Autor Tópico: A verdadeira face do aborto  (Lida 58960 vezes)

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Tarcísio

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #325 Online: 30 de Abril de 2007, 09:40:58 »
Não. Aborto é aborto, não abre precedente para nada mais.

Você realmente acredita nisso, acha que uma questão com esse peso não altera em nada, além do que pretende?

E por que alteraria? Cada caso é um caso.

Poxa vida, vou achar algum lugar onde explicam isso mais e melhor do que posso fazer com exemplos simples.

Então você só classificou pra ver se taxava minhas idéias?

Não. Simplesmente o argumento não é válido, ou pelo menos, não contribui para a discussão.
Como assim não é válido ou não contribuiu? Você mesmo disse "não nos comemos por questões práticas", pois bem, meu argumento é prático, simples e embasado numa necessidade geral da sociedade em que vivemos. Por que pra você serve e pra mim não?

Não comemos por questões práticas, mas já houve quem o fizesse em várias circunstâncias.
E eu coloco a mão no fogo e dou um dedo mindinho de que lá havia normas que regulavam sobre a morte.
E quem foi que disse que não deve haver?
Na sociedade dos canibais? Ninguém, mas na minha sociedade eu digo em alto e bom som.
« Última modificação: 30 de Abril de 2007, 09:45:18 por Tarcísio »

Offline FxF

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #326 Online: 30 de Abril de 2007, 10:20:50 »
Cansei…… O cara toma antibiótico e é contra o aborto ambrionário…… E defende isso usando o biocentrismo…. Mais contraditório impossível… Parece que só quer ser do contra……
É, e você mata animais para sobreviver e é contra a morte de outros seres humanos. Quer dizer, não concordo em matar seres humanos, mas é a sua mesma linha de raciocínio.
E aí? De que buracos saímos com essa linha de pensamentos?

Explica ai sua frase, que eu não entendi, desculpe…… :vergonha:
Você diz que embriões são iguais a antibióticos ou espermatozóides que matamos, para justificar matá-los.
Se seguir essa linha de raciocínio, nós somos iguais aos animais (tirando a superstição antropocêntrica) que matamos, então deveríamos também poder matar uns aos outros...

Offline Barata Tenno

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #327 Online: 30 de Abril de 2007, 10:26:10 »
Cansei…… O cara toma antibiótico e é contra o aborto ambrionário…… E defende isso usando o biocentrismo…. Mais contraditório impossível… Parece que só quer ser do contra……
É, e você mata animais para sobreviver e é contra a morte de outros seres humanos. Quer dizer, não concordo em matar seres humanos, mas é a sua mesma linha de raciocínio.
E aí? De que buracos saímos com essa linha de pensamentos?

Explica ai sua frase, que eu não entendi, desculpe…… :vergonha:
Você diz que embriões são iguais a antibióticos ou espermatozóides que matamos, para justificar matá-los.
Se seguir essa linha de raciocínio, nós somos iguais aos animais (tirando a superstição antropocêntrica) que matamos, então deveríamos também poder matar uns aos outros…


Eu is sugerir parar de matar os animai.......... Mais sensato não acha?
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #328 Online: 30 de Abril de 2007, 11:14:22 »
Citação de: Tarcisio
Como assim não é válido ou não contribuiu? Você mesmo disse "não nos comemos por questões práticas", pois bem, meu argumento é prático, simples e embasado numa necessidade geral da sociedade em que vivemos. Por que pra você serve e pra mim não?

Reveja as mensagens. Eu estava falando do antropocentrismo.

Você escreveu:
Citação de: Tarcísio
Sim, meu argumento é puramente antropocêntrico, mas não é menos certo por isso.

E eu disse que também não é mais certo, ou seja, o argumento antropocêntrico de que podemos matar os outros animais mas não os humanos apenas por sermos humanos é inválido, pois não acrescenta nada.

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #329 Online: 30 de Abril de 2007, 11:18:46 »
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Na sociedade dos canibais? Ninguém, mas na minha sociedade eu digo em alto e bom som.

Desculpe, mas não consigo te entender. Comentei que em algumas ocasiões os humanos eram usados como refeição e você escreveu que "lá havia normas que regulavam sobre as mortes". Eu perguntei quem é que está dizendo que não deve haver normas, uma vez que pareceu que você insinuou que a legalização do aborto deixaria de ter normas para tal. Se não foi isso que você quis dizer, então preciso de explicação para o comentário acima, pois não entendi.

