Caro & divino AdrianoE qual é a artificialidade, que não tem conexão com o real? 
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Artificialidade é o teísmo, que é o escopo deste tópico. Quando se diz conexão com o real, é algo fora da realidade humana, uma realidade científica por assim dizer. Realizade física e biológica e não a cultura humana.
 Portanto artificialidade é toda a cultura humana, incluindo a actividade científica e não só a místico/religiosa.
Deus só tem valor enquanto crença que agrada a lógica enviezada dos crentes. Eu mesmo esperava uma defeza melhor baseada na filosofia de Espinoza, para poder melhor contra-argumentar. Me decepcionei.
   
 
 Em termos de crença enviezada de crente, mais ou menos deísta, o que é que se pode dizer mais evocando a filosofia de Espinosa, que eu já não tenha dito... 
Deus, a natureza, a cadeia alimentar, a Humanidade e você incluido, são a mesma realidade natural; se isso não é argumento suficiente para o seduzir intelectualmente, ou até mesmo convence-lo da validade desse facto natural, então só posso encolher os ombros o mais filosoficamente possível, perante a sua desdenhosa falta de acolhimento científico.
Se entretanto você confessa que se encontra decepcionado, pela minha fraca capacidade, em desenvolver melhores argumentos, para defender a filosofia de Espinosa, atrevo-me a audácia de lhe perguntar, se você conhecesse bem as teses espinosianas, o que é que você faria se tivesse sido contratado como advogado, para defender essa filosofia? 
 
  
 Citação de: lusitano  em  Ontem às 21:18:40CitarA questão, é que a natureza do artificial, é mesmo a própria natureza, não concorda  
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Não concordo. O Artificial é considerado como oposto ao natural.
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Mesmo que você tenha boas razões para dizer o que diz, a mim não me parece que o artificial seja oposto ao natural; justamente, porque é uma forma de realidade natural transformada pelo Homem, que é um ser natural. Todo o artificial provém da natureza.
Você é de parecer que os cortiços e o mel produzido pelas abelhas, os ninhos das aves, os formigueiros e a represa dos castores, por exemplo, são criações naturais ou artificiais?
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Sim, para a definição exposta e mais aceita, apenas a intervenção antrópica é considerada uma artificialidade. Antrópico é relativo a homem e portanto somente a nossa cultura é artificial. 
Definir o que é cultura humana e o que é ambiente sem intervençao antrópica (natureza) não é nada difícil.
Então você dirá, que abacaxis, laranjas, mandioca, ou mesmo milho ou trigo, cultivados pelo Homem, são objectos artificiais, não é assim?
E não se esqueça que estamos, aqui, imersos na cultura ateísta, uma criação de que o conceito de divindade é algo ruim e que se torna fato (natural) neste contexto.
 Eu ponho cultura 
ateísta entre aspas; Porque de acordo, com o naturalismo espinosiano, conforme eu o compreendo - 
não existem ateus - mas sim deístas doutra freguesia, que sentem repugnãncia pela palavra "deus". 
 
 
Perante a nossa cultura (representada principalmente por esta comunidade virtual) você está constantemente nos ofendendo com a sua apreciação estética de algo tão repugnante. Me chamar de divino, por exemplo, pode ser um elogino apenas na sua particular e insignificante subjetidade, que não tem valor algum perante a objetividade expressa dos nossos valores.
Embora me pareça, que a sua repugnância pela palavra deus, venha duma noção de divindade, baseada na sacrossanta trilogia Judaica/islâmico/cristã e doutras sagradas escrituras afins, vejo-me no dever de informá-lo, que ao "reverenciá-lo" como divino, 
não o estou a elogiar de modo nenhum!!! Estou simplesmente a expressar um atributo que você naturalmente possui, tal qual, como a animalidade ou a humanidade... 
É mais ou menos, como afirmar que você é um príncipe, porque pertence à família real brasileira.
Será, que se eu tratar o(a) presidente da república, por sr.(a) presidente, estou a elogiá-lo(a)?