Autor Tópico: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.  (Lida 183785 vezes)

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Offline Derfel

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #900 Online: 01 de Outubro de 2010, 14:59:41 »
Estou surpreso com o hinduismo no norte da Guiana e do Suriname.
Existiu uma forte imigração indiana para lá a partir de 1838.

Offline Fernando Silva

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #901 Online: 01 de Outubro de 2010, 16:42:11 »
Eu fico furioso quando os criacionistas apresentam as suas especulações como "verdades" científicas, sem nunca terem comparecido a uma sala de aula, sem nunca terem ido a uma biblioteca, sem nunca terem pisado em um laboratório, sem nunca terem sujado os calçados no campo e sem nunca terem "quebrado a cabeça" para interpretar os dados obtidos.
Exato. Qualquer pastor semi-analfabeto de igrejeca de fundo de  quintal se acha autorizado a encher a boca para dizer que "a evolução é uma teoria fracassada".

Como se eles tivessem conhecimentos para refutar cientistas com muitos anos de estudo e herdeiros do conhecimento acumulado por séculos de ciência.

Em outras palavras, se não está de acordo com a "briba", então só pode estar errado e qualquer explicação furreca faz mais sentido que os fatos da ciência.

Offline Spitfire

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #902 Online: 01 de Outubro de 2010, 20:08:59 »
Desmontem a Bibria... revelem como ela trata-se de uma adulteração fraudulenta da Torah e acabe com o argumento criacionista na sua origem.... simples.

Offline Calberto

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #903 Online: 02 de Outubro de 2010, 07:50:13 »
Privet, o criacionismo e design inteligente mais se ocupam em tentar desbancar a TE do que realmente tentar pesquisar algo que no fim desqualificaria a mesma. As teorias atuais, como aquela das hidroplacas, só causam urticária em cientistas, como o Geotecton. :)

Caro Mister B

Eu fico furioso quando os criacionistas apresentam as suas especulações como "verdades" científicas, sem nunca terem comparecido a uma sala de aula, sem nunca terem ido a uma biblioteca, sem nunca terem pisado em um laboratório, sem nunca terem sujado os calçados no campo e sem nunca terem "quebrado a cabeça" para interpretar os dados obtidos.

Mas o que realmente me deixa "puto" é quando eles acusam-nos de fazer "má-ciência" porque somos "adeptos da filosofia naturalista" e que tem como finalidade última a "ocultação da verdade divina pelo não reconhecimento da magnífica obra de deus" pois somos todos "ateus mal intecionados". Aí sim, eu fico f... da cara!



Então você irá adorar ler isto. Mas, vou logo avisando: prepare água com açucar.


http://www.scb.org.br/artigos/DU-catastrofismo.asp

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O fenômeno Bretz

Em 1923, o geólogo de mentalidade independente, Harlen Bretz, descreveu uma das paisagens mais fora do comum na superfície de nosso planeta. Cobrindo uns 40 mil km quadrados na região sudeste do Estado de Washington (E.U.A.), ela é caracterizada por uma vasta rede de enormes canais secos, por vezes com a largura de vários quilômetros, formando um emaranhado de morros e gargantas cortados em rocha vulcânica dura. Diferente dos vales comuns de rios, os quais geralmente têm a forma de um V largo, estes canais freqüentemente mostram lados íngremes e chão chato. Além disso, enormes montes de pedregulho de correnteza foram encontrados em vários níveis. Evidências de centenas de cachoeiras antigas, algumas com altura de 100 metros, com grandes bacias na base, testemunham de algo fora do comum.

