Autor Tópico: A verdadeira face do aborto  (Lida 58958 vezes)

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #275 Online: 26 de Abril de 2007, 02:07:37 »
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O estado do cérebro humano é o critério para vida humana, daí existir o termo "morte cerebral".

Com isso, todos concordamos. Ou penso que sim.
Não temos um conceito exato de vida. E a história de "morte cerebral" já foi refutado no tópico diversas vezes.
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Alguém aqui é a favor do direito de se matar pessoas com cérebros formados e perfeitamente funcionais a não ser em situações bem peculiares e especiais (como legítima defesa)?
Primeiro que isso é questão social, a biologia não descreve quando há ou não direitos, direitos de matar ou a vida.
Segundo que, mesmo que fosse, mais correto não seria a questão "então podemos matar quando há cérebro" e sim "então não podemos matar quando não há cérebro". Em termos biológicos, não há como justificar uma pessoa valer mais que um cavalo, porque a ciência não tem visões antropocentristas ou egocêntricas.
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Não? Ótimo, então acho que podemos prosseguir sem a analogia com cérebros de insetos que matamos sem que seja uma grande questão moral, ou coisas parecidas. Porque eles não tem cérebros humanos.
Se então não é uma questão moral o extermínio de cérebros de insetos, então porque no final você afirma que o valor vem de "cérebro humano"?
Isso se baseia na premissa de um partido de toda a discussão, que é sobre o valor do cérebro quanto a vida.
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Só daí, do fato de que se fala de "morte cerebral", já se poderia deduzir logicamente o "inverso", a "vida cerebral", e tomar quando ela começa como parâmetro.
A morte é declarada certa quando o cérebro morre porque a medicina atual não tem capacidade de reviver uma pessoa nesse estado, mas caso houvesse um método para crescer um cérebro a partir do restante do corpo, como é em fetos, entraria a questão se pode ser definido como "morte" isso. Aliás, não poderia dizer que é por intervenção da medicina que sobrevive, porque senão todas as pessoas que dependem da medicina deveriam então ser declaradas como mortas.

Foi somente uma falácia o método de inverter o termo "morte cerebral".
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Para somar pontos a favor dessa posição: abortos espontâneos já não são popularmente considerados homicídios culposos nem mesmo "abortos culposos" (e nem aborto é legalmente homicídio, diga-se de passagem), e boa parte das pessoas não é contrária ao aborto de fetos anencefálicos. Por que? Porque não têm cérebro, não tem "vida cerebral".
Falácia ad populum?
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Mesmo abortos "dolosos" não são comumente tratados como abortos se forem, por exemplo, realizados através de "pílula do dia seguinte" ou outros métodos que são técnicamente abortivos (impedem o implante do embrião no útero, se não estou enganado) que são meio que assimilados pelas pessoas como anticoncepcionais, dado o estágio extremamente prematuro do aborto.
E daí?
Alguns acham normal pílula do dia seguinte, e outros cirurgia dos 8 mêses seguintes (aborto). Não adiciona nada, é só uma falácia que fala da crença popular.

Como um dia é um período muito curto, as pessoas não sentem pena de abortar até então, é puro emocional popular. Aliás, o nome pílula do dia seguinte já sugere isso, já que "pílula" acaba sendo redirecionado para contraceptivo no meio popular, por mais que possa ser uma relação errônea.
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Durante alguns estágios de desenvolvimento embrionário e talvez fetal (nunca me lembro quando começa a ser chamado de feto exatamente), não há "vida cerebral", e é bem coerente que se pudesse aplicar a mesma lógica.
Eu concordo, não há justificativa para abortar até X e não até Y se não há nenhuma base.
O problema é que isso não justifica nada quando a limitar o aborto até o cérebro, pois não é argumento direcionado para a questão da relação entre cérebro e vida.
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Eu vejo como incomparavelmente mais lógico que a confusão argumentativa de todas variantes de pró-vidas, com malabarismos e contorcionismos do tipo que o zigoto deve ser protegido enquanto o óvulo não porque o último é apenas haplóide, mas as outras células diplóides diversas não precisam ser igualmente defendidas porque não tem o mesmo potencial que o zigoto; ou que pode-se usar camisinha e matar espermatozóides mas não DIU porque não se pode matar os espermatozóides que já foram liberados na vagina e etc.
Eu não, por mim em ambos estão se esforçando para por uma "barreira mágica" entre um e outro, estão fazendo a mesma coisa.
Em ambos os pontos, a biologia que é aquilo que se tenta usar como argumento para, não justifica nada. Na biologia simplesmente células simples se multiplicam até virar um ser humano completo. Nem ao menos dá definição própria de vida, essa questão nem ainda foi resolvida.
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Sim, é um tipo de "vertebradocentrismo" e "desenvolvimentocentrismo", mas ao mesmo tempo é bastante lógico, de acordo com os preceitos morais e filosóficos mais comuns no ocidente. Para discutir isso acabariamos indo muito fora do tópico e tendo que se filosofar muito além do necessário, passando por coisas de niilismo, kantianismo, utilitarismo e muito mais provavelmente. Mas como eu já disse, é bem inútil já que é unânime que as pessoas com atividade cerebral devem ter suas vidas protegidas.
Primeiro você diz que é só uma atitude egocêntrica e puro resto cultural, e em seguida afirma que é uma questão inútil. Segundo que nem unânime é, e mesmo se fosse, é uma falácia que só se baseia no popular.
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E se for para querer diminuir qualquer posição por ser qualquer-coisa-centrista, há que se lembrar que posição que defenda o zigoto e o óvulo não, é "fecundocentrista", algo simplesmente bem ilógico, praticamente surreal, pelos motivos que já expliquei anteriormente.
Mas eu também já disse no tópico várias vezes que para isso também não há argumento, é praticamente a mesma linha de pensamento.
« Última modificação: 26 de Abril de 2007, 02:10:23 por Ilovefoxes »

