuou Bezerra, em tom grave –, conduzi-lo-emos à praia. As virações marítimas serão portadoras de grande bem ao reajustamento geral”.
Abracei-me aos devotados obreiros da caridade, com esforço, e, não obstante verificar que o derradeiro laço ainda me atava as vísceras em descontrole, afastei-me da zona doméstica, reparando que eu era por eles rapidamente conduzido à beira-mar.
É um caso particular em que o Irmão Jacó - Frederico Figner - tem dificuldades em abandonar o corpo e como estavam perto da praia entenderam ser boa medida.
De fato os recursos curativos na orla marinha são inúmeros e variados.

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Qual(is) razão(ões) de Dr.Bezerra não aparecer junto com Dr.André Luiz?
Aparece sim, em algumas obras, como a que cito abaixo.

No livro Obreiros da Vida Eterna, ALuiz, encontraremos;

"Bondoso ancião recebeu-nos afavelmente. Reconheci-o, jubiloso. Achava-se, ali, Bezerra de Menezes, o dedicado irmão dos que sofrem.
Abraçou-nos, um a um, com espontânea jovialidade... "
   

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Já ouviu falar de Dr.Inácio Pereira? Sabia que 2 médiuns “ famosos” trouxeram o mesmo espírito com personalidade diferente? 
Os dois médiuns não são nenhuma unanimidade no meio espírita, tanto o Carlos Bacelli, quanto a Eugorina...  Esta, em todos os casos não busca a notoriedade a qualquer preço. 

Offline Andarilho-terrestre

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1202 Online: 22 de Agosto de 2017, 15:11:46 »
Perfeito SPENCER não sabia (sobre obreiros da V.E.)

Psicometria conheço , inclusive tive aulas práticas em um treinamento mediúnico

(talvez tenha sido reprovado por não ter acertado o que o dito-cujo tinha de doenças por exemplo ou eu falei coisas que não tinha nada a ver, na época a dirigente me convidou para refazer que um dia eu poderia me sair melhor...)


 


Offline Gigaview

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1203 Online: 22 de Agosto de 2017, 15:36:55 »
Citação de: Spencer
A Psicometria, fenômeno que impregna com as vibrações pessoais mas intensas os objetos de uso pessoal ao qual seu proprietário se liga de modo particular, é inclusive usada (diz-se) pelas polícias investigativas para localizar pessoas perdidas ou até criminosos.
Não são os espíritos que se ligam aos objetos, mas, o desencarnado que se mantém ligado de forma muito intensa a um objeto pode ser atraído, por certo tempo à sua trajetória.

Putz...here we go....

A psicometria não é um fenômeno. Psicometria é igual ectoplasma, nunca foi comprovada e só existe nas cabecinhas mistoicóides. Essa besteira de "vibrações pessoais" também é conversa fiada igual a essas estórinhas de uso pela polícia investigativa em que os médiuns que acertam apenas chutam o óbvio. A polícia atualmente possui ferramentas mais científicas que essas crendices mágicas.

Espíritos se ligando a objetos???? Que espíritos??? Já provou que eles existem?
É muita bobagem junta....
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Offline Andarilho-terrestre

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1204 Online: 22 de Agosto de 2017, 15:45:05 »
GIGAVIEW, teve uma vez, na minha época de crente iniciante que houve um "exercício mediúnico" : tínhamos de sentar de costas um para o outro e "psicografar" o que o mentor pessoal (guia) queria dizer para nós:

o rapazinho escreveu o seguinte para mim:  Jesus lhe abençoe irmão, continue nos estudos. Tchau !

Meu?! Eu "achando" que ia receber uma mensagem cheia de itens que só eu ou familiares soubessem, recebi uma que qualquer pastor/padre/etc. pode falar ???

Eu agradeci por educação mas na minha mente pensei: minha nossa, onde estou embarcando? 

E eu também escrevi uma para ele que não havia nada de espírito lá ...

Offline Andarilho-terrestre

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1205 Online: 22 de Agosto de 2017, 15:45:42 »
Dizem que os espíritos até "fumam" cigarros jogados na rua....

Offline Geotecton

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1206 Online: 22 de Agosto de 2017, 16:09:24 »
Dizem que os espíritos até "fumam" cigarros jogados na rua....

Pela quantidade de alucinações e besteiras destes "espíritos", não deve ser tabaco o conteúdo destes cigarros.
Foto USGS

Offline montalvão

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1207 Online: 22 de Agosto de 2017, 16:42:00 »
Citação de: Spencer
Sem o conhecimento a respeito da origem, formação e evolução do espírito, todas as especulações convergem para uma descrença sobre o tema construída em bases que destacam a falta de lógica e o descompasso em relação ao conhecimento científico.
Justifica-se a descrença, pelo ceticismo, mas a adjetivação que a acompanha desestimula argumentação mais elaborada.

Belo Spencer, você profere afirmações profundas, só que não informa onde se acha o conhecimento “a respeito da origem, formação e evolução do espírito”. Se sua sapiente pessoa detém esse saber, não seja mau: divida-o conosco. Quem sabe assim não conversamos em bases melhores e, se Deus permitir, talvez até nos aproximemos do nível de iluminação que você atingiu? Então, please, do verbo por favor, seja célere nessa distribuição de sabedoria e, se não for pedir muito, cite as fontes privilegiados de onde extraiu tal tesouro.

E não se zangue com as adjetivações: cada qual tem seu estilo. Venda seu peixe: se ele for de boa qualidade todos o quererão.
 

Citação de: Spencer
Nos artigos sobre a identidade pessoal, por sinal muito bons, pressupõe-se a evidente intenção de concluir por algo abstrato mas real que permitiria a identificação pessoal no espaço-tempo.

Tenho a impressão de que não seja exaaaaaatamente essa a intenção, ou seja: permitir a identificação pessoal no espaço-tempo. Conquanto não se possa dizer que esteja errado, parece-me (do verbo tenho a impressão) de que o melhor seria conceber que o artigo pretende definir o conceito de identidade, de forma clara e precisa.