Offline FxF

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #330 Online: 30 de Abril de 2007, 12:23:56 »
Cansei…… O cara toma antibiótico e é contra o aborto ambrionário…… E defende isso usando o biocentrismo…. Mais contraditório impossível… Parece que só quer ser do contra……
É, e você mata animais para sobreviver e é contra a morte de outros seres humanos. Quer dizer, não concordo em matar seres humanos, mas é a sua mesma linha de raciocínio.
E aí? De que buracos saímos com essa linha de pensamentos?

Explica ai sua frase, que eu não entendi, desculpe…… :vergonha:
Você diz que embriões são iguais a antibióticos ou espermatozóides que matamos, para justificar matá-los.
Se seguir essa linha de raciocínio, nós somos iguais aos animais (tirando a superstição antropocêntrica) que matamos, então deveríamos também poder matar uns aos outros…


Eu is sugerir parar de matar os animai…… Mais sensato não acha?
E como vamos nos alimentar? Segundo sua linha de pensamento também poderíamos nos alimentar de outras pessoas ao invés de animais.

Tarcísio

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #331 Online: 30 de Abril de 2007, 13:01:31 »
Citação de: Tarcisio
Como assim não é válido ou não contribuiu? Você mesmo disse "não nos comemos por questões práticas", pois bem, meu argumento é prático, simples e embasado numa necessidade geral da sociedade em que vivemos. Por que pra você serve e pra mim não?

Reveja as mensagens. Eu estava falando do antropocentrismo.

Você escreveu:
Citação de: Tarcísio
Sim, meu argumento é puramente antropocêntrico, mas não é menos certo por isso.

E eu disse que também não é mais certo, ou seja, o argumento antropocêntrico de que podemos matar os outros animais mas não os humanos apenas por sermos humanos é inválido, pois não acrescenta nada.

Repito:

"Como assim não é válido ou não contribuiu?(Meu argumento não apresenta essas características, e você não explicou porque o vê dessa forma) Você mesmo disse "não nos comemos por questões práticas", pois bem, meu argumento é prático,(Se a praticidade valida nossa conduta social[segundo você], porque a mesma não valida meu argumento?) simples e embasado numa necessidade geral da sociedade em que vivemos. Por que pra você serve e pra mim não?"(A praticidade só valida quando você quer? Se não, quando?

Citar
Na sociedade dos canibais? Ninguém, mas na minha sociedade eu digo em alto e bom som.

Desculpe, mas não consigo te entender. Comentei que em algumas ocasiões os humanos eram usados como refeição e você escreveu que "lá havia normas que regulavam sobre as mortes". Eu perguntei quem é que está dizendo que não deve haver normas, uma vez que pareceu que você insinuou que a legalização do aborto deixaria de ter normas para tal. Se não foi isso que você quis dizer, então preciso de explicação para o comentário acima, pois não entendi.

Quem é que está dizendo que não deve haver normas sobre as mortes? - Atheist
EU! - Tarcísio
A legalização do aborto deixaria de ter normas para tal? - Atheist
A legalização do aborto, assim como o canibalismo e a pena de morte, abrem as portas à regulamentação da vida, então não deixaria de ter, mas viria a ter as tais normas. - Tarcísio

Foi isso que eu disse, não?
« Última modificação: 30 de Abril de 2007, 13:17:33 por Tarcísio »

Offline Fabi

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #332 Online: 30 de Abril de 2007, 16:39:39 »
Então você pode prever o futuro?
A única pessoa que ressucitava os mortos era jesus cristo.

Supostamente… E se for ficar só na suposição, ele não é o único.
Mas se for para a realidade ninguém ressucitou até hoje, e o Ilovefoxes tá dizendo que um dia a ciência vai poder fazer isso. O que eu você acha?
Difficulter reciduntur vitia quae nobiscum creverunt.

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Offline FxF

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #333 Online: 30 de Abril de 2007, 18:00:35 »
Eu não estou afirmando, somente sendo relativista. Quando se discute um conceito como quem tem direito a vida, uma resposta adequada não deveria de cair nisso.