Offline Fabi

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #276 Online: 26 de Abril de 2007, 04:47:30 »
Não temos um conceito exato de vida. E a história de "morte cerebral" já foi refutado no tópico diversas vezes.
Como assim refutado?
Esse nesse link tem uma explicação bem simples pra você entender as funções do cérebro humano:
http://www.guia.heu.nom.br/fun%C3%A7oes_do_cerebro.htm
A morte é declarada certa quando o cérebro morre porque a medicina atual não tem capacidade de reviver uma pessoa nesse estado.
A medicina nunca ressucitou (reviveu) ninguém em nenhum estado.
Alguns acham normal pílula do dia seguinte, e outros cirurgia dos 8 mêses seguintes (aborto).
Primeiro que em um caso legal de aborto autorizado pela justiça e feito por médicos em hospitais, ele só é autorizado até a vigésima semana, porque apartir dessa semana o feto cresce muito rápido e já é considerado um neo-natal.

Um bebê (prematuro) de 5 meses consegue sobreviver, portanto eles consideram como neo-natal, e apartir da vigésima semana não é mais aborto, os médicos chamam de infanticídio, e se por uma eventualidade o bebe (feto apartir de 5 meses) morre ele tem que ser registrado e depois tem que fazer o atestado de óbito, no caso da mãe abortar no segundo mês por exemplo, não precisa de nada disso.

E outra no primeiro mês de gravidez o embrião quase nem pode ser visto a olho nu, como vai ter SNC? O coração só se forma na nona semana de gestação, e o pulmão na décima, e eu to falando de um embrião de 3 cm, só vira feto depois da décima segunda semana de gestação.

No caso de o aborto ser legalizado eles só seria realizado na fase embrionária. Porque médicos não realizam sobre nenhuma hipótese um aborto onde o feto já tem apartir 5 meses de gestação.
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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #277 Online: 26 de Abril de 2007, 05:05:02 »
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Como assim refutado?
Esse nesse link tem uma explicação bem simples pra você entender as funções do cérebro humano:
http://www.guia.heu.nom.br/fun%C3%A7oes_do_cerebro.htm
Sim, refutado diversas vezes, "morte cerebral" não é uma palavra corretamente científica tendo relação com a medicina atual.
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A medicina nunca ressucitou (reviveu) ninguém em nenhum estado.
"Reviver" relativo a ir contra o óbito de morte, não a conceitos sobre vida ou o que for.
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Primeiro que em um caso legal de aborto autorizado pela justiça e feito por médicos em hospitais, ele só é autorizado até a vigésima semana, porque apartir dessa semana o feto cresce muito rápido e já é considerado um neo-natal.
E daí? A constituição não é nenhum dogma, tanto que há referendo em certos lugares.
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Um bebê (prematuro) de 5 meses consegue sobreviver, portanto eles consideram como neo-natal, e apartir da vigésima semana não é mais aborto, os médicos chamam de infanticídio, e se por uma eventualidade o bebe (feto apartir de 5 meses) morre ele tem que ser registrado e depois tem que fazer o atestado de óbito, no caso da mãe abortar no segundo mês por exemplo, não precisa de nada disso.
"Consegue sobreviver" é relativo. Não consegue adquirir o próprio alimento, por exemplo. Nesse caso imagino que sobreviver em específico a capacidade dos órgãos, o que de certa forma se torna altamente relativo devido a existência de deficiências, ou a necessidade de certas proteínas e ainda mais específicas em casos de bebês, o que cai no relativismo de se consegue adquirir o próprio alimento.
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E outra no primeiro mês de gravidez o embrião quase nem pode ser visto a olho nu, como vai ter SNC? O coração só se forma na nona semana de gestação, e o pulmão na décima, e eu to falando de um embrião de 3 cm, só vira feto depois da décima segunda semana de gestação.
Primeiro que você está assumindo a premissa de seu partido na discussão sobre a importância do cérebro ou sistema nervoso central esteja correto.
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No caso de o aborto ser legalizado eles só seria realizado na fase embrionária. Porque médicos não realizam sobre nenhuma hipótese um aborto onde o feto já tem apartir 5 meses de gestação.
Realizam sim... até parece que não conhece como o mundo hoje... se existe mercado ilegal de seqüestros para retirada de órgãos, isso já fica em segundo plano.

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #278 Online: 26 de Abril de 2007, 05:14:07 »
E daí? A constituição não é nenhum dogma, tanto que há referendo em certos lugares.
Acabei de explicar o porque eles só fazem aborto até a vigésima semana.
"Consegue sobreviver" é relativo. Não consegue adquirir o próprio alimento, por exemplo. Nesse caso imagino que sobreviver em específico a capacidade dos órgãos, o que de certa forma se torna altamente relativo devido a existência de deficiências, ou a necessidade de certas proteínas e ainda mais específicas em casos de bebês, o que cai no relativismo de se consegue adquirir o próprio alimento.
Nada a ver, não é relativo, se ficar numa UTI neo-natal monitorado por médicos sobrevive sem nenhuma deficiência. E isso quem chegou a esse concenso foram os médicos, até porque já teve casos de bebês que nasceram com 5, 6 meses e sobreviveram sem sequelas, porque nessa altura o feto tem todos os órgãos em desenvolvimento. E não é relativo nada, qualquer bebê que nasce prematuro vai pra UTI neo-natal.
Realizam sim… até parece que não conhece como o mundo hoje… se existe mercado ilegal de seqüestros para retirada de órgãos, isso já fica em segundo plano.
Estou falando de médicos sérios, desses que te atendem quando você vai para um hospital ou quando você vai fazer uma consulta, esses médicos não realizam aborto em fetos com + de 20 semanas.
- Porque é considerado um neo natal.
- Porque a lei não permite.
- Porque pode sobreviver fora do útero.
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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #279 Online: 26 de Abril de 2007, 05:24:21 »
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Sim, refutado diversas vezes, "morte cerebral" não é uma palavra corretamente científica tendo relação com a medicina atual.
E de onde você tirou isso? você sabe o que é morte cerebral?