Lembro agora de uma discussão que, há alguns anos,  travei com o combativo Paulo da Silva Neto, a respeito da reencarnação, no qual apontei o problema da identidade como uma aporia na proposta reencarnacionista. Repriso aqui o dito, por ilustração:

----------------------------------.
PAULO NETO: Apesar de João Batista ter dito “Eis o cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo” (Jo 1,29), o fato é que ele também disse que “Eu vos batizo com água, para arrependimento; mas aquele que vem depois de mim é mais poderoso do que eu, cujas sandálias não sou digno de levar...” (Mt 3,11). Portanto, em se considerando que o próprio João disse que Jesus é mais poderoso que ele, não pode prevalecer sua opinião à de Jesus. Reputamos ao Mestre a autoridade suprema para a qual devem convergir nossas atenções e prioridades.

Neste caso como ele identifica claramente e sem rodeios a identidade espiritual de João Batista, torna-se de importância secundária o que possa advir de seus discípulos, que venha a contradizer a qualquer de seus ensinos, uma vez que: “O discípulo não está acima do seu mestre...”.

Portanto, preferimos crer que a palavra final cabe a Jesus e não a Pedro, Paulo, João Batista ou a qualquer outro, no sentido de que João Batista ser mesmo Elias, tanto pelo contexto das escrituras quanto pela pregação dele a seus discípulos, para os quais ensinava claramente sobre os “mistérios do Reino de Deus”. Os mesmos que, por fim, “compreenderam que Jesus lhes tinha falado a respeito de João Batista” (Mt 17,13).
.
REFUTAÇÃO: o texto acima é apelativo do início ao fim. Ninguém contesta a autoridade de Jesus, como conhecedor maior das coisas celestiais, afinal ele foi o único que “subiu ao céu e de lá desceu” para dar testemunho das coisas que presenciou, conforme falou a Nicodemos.

Tampouco, nenhum estudante da Bíblia poria em questão que João Batista era o Elias “que havia de vir”. O que se rejeita, por insustentável, é a pretensão dos amigos espíritas em traduzir o ministério de João Batista como uma aventura reencarnacionista.

Há uma falácia clamorosa dentre as assertivas acima vistas. O autor afiança que Jesus teria identificado claramente a “identidade espiritual” de João Batista. Estaria se referindo a suposição de que Elias reencarnara no Batista? Sendo assim, significaria que a identidade espiritual de João Batista é Elias. Seria isso mesmo?

A concepção reencarnacionista kardecista, para se manter coerente, precisaria admitir ou a inexistência de identidade, ou identidade desconhecida para os espíritos. Mesmo que, por cortesia, acatássemos que Elias reencarnara em João Batista, aquele não poderia ser a identidade espiritual deste. Na ideologia espírita, os corpos são meramente invólucros que servem de uso para uma existência qualquer. A verdadeira identidade do espírito seria desconhecida.

Pensando reencarnacionista, e kardecistamente, um espírito poderia animar dezenas, ou mesmo centenas de corpos. Nenhum desses corpos seria “identidade”, sim personalidade.

Identidade é aquilo que caracteriza um ente de modo a torná-lo distinto de qualquer outro.

Considerando que o espiritismo (erroneamente, a meu ver) postula que os corpos pouco ou nada significam, e que um mesmo espírito pode residir, ao longo de incontáveis existências, em incontáveis corpos, então, a característica identificativa estaria no espírito. Elias, João Batista e quaisquer outros seriam meras referências terrenas, não tendo valor em termos espirituais. Talvez, no além, descobrir-se-ia que o espírito de Elias e de João Batista se denominasse, digamos, A117PX876&.

Em realidade, o problema da identidade efetiva do espírito sequer é cogitado no kardecismo, porém deveria, pois se for esmiuçado revelará dificuldades para a doutrina multividas.
---------------------------------.


Citação de: Spencer
Mas isto iria de encontro ao des-conhecimento científico e então lança-se mão da teoria de que os neurônios são capazes de produzir o pensamento.

Certamente fala do “conhecimento a respeito da origem, formação e evolução do espírito”, o qual estaria além do saber científico, o que é verdade, pois a ciência nada tem a dizer a respeito do espírito: nem mesmo se ele existe ela sabe...

Sua fala pode ser assim traduzida: “visto a ciência não ter outra saída, inventa uma teoria para substituir o verdadeiro conhecimento.”

Neste caso, retorna-se à petição inicial: oriente-nos para que fiquemos norteados!


Citação de: Spencer
Esta concepção é lógica ante o fato de que a alternativa seria a existência da alma (espírito) que por não ser estruturada em unidades básicas, tipo células ou mesmo os tais neurônios não seria capaz de responder a multiformes demandas do cérebro, com precisão e rapidez. Correto, mas...

A ontologia do espírito explicaria e justificaria tal lapso, mas esta certamente é desconhecida dos autores.

Agora enroscou um tanto: por que a alternativa aos neurônios seria a alma?

E o que tem a dizer da ontologia do espírito? Seja mais claro, por favor de please.


Citação de: Spencer
Não se entra em detalhes quanto à "origem neural do pensamento", mas há de se louvar a honestidade na sua concepção quando admite que é precária mas é apenas a melhor teoria, antes de admitir a existência da alma, pois esta sim, inadmissível, pela forma como se entende este conceito.

E qual seria a “origem neural” do pensamento?


Citação de: Spencer
Outra razão para não se admitir a existência da alma naquela teoria da identidade pessoal é que paralelamente haveria de se admitir a existência de um Deus, criador das almas, discussão que foge do escopo daquele trabalho.

Por que admitir a existência da alma coobriga a admitir a existência de Deus? Conheço pessoa que acredita em almas, em espíritos comunicantes e não acredita em Deus, e aí?


Citação de: Spencer
Alguém aqui saberia responder, antes de consultar, como surge a alma, como evolui e qual sua destinação segundo a tese espírita?

Eu não sei se sei, mas gostaria que mo informasse...


Citação de: Spencer
Christian Heinrich Heineken (February 6, 1721 – June 27, 1725), also known as "the infant scholar of Lübeck", was a mythical German child prodigy. It is said that when he was eight weeks old, he could speak German. He read the Pentateuch at age one, and between the ages of two and three, he read the Old and New Testament in Latin. When he was three years old, he was said to have authored A History of Denmark and recited it when visiting the King of Denmark later the same year. He died at age four of celiac disease.[1]

While his exploits certainly seem hard to believe from a current perspective, they are relatively well documented for the standards of the time, e.g. Immanuel Kant wrote an essay about the child (calling him an "ingenium praecox").[2] He was breastfed until close to his death, which was very likely caused by the ingestion of grain products

Mesmo que a história desse enorme prodígio-mirim seja verdadeira: por que a genialidade do menino seria indicativo de reencarnação? Qual a ligação entre um gênio precoce e as múltiplas existências?

