A sua afirmação de que o DNA é "uma informação codificada complexa e de origem inteligente e divina"
peraí. Você acrecentou " e divina ". Me cite corretamente pelo menos.
eu disse :
Sabemos que informação específica e complexa codificada nunca surgiu mediante uma fonte não inteligente.
Apenas isto. Meu desafio continua em pé, e até agora ninguem conseguiu contrariar esta afirmação.
Vossa Senhoria vem defendendo que há um "designer inteligente" há dezenas de postagens e quase sempre deixou claro que ele é um deus, o judaico-cristão. Então me explique, em que medida a minha citação foi equivocada?
E o seu "desafio" já foi posto por terra há muito tempo, pois foram mostrados vários exemplos de "informação codificada" naturalmente. E não adianta Vossa Senhoria citar aquele texto falacioso que define, de modo conveniente, a diferença entre estruturas "aleatórias" e estruturas "projetadas".
já foi amplamente contra-argumentada, para dizer o mínimo, onde até mesmo cientistas teístas rejeitam e refutam tal argumento, como Francis Collins e Kenneth Miller.
Collins disse apenas que não acredita que o DNA " seja a linguagem de Deus. ". Ele tem o direito de expressar sua opinião pessoal. Mas não é nada mais do que isso.
Opinião pessoal por opinião pessoal (falácia da autoridade?) eu fico com a dele, pois as pessoas citadas pelo senhor são completamente nulas na comunidade científica.
Continua em aberto meu desafio a quem quer que seja, de apresentar informação codificada complexa e especifica de origem natural. Tem alguma propósta ?
Sim. A formação de minerais.
Eis a analogia.
Devo enfatizar que mesmo Vossa Senhoria admitiu que a sua afirmação é uma mera "interpretação".
Em momento algum eu fiz outra afirmação.
Seus textos não transparecem a ideia de que são apenas interpretação pessoal.
Isto não significa que ele não possa ser eterno.
veja minha resposta anterior.
Mais tarde farei uma tréplica mais detalhada e embasada.
Sabemos muito pouca coisa sobre os corpos celestes próximos (menos de 10 anos-luz), e quase nada sobre a totalidade do Universo. Afirmar que, porque aqui estamos, somos um "produto de um projeto divino" é um contrasenso científico
Pelo contrário. Sabemos MUITA coisa sobre o ajuste fino cósmico necessário, para que possamos estar aqui. Isto não é controverso, é um fato amplamente reconhecido pela ciência, e mesmo por atéus como Dawkins, Hawking, Penrose, Hoyle, e muitos outros.
[...]
Os "princípios antrópicos" não são ciência e sim filosofia, principalmente o "forte". É o antropocentrismo na sua forma modernizada e religiosa, pois considera que o Universo foi feito para nós, "sob medida".
Uma analogia irônica é a da "água inteligente em uma poça", onde ela se convence que "o buraco onde ela está só pode ter sido projetado por uma inteligência suprema, pois ele se ajusta com perfeição aos limites dela. Se fosse inclinado ela escoaria e se fosse poroso ela infiltraria".
embora tal ideia encontre receptividade na metafísica e nas religiões.
pelo contrário : ela é amplamente respaldada na ciencia, como demonstrado acima.
Interessante como o senhor aplica uma análise "de seleção por conveniência".
Quando eu citei dois expoentes científicos teístas que refutam a idéia de que o "DNA é mensagem codificada de natureza inteligente" o senhor afirmou que isto era "apenas a opinião dele (Collins)".
Quando eu afirmei que é um contrasenso científico a ideia de que o "Universo foi projetado para nós", o senhor citou Hoyle e afirmou que "ela (ideia) é amplamente respaldada na ciencia, como demonstrado acima" o que não é verdade pois a esmagadora maioria da comunidade científica não a endossa.
Afirmação no mínimo duvidosa, pois baseia-se em um contexto atual e que é, ainda assim, recheado de exceções. Se for considerado apenas o período histórico (últimos 7.000 anos), se constata que a ética e a moral tiveram momentos de avanços e recuos nas diversas sociedades, e são, em essência, produtos de interação cultural e não inatas biologicamente.
[...]
O argumento moral inicia-se com o fato de todas as pessoas reconhecem algum código moral (que algumas coisas são certas, e algumas coisas estão erradas).Toda vez que discutem sobre o certo e o errado, apelamos a uma lei maior que assumimos que todos tem conhecimento, detém a, e não é livre para mudar arbitrariamente. O certo e o errado implica um padrão ou lei maior, e a lei exige que um legislador. Porque a Lei Moral transcende a humanidade, esta lei universal requer um legislador universal. Isso, argumenta-se, é Deus.