Interessante, se o cérebro tá vivo a pessoa pode continuar "viva" mesmo que todos os outros órgão tenham parado de funcionar, é claro ligado a aparelhos.

Mas o contrário não acontece quando o cérebro "morre" tanto é que quando tem uma cirurgia pra retirar órgão para transplante de quem teve morte cerebral, os médicos trabalham em condições muito mas muito especiais mesmo, para que esses outros órgão não "morram", porque depois que o cérebro morre é questão de tempo pra os outros órgão pararem de funcionar.

Só pra constar quando a pessoa morre as células da pessoa morta começam a virar "cadávericas", por isso não dá pra tirar o órgão (coração, rins, fígado) de um defunto para transplantar para uma pessoa viva.
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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #280 Online: 26 de Abril de 2007, 05:28:19 »
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Acabei de explicar o porque eles só fazem aborto até a vigésima semana.
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o feto cresce muito rápido e já é considerado um neo-natal.
"Crescer rápido" não é argumento para período em que se deve abortar.
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concenso foram os médicos
Existe uma necessidade prática em hospitais, para isso se estabelece quando alguém "sobrevive", não é por consenso teoríco.
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E não é relativo nada, qualquer bebê que nasce prematuro vai pra UTI neo-natal.
E qualquer embrião no útero da mãe também sobrevive… e aí? É porque no caso sobrevive com ajuda de máquinas? É porque pode mudar o funcionário que irá ajudar? Não entendi direito como definir como não-relativo com tantas questões.
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Estou falando de médicos sérios
Isso é relativo, alguns acham médicos que realizam abortos em qualquer idade como não sérios, alguns testemunhas de Jeová acham que médicos que realizam transfusões de sangue estão possuídos pelo demônio, "médico sério" está mais para opinião popular.
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- Porque é considerado um neo natal.
- Porque a lei não permite.
Esses não são nenhum dogma. São regras práticas impostas pela sociedade, que possui diversas falhas em sistema, organização e leis colocadas.
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- Porque pode sobreviver fora do útero.
Algumas células não sobrevivem se não forem fecundadas, outras se forem retiradas do útero, outras se não forem alimentadas, outras se forem excluídos da sociedade como nós que também somos feitos de células.
Não sei, continuo não só a achar não relativo, como não entender o que muda a nomenclatura "sobrevive fora do útero" oficializada na medicina para a prática.
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você sabe o que é morte cerebral?
Sei, quando o cérebro para de funcionar e a medicina não é capaz de retomar suas funções.
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E de onde você tirou isso?
Se quer alguma fonte, veja o potencial de relativismo e questionamento de sua própria mensagem:
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Interessante, se o cérebro tá vivo a pessoa pode continuar "viva" mesmo que todos os outros órgão tenham parado de funcionar, é claro ligado a aparelhos.

Mas o contrário não acontece quando o cérebro "morre" tanto é que quando tem uma cirurgia pra retirar órgão para transplante de quem teve morte cerebral, os médicos trabalham em condições muito mas muito especiais mesmo, para que esses outros órgão não "morram", porque depois que o cérebro morre é questão de tempo pra os outros órgão pararem de funcionar.

Só pra constar quando a pessoa morre as células da pessoa morta começam a virar "cadávericas", por isso não dá pra tirar o órgão (coração, rins, fígado) de um defunto para transplantar para uma pessoa viva.
Uma pessoa não morre caso outros órgãos parem? Se é possível transplantá-los, não seria assumir a premissa de que a medicina nunca irá avançar em relação ao transplanta ou regeneração do cérebro?
Também não entendo direito essa base, "sem cérebro uma pessoa morre, logo cérebro é a fonte de principal de vida". Você pode ver a Bíblia assumindo informações semelhantes em como fala da importância do sangue. Naquela época com perda de sangue o resto do corpo morria. Naquela época não era possível transfusão de sangue como hoje não é possível algum tratamento avançado ao cérebro. Por acaso dependendo da época muda o que é ou não vida?
« Última modificação: 26 de Abril de 2007, 05:37:59 por Ilovefoxes »

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #281 Online: 26 de Abril de 2007, 05:51:18 »
"Crescer rápido" não é argumento para período em que se deve abortar.
O argumento é: já pode ser considerado um bebê, porque tem os órgãos essenciais para viver.
E qualquer embrião no útero da mãe também sobrevive… e aí? É porque no caso sobrevive com ajuda de máquinas? É porque pode mudar o funcionário que irá ajudar? Não entendi direito como definir como não-relativo com tantas questões.
Não entendi, tente por um embrião de meio centímetro pra fora do útero da mãe pra ver se vira um bebê.
Isso é relativo, alguns acham médicos que realizam abortos em qualquer idade como não sérios, alguns testemunhas de Jeová acham que médicos que realizam transfusões de sangue estão possuídos pelo demônio, "médico sério" está mais para opinião popular.
Ética médica, uma coisa é completamente diferente da outra, você não sabe mas os médicos tem uma ética que impede eles de fazerem certas coisas, e também é ilegal o CRM pode cassar o diploma de médico que vai contra as regras do conselho.