Talvez responda, conforme os “espíritos explicaram” a Kardec, que são almas antigas, que trazem a experiência de muitas vidas passadas... e talvez diga isso sem se avexar...

Ora, se esse garoto teve sua sabedoria acumulada exposta ao mundo por que nós não? Não deveria a humanidade estar recheada de gênios? Ou todos somos almas novas, fresquinhas na caminhada reencarnatória?

E, mais, por que esses gênios conseguem expressar a experiência acumulada mas não lembram suas existências pregressas?


Offline Spencer

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1208 Online: 23 de Agosto de 2017, 00:10:37 »
 
Citação de: Spencer
Sem o conhecimento a respeito da origem, formação e evolução do espírito, todas as especulações convergem para uma descrença sobre o tema construída em bases que destacam a falta de lógica e o descompasso em relação ao conhecimento científico.
Justifica-se a descrença, pelo ceticismo, mas a adjetivação que a acompanha desestimula argumentação mais elaborada.

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Belo Spencer, você profere afirmações profundas, só que não informa onde se acha o conhecimento “a respeito da origem, formação e evolução do espírito”. Se sua sapiente pessoa detém esse saber, não seja mau: divida-o conosco. Quem sabe assim não conversamos em bases melhores e, se Deus permitir, talvez até nos aproximemos do nível de iluminação que você atingiu? Então, please, do verbo por favor, seja célere nessa distribuição de sabedoria e, se não for pedir muito, cite as fontes privilegiados de onde extraiu tal tesouro.   
Desculpe, sinceramente pensava que você e Gorducho soubessem a respeito.
O livro Evolução em Dois Mundos trata exclusivamente deste tema. Ele conceitua o Perispírito, (vocábulo criado por Akardec,) e analisa suas propriedades, para então explicar a evolução do Espírito a partir de um PI - Princípio Inteligente - que na filosofia de Leibniz é denominado Mõnada.
ALuiz traça um paralelo comparando aquela Mônada com o PI, o qual em processo contínuo agrega complexidades dando origem ao Espírito.
Este PI estagia nos elementos mais rudimentares da natureza e se o ser vivo evolui está na verdade refletindo a evolução deste PI. É um estudo interessante porque explica certas lacunas na teoria de Darwin e esclarece a respeito dos elos perdidos. 
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E não se zangue com as adjetivações: cada qual tem seu estilo. Venda seu peixe: se ele for de boa qualidade todos o quererão.
Boas palavras. :ok:

Citação de: Spencer
Nos artigos sobre a identidade pessoal, por sinal muito bons, pressupõe-se a evidente intenção de concluir por algo abstrato mas real que permitiria a identificação pessoal no espaço-tempo.

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Tenho a impressão de que não seja exaaaaaatamente essa a intenção, ou seja: permitir a identificação pessoal no espaço-tempo. Conquanto não se possa dizer que esteja errado, parece-me (do verbo tenho a impressão) de que o melhor seria conceber que o artigo pretende definir o conceito de identidade, de forma clara e precisa.   
O que talvez nem você nem o Giga tenham percebido é que falta a conclusão. Eles demonstram por inúmeras comparações a dificuldade em se definir a identidade pessoal e fazem uma analogia no espaço tempo, quando o Senhor promete ao leitor revivê-lo 500 anos depois. Se as partículas não são as mesmas embora a forma física fosse idêntica, não teria a mesma identidade a menos que houvesse alguma coisa da psicologia (psiquê) do ser anterior preservado no ser seguinte.
Bom, não precisa dizer muito mais sobre tal suposição. 
Então, falam sobre o pensamento como o elo de ligação entre um e outro... mas, outra vez se deparam com a dificuldade, pois como se transmitiria  tal coisa de um ser para o outro: Supõem os AA, já que se pode criar um corpo igual, seus neurônios seriam o elo de ligação, sendo a origem do pensamento... Damn!

 
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Lembro agora de uma discussão que, há alguns anos,  travei com o combativo Paulo da Silva Neto, a respeito da reencarnação, no qual apontei o problema da identidade como uma aporia na proposta reencarnacionista. Repriso aqui o dito, por ilustração:...

A concepção reencarnacionista kardecista, para se manter coerente, precisaria admitir ou a inexistência de identidade, ou identidade desconhecida para os espíritos. Mesmo que, por cortesia, acatássemos que Elias reencarnara em João Batista, aquele não poderia ser a identidade espiritual deste. Na ideologia espírita, os corpos são meramente invólucros que servem de uso para uma existência qualquer. A verdadeira identidade do espírito seria desconhecida.

Pensando reencarnacionista, e kardecistamente, um espírito poderia animar dezenas, ou mesmo centenas de corpos. Nenhum desses corpos seria “identidade”, sim personalidade.
Mas é assim mesmo que se ensina na DE: o João que desencarna é o mesmo João do lado de lá. Em princípio exatamente o mesmo ao qual, pouco a pouco se incorporam lembranças das vidas mais recentes. Reencarna e recebe o nome de José, tem novas experiências assimila conhecimentos, hábitos, comete erros e acertos... é o acervo agregado. Desencarna e chega do outro lado o José, casado com a Maria e filho de Don'ana. Mas, e o João? Depois de umas poucas reencarnações nem aqueles que se relacionaram com o João se lembrarão dele. No entanto nos arquivos da colonia que o patrocina está toda a história de João, José e todos os que foram e virão.
A identidade? Não existe, será sempre a última, que é um somatório encriptado de todas as outras.
Os espíritos mais elevados e também aqueles que não mais reencarnarão podem assumir o nome e a aparência daquela identidade que preferirem, geralmente por terem contribuído de forma significativa para a sociedade humana. É como são conhecidos e tratados por lá.
Resumindo, não há identidade, embora como você bem o disse, há a personalidade.
 
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Identidade é aquilo que caracteriza um ente de modo a torná-lo distinto de qualquer outro. 
Sim; e esta é importante para o espírito apenas naquela presente passagem no mundo espiritual, pois logo após, reencarnará em outra família, outra profissão... é quase um novo homem.

