Bem, se a questão é meramente de ausência de evidência e ausência de evidência não é evidência de ausência, então porque fazer declarações do tipo "Viva o endurecimento das leis trabalhistas!"? Não faz sentido isso.
Huxley, onde eu "comemorei o endurecimento das lei trabalhistas"?
(...) No máximo que eu vejo é o seguinte, continuamos com as mesmas trabalhadoras informais, mas temos muito mais trabalhadoras asseguradas com FGTS, férias, décimo terceiro, etc... Pra mim isso é um puta de um ganho para elas (...)
Meu querido, as trabalhadoras domésticas tiveram seus direitos igualados, no máximo isso é empate, não "endurecimento". Isso não é "Viva o endurecimento das leis trabalhistas!".
Isso que você pôs é apenas um sofisma usando jogo de palavras. Para igualar os direitos das empregadas domésticas com a maioria dos típicos beneficiários
da CLT, o governo teve que endurecer a regulamentação trabalhista já existente para essas trabalhadoras. Então, isso é sim um "Viva o endurecimento das leis trabalhistas" sem qualquer respaldo em evidências que o apoie.
Huxley, é como eu disse, é um problema de cognição da sua parte. Você entende como você quer entender e não como deve ser entendido, não tem muito o que eu dizer nesse caso, a não ser torcer para que você compreenda as coisas de modo correto. No caso que quando eu digo que é justo que não existam subclasses de trabalhadores discriminados por lei, que seja isso mesmo qu eu quis dizer e não outra coisa.
E eu disse que não existem evidências de que tal endurecimento das leis trabalhistas para essas categorias com leis trabalhistas mais brandas MELHOREM as coisas, de uma forma geral, para as mesmas. Falar palavras bonitinhas como "fim da discriminação" é fácil, difícil é conseguir resultados úteis melhores e comprová-los.
Receber 13º, férias, garantias previdenciárias e outros direitos também é melhorar as coisas, não são só palavras bonitinhas.
Melhorar para quem _Juca_?
Não conseguiu entender ainda que boa parte do aumento de custo é repassado para os consumidores e a parte que não é, deixa uma empresa menos competitiva?
Não conseguiu entender ainda que não existem "garantias previdenciárias", pois que o modelo de previdência baseado em 'solidariedade' (sic) está ruindo em todos os países, países estes que tem uma situação fiscal muito mais amena e um perfil de população muito mais adequado no quesito 'sustentabilidade financeira' que o Brasil?
Não conseguiu entender ainda que 'mais direitos', principalmente os "ilimitados", levam ao colapso do sistema?
Eu consegui entender, através de leitura (já citei que existem estudos da OIT e OCDE) que menos direitos não quer dizer mais empregos. No caso das domésticas eu consegui entender que elas agora são trabalhadores com os MESMOS direitos de todos os outros. Agora eu pergunto, você consegue entender isso?
O que é interessante, é que você parece traduzir isso como defesa de direitos ilimitados, ou coloca "garantias previdenciárias" entre aspas dando a entender que os custos trabalhistas são responsáveis pela situação fiscal do Brasil, o que é outro problema entendimento grave. Não foi os custos trabalhistas e nem a previdência no seu formato atual os responsáveis pela rombo fiscal, isso se deve muito ao péssimo gerenciamento dos recursos.
O básico que nem precisava dizer são que, os custos trabalhistas são
garantia de renda aos trabalhadores e renda é garantia de consumo, e consumo é garantia de crescimento, que por sua vez é garantia de receitas para o governo e ganhos para os empresários, o que gera ganhos para todos os lados. Trabalhadores informais e sem direitos contribuem muito menos para o crescimento econômico e a produtividade
https://g1.globo.com/economia/noticia/2018/08/31/desemprego-cai-mas-aumento-do-trabalho-informal-dificulta-retomada-da-economia.ghtml