Esses não são nenhum dogma. São regras práticas impostas pela sociedade, que possui diversas falhas em sistema, organização e leis colocadas.
Tá falando da sociedade médica? Olha eu to falando de pessoas que estudaram 6 anos medicina, e mais dois anos de especialização ou as vezes mais, que trabalham em hospitais todos os dias atendendo as vezes mais de 30 pessoas por dia que chegam nos hospitais ou sem o dedo, ou com a orelha pendurada, ou com apendicite, ou com infecção e etc.

E para eles (médicos) chegarem a essa conclusão de que um bebê apartir da vigésima semana pode viver fora do útero, eles chegaram a isso não por causa do aborto, mas para casos que uma mãe chega cheia de complicações na gestação e eles tem que saber se podem tirar o bebê (se ele vai sobreviver ou não) ou se devem fazer de tudo pra deixar no útero e preservar a vida da mãe, para saber qual é o procedimento que deve ser feito em casos assim sabe, e isso passa por uma "banca" cheia de médicos, especialistas e etc. Agora você que saber mais que um médico? Tudo isso que eu te disse sobre quando é considerado feto, ou embrião, ou neo-natal (bebê) não fui eu que inventei, foi um médico que me disse. 
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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #282 Online: 26 de Abril de 2007, 05:55:53 »
Uma pessoa não morre caso outros órgãos parem?
Se a pessoa tiver atividade cerebral, e ligada a aparelhos que bombeiam o sangue, filtram o sangue, que dá glicose, e etc a pessoa pode ficar muitos anos nesse estado.
"sem cérebro uma pessoa morre, logo cérebro é a fonte de principal de vida". Você pode ver a Bíblia assumindo informações semelhantes em como fala da importância do sangue.
Não to, porque diferente da Bíblia foram médicos que chegaram a essa conclusão, e eu nem preciso lembrar o que são médicos, ou preciso?
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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #283 Online: 26 de Abril de 2007, 06:43:26 »
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O argumento é: já pode ser considerado um bebê, porque tem os órgãos essenciais para viver.
E daí? Quando tiver em torna de 13 ou 14 anos já vai poder ser considerado um adolescente porque chegou na puberdade. O que tem haver essa nomenclatura com a questão de qual ser vivo tem direito a vida?
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Não entendi, tente por um embrião de meio centímetro pra fora do útero da mãe pra ver se vira um bebê.
E daí? Tente por um bebê no meio da mata sem pais para proteger pra ver se vira uma criança...
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Ética médica, uma coisa é completamente diferente da outra, você não sabe mas os médicos tem uma ética que impede eles de fazerem certas coisas, e também é ilegal o CRM pode cassar o diploma de médico que vai contra as regras do conselho.
Mas você falou de médicos sérios, não que sigam um código de ética. Se não me engano, no Brasil, o mesmo código de ética impede a crítica a homeopatia. Me parece ainda estar submisso a crença popular.
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Tá falando da sociedade médica? Olha eu to falando de pessoas que estudaram 6 anos medicina, e mais dois anos de especialização ou as vezes mais, que trabalham em hospitais todos os dias atendendo as vezes mais de 30 pessoas por dia que chegam nos hospitais ou sem o dedo, ou com a orelha pendurada, ou com apendicite, ou com infecção e etc.
Não muda que o conhecimento na medicina serve para a prática, mas é passível a crítica na teórica.
Aliás, se muda alguma coisa quanto tempo o médico estudo ou sei lá, 3/4 dos médicos acreditam em milagres e no poder da oração.
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E para eles (médicos) chegarem a essa conclusão de que um bebê apartir da vigésima semana pode viver fora do útero, eles chegaram a isso não por causa do aborto, mas para casos que uma mãe chega cheia de complicações na gestação e eles tem que saber se podem tirar o bebê (se ele vai sobreviver ou não) ou se devem fazer de tudo pra deixar no útero e preservar a vida da mãe, para saber qual é o procedimento que deve ser feito em casos assim sabe, e isso passa por uma "banca" cheia de médicos, especialistas e etc. Agora você que saber mais que um médico? Tudo isso que eu te disse sobre quando é considerado feto, ou embrião, ou neo-natal (bebê) não fui eu que inventei, foi um médico que me disse.
E eu disse que discordo que o organismo vive fora do útero após tal tempo? Eu reclamei de qual o fundamento disso para definir quem tem direito a vida.

Offline Buckaroo Banzai

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #284 Online: 26 de Abril de 2007, 11:55:53 »
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O estado do cérebro humano é o critério para vida humana, daí existir o termo "morte cerebral".

Com isso, todos concordamos. Ou penso que sim.
Não temos um conceito exato de vida. E a história de "morte cerebral" já foi refutado no tópico diversas vezes.

Pois bem, estou dando o conceito de "vida humana" comumente utilizado, não de vida celular, ou de outros níveis, em que, de modo geral, não contam como vida, no caso dos seres humanos, se o indivíduo em questão não tiver um cérebro funcionando mais.

E não creio que morte cerebral tenha sido "refutada", que em anos recentes pessoas que tenham sofrido morte cerebral tenham "ressuscitado", como seria um caso possível com parada cardíaca e outras coisas mais.