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Considerando que o espiritismo (erroneamente, a meu ver) postula que os corpos pouco ou nada significam, e que um mesmo espírito pode residir, ao longo de incontáveis existências, em incontáveis corpos, então, a característica identificativa estaria no espírito. Elias, João Batista e quaisquer outros seriam meras referências terrenas, não tendo valor em termos espirituais. Talvez, no além, descobrir-se-ia que o espírito de Elias e de João Batista se denominasse, digamos, A117PX876&.
Não, mesmo porque A117PX876& terá tido outras existências com outros codinomes, então não haveria razão para ser A117PX876&. Por isto disse que ao encerrar a série de encarnações o espírito pode escolher a aparência e o nome pelo o qual prefere ser reconhecido por lá.
E aqui há algo importante. Após sua última encarnação o espírito prosseguirá, agora apenas na condição de espírito, em constante evolução até alcançar a perfeição relativa às criaturas de Deus.

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Em realidade, o problema da identidade efetiva do espírito sequer é cogitado no kardecismo, porém deveria, pois se for esmiuçado revelará dificuldades para a doutrina multividas.
Percebeu agora que não é bem assim, certo?


 


Citação de: Spencer
Mas isto iria de encontro ao des-conhecimento científico e então lança-se mão da teoria de que os neurônios são capazes de produzir o pensamento.

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Certamente fala do “conhecimento a respeito da origem, formação e evolução do espírito”, o qual estaria além do saber científico, o que é verdade, pois a ciência nada tem a dizer a respeito do espírito: nem mesmo se ele existe ela sabe...
Sua fala pode ser assim traduzida: “visto a ciência não ter outra saída, inventa uma teoria para substituir o verdadeiro conhecimento.”
Neste caso, retorna-se à petição inicial: oriente-nos para que fiquemos norteados!
 
É importante se reconhecer a falácia da petição de princípio, neste caso, e por isto eu não faria tal afirmativa, mas insistiria no ponto de que a explicação dada pela ciência é insatisfatória, no que até os autores do artigo concordam.

Citação de: Spencer
Esta concepção é lógica ante o fato de que a alternativa seria a existência da alma (espírito) que por não ser estruturada em unidades básicas, tipo células ou mesmo os tais neurônios não seria capaz de responder a multiformes demandas do cérebro, com precisão e rapidez. Correto, mas...

A ontologia do espírito explicaria e justificaria tal lapso, mas esta certamente é desconhecida dos autores.

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Agora enroscou um tanto: por que a alternativa aos neurônios seria a alma?
E o que tem a dizer da ontologia do espírito? Seja mais claro, por favor de please
Vamos lembrar que estamos falando daquele artigo sobre identidade, certo?
Ali, depois das mil dificuldades para se certificar sobre a identidade pessoal, resta a conjectura da transmissão no tempo e no espaço de algo como o pensamento, a personalidade. Problema este que não existiria se vamos supor a identidade no aqui e agora... basta um Green-card.
Obvio que na hipótese de uma outra vida, como foi suposto ser concedida após 500 anos, o que poderia ser considerado como caráter identificador? Eles falam naquela parte do artigo em que mencionam a psicologia, não me recordo o título, em algo abstrato... pensamentos, personalidade...
Mas não sendo materiais, como seriam transportados ao ser seguinte após 500 anos e ainda assim ser considerado como elemento identificador correto?
Fez-se a suposição de que os neurônios poderiam desincumbir-se desta tarefa por serem capazes de produzir o pensamento, em tese.
Supondo-se que esta tese fosse consistentemente refutada, o que sobraria? qual a outra possibilidade?

Ontologia, em boa sinonímia é o “estudo do ser” e consiste em uma parte da filosofia que estuda a natureza, a existência e a realidade do ser, e que no caso tal ser ou entidade é o espírito.
Na filosofia Aristotélica este significado é ainda mais abrangente.
Citei o livro Ev2Mundos, como uma fonte para se estudar ontologicamente o Espírito com seu Perispírito, vez que a análise ali feita envolve o surgimento, a razão, a causa e a evolução da entidade objeto.


Citação de: Spencer
Não se entra em detalhes quanto à "origem neural do pensamento", mas há de se louvar a honestidade na sua concepção quando admite que é precária mas é apenas a melhor teoria, antes de admitir a existência da alma, pois esta sim, inadmissível, pela forma como se entende este conceito.

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E qual seria a “origem neural” do pensamento?
Os autores mencionam que a complexa organização das sinapses poderia em cada configuração ser a memória do conhecimento, lembranças, emoções e finalmente o pensamento propriamente dito.

Citação de: Spencer
Outra razão para não se admitir a existência da alma naquela teoria da identidade pessoal é que paralelamente haveria de se admitir a existência de um Deus, criador das almas, discussão que foge do escopo daquele trabalho.

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Por que admitir a existência da alma coobriga a admitir a existência de Deus? Conheço pessoa que acredita em almas, em espíritos comunicantes e não acredita em Deus, e aí?
Dissonância cognitiva.
Ao se admitir a existência da alma, com todas as complexas funcionalidades a ela atribuída pelos religiosos ou espiritualistas, e que sobrevive à morte do corpo, estar-se-ia adentrando um campo de conjecturas filosóficas e teológicas que fatalmente teria de considerar sua origem, causa e finalidade; tipo da especulação que acaba por colocar Deus como resposta.


Citação de: Spencer
Alguém aqui saberia responder, antes de consultar, como surge a alma, como evolui e qual sua destinação segundo a tese espírita?

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Eu não sei se sei, mas gostaria que mo informasse...
 
Respondido mais acima, citando o livro Evdoismundos, como fonte.
Mais tarde vou tentar produzir um texto simplificado sobre o assunto.

Citação de: Spencer
Christian Heinrich Heineken (February 6, 1721 – June 27, 1725), also known as "the infant scholar of Lübeck", was a mythical German child prodigy. It is said that when he was eight weeks old, he could speak German. He read the Pentateuch at age one, and between the ages of two and three, he read the Old and New Testament in Latin. When he was three years old, he was said to have authored A History of Denmark and recited it when visiting the King of Denmark later the same year. He died at age four of celiac disease.[1]

While his exploits certainly seem hard to believe from a current perspective, they are relatively well documented for the standards of the time, e.g. Immanuel Kant wrote an essay about the child (calling him an "ingenium praecox").[2] He was breastfed until close to his death, which was very likely caused by the ingestion of grain products

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Mesmo que a história desse enorme prodígio-mirim seja verdadeira: por que a genialidade do menino seria indicativo de reencarnação? Qual a ligação entre um gênio precoce e as múltiplas existências?
Talvez responda, conforme os “espíritos explicaram” a Kardec, que são almas antigas, que trazem a experiência de muitas vidas passadas... e talvez diga isso sem se avexar... 