Offline Fabi

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #334 Online: 30 de Abril de 2007, 18:09:53 »
E como vamos nos alimentar? Segundo sua linha de pensamento também poderíamos nos alimentar de outras pessoas ao invés de animais.
Eu lí isso? :confuso:
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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #335 Online: 30 de Abril de 2007, 18:50:49 »
Não leu direito. Voltava alguns quotes na mensagem:
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Quer dizer, não concordo em matar seres humanos, mas é a sua mesma linha de raciocínio.

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #336 Online: 30 de Abril de 2007, 20:20:29 »
Então você pode prever o futuro?
A única pessoa que ressucitava os mortos era jesus cristo.

Supostamente… E se for ficar só na suposição, ele não é o único.
Mas se for para a realidade ninguém ressucitou até hoje, e o Ilovefoxes tá dizendo que um dia a ciência vai poder fazer isso. O que eu você acha?

Há organismos que conseguem diminuir seu metabolismo até zero por meses e depois retornar à vida, como um peixe pulmonado na Austrália, entre outros. Mas são casos extremos, onde o organismo está adaptado a isso.

Em nosso caso, não temos nada parecido. O máximo que podemos pensar é em uma espécie de criopreservação.

A partir do momento que há morte celular, não há como haver ressucitação. Os lisossomos começam a destruir a célula de dentro para fora, os canais iônicos não funcionam mais, perde-se cálcio e outros íons, sem falar de água.

Como diria Jim Morrison, "this is the end, beautifull friend".

Offline FxF

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #337 Online: 30 de Abril de 2007, 22:17:59 »
O problema é que fui incapaz de responder a "Se a medicina não cura é porque é a morte definitiva", como pode perceber, tentei demonstrar o relativismo porcamente com "mas no futuro", não consegui chegar ao ponto, achei falho demais essa história.
Então, para melhor responder:

Eu não consigo relacionar a eficiência da medicina com conceitos sobre o que é vida ou qual ser vivo tem direito a vida. A medicina é uma ciência prática, não teórica. Se ela diz que eu estou morto, isso não implica em nada em discussões biológicas ou filosóficas sobre o que é vida, além de trabalhar em uma escala bem diferente.
Não sei, por mim dizer que na medicina uma pessoa é declarada como morta prova que aquilo não é mais um ser vivo ou coisa parecida, é quase como demonstrar que é impossível fissionar um átomo porque operários muito fortes tentaram com uma marreta e não conseguiram.

Apesar disso, ainda consigo ver algumas idéias úteis que coloquei acima: quando citei que o argumento "depende da hora e do local", já que a medicina sempre se atualiza. Isso só poderia ser dito se alguém pudesse prever o futuro, o quando mal sabemos como células funcionam ou surgem, não acho plausível "ela nunca vai"…
Citar
Mas são casos extremos, onde o organismo está adaptado a isso.

Em nosso caso, não temos nada parecido. O máximo que podemos pensar é em uma espécie de criopreservação.
Mas o conceito de qual ser vivo tem direito vida varia dependendo da hora ou do local?
« Última modificação: 30 de Abril de 2007, 22:20:55 por Ilovefoxes »

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #338 Online: 30 de Abril de 2007, 22:25:31 »
O problema é que fui incapaz de responder a "Se a medicina não cura é porque é a morte definitiva"
Ai eu falei que a medicina não pode ressucitar os mortos. Como ela vai curar um cérebro morto? Agora que você já sabe o que acontece quando morremos, então podemos continuar.
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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #339 Online: 30 de Abril de 2007, 22:57:05 »
Não, eu não entendo o que acontece quando morremos, até então tudo que sei são certas funções observadas em células e mudanças que ocorrem, para entender "morte" primeiro é preciso ter uma definição de vida, que é mais ou menos o que estamos discutindo.

Se as ciências humanas são incapazes de impedir a morte, usar o termo "morte" definido nessas ciências na filosofia é distorção.

Além do mais toda essa história se baseia que quando a pessoa "morrer" seu corpo perderá suas funções,
como o metabolismo, o que voltando o que foi dito pelo Atheist a pouco para explicar a morte:
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A partir do momento que há morte celular, não há como haver ressucitação. Os lisossomos começam a destruir a célula de dentro para fora, os canais iônicos não funcionam mais, perde-se cálcio e outros íons, sem falar de água.
Se nos basearmos nessa falência das células, então os espermatozóides passam a ser vida, o que é o oposto de onde essa história se originou, de que a perda da função cerebral gera a falência das células.
Ou seja:
- Cérebro é vida, somente células não;
- Porque quando o cérebro morre, as células do corpo começam a (…);
Aí novamente tranca. Depende de uma premissa, de que o cérebro equivale a vida, o que é exatamente o que está sendo discutido e que o argumento tenta afirmar, ou seja, o argumento até então não serviu para nada.