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Alguém aqui é a favor do direito de se matar pessoas com cérebros formados e perfeitamente funcionais a não ser em situações bem peculiares e especiais (como legítima defesa)?
Primeiro que isso é questão social, a biologia não descreve quando há ou não direitos, direitos de matar ou a vida.
Segundo que, mesmo que fosse, mais correto não seria a questão "então podemos matar quando há cérebro" e sim "então não podemos matar quando não há cérebro". Em termos biológicos, não há como justificar uma pessoa valer mais que um cavalo, porque a ciência não tem visões antropocentristas ou egocêntricas.

Ninguém está dizendo algo como "essa é a prova biológica de que o aborto é correto" ou "essa é  a prova biológica de que a menstruação é correta", etc. A biologia realmente não lida com questões morais, é só uma descrição dos sistemas vivos. Pode-se discutir questões morais e se utilizar de dados biológicos para embasá-los.

Como eu disse no decorrer da mensagem, discutir porque o ser humano vale mais que um peixe ou um arbusto nos levaria desnecessaria e inutilmente longe, uma vez que, quaisquer que sejam os motivos, todos defendemos a vida humana mais ou menos nos padrões de "vida cerebral", com uma pequena aberração da situação de zigoto até embrião tardio ou feto prematuro.


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Não? Ótimo, então acho que podemos prosseguir sem a analogia com cérebros de insetos que matamos sem que seja uma grande questão moral, ou coisas parecidas. Porque eles não tem cérebros humanos.
Se então não é uma questão moral o extermínio de cérebros de insetos, então porque no final você afirma que o valor vem de "cérebro humano"?
Isso se baseia na premissa de um partido de toda a discussão, que é sobre o valor do cérebro quanto a vida.

Argh... como disse antes, porque é um cérebro humano e vivo, não simplesmente porque é um cérebro. (ainda que universalmente também seja preferível matar seres sem cérebro).

Você está com dois pesos e duas medidas de argumentação constantemente. Para o lado da defesa do aborto você quer saber até porque valemos mais do que bactérias, mas não aplica o mesmo julgamento niilista de valor para a menstruação ou polução. Que saco.

Fora isso, como já disse, parte-se do ponto de comum acordo de que a vida humana especificamente, deve ser protegida. As perguntas são quando exatamente e por que, sendo o porque relativo apenas ao quando, não ao porque dos seres humanos e não aspargos, ou porque vida e não quartzo ou aparelhos de TV.



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Só daí, do fato de que se fala de "morte cerebral", já se poderia deduzir logicamente o "inverso", a "vida cerebral", e tomar quando ela começa como parâmetro.
A morte é declarada certa quando o cérebro morre porque a medicina atual não tem capacidade de reviver uma pessoa nesse estado, mas caso houvesse um método para crescer um cérebro a partir do restante do corpo, como é em fetos, entraria a questão se pode ser definido como "morte" isso. Aliás, não poderia dizer que é por intervenção da medicina que sobrevive, porque senão todas as pessoas que dependem da medicina deveriam então ser declaradas como mortas.

Caso houvesse um meio de fazer crescer um novo cérebro, consideraria-se essa uma outra pessoa, mesmo que com um cérebro construido a partir do mesmo genótipo (como no caso dos gêmeos). A menos que se sustentasse existir uma alma imaterial que ficou "desabrigada" com a morte do cérebro e que "entrou" de novo quando cresceu outro.

E eu não dei nenhum critério como "são consideradas vivas as pessoas que podem viver sem auxílio médico".


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Foi somente uma falácia o método de inverter o termo "morte cerebral".

Você por acaso sabe o que é falácia? Poderia explicar porque aplicar a mesma lógica em duas situações parecidas é falácia? Seria falácia dizer que o coração começa a bater quando o coração começa a bater porque é uma inversão da constatação que ele pára de bater quando pára de bater?



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Para somar pontos a favor dessa posição: abortos espontâneos já não são popularmente considerados homicídios culposos nem mesmo "abortos culposos" (e nem aborto é legalmente homicídio, diga-se de passagem), e boa parte das pessoas não é contrária ao aborto de fetos anencefálicos. Por que? Porque não têm cérebro, não tem "vida cerebral".
Falácia ad populum?
Não, demonstração de uma das incoerências da posição sustentada por muitos "pró-vida".


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Mesmo abortos "dolosos" não são comumente tratados como abortos se forem, por exemplo, realizados através de "pílula do dia seguinte" ou outros métodos que são técnicamente abortivos (impedem o implante do embrião no útero, se não estou enganado) que são meio que assimilados pelas pessoas como anticoncepcionais, dado o estágio extremamente prematuro do aborto.
E daí?
Alguns acham normal pílula do dia seguinte, e outros cirurgia dos 8 mêses seguintes (aborto). Não adiciona nada, é só uma falácia que fala da crença popular.
Novamente, estou apontando incoerências.

Os pró-vida, para os quais supostamente a vida do embrião deveriam protestar não só para evitar e punir abortos propositais, mas também quanto aos espontâneos, que poderiam ser prevenidos no mínimo não tentando-se engravidar para não gerar esse ser humano só para morrer em seguida. Uma lógica similar à do planejamento familiar, não ter filhos para depois deixá-los morrerem de fome.

Também deveriam ser contrários à pílula do dia seguinte e procedimentos abortivos-contraceptivos (o que é até o caso com alguns mais radicais, de qualquer forma)


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Durante alguns estágios de desenvolvimento embrionário e talvez fetal (nunca me lembro quando começa a ser chamado de feto exatamente), não há "vida cerebral", e é bem coerente que se pudesse aplicar a mesma lógica.
Eu concordo, não há justificativa para abortar até X e não até Y se não há nenhuma base.
O problema é que isso não justifica nada quando a limitar o aborto até o cérebro, pois não é argumento direcionado para a questão da relação entre cérebro e vida.