Sabe, caro Montalvão, quando falo que existem evidências sobre a tese reencarnacionista e isto porque não existem explicações da ciência para aqueles fatos, e no entanto, existindo a reencarnação, esta seria a primeira opção para solucionar essa problemática de genialidade precoce.
Ou seja, para quem acredita a resposta está clara; e para quem não acredita, simplesmente não há resposta.
Não se espera que a ciência venha a endossar tal teoria, de jeito nenhum, mas, o cientista, enquanto homem, curioso, certamente já deve ter pensado nisto.

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Ora, se esse garoto teve sua sabedoria acumulada exposta ao mundo por que nós não? Não deveria a humanidade estar recheada de gênios? Ou todos somos almas novas, fresquinhas na caminhada reencarnatória? E, mais, por que esses gênios conseguem expressar a experiência acumulada mas não lembram suas existências pregressas?

Tudo vai ao encontro da ideia de que se existe um Deus, ele quer que o conheçamos, mas isto através de nosso esforço e inteligência, então certamente terá assinado várias de suas obras, com sua extraordinária caligrafia, cabendo ao homem, com humildade reconhecer tal assinatura. Veja a beleza da natureza que até no que tem de assustador revela propósitos enigmáticos, mas certamente justos.
O próprio silêncio da Ciência ante as questões fundamentais será outro indício.
Os fatos patentes mas inexplicáveis, como por ex. os Gênios precoces, também revelam aquela assinatura.
Não haveria possibilidade de uma genialidade comum a todos os homens pois claramente deixaria de ser genialidade.
Então em determinados momentos e ambientes, com determinado propósito, tais fenômenos ocorrem, como se quisessem dizer: veja aí, seu orgulhoso de meia pataca, explica isto...
« Última modificação: 23 de Agosto de 2017, 00:18:58 por Spencer »

Offline Gigaview

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1209 Online: 23 de Agosto de 2017, 01:57:18 »
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Ele conceitua o Perispírito, (vocábulo criado por Akardec,) e analisa suas propriedades, para então explicar a evolução do Espírito a partir de um PI - Princípio Inteligente - que na filosofia de Leibniz é denominado Mõnada.

ALuiz traça um paralelo comparando aquela Mônada com o PI, o qual em processo contínuo agrega complexidades dando origem ao Espírito.

Este PI estagia nos elementos mais rudimentares da natureza e se o ser vivo evolui está na verdade refletindo a evolução deste PI. É um estudo interessante porque explica certas lacunas na teoria de Darwin e esclarece a respeito dos elos perdidos. 

Ué? Perispírito existe? Ou mais uma lenga-lenga espiritóide inventada para funcionár como ad hoc?

Citar
O que talvez nem você nem o Giga tenham percebido é que falta a conclusão.

Agora está claro que percebemos que você entendeu patavina do artigo.

Citar
Eles demonstram por inúmeras comparações a dificuldade em se definir a identidade pessoal e fazem uma analogia no espaço tempo, quando o Senhor promete ao leitor revivê-lo 500 anos depois. Se as partículas não são as mesmas embora a forma física fosse idêntica, não teria a mesma identidade a menos que houvesse alguma coisa da psicologia (psiquê) do ser anterior preservado no ser seguinte. Bom, não precisa dizer muito mais sobre tal suposição. 

A "realidade" sem provas espiritóide é muito mais extravagante que essa suposição didática.

Citar
Mas é assim mesmo que se ensina na DE: o João que desencarna é o mesmo João do lado de lá. Em princípio exatamente o mesmo ao qual, pouco a pouco se incorporam lembranças das vidas mais recentes. Reencarna e recebe o nome de José, tem novas experiências assimila conhecimentos, hábitos, comete erros e acertos... é o acervo agregado. Desencarna e chega do outro lado o José, casado com a Maria e filho de Don'ana. Mas, e o João? Depois de umas poucas reencarnações nem aqueles que se relacionaram com o João se lembrarão dele.

Outra amnésia?

Não tem como provar a existência dos espíritos que pensam sem cérebro e ainda diz que se esquecem?  :histeria:

Citar
No entanto nos arquivos da colonia que o patrocina está toda a história de João, José e todos os que foram e virão.

Sim, está tudo registrado nas fichas coloridas que ficam luminosas nos fichários. :histeria:

Citar
A identidade? Não existe, será sempre a última, que é um somatório encriptado de todas as outras.

Então admita sem incorrer na falácia do escocês que Emmanuel (& Cia) é uma farsa porque depois de "ser" celebridade romana reencarnou várias vezes e nunca se manifestou ao Chicão como padre, sua última reencarnação.

Citar
Os espíritos mais elevados e também aqueles que não mais reencarnarão podem assumir o nome e a aparência daquela identidade que preferirem, geralmente por terem contribuído de forma significativa para a sociedade humana. É como são conhecidos e tratados por lá.
Resumindo, não há identidade, embora como você bem o disse, há a personalidade.

Putz...olha o escocês aí. Será que você consegue explicar qual foi a contribuição do espírito de Emmanuel, que você é incapaz de provar que existe, para a humanidade? Olhando as "reencarnações " do dito cujo, a maioria como padreco monástico anônimo, não se percebe nada que justifique a sua iniciativa de recorrer à falácia do escocês.

Citar
Sabe, caro Montalvão, quando falo que existem evidências sobre a tese reencarnacionista e isto porque não existem explicações da ciência para aqueles fatos, e no entanto, existindo a reencarnação, esta seria a primeira opção para solucionar essa problemática de genialidade precoce.
Ou seja, para quem acredita a resposta está clara; e para quem não acredita, simplesmente não há resposta.
Não se espera que a ciência venha a endossar tal teoria, de jeito nenhum, mas, o cientista, enquanto homem, curioso, certamente já deve ter pensado nisto.

Se você acredita sem provas, acredita religiosamente e por isso não tem o direito de abusar de uma lacuna da ciência para apresentar a reencarnação como solução para coisa alguma, afinal ainda não consta em lugar algum a prova que os espíritos existem.