E isso tudo está contido na história de "morte cerebral". O que entra na questão já colocada diversas vezes:
O corpo de uma pessoa apodrece quando o cérebro perde sua função. Então "despachamos" porque está condenado.
O corpo de um feto sem cérebro não tem função cerebral, mas não apodrece. Ele não está condenado.

Quer dizer, no geral, a história do cérebro e que ele equivale a vida dependendo de suas funções não saiu do lugar.
« Última modificação: 30 de Abril de 2007, 22:59:10 por Ilovefoxes »

Offline Fabi

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #340 Online: 30 de Abril de 2007, 23:14:34 »
Se nos basearmos nessa falência das células, então os espermatozóides passam a ser vida, o que é o oposto de onde essa história se originou, de que a perda da função cerebral gera a falência das células.
Ou seja:
- Cérebro é vida, somente células não;
- Porque quando o cérebro morre, as células do corpo começam a (…);
Aí novamente tranca.
Porque tranca? Não ficou claro ainda? O cérebro morre e o corpo morre junto e ponto. Eu to explicando o fim da vida. Porque as células morrem toda hora, no nosso corpo, elas se renovam, ou seja, morre uma célula nasce outra, e assim acontece durante toda a nossa vida, mas quando o cérebro morre isso pára de acontecer, e aí foi definido que isso seria a morte. Pronto, agora (depois de muitos dias) definimos a morte humana.

E agora me diz, o que é vida humana? Vamos fazer o inverso, do mesmo jeito que o cérebro serve para estipular quando é a morte, então ele também serve para estipular quando começa a vida humana, certo? Claro que está certo, porque antes disso é apenas um embrião, de meio centímetro, está vivo é claro, mas pode ser considerado "vida". Um embrião é uma vida humana em potencial, mas ainda não é vida mesmo, porque se considerar um embrião como "vida" seguindo o mesmo conceito que definimos morte, então toda vez que você cai no chão e rala o joelho você está matando um monte de "vidas". Entendeu a diferença?
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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #341 Online: 30 de Abril de 2007, 23:26:06 »
O problema é que fui incapaz de responder a "Se a medicina não cura é porque é a morte definitiva", como pode perceber, tentei demonstrar o relativismo porcamente com "mas no futuro", não consegui chegar ao ponto, achei falho demais essa história.
Então, para melhor responder:

Eu não consigo relacionar a eficiência da medicina com conceitos sobre o que é vida ou qual ser vivo tem direito a vida. A medicina é uma ciência prática, não teórica. Se ela diz que eu estou morto, isso não implica em nada em discussões biológicas ou filosóficas sobre o que é vida, além de trabalhar em uma escala bem diferente.
Não sei, por mim dizer que na medicina uma pessoa é declarada como morta prova que aquilo não é mais um ser vivo ou coisa parecida, é quase como demonstrar que é impossível fissionar um átomo porque operários muito fortes tentaram com uma marreta e não conseguiram.

Apesar disso, ainda consigo ver algumas idéias úteis que coloquei acima: quando citei que o argumento "depende da hora e do local", já que a medicina sempre se atualiza. Isso só poderia ser dito se alguém pudesse prever o futuro, o quando mal sabemos como células funcionam ou surgem, não acho plausível "ela nunca vai"…
Citar
Mas são casos extremos, onde o organismo está adaptado a isso.

Em nosso caso, não temos nada parecido. O máximo que podemos pensar é em uma espécie de criopreservação.
Mas o conceito de qual ser vivo tem direito vida varia dependendo da hora ou do local?

Já sabemos muito sobre como uma célula funciona.

A questão de direito à vida é outro assunto, diferente de possibilidade de ressucitação ou não.