Eu não entendi a sintaxe da última frase. De qualquer forma, é como já disse: se de um lado o parâmetro é a morte cerebral, faz sentido que do outro seja a "vida cerebral", até porque no caso do aborto de anencefálicos, é. (ainda que hajam os que sejam contrários a esses também... será que há os contrários ao "aborto" de teratomas? Não me surpreenderia se houvesse.)

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Eu vejo como incomparavelmente mais lógico que a confusão argumentativa de todas variantes de pró-vidas, com malabarismos e contorcionismos do tipo que o zigoto deve ser protegido enquanto o óvulo não porque o último é apenas haplóide, mas as outras células diplóides diversas não precisam ser igualmente defendidas porque não tem o mesmo potencial que o zigoto; ou que pode-se usar camisinha e matar espermatozóides mas não DIU porque não se pode matar os espermatozóides que já foram liberados na vagina e etc.
Eu não, por mim em ambos estão se esforçando para por uma "barreira mágica" entre um e outro, estão fazendo a mesma coisa.
Em ambos os pontos, a biologia que é aquilo que se tenta usar como argumento para, não justifica nada. Na biologia simplesmente células simples se multiplicam até virar um ser humano completo. Nem ao menos dá definição própria de vida, essa questão nem ainda foi resolvida.

Você é, no entanto, indiferente quanto à morte de espermatozóides e óvulos, não? Mas isso deixa para lá...  :roll:


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Sim, é um tipo de "vertebradocentrismo" e "desenvolvimentocentrismo", mas ao mesmo tempo é bastante lógico, de acordo com os preceitos morais e filosóficos mais comuns no ocidente. Para discutir isso acabariamos indo muito fora do tópico e tendo que se filosofar muito além do necessário, passando por coisas de niilismo, kantianismo, utilitarismo e muito mais provavelmente. Mas como eu já disse, é bem inútil já que é unânime que as pessoas com atividade cerebral devem ter suas vidas protegidas.
Primeiro você diz que é só uma atitude egocêntrica e puro resto cultural, e em seguida afirma que é uma questão inútil.
Cuma?

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Segundo que nem unânime é, e mesmo se fosse, é uma falácia que só se baseia no popular.

Mas claro que é, pelamor de Vênus. A menos que se seja um tipo de niilista extremista, extremista religioso, ou duma tribo selvagem qualquer que veja com naturalidade o assassinato de outras pessoas... :chorao:

Fora essas situações, todos (ou seja, a área de concordância) defendem a vida humana no mínimo com cérebros funcionais. Os pró vida, além disso, com o qual também concordam*, defendem adicionalmente a vida de estágios celulares ou de gametas masculinos lançados na vagina.


* na virtual totalidade dos casos. Não lembro de casos em que defendessem o livre direito de matar qualquer um com cérebro funcional sem que fosse uma situação excepcional como defesa pessoal ou pena de morte, e também, em menor número mais ainda bem grande, dão por morta uma pessoa com morte cerebral, em vez de quererem manter os órgãos vivos para sempre, por máquinas. Ainda que seja difícil de aceitar e etc, podem esperar por um milagre e tudo mais.


Tarcísio

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #285 Online: 26 de Abril de 2007, 12:30:54 »
Se irritou porque eu falei que o Barata é um santo?
Falo de novo: :twisted:
Barata Tenno você é um santo.

Qualquer dia o pessoal do forum faz uma vaquinha e compra um cérebro pra você. ::)

Offline Fabi

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #286 Online: 26 de Abril de 2007, 12:41:56 »
Tá bom Tarcísio.
Ah quase ia me esquecendo, o Barata Tenno é um santo.
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #287 Online: 26 de Abril de 2007, 16:19:57 »
Não briguem crianças...  :)
"O crime é contagioso. Se o governo quebra a lei, o povo passa a menosprezar a lei". (Lois D. Brandeis).