Citar
Ou seja, para quem acredita a resposta está clara; e para quem não acredita, simplesmente não há resposta.
Não se espera que a ciência venha a endossar tal teoria, de jeito nenhum, mas, o cientista, enquanto homem, curioso, certamente já deve ter pensado nisto.

Não há resposta em nenhum dos casos. Para quem acredita há apenas uma ilusão confortável daquilo que combina com o sistema de crenças. Quem não acredita, é porque não há coisa alguma para aceitar como resposta cientificamente válida.

Os cientistas, como seres humanos, podem pensar de tudo mas quando se pronunciam em nome da Ciência devem se expressar com o mesmo rigor que ela exige, fora isso estão livres para dizer qualquer bobagem, inclusive besteiras espiritóides.

O resto do seu comentário tem a mesma qualidade do que já foi comentado. Bullshit.



« Última modificação: 23 de Agosto de 2017, 02:14:07 por Gigaview »
Brandolini's Bullshit Asymmetry Principle: "The amount of effort necessary to refute bullshit is an order of magnitude bigger than to produce it".

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Offline Fernando Silva

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1210 Online: 23 de Agosto de 2017, 08:09:44 »
Ou seja, para quem acredita a resposta está clara; e para quem não acredita, simplesmente não há resposta.
Quem se ilude em busca de conforto psicológico acha que encontrou a resposta.
Quem procura a verdade com base em evidências objetivas admite que não tem resposta.

Offline Gorducho

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1211 Online: 23 de Agosto de 2017, 11:28:15 »
Citação de: Sr. Spencer
Desculpe, sinceramente pensava que você e Gorducho soubessem a respeito.
O livro Evolução em Dois Mundos trata exclusivamente deste tema. Ele conceitua o Perispírito, (vocábulo criado por Akardec,)
i.e., "inventa" outra palavra pro corpo éter-aromal do Fourier.
Citar
para então explicar a evolução do Espírito a partir de um PI - Princípio Inteligente - que na filosofia de Leibniz é denominado Mõnada.
¿Y qué?
Qual a diferença desse papo pro duma idade mental 5- anos à la papai-do-céu fez :?:
Qual a diferença entre "mônada" que vai se complexificando até virar "espíritos" e "espírito" (sem o corpo éter-aromal) :?:
O que S/PESSOA entende por "mônada" (sem ficar colando de sítios espíritas faz favor...)  :?:

Offline Spencer

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1212 Online: 23 de Agosto de 2017, 17:36:58 »
Citar
Citar
O que talvez nem você nem o Giga tenham percebido é que falta a conclusão. 

Citação de: Gigaview
Agora está claro que percebemos que você entendeu patavina do artigo.   
Mostre as incongruências. 
Eu disse por exemplo, e você criticou, que os autores em dada parte parecem conduzir o raciocínio para uma resposta conclusiva sobre a identidade pessoal admitindo que se existisse uma alma tudo estaria resolvido, mas como a alma não existe... os neurocientistas trouxeram uma solução mais aceitável. Puts... isto é realmente raciocínio científico?
Veja o texto... mais de uma vez.


A alma

Alguns filósofos e pensadores religiosos respondem: a alma. A alma de uma pessoa é a sua essência psicológica, uma entidade infísica onde há pensamentos e emoções. A alma sobrevive ilesa a todo o género de transformações físicas do corpo e pode mesmo sobreviver à sua destruição total. A alma do leitor é o que o faz que o leitor seja quem é. O bebé nas fotos é o leitor porque a alma que agora habita o seu corpo é a mesma que habitava então o corpo daquele bebé. Deus pode então ressuscitá-lo no futuro fazendo um novo corpo e inserindo nele a sua alma.

As almas parecem dar resposta rápida a muitas perplexidades filosóficas acerca da identidade ao longo do tempo, mas não há qualquer boa razão para pensar que existem. Os filósofos costumavam argumentar que se tem de postular as almas para explicar os pensamentos e os sentimentos, visto que os pensamentos e os sentimentos não parecem fazer parte do corpo físico. Mas a ciência contemporânea destrói este argumento. Há muito que os seres humanos sabem que a vida mental está especialmente ligada a uma parte do corpo — o cérebro.

 
Citar
Ou seja, os filósofos e espiritualistas que contestam esta ideia não fazem parte dos seres humanos!
Mesmo antes da neurociência contemporânea, sabia-se que as lesões cefálicas causam danos psicológicos. Sabemos agora como certas partes do cérebro estão associadas a certos efeitos psicológicos. Embora estejamos longe de poder correlacionar inteiramente estados psicológicos com estados cerebrais, progredimos o suficiente para saber que a existência de uma tal correlação é uma hipótese razoável. É razoável inferir que a própria vida mental está no cérebro, e que não existe alma. Não é que a ciência neurológica refute a alma: as almas podiam existir ainda que os estados psicológicos e os estados mentais estejam perfeitamente correlacionados. Mas se o cérebro físico explica por si a vida mental, não há necessidade de postular também almas.
Citar
Nem sequer cogitam da hipótese que existindo uma alma, esta deverá estar ligada ao corpo físico por algum ponto especial. Não seria o cérebro, cujos neurônios têm formação e funções especialíssimas e este cérebro seria o veículo de expressão da alma?
Mas o que chamamos de Alma, ou Espírito?
A Mente!
E a suposição de que se necessita partículas para atendimento às funções do pensamento, estas, aí sim, serão os neurônios.

Além disso, os teorizadores da alma têm dificuldade em explicar como as almas conseguem pensar. 
Citar
Não têm dificuldade alguma. A alma não pensa, ela é a própria mente se servindo do cérebro como seu agente físico.