[...]
Como escreveu Michael Scriven "A religião pode fornecer um fundamento psicológico, mas não lógico, para a moralidade". Dito de outra maneira. A crença de que existe uma entidade sobrenatural e que flagelará quem fizer o mal, exerce uma enorme pressão emocional, mas não tem base lógico-racional. E esta ideia não é compartilhada somente por especialistas em sociologia, psicologia e antropologia, mas também por pessoas que
abandonaram a religião.
Isto não significa que a crença religiosa seja intrinsicamente nefasta. Bruce Sheiman, por exemplo, defende a ideia de que a religião também é valorosa na construção da moral humana.
De qualquer modo há dados mais do que suficientes para demonstrar que a moral não tem origem sobrenatural, e sim uma origem cultural com influência biológica.
Se recuarmos ainda mais no tempo, aí sim é que esta afirmação não faz o menor sentido.
e como voce sabe ?
Porque a origem divina da moralidade humana que Vossa Senhoria afirma existir implica em uma grande diferença ontológica entre os humanos e os demais animais. E não existem dados empíricos que suportem esta afirmação.
O que se sabe até o momento é que os nossos ancestrais hominídeos mais remotos compartilhavam de alguns sentimentos inerentes a qualquer membro de um bando, como por exemplo a proteção do grupo e apego à prole, não havendo, portanto, nenhuma grande diferença entre os demais mamíferos. Com a evolução do genero Homo, e que levou a uma maior socialização, provavelmente começaram a ocorrer com mais frequência, comportamentos mais morais, como por exemplo, a interação mais pacífica entre membros de grupos diferentes.
Sabemos que a fala , e o pensamento humano, não podem ser resultado da evolução. Assim também o sexo.
Sabemos? Quem "sabemos" cara-pálida? 
A fala, a linguagem, o pensamento e o sexo são produtos típicos da evolução.
dei uma olhada : de que forma exatamente estas páginas explicam a evolução da fala, do pensamento, e do sexo ? não vi nenhuma explicação consistente e científica. apenas suposições e idéias vagas.....
É algum tipo de piada?
Vossa Senhoria apresenta uma frase solta "Sabemos que a fala , e o pensamento humano, não podem ser resultado da evolução. Assim também o sexo", sem apresentar nenhuma referência e quando eu contra-argumento, lhe indicando referências, todas elas científicas, Vossa Senhoria afirma que "não viu nenhuma explicação consistente e científica"?
Vossa Senhoria tem expertise naquelas áreas do conhecimento para poder emitir tal parecer? Eu acho que não.
Eis, como exemplo, a transcrição da minha referência sobre a fala:
Evolução da fala e da linguagem
Bibliografia
Prof. Dr. Didier Demolin (Université Libre de Bruxelles e Universidade de São Paulo)
Laboratório de Psico-etologia Experimental, Universidade de São Paulo & Laboratoire de Phonologie expérimentale, Université Libre de Bruxelles
O objetivo destas palestras é examinar a evolução da linguagem a partir de diversos ângulos e levantar problemas e desafios sobre a maneira de levar a cabo esta tarefa. A perspectiva que será desenvolvida é uma onde a colaboração interdisciplinar e a integração de vários cenários será utilizada. As palestras estão divididas em duas partes que têm como objetivo refletir esta área do conhecimento, que se encontra em plena expansão. As partes do curso são as seguintes: 1. Evolução da fala e dos sons da fala: como surgiu a língua falada? 2. Evolução da linguagem: como as línguas surgiram e divergiram umas das outras?
1. A evolução da fala e dos sons da fala: como surgiu a língua falada?
Esta parte será dividida em duas. A primeira, dedicada a aspectos filogenéticos da linguagem e evolução da fala, está dividida em uma seção sobre paleontologia e em outra sobre o estudo da fala e da linguagem em uma perspectiva comparativa. A seção sobre paleontologia dá atenção especial ao estudo das condições anatômicas necessárias para a produção da língua falada, incluindo os desenvolvimentos do cérebro e das diferentes áreas associadas à produção e ao entendimento da fala e da linguagem em geral. A seção dedicada à perspectiva comparativa mostrará a importância de dados comparativos sobre animais da atualidade como uma ferramenta formal para deduzir das habilidade comportamentais de seus ancestrais comuns já extintos. Esta ferramenta é essencial no estudo da evolução da fala, pois as análises do comportamento vocal de primatas não-humanos (e de outras espécies de vocalizadores, como pássaros e baleias) podem ajudar a identificar homologias (características compartilhadas por um ancestral comum) e evolução convergente (traços semelhantes que têm evolução separada, devido, presume-se, a forças seletivas semelhantes). O foco central será sobre as vocalizações de primatas, mas outras espécies também serão discutidas.
