O cérebro morre e o corpo morre junto e ponto. Eu to explicando o fim da vida. Porque as células morrem toda hora, no nosso corpo, elas se renovam, ou seja, morre uma célula nasce outra, e assim acontece durante toda a nossa vida, mas quando o cérebro morre isso pára de acontecer, e aí foi definido que isso seria a morte. Pronto, agora (depois de muitos dias) definimos a morte humana.
Ou seja, você define que o cérebro é vida porque enquanto ele estiver inteiro o restante do corpo continuará a se regenerar.
O problema é que essa é a sua justificativa para como o cérebro é a vida, só que essa história também vale para embriões, já que eles vão continuar a se regenerar até levar algum dano muito grande.
Essa definição sobre regeneração das células não serviu para justificar como o cérebro equivale a vida.
E agora me diz, o que é vida humana?
Eu não sei, não estou dando definições, só contrariando no geral argumentos que não acho válido.
Vamos fazer o inverso, do mesmo jeito que o cérebro serve para estipular quando é a morte, então ele também serve para estipular quando começa a vida humana, certo?
O porque isso não funciona eu pus na mensagem anterior:
O corpo de uma pessoa apodrece quando o cérebro perde sua função. Então "despachamos" porque está condenado.
O corpo de um feto sem cérebro não tem função cerebral, mas não apodrece. Ele não está condenado.
"Inverter" morte por vida não funciona, é um cálculo de operação inversa realizado em argumentos de uma discussão, o que não possui relação nenhuma com a realidade.
Aliás, estamos voltando a discussão a algo já dito anteriormente:
Por exemplo, imagine agora que pudéssemos fazer cérebros crescer em pessoas "mortas". O que é uma hipótese válida para a discussão, porque equivaleria a um feto o qual um cérebro irá crescer. Agora, nessa condição, será que ainda seria dado como "this is the end, beautifull friend" ou abriria uma nova discussão sobre o que é morte?
Um embrião é uma vida humana em potencial, mas ainda não é vida mesmo
Para dizer isso você tem de ter a premissa que vida equivale a cérebro, quando você está usando esse próprio argumento para que vida equivale a cérebro. Lógica circular, eu diria.
- Um monte de células ainda não é vida, porque não tem cérebro; (citação sua acima)
- Isso porque sem cérebro é só um monte de células; (citação abaixo)
porque se considerar um embrião como "vida" seguindo o mesmo conceito que definimos morte, então toda vez que você cai no chão e rala o joelho você está matando um monte de "vidas".
E por acaso eu disse que há "barreira mágica" entre células e feto?
Se você lembrar, eu até refutei quando isso foi colocado aqui, com aquela história de "mas um embrião é uma vida em potencial".
Se você verificar, o que eu disse é que não há nenhuma barreira mágica na biologia, porque ela não dita isso, nem a que você coloca entre feto e cérebro, nem a que o Tarcício põe sobre "vida em potencial".