 Os teorizadores do cérebro têm os rudimentos de uma explicação: o cérebro contém biliões de neurónios, cujas interacções incrivelmente complexas produzem o pensamento. Ninguém sabe ao certo como isto funciona, mas pelo menos os neurocientistas fizeram um bom começo. O teorizador da alma nada tem para dizer que se compare, uma vez que na sua maioria os teorizadores da alma pensam que a alma não tem partes menores. As almas não são compostas de biliões de minúsculas partículas anímicas. (Se o fossem, deixariam de fornecer respostas rápidas para as perplexidades filosóficas acerca da identidade ao longo do tempo. Os teorizadores da alma enfrentariam as mesmas questões filosóficas difíceis que os restantes de nós. Por exemplo: o que faz que uma alma seja a mesma ao longo do tempo, apesar das mudanças nas suas partículas anímicas?)
 Mas se as almas não têm minúsculas partículas anímicas, não têm algo semelhante a neurônios para as ajudar a fazer o que fazem. Como é que, então, fazem o que o fazem?
Citar
Resumindo, não há como provar que existe uma Alma se servindo do cérebro como seu agente, mas os argumentos contra são, no mínimo, risíveis. Tipo, não pode ter alma porque ela precisaria de milhões de partículas para... E dizem ainda: "Mas se as almas não têm minúsculas partículas anímicas, não têm algo semelhante a neurónios para as ajudar a fazer o que fazem. Como é que, então, fazem o que o fazem?" Se servindo dos neurônios, ora pois.
A questão nem é religiosa e pervaga desde o inicio das ciências biológicas quando as escolas se opunham, uma - Vitalista - defendia que a matéria não pode gerar o pensamento e a inteligência e as emoções; a escola materialista infirmava tal posição, alegando que isto era assunto da filosofia...
Podem os neurônios, como diz o artigo, gerar pensamentos, apenas não sabem como, claro. Sempre na origem das questões que envolvem os fundamentos da vida e da matéria, os cientistas se calam. E como defesa alegam que o Deus que a isto contradiz é o Deus das Lacunas. Bela saída.

Mas porque me dei a todo este trabalho, sabendo que nada se modificará?
Uma coisa mudará: demonstra-se que existem razoáveis argumentos tanto nos que defendem quanto nos que negam a existência da Alma, e quem pensa diferente deste sensato julgamento é porque lhe falta serenidade para julgar. 
« Última modificação: 24 de Agosto de 2017, 10:23:15 por Spencer »

Offline Gigaview

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1213 Online: 23 de Agosto de 2017, 19:07:34 »
Até que você ou alguém mais prove que almas/espíritos existem vou seguir concordando com Sagan considerando as evidências que dispomos e que não podem ser refutadas, ao contrário das teorias mirabolantes dos crentes com todas as consequências bizarras e esquisitas de suas crendices toscas.

« Última modificação: 23 de Agosto de 2017, 19:13:49 por Gigaview »
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Offline Gigaview

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1214 Online: 23 de Agosto de 2017, 19:31:26 »
Citar
Podem os neurônios, como diz o artigo, gerar pensamentos, apenas não sabem como, claro.

Ainda não sabem, mas a busca por respostas continua e nunca será interrompida com certezas absolutas porque a Ciência é refutável. Os crentes é que precisam do conforto de respostas levianas e definitivas baseadas na fé.

Citar
Sempre na origem das questões que envolvem os fundamentos da vida e da matéria, os cientistas se calam. E como defesa alegam que o Deus que a isto contradiz é o Deus das Lacunas. Bela saída.

Se calam porque a razão os impede de viajar na maionese com especulações bizarras que podem ter consequências ridículas. O Deus das lacunas é uma delas.
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Offline Fernando Silva

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1215 Online: 24 de Agosto de 2017, 08:46:18 »
Sempre na origem das questões que envolvem os fundamentos da vida e da matéria, os cientistas se calam. E como defesa alegam que o Deus que a isto contradiz é o Deus das Lacunas. Bela saída.
Calar-se ou admitir a própria ignorância é a única opção honesta quando alguém não tem a resposta.
Isto não significa reconhecer que os inventores de crendices estão certos.

Lembrei do que um crente me disse: "Os cientistas não se decidem, vivem mudando de opinião. Fico com a Bíblia, que não muda nunca!"

Offline Spencer

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1216 Online: 24 de Agosto de 2017, 10:36:46 »
Usei um eufemismo, mas foi sutil demais; deixo-o de lado:
Para as questões fundamentais da realidade humana os cientistas não têm resposta, mas não se calam; formulam teorias, mesmo correndo o risco do ridículo.
Observem que não uso o vocábulo Ciência, que nos merece todo o respeito, mas cientistas, dos quais se costuma dizer (Gigaview) que sendo homens também podem falar tosquices.

Offline Fernando Silva

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1217 Online: 24 de Agosto de 2017, 11:07:00 »
Usei um eufemismo, mas foi sutil demais; deixo-o de lado:
Para as questões fundamentais da realidade humana os cientistas não têm resposta, mas não se calam; formulam teorias, mesmo correndo o risco do ridículo.
Observem que não uso o vocábulo Ciência, que nos merece todo o respeito, mas cientistas, dos quais se costuma dizer (Gigaview) que sendo homens também podem falar tosquices.
Formular teorias (ou melhor, hipóteses, para usar o termo correto), faz parte do trabalho dos cientistas.
Acreditar cegamente nelas e defendê-las sem evidências objetivas é que seria ridículo.

Claro que, sendo humanos, este ou aquele cientista pode resistir a descartar hipóteses mesmo diante de opções melhores, mas isto não impede a ciência como um todo de avançar. Ela não depende da opinião de indivíduos isolados ou de livros "sagrados".

Offline Gorducho

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1218 Online: 24 de Agosto de 2017, 11:31:50 »
mas não se calam; formulam teorias, mesmo correndo o risco do ridículo.
Quem formule teorias ridículas não está agindo como cientista. Pode ter até uma carteirinha de CIENTISTA e recolher imposto pro SINDICATO DOS CIENTISTAS, o que é bem diferente :x

By the way... ainda não respondeu a diferença das suas "mônadas" pra "teoria" do Papai-do-Céu fez.
 :?:

Offline Andarilho-terrestre

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1219 Online: 24 de Agosto de 2017, 13:56:37 »
Também penso como GORDUCHO. Dr. Sérgio Felipe é médico e cientista, ele é a favor de muitas hipóteses espíritas mas tem outros médicos que são contra. Na entrevista ele fala que a CID de  certa forma reconhece a mediunidade.

"A Ciência reconhece o tema da “mediunidade”?

 O Código Internacional de Enfermidades (CID) N°10 (F44.3) de certa forma o reconhece; do mesmo modo que o tratado de Psiquiatria de Kaplane e Sadock, no capítulo sobre as teorias da Personalidade, quando se refere ao estado de transe e de possessão pelos espíritos.