A segunda parte será dedicada aos aspectos ontogenéticos da evolução da linguagem e da fala. Esta parte divide-se, ela própria, em uma seção sobre a ontogênese da fala e em uma outra sobre a aquisição da linguagem. Ambas serão tratadas na perspectiva ampla da evolução da linguagem e da fala. Mostrar-se-ão os principais passos na aquisição da fala e da linguagem antes dos 3 anos. Um dos focos será mostrar como crianças, no primeiro ano de vida, fazem um “mapeamento” perceptual de aspectos críticos da língua que está presente no seu ambiente. Isso se dá, pois propriedades estatísticas da fala são adquiridas através da exposição à língua do seu ambiente. Os estudos feitos nesta linha sugerem que o bebê participa de um tipo de aprendizado, no qual a língua que ele recebe como input é mapeada em detalhe pelo seu cérebro. Estes princípios sugerem que o que é inato na linguagem não é a gramática universal e a fonética, mas são as estratégias e os “conceitos pré-existentes” que restringem a percepção e o aprendizado. Duas questões estão no centro de discussões recentes sobre o surgimento da fala e da linguagem. A primeira questão será discutida dentro do concepção heurística de evolução da linguagem proposta por Arbib (2005), fundamentada em mecanismos cerebrais de ação e percepção (neurônios-espelho) que compartilhamos com outros primatas. Nesta perspectiva, os neurônios-espelho parecem oferecer evidência neurofisiológica para uma “paridade” entre ações de percepção do eu e de percepção do outro, o que parece ser uma maneira natural de se formalizar a evolução da imitação. Estes fatos parecem ser compatíveis com a hipótese de que a linguagem evoluiu inicialmente a partir de um sistema de sinais manuais, o que ajuda a explicar porque as línguas podem ser tanto faladas como sinalizadas. A “hipótese do sistema espelhado” de Arbib é uma hipótese biológica e neurolingüística sobre como a evolução pode ter trazido os primatas aos primórdios da fonologia e da sintaxe. A segunda questão propõe uma unidade dinâmica de ação fonética, o gesto, que é definido como a formação e abertura de uma constrição em locais e graus variáveis, produzidos por um dos seis órgãos do aparato vocal: lábios, ponta da língua, corpo da língua e raiz da língua, véu palatino e laringe. Uma questão essencial para uma perspectiva evolutiva é saber como estes órgãos diferenciaram-se como componentes controlados independentemente no trato vocal. A proposta apresentada é que os órgãos diferenciaram-se juntamente com a evolução da imitação facial e vocal, ambas características comportamentais únicas dos primatas humanos.