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #342 Online: 30 de Abril de 2007, 23:40:40 »
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O cérebro morre e o corpo morre junto e ponto. Eu to explicando o fim da vida. Porque as células morrem toda hora, no nosso corpo, elas se renovam, ou seja, morre uma célula nasce outra, e assim acontece durante toda a nossa vida, mas quando o cérebro morre isso pára de acontecer, e aí foi definido que isso seria a morte. Pronto, agora (depois de muitos dias) definimos a morte humana.
Ou seja, você define que o cérebro é vida porque enquanto ele estiver inteiro o restante do corpo continuará a se regenerar.
O problema é que essa é a sua justificativa para como o cérebro é a vida, só que essa história também vale para embriões, já que eles vão continuar a se regenerar até levar algum dano muito grande.
Essa definição sobre regeneração das células não serviu para justificar como o cérebro equivale a vida.
Citar
E agora me diz, o que é vida humana?
Eu não sei, não estou dando definições, só contrariando no geral argumentos que não acho válido.
Citar
Vamos fazer o inverso, do mesmo jeito que o cérebro serve para estipular quando é a morte, então ele também serve para estipular quando começa a vida humana, certo?
O porque isso não funciona eu pus na mensagem anterior:
Citar
O corpo de uma pessoa apodrece quando o cérebro perde sua função. Então "despachamos" porque está condenado.
O corpo de um feto sem cérebro não tem função cerebral, mas não apodrece. Ele não está condenado.
"Inverter" morte por vida não funciona, é um cálculo de operação inversa realizado em argumentos de uma discussão, o que não possui relação nenhuma com a realidade.

Aliás, estamos voltando a discussão a algo já dito anteriormente:
Por exemplo, imagine agora que pudéssemos fazer cérebros crescer em pessoas "mortas". O que é uma hipótese válida para a discussão, porque equivaleria a um feto o qual um cérebro irá crescer. Agora, nessa condição, será que ainda seria dado como "this is the end, beautifull friend" ou abriria uma nova discussão sobre o que é morte?
Citar
Um embrião é uma vida humana em potencial, mas ainda não é vida mesmo
Para dizer isso você tem de ter a premissa que vida equivale a cérebro, quando você está usando esse próprio argumento para que vida equivale a cérebro. Lógica circular, eu diria.
- Um monte de células ainda não é vida, porque não tem cérebro; (citação sua acima)
- Isso porque sem cérebro é só um monte de células; (citação abaixo)
Citar
porque se considerar um embrião como "vida" seguindo o mesmo conceito que definimos morte, então toda vez que você cai no chão e rala o joelho você está matando um monte de "vidas".
E por acaso eu disse que há "barreira mágica" entre células e feto?
Se você lembrar, eu até refutei quando isso foi colocado aqui, com aquela história de "mas um embrião é uma vida em potencial".

Se você verificar, o que eu disse é que não há nenhuma barreira mágica na biologia, porque ela não dita isso, nem a que você coloca entre feto e cérebro, nem a que o Tarcício põe sobre "vida em potencial".

Offline FxF

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #343 Online: 30 de Abril de 2007, 23:46:54 »
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Já sabemos muito sobre como uma célula funciona.
Eu não acho. Ou ao menos, então me explique, vamos pelo início: de onde vêm?
Porque quando colocamos a receita chamada "Sopa primordial" um amontoado de certos produtos químicos passam a ter uma forma primitiva de célula?
Temos cálculos matemáticos que explicam porque ocorrem ligações entre átomos, sobre cargas positivas e negativas. Agora dê esse quanto aos átomos formarem células.

Acho que "origem" é um ponto fundamental para a questão de o que são. Se não, posso partir para outra questão fundamental para isso que você explique. Senão, vou achar que tudo que sabemos é o que observamos em microscópio, sobre haver DNA responsável pela informação, organelas que (…), mas nada disso serve já que são só observações das reações, não do que são.
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A questão de direito à vida é outro assunto, diferente de possibilidade de ressucitação ou não.
Não, foi colocado o caso sobre "morte cerebral", como em fetos o cérebro crescerá um cérebro diferente do corpo que recebe esse óbito, é válido como contra-argumento.