Carl Gustav Jung, fez um estudo com uma médium possuída por espíritos. Enfim, já é uma abertura para discutir o tema do ponto de vista científico"

http://bvespirita.com/A%20Mediunidade%20e%20a%20Psicanalise%20-%20Entrevista%20com%20Sergio%20Felipe%20de%20Oliveira%20(Equipe%20Palavreiros%20da%20Hora).pdf

Não há uma "aceitação formal" da ciência médica sobre o espiritismo.  Note que ao final o Dr. fala "já é uma abertura PARA DISCUTIR" ;

« Última modificação: 24 de Agosto de 2017, 14:00:18 por Andarilho-terrestre »

Offline Spencer

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1220 Online: 31 de Agosto de 2017, 13:28:29 »
Instado pelo Gorducho a trazer uma conceituação mais abrangente sobre a Mônada e que não fosse sob a ótica exclusiva do Espiritismo, fiz uma compilação ligeira mas bem centrada no tema.

Existe uma relação entre Demócrito e sua teoria do Atomismo - (de acordo com essa teoria, tudo o que existe é composto por elementos indivisíveis chamados átomos) - e a  Monadologia de Leibniz.

Este conceituava a mônada como uma força irredutível que dá aos corpos suas características de inércia e impenetrabilidade e que contém em si mesma a fonte de todas as suas ações.
À semelhança de Demócrito, as mônadas seriam os elementos primeiros de todas as coisas compostas.
Mas Leibnitz, assim se torna um expoente do Monismo pois entende que do “nada” pode surgir o SER - este como significado da essência de tudo o que possa existir, incluso aquilo que exista apenas na imaginação e na razão. Tanto a substância como o não material se fundem na origem.
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%B4nada_(filosofia)

Mas em Platão, no seu diálogo de Fedon com Sócrates, estabelece se que ao contrário da mônada leibniziana a alma cumpre sua destinação e se afirma, purifica e liberta na medida em que abre janelas somente para o que não é corpóreo e se deixa penetrar da imaterialidade do mundo espiritual.
http://www.joaquimdecarvalho.org/artigos/artigo/80-Introducao-ao-Fedon-de-Platao/pag-15

Ou seja, no texto trazido anteriormente a Mônada recebe uma conceituação semelhante: um Princípio Inteligente do qual tem origem a alma, por extenso, a vida.
A aporia em Leibniz se encontra no fato de que sua Monada surge do nada, pois, em última análise, é o próprio Deus.

Offline Gorducho

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1221 Online: 31 de Agosto de 2017, 17:36:10 »
Daí então concorda que aquela citação às monadas feita pelo Dr. André é uma besteira sem nexo maior :?:
Deus no espiritismo criou almas individuas e pronto...
Pra que por nome de "mônada nisso" :?:
Pra confundir os leitores desatentos seria :?:
« Última modificação: 31 de Agosto de 2017, 17:39:22 por Gorducho »

Offline Gigaview

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1222 Online: 31 de Agosto de 2017, 20:50:52 »
Instado pelo Gorducho a trazer uma conceituação mais abrangente sobre a Mônada e que não fosse sob a ótica exclusiva do Espiritismo, fiz uma compilação ligeira mas bem centrada no tema.

Existe uma relação entre Demócrito e sua teoria do Atomismo - (de acordo com essa teoria, tudo o que existe é composto por elementos indivisíveis chamados átomos) - e a  Monadologia de Leibniz.

Este conceituava a mônada como uma força irredutível que dá aos corpos suas características de inércia e impenetrabilidade e que contém em si mesma a fonte de todas as suas ações.
À semelhança de Demócrito, as mônadas seriam os elementos primeiros de todas as coisas compostas.
Mas Leibnitz, assim se torna um expoente do Monismo pois entende que do “nada” pode surgir o SER - este como significado da essência de tudo o que possa existir, incluso aquilo que exista apenas na imaginação e na razão. Tanto a substância como o não material se fundem na origem.
https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%B4nada_(filosofia)

Mas em Platão, no seu diálogo de Fedon com Sócrates, estabelece se que ao contrário da mônada leibniziana a alma cumpre sua destinação e se afirma, purifica e liberta na medida em que abre janelas somente para o que não é corpóreo e se deixa penetrar da imaterialidade do mundo espiritual.
http://www.joaquimdecarvalho.org/artigos/artigo/80-Introducao-ao-Fedon-de-Platao/pag-15

Ou seja, no texto trazido anteriormente a Mônada recebe uma conceituação semelhante: um Princípio Inteligente do qual tem origem a alma, por extenso, a vida.
A aporia em Leibniz se encontra no fato de que sua Monada surge do nada, pois, em última análise, é o próprio Deus.


Jogue essa bobagem no lixo e abra um livro de física quântica.
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Offline Gigaview

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1223 Online: 31 de Agosto de 2017, 20:52:13 »
Daí então concorda que aquela citação às monadas feita pelo Dr. André é uma besteira sem nexo maior :?:
Deus no espiritismo criou almas individuas e pronto...
Pra que por nome de "mônada nisso" :?:
Pra confundir os leitores desatentos seria :?:

Foi mais um surto de verborragia espiritóide spenceriana.
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Offline Gorducho

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Re:Que Deus abençoe o Ceticismo
« Resposta #1224 Online: 01 de Setembro de 2017, 05:54:52 »
Aqueles 2 livros foram escritos @ 4 mãos pelo CX + WV.
Eles ficavam fuçando em enciclopédias, quiçá até no Tesouro da Juventude, almanaques, e literatura mística teosófica. Daí iam construindo o texto verborragicamente procurando por palavras "complexas" que passavam ao publico-alvo deles (o pedestre), um ar de "cientificidade" pro misticismo.
Claro que o WV era médico então tinha conhecimentos técnicos.
Mas eu desafio o nobre oponente  :superamigos: Sr. Spencer a trazer dessas 2 obras qq. coisa que não seja abobrinha a nível de enciclopédia pra pré-adolescentes (say até uns 13- anos) ou pura verborragia nonsense.
E quanto a "mônadas" eu tinha certeza que ele não sabia o que o Leibniz queria dizer com.
Nem eu... e desconfio que nem o Leinbniz (o que não teria "mal" nenhum porque aos filósofos cabem especular mesmo — i.e.: pensar em voz alta...).
O mais próximo que eu chego seria um proto conceito do nosso vago "quantum" (de que mesmo :?:).
« Última modificação: 01 de Setembro de 2017, 06:04:30 por Gorducho »

 

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