2. Evolução e linguagem: como as línguas surgiram e divergiram umas das outras?
Esta parte pretende explicar a diferença entre linguagem e línguas e ilustrar fala e diversidade lingüística. Finalmente, dois conceitos importantes serão introduzidos: a linguagem enquanto um fenômeno de comunicação em grupo e a relação entre língua e cultura. Isso será ilustrado através das noções de transmissão cultural, da aquisição da transmissão cultural, e da relação entre balbucio na infância e cultura. A comunicação em grupo será apresentada como um processo complexo, dinâmico, e auto-organizado. A transição para a linguagem discute as propriedades constituintes da linguagem humana, as quais implicam desenvolvimentos de configurações físicas, mentais e/ou sociais independentes. Cada um destes desenvolvimentos pode ser conceitualizado como uma transição. Uma transição pode ser repentina ou gradual, mas devemos deixar claro que não houve jamais um único evento pré-histórico antes do qual não havia linguagem e a partir do qual ela passou a existir. Se assumirmos um certo nível de estabilidade para a espécie em seu meio ambiente, devemos buscar tanto fatores internos quanto externos para dar conta de uma transição. Fatores internos desencadeadores de transições podem ser genes, processamentos, gestos culturais e tecnologias. Fatores externos desencadeadores de transições podem ser o ambiente, e contextos populacionais e sociais. A relação entre fala e linguagem será também discutida através do caso do gene FOXP2, que foi descoberto em 1990. Mutações neste gene, que tem sido chamado, ocasionalmente, de “gene da fala”, levam a patologias específicas da fala e da linguagem. De um ponto de vista evolutivo, o gene FOXP2 também está presente em macacos, pássaros e até mesmo crocodilos. Estudos recentes (Marcus et al. 2003, Haesler et al. 2004 e White et al. 2005) mostraram que, aparentemente, o gene FOXP2 não é o único responsável pelas capacidades humanas, sendo apenas um dentre vários fatores. Finalmente, mostrar-se-á que há semelhanças notáveis entre humanos e pássaros aprendendo a cantar. Ambos adquirem a sua língua através da imitação, e foi mostrado recentemente que o gene FOXP2 tem um papel fundamental no que diz respeito a esta função. A relação entre genes e linguagem também será discutida através de um trabalho recente de Dediu e Ladd (2007), que mostraram que a presença de tom lingüístico está relacionada à freqüência populacional de haplogrupos adaptativos de dois genes ligados ao tamanho do cérebro: ASPM e Microcephalin. Neste caso, Dediu e Ladd hipotetizam que a relação entre diversidade genética e lingüística pode ser causal: certos alelos podem direcionar a aquisição ou o processamento da linguagem, o que pode influenciar a trajetória da mudança lingüística através de uma repetida transmissão cultural. Fatores internos para a evolução da linguagem serão discutidos a partir do trabalho de Corbalis (2002), que propõe que o gatilho para a linguagem falada foi a adoção de práticas de manufatura de instrumentos, em particular a necessidade de comunicar instruções sobre o processo de elaboração destes instrumentos. Esta parte vai examinar a hipótese de Corbalis, que dá importância primordial aos gestos como os primeiros passos na evolução da linguagem dos chimpanzés e do gênero humano, vistos como elementos que precederam uma introdução gradual de elementos vocais, que surgiram a partir de um avanço no controle cortical e de mudanças no trato vocal. Meio ambiente, e contexto populacional e social são fatores que agem como gatilhos na evolução da linguagem. Isto será ilustrado através de uma discussão de Bickerton (2002), que sugere que é improvável que a protolíngua tenha surgido a partir da inteligência social e seus vários usos. O mais provável é uma origem derivada de várias interações com o ambiente. Estudos sobre as restrições operantes sobre comunidades de usuários de língua de sinais mostram que um modelo epigenético de formação da linguagem prevê uma sensibilidade sistêmica a quebras do contexto lingüístico. O estudo de Ragir (2002) sobre as restrições operantes nas comunidades que usam línguas de sinal nativas mostram que línguas de sinal recentes servem como evidência de que a marginalização pode inibir a formação lingüística, possivelmente de maneira mais permanente do que as interrupções de transmissão. Esta discussão também será focada no fato de que a organização complexa que emerge de padrões de comportamento cooperativo e o potencial que estas atividades têm na organização do cérebro são muito mais importantes para a origem da linguagem do que os algoritmos de aprendizagem que governam o processamento neural através dos subsistemas corticais e das espécies. A última parte pretende mostrar que a linguagem é um sistema dinâmico resultante de uma interação entre a evolução biológica da espécie, o desenvolvimento ontogenético de indivíduos e processos culturais que dão forma à história das sociedades. A elaboração de modelos sobre a evolução da linguagem permite-nos reavaliar alguns problemas centrais como a relação entre cultura e evolução da linguagem, e sobre o inatismo. As línguas humanas surgem de evolução biológica, aprendizado individual e transmissão cultural. Um modelo apresentado por Kirby et al. (2007) mostra que a transmissão cultural pode transformar tendências aparentes em universais lingüísticos categóricos, assim enfraquecendo um dos argumentos a favor de restrições inatas na linguagem. Como conseqüência, a força de tendências inatas podem transferir-se da seleção natural, permitindo que estes genes passem pelo processo de derivação. Além disso, mesmo quando não há seleção natural, pode haver adaptações aparentes.
A única referência por mim citada, que não é um artigo e sim um ensaio é aquela sobre o
pensamento.
Até o momento nada aponta para um "designer inteligente".
quem não quer escutar, que não ouça.
E quem está emerso em "wishful thinking" que aproveite o mergulho!
