Isso me cheira a recalque da "Revolução" Farroupilha. Coloco "Revolução" entre aspas porque revolução é alguma coisa que obtém sucesso e, neste caso, os gaúchos perderam (e feio).
Mesma coisa a "Revolução" Constitucionalista de 1932. São Paulo levou ferro e ainda comemora todo ano o "feito", com feriado e tudo, numa data que deveria, a rigor, ser apagada da memória dos paulistas tanto pela derrota em si quanto pela motivação torpe da guerra.
Quanto ao questionamento da produção paulista e a alusão aos produtos contrabandeados chineseses feita no começo, não deve ser séria. No PIB de São Paulo cabe o PIB do Rio Grande Sul 15 vezes.
Obviamente, os estados com maior participação na produto interno da União são mal representados. O voto distrital com correção das percentagens eletivas resolveria grande parte deste problema, mas é uma questão que vem sendo bloqueada pelos administradores que não tem interesse nessa correção, por motivos óbvios.
Agora, que tem nisso tudo aquele inacreditável complexo de superioridade dos Gaúchos, isso tem. Em primeiro lugar, 99% da população do Rio Grande do Sul não são compostos por Gaúchos coisa nenhuma, mas sim por descendentes de Europeus que estavam passando fome em algum canto da Europa à época das Revoltas Farroupilhas. Que eu sabia, não existiu um Gaúcho sequer loiro de olhos azuis, arianos, latinos da Itália do Norte e do Sul, etc. Esse "nacionalismo" gaúcho é um produto midiático que não tem nenhuma reprodutibilidade histórica. Os Gaúchos verdadeiros eram brigões, beberrões, machistas e violentos e, no entanto, os Sulistas Europeus de Olhos-Azuis insistem em cultuar uma figura que não possui nenhuma identidade com os mesmos.
O pior de tudo são mulheres defender esta postura histriônica e inacreditavelmente retrógrada, vide a própria denominação das mulheres nos meios gaúchos tradicionais ("Prendas"), onde as mulheres são tratadas apenas como objetos.