Offline Fabi

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #344 Online: 30 de Abril de 2007, 23:55:10 »
:demente:
Se as ciências humanas são incapazes de impedir a morte, usar o termo "morte" definido nessas ciências na filosofia é distorção.
Quando você chega num hospital com hemorragia eles estão impedindo a morte naquele momento, mas as células humanas tem um prazo de validade, quando a pessoa vive 100 anos, 120 anos, ela morre porque dá falencia total dos órgãos.
Além do mais toda essa história se baseia que quando a pessoa "morrer" seu corpo perderá suas funções,
como o metabolismo, o que voltando o que foi dito pelo Atheist a pouco para explicar a morte:
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A partir do momento que há morte celular, não há como haver ressucitação. Os lisossomos começam a destruir a célula de dentro para fora, os canais iônicos não funcionam mais, perde-se cálcio e outros íons, sem falar de água.
Eu to falando da morte enquanto ser humano. Não to falando das bactérias que vão se alimentar de um cadáver, e nem de como os lisossomos vão comer as células.
Se nos basearmos nessa falência das células, então os espermatozóides passam a ser vida, o que é o oposto de onde essa história se originou, de que a perda da função cerebral gera a falência das células.
Ou seja:
- Cérebro é vida, somente células não;
- Porque quando o cérebro morre, as células do corpo começam a (…);
Aí novamente tranca. Depende de uma premissa, de que o cérebro equivale a vida, o que é exatamente o que está sendo discutido e que o argumento tenta afirmar, ou seja, o argumento até então não serviu para nada.

E isso tudo está contido na história de "morte cerebral". O que entra na questão já colocada diversas vezes:
O corpo de uma pessoa apodrece quando o cérebro perde sua função. Então "despachamos" porque está condenado.
O corpo de um feto sem cérebro não tem função cerebral, mas não apodrece. Ele não está condenado.

Quer dizer, no geral, a história do cérebro e que ele equivale a vida dependendo de suas funções não saiu do lugar.
É que eu falo, e você não entende, quando começa a vida como ser humano? Um embrião é um ser humano completo com todas as funções? Não. Um embrião está vivo? Está, mas é um ser humano? Não ainda. Quando a gente morre a gente é ser humano ou é considerado um cadáver? A sua pele é um ser humano?
Essa é a melhor: Quando tranplantamos um coração para alguém que precisa de coração essa pessoa ela vira a pessoa que morreu ou ela continua sendo a mesma pessoa?  Tenta responder pelo menos essa última pergunta e me diz porque a pessoa que recebe o coração não vira a pessoa que era dona do coração transplantado. Assim quem sabe você pensando, raciocinando você vai entender o meu ponto.
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O corpo de uma pessoa apodrece quando o cérebro perde sua função. Então "despachamos" porque está condenado.
E não despachamos porque simplesmente o resto morre junto com o cérebro.
E estamos falando do Ser Humano.
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Offline Spitfire

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #345 Online: 01 de Maio de 2007, 00:03:14 »
Entrando no debate…

Não existe VERDADEIRA face…

Qual é a verdade?

De quem é a FACE?
 
A da mãe que não tem como criar MAIS um filho(a)?

A da mãe que joga um filho(a) no Tietê?

A dos afortunados que sentam sobre suas bolas, bem gordos, bem saudáveis, bem confortáveis e bem alimentados e que defecam suas verborréias para a população em geral sem sequer saber o que significa passar fome?

Ou seria a VERDADEIRA face aquela que nega o direito de uma mulher abortar e acaba criando um filho sem o devido amor e carinho necessários para constituir, no futuro, um adulto mentalmente e fisicamente saudáveis?

Aonde estaria a verdade? Quem define aonde está a verdade?

Oras… Quando morremos de fato?????

Morremos quando cessa totalmente nossa atividade cerebral?
Ou morremos quando a última célula do nosso corpo não pode mais sustentar-se?

Nascemos quando???? Nasci "no saco do meu pai" ou no ovário da minha mãe? (não se esqueçam da definição judaíca do que é a descendência).

Querem saber? NÃO EXISTE VERDADE NENHUMA!

A sua verdade não é a minha verdade…

E o resto é só sucrilho Kellogs.   :wink:

Offline FxF

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #346 Online: 01 de Maio de 2007, 00:07:54 »
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Eu to falando da morte enquanto ser humano. Não to falando das bactérias que vão se alimentar de um cadáver, e nem de como os lisossomos vão comer as células.
Pois é, o problema é que no parágrafo anterior você justifica a isso através de celulas:
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Quando você chega num hospital com hemorragia eles estão impedindo a morte naquele momento, mas as células humanas tem um prazo de validade, quando a pessoa vive 100 anos, 120 anos, ela morre porque dá falencia total dos órgãos.
Ou seja então, vamos entender a lógica:
- Eu tô falando de morte humana, não de células ou bactérias;
- O ser humano morre porque as células dele...;
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Um embrião é um ser humano completo com todas as funções? Não.
Assim como todos os deficientes físicos.
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Um embrião está vivo? Está, mas é um ser humano? Não ainda.
Quem disse? Você quer que eu entende, para entender eu preciso aceitar suas bases, mas você não quer provar.
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Essa é a melhor: Quando tranplantamos um coração para alguém que precisa de coração essa pessoa ela vira a pessoa que morreu ou ela continua sendo a mesma pessoa?   Tenta responder pelo menos essa última pergunta e me diz porque a pessoa que recebe o coração não vira a pessoa que era dona do coração transplantado. Assim que sabe você pensando, raciocinando você vai entender o meu ponto.
Eu não sei a resposta, biologicamente ela não existe. Somente no social popular.
Para você a diferença é óbvia, devido a sua crença óbvia do antropocentrismo na biologia.
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E estamos falando do Ser Humano.
O que até agora você não conseguiu definir provar o que é, somente está tentando ditar regras.

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #347 Online: 01 de Maio de 2007, 00:10:31 »
Aonde estaria a verdade? Quem define aonde está a verdade?

Oras… Quando morremos de fato?????

Morremos quando cessa totalmente nossa atividade cerebral?
Ou morremos quando a última célula do nosso corpo não pode mais sustentar-se?

Nascemos quando???? Nasci "no saco do meu pai" ou no ovário da minha mãe? (não se esqueçam da definição judaíca do que é a descendência).

Querem saber? NÃO EXISTE VERDADE NENHUMA!

A sua verdade não é a minha verdade…

E o resto é só sucrilho Kellogs.   :wink:
Mas é o que eu disse em todo debate. Não dá para definir pela ciência.
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Ou seria a VERDADEIRA face aquela que nega o direito de uma mulher abortar e acaba criando um filho sem o devido amor e carinho necessários para constituir, no futuro, um adulto mentalmente e fisicamente saudáveis?
A face no caso é a do autor do tópico obviamente movido por um social-emocioal.

Atheist

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Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #348 Online: 01 de Maio de 2007, 00:13:37 »
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Já sabemos muito sobre como uma célula funciona.
Eu não acho. Ou ao menos, então me explique, vamos pelo início: de onde vêm?
Porque quando colocamos a receita chamada "Sopa primordial" um amontoado de certos produtos químicos passam a ter uma forma primitiva de célula?
Temos cálculos matemáticos que explicam porque ocorrem ligações entre átomos, sobre cargas positivas e negativas. Agora dê esse quanto aos átomos formarem células.

De onde vêm é irrelevante para o fato de como funcionam.

Para saber como uma célula funciona sugiro uma leitura leve, dois livros que tenho aqui:

Alberts et al. (2004) Biologia Molecular da Célula.

Lodish et al. (2005) Biologia Celular e Molecular.

Sobre evolução bioquímica, não temos resposta definitiva, mas muita coisa está bem avançada. Há periódicos específicos quanto a isso, como a revista Origins of life and evolution of biospheres.

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Acho que "origem" é um ponto fundamental para a questão de o que são. Se não, posso partir para outra questão fundamental para isso que você explique.

Você tem medo que, se a evolução das moléculas não aconteceu naturalmente, se há um arquiteto, estaremos fazendo algo contra sua vontade... Ok, é um argumento interessante, mas aí é outro ponto a ser discutido.

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Senão, vou achar que tudo que sabemos é o que observamos em microscópio, sobre haver DNA responsável pela informação, organelas que (…), mas nada disso serve já que são só observações das reações, não do que são.

Uai, observamos o que é, não o que não é. Como diria Parmênides: o ser é, o não ser não é.

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Não, foi colocado o caso sobre "morte cerebral", como em fetos o cérebro crescerá um cérebro diferente do corpo que recebe esse óbito, é válido como contra-argumento.

Quê? Não entendi...

Atheist

  • Visitante
Re: A verdadeira face do aborto
« Resposta #349 Online: 01 de Maio de 2007, 00:15:22 »
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Ou seja então, vamos entender a lógica:
- Eu tô falando de morte humana, não de células ou bactérias;
- O ser humano morre porque as células dele…;

Param de funcionar. Tem tudo a ver com decomposição e lisossomos...

 

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