Offline Barata Tenno

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #288 Online: 27 de Abril de 2007, 06:25:29 »
Eu sei.... Eu sei............ :quase-anjo: :quase-anjo: ;P
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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #289 Online: 27 de Abril de 2007, 22:23:28 »
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Não temos um conceito exato de vida. E a história de "morte cerebral" já foi refutado no tópico diversas vezes.
Pois bem, estou dando o conceito de "vida humana" comumente utilizado,
Bom, você mesmo colocou "comumente". Percebe o que digo com "conceito exato"?
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não de vida celular, ou de outros níveis, em que, de modo geral, não contam como vida, no caso dos seres humanos, se o indivíduo em questão não tiver um cérebro funcionando mais.
Isso é especulação dada pelas pessoas, não algo que possa ser comprovado ou não.
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não de vida celular, ou de outros níveis, em que, de modo geral, não contam como vida
"Não contam" baseado em que?
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E não creio que morte cerebral tenha sido "refutada", que em anos recentes pessoas que tenham sofrido morte cerebral tenham "ressuscitado", como seria um caso possível com parada cardíaca e outras coisas mais.
No tópico já foi dito, é uma nomenclatura que é utlizada na prática pelos médicos. Não uma teoria científica comprovada para a questão de conceito de vida.
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Como eu disse no decorrer da mensagem, discutir porque o ser humano vale mais que um peixe ou um arbusto nos levaria desnecessaria e inutilmente longe, uma vez que, quaisquer que sejam os motivos, todos defendemos a vida humana mais ou menos nos padrões de "vida cerebral", com uma pequena aberração da situação de zigoto até embrião tardio ou feto prematuro.
Então qual a base para essas comparações de óvulos, zigoto e fetos com sistema nervoso formado? Pura especulação? Necessidade de diferenciar algo relativo?
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Argh… como disse antes, porque é um cérebro humano e vivo, não simplesmente porque é um cérebro. (ainda que universalmente também seja preferível matar seres sem cérebro).
"Porque é"?
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Você está com dois pesos e duas medidas de argumentação constantemente. Para o lado da defesa do aborto você quer saber até porque valemos mais do que bactérias, mas não aplica o mesmo julgamento niilista de valor para a menstruação ou polução. Que saco.
É, eu discordo dessas tentativas furadas de justificações biológicas, vou continuar refutando-as.
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Fora isso, como já disse, parte-se do ponto de comum acordo de que a vida humana especificamente, deve ser protegida. As perguntas são quando exatamente e por que, sendo o porque relativo apenas ao quando, não ao porque dos seres humanos e não aspargos, ou porque vida e não quartzo ou aparelhos de TV.
Mas como se faz isso, se não podemos provar o que é ou não vida?
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Caso houvesse um meio de fazer crescer um novo cérebro, consideraria-se essa uma outra pessoa, mesmo que com um cérebro construido a partir do mesmo genótipo (como no caso dos gêmeos). A menos que se sustentasse existir uma alma imaterial que ficou "desabrigada" com a morte do cérebro e que "entrou" de novo quando cresceu outro.
Mas não conseguimos fazer cérebros ao fecundar uma fêmea e no caso dos humanos acontecer após 6 mêses?
Você assume que a medicina jamais irá progredir nessa área, como se fosse algo impossível.
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Você por acaso sabe o que é falácia? Poderia explicar porque aplicar a mesma lógica em duas situações parecidas é falácia? Seria falácia dizer que o coração começa a bater quando o coração começa a bater porque é uma inversão da constatação que ele pára de bater quando pára de bater?
Não. Não foi esse exemplo que você usou.
Agora você somente fez uma mudança no português. "Verde é verde, logo azul é azul".
Anteriormente você havia assumido que como se morre quando o cérebro para, só se vive quando o cérebro começa.
No momento, não refuto a conclusão de cérebro ser vida, por mais que possa discordar da afirmação, no momento discordo do seu método de concluir tal.
Eu poderia repeti-lo como por exemplo: só paramos de enxergar com ferimentos nos olhos, logo olhos são o meio de visão.
Infelizmente, há outros seres vivos com outros órgãos sensoriais capazes de detectar a luz.
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Para somar pontos a favor dessa posição: abortos espontâneos já não são popularmente considerados homicídios culposos nem mesmo "abortos culposos" (e nem aborto é legalmente homicídio, diga-se de passagem), e boa parte das pessoas não é contrária ao aborto de fetos anencefálicos. Por que? Porque não têm cérebro, não tem "vida cerebral".
Falácia ad populum?
Não, demonstração de uma das incoerências da posição sustentada por muitos "pró-vida".
Ok, desculpe, não li o termo "expontânea" na hora.
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Também deveriam ser contrários à pílula do dia seguinte e procedimentos abortivos-contraceptivos (o que é até o caso com alguns mais radicais, de qualquer forma)
A maioria dos pró-vida me parecem ser movidos por razões emocionais ou religiosas. "Pílula seguinte" sugere pouco tempo, tempo de menos para se emocionar... mas isso se trata somente da crença popular, apesar de que obviamente os contrários ao aborto deveriam de protestar contra isso.
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De qualquer forma, é como já disse: se de um lado o parâmetro é a morte cerebral, faz sentido que do outro seja a "vida cerebral"
Não, não faz sentido. É inventar um tipo de matemática para práticas do dia a dia, mas que caso comparemos com exemplos e exemplos, ela acaba por falhar.
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até porque no caso do aborto de anencefálicos, é. (ainda que hajam os que sejam contrários a esses também… será que há os contrários ao "aborto" de teratomas? Não me surpreenderia se houvesse.)
Imagino que não há porque não permitir o aborto quando é conhecido que o bebê não irá sobreviver de qualquer maneira.
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Sim, é um tipo de "vertebradocentrismo" e "desenvolvimentocentrismo", mas ao mesmo tempo é bastante lógico, de acordo com os preceitos morais e filosóficos mais comuns no ocidente. Para discutir isso acabariamos indo muito fora do tópico e tendo que se filosofar muito além do necessário, passando por coisas de niilismo, kantianismo, utilitarismo e muito mais provavelmente. Mas como eu já disse, é bem inútil já que é unânime que as pessoas com atividade cerebral devem ter suas vidas protegidas.
Primeiro você diz que é só uma atitude egocêntrica e puro resto cultural, e em seguida afirma que é uma questão inútil.
Cuma?
Sim, se você diz que se trata de "vertebradismo" ou "desenvolvementismo" assume que é só um preconceito, logo não é lago que possa ser considerado inútil.
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* na virtual totalidade dos casos. Não lembro de casos em que defendessem o livre direito de matar qualquer um com cérebro funcional sem que fosse uma situação excepcional como defesa pessoal ou pena de morte, e também, em menor número mais ainda bem grande, dão por morta uma pessoa com morte cerebral, em vez de quererem manter os órgãos vivos para sempre, por máquinas. Ainda que seja difícil de aceitar e etc, podem esperar por um milagre e tudo mais.
Percebe como você assume que jamais avançaremos na área de manipulação do sistema nervoso?
Esse tipo de idéia depende do desenvolvimento da medicina da época.

Tarcísio

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #290 Online: 27 de Abril de 2007, 22:47:10 »
Citação de: Tails
Morte cerebral: quando o cérebro para de funcionar e a medicina não é capaz de retomar suas funções.

Acho que vale a pena juntar umas terminologias dessa num bloco de notas para futuras discussões sobre aborto.

Offline Fabi

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #291 Online: 28 de Abril de 2007, 01:50:02 »
Vou repetir o cérebro controla todas as funções do corpo, existem dois nervos:
o nervo frenico e o nervo vago e se um desses nervos morrem a pessoa não respira mais.
Porque o coração continua batendo quando tem morte cerebral?
Existem um conjunto de nervos no coração que é responsável pelo estímulo que faz o coração bater, e quando o cérebro morre esses nervos continuam dando esse estímulo, mas uma hora ele pára, porque ele não recebe um retorno positivo do cérebro.
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Tarcísio

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #292 Online: 28 de Abril de 2007, 07:36:14 »
Eu sei que vou me arrepender...

... Fabi, acredito que o ponto crucial seja que na morte cerebral já não há como fazer o cérebro voltar suas atividades, por isso é critério que distingue entre vida e morte, pela inpotência médica de restituir ao cérebro suas funções.

Tendo um feto amplas possibilidades de "restituir" seu cérebro, o critério não serve parar distinguir direito a vida ou a morte.

Offline Fabi

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #293 Online: 28 de Abril de 2007, 14:37:25 »
Eu sei que vou me arrepender…

… Fabi, acredito que o ponto crucial seja que na morte cerebral já não há como fazer o cérebro voltar suas atividades, por isso é critério que distingue entre vida e morte, pela inpotência médica de restituir ao cérebro suas funções.
Não, eu perguntei para um médico e essa foi a resposta do porque da morte cerebral, e mesmo com as células tronco elas demoram um tempo até se formarem e os outros órgão quando não recebem uma resposta do cérebro começam a falhar.

E mesmo que somente esses dois nervos tenham morrido ela não aguentaria muitos dias num respirador artificial, mas como numa morte cerebral não são só esses dois nervos que morrem...e a medicina nunca trouxe ninguém a vida.

E quando você vê nos filmes os médicos com aquele aparelho que dá um choque e o coração volta a funcionar, na verdade nesse momento o coração está fibrilando, tremendo, e como eu já expliquei que os nervos do coração dão o estimulo que faz o coração bater, esse choque faz com que o coração contraia e eles esperam que esses nervos comecem a estimular o coração de novo.

E até onde eu falei que o aborto deveria ser legalizado, seria somente na fase embrionária, ou seja até a décima semana, ninguém aqui está falando de tirar um bebê inteiro, e nem de fetos fugindo do sugador.
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Tarcísio

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #294 Online: 28 de Abril de 2007, 15:40:14 »
Eu sabia que me arrependeria.

Offline Fabi

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #295 Online: 28 de Abril de 2007, 18:00:58 »
É porque você não entendeu bulhufas do que eu disse.
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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #296 Online: 29 de Abril de 2007, 00:54:49 »
Fabi, você percebeu que essa sua última explicação de como cérebro é a vida se baseia na importância que ele tem no corpo?
Quer dizer, hipoteticamente eu consigo imaginar maneiras de outros órgãos colapsarem todo corpo quando danificados e organismos que colapsam na perda de órgãos com funções digestivas, respiratórias ou circulatórias.
Não sei se existem esses organismos (se algum biológo aqui pode esclarecer algo). Quer dizer, de certa forma o vírus Ebola faz o sistema imunológico se romper e liberar substâncias que corroem todo o corpo, o que dá um dano muito maior aos outros órgãos que a falta do sistema nervoso. Por isso acho que não há utilidade em usar função de um órgão ou a dependência do corpo quanto a ele como relevante.

Offline Fabi

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #297 Online: 29 de Abril de 2007, 01:20:39 »
Fabi, você percebeu que essa sua última explicação de como cérebro é a vida se baseia na importância que ele tem no corpo?
Foi a Medicina que disse.
Quer dizer, hipoteticamente eu consigo imaginar maneiras de outros órgãos colapsarem todo corpo quando danificados e organismos que colapsam na perda de órgãos com funções digestivas, respiratórias ou circulatórias.
Claro mas vou simplificar: o cérebro é o chefe, e o resto dos órgãos são subordinados ao cérebro, e sem esse chefe todos os órgão param de funcionar.
Me diz você já viu alguém com perda de massa encefálica? ou com paralisia cereral?
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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #298 Online: 29 de Abril de 2007, 04:13:53 »
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Foi a Medicina que disse.
Medicina é uma ciência prática, não teórica.
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Claro mas vou simplificar: o cérebro é o chefe, e o resto dos órgãos são subordinados ao cérebro, e sem esse chefe todos os órgão param de funcionar.
Me diz você já viu alguém com perda de massa encefálica? ou com paralisia cereral?
Esse é o problema, você está pondo como base a medicina atual. Da mesma forma que você acha relevante para provar algo o fato de um derrame cerebral ser irreversível, no passado também acontecia o mesmo com qualquer outro órgão...

Offline Fabi

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #299 Online: 29 de Abril de 2007, 04:21:09 »
Esse é o problema, você está pondo como base a medicina atual. Da mesma forma que você acha relevante para provar algo o fato de um derrame cerebral ser irreversível, no passado também acontecia o mesmo com qualquer outro órgão…
Vamos esquematizar:
A morte é irreversível e ponto. Num futuro pode ser que se consiga regenerar um cérebro, desde que ele esteja vivo ainda. A morte é definida quando o cérebro morre. E não tem como, depois que morreu, o cérebro voltar a funcionar, porque as células começam a ficar cadavéricas.
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