Como se formou essa paisagem estranha? Bretz tinha sua idéia, suficientemente chocante para provocar uma controvérsia geológica que durou quarenta anos. Na primeira publicação sobre este tópico, Bretz não expressou sua suspeita de um dilúvio catastrófico; somente indicou que seriam necessárias quantidades prodigiosas de água.4 Contudo, mais tarde no mesmo ano, ele publicou um segundo artigo expressando sua opinião segundo a qual aquela paisagem tinha sido formada por um dilúvio rápido e catastrófico. Esse dilúvio tinha lavado a área, desgastado os canais e depositado as imensas barragens de pedregulho.5

Naquele tempo os geólogos se opunham a qualquer explicação associada com catástrofes, e Bretz sabia disso. O uniformitarianismo era a opinião aceita; embora reconhecidos como exercendo impacto, os vulcões e terremotos eram considerados sem importância. O catastrofismo era anátema; achava-se na mesma categoria na qual se encontra a Criação em muitos círculos científicos agora — totalmente inaceitável. A comunidade geológica tinha de lidar com este arrogante jovem Bretz, que andava inteiramente fora da linha. Suas idéias heréticas eram muito próximas à rejeitada idéia do Dilúvio bíblico.6 Adotar suas teorias, pensavam eles, significaria um retrocesso à “Idade Escura”.7


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A comunidade geológica tinha de lidar com este arrogante jovem Bretz, que andava inteiramente fora da linha.

Um geólogo deve andar na linha senão será enviados para inferno onde o fogo nunca se apaga pela comunidade científica, ateísta, satanista, evolucionista. Pelo que eu leio nos sites criacionistas, os criacionistas sempre se consideram pobres coitados, vítimas da tiranica comunidade científica evolucionista, ateista que fecham os olhos para a verdade absoluta e, aqueles que tentam mostrar a verdade absoluta são discriminados, maltratados, pisoteados, etc e etc como o probre coitado do Bretz.
Não passa pela cabeça que os cientistas não aceitam o Dilúvio simplesmente pelo fato de que não há motivo para isso. Mas, os criacionistas estão tão certos das suas "verdades absolutas" que, se ninguém aceita estas verdades absolutas então significa que os cientistas são preconceituosos.


Citar
Finalmente as interpretações de Bretz, baseadas num estudo cuidadoso das rochas, foram aceitas pela maioria dos membros da comunidade geológica. Em 1965, a Associação Internacional para Pesquisa do Quaternário organizou uma visita à região. No final da conferência, Bretz, que não pôde estar presente, recebeu um telegrama dos participantes, cumprimentando-o e encerrando com a sentença: “Somos agora todos catastrofistas”.15 Em 1979, Bretz recebeu a medalha Penrose, a distinção geológica de maior prestígio nos Estados Unidos. Bretz tinha vencido, assim como o catastrofismo. Este “Noé” moderno e seu dilúvio indesejado foram vindicados.

Os evolucionistas praticam má ciência mas, da mesma forma que este "Noé" venceu, a verdade (o Dilúvio e os mitos da Bíblia) irá vencer.
Os cientistas não sabem ser cientistas mas, somente os criacionistas veem a verdade.

Isto está me parecendo um pouco maniqueísta: o comunidade científica são "do mal" enquanto os criacionistas, os salvos, aqueles que querem propagar as verdades divinas são "do bem".


Offline Geotecton

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #904 Online: 02 de Outubro de 2010, 10:28:21 »
[...]
Mas o que realmente me deixa "puto" é quando eles acusam-nos de fazer "má-ciência" porque somos "adeptos da filosofia naturalista" e que tem como finalidade última a "ocultação da verdade divina pelo não reconhecimento da magnífica obra de deus" pois somos todos "ateus mal intecionados". Aí sim, eu fico f... da cara!


Então você irá adorar ler isto. Mas, vou logo avisando: prepare água com açucar.


http://www.scb.org.br/artigos/DU-catastrofismo.asp

O fenômeno Bretz
[...]

Caro Privet

O caso que voce transcreveu é conhecido na literatura geológica como o Channeled Scablands e que serviu para dois bons propósitos epistemológicos.

O primeiro foi o de demonstrar o quanto é ruinoso para o pensamento científico, quando uma autoridade científica impõe a sua interpretação. Até o final do segundo quartil do século XX predominou no USGS a opinião de um geólogo, do qual não me recordo o nome agora, de que os processos observados na região do lago Missoula, noroeste dos EUA, eram o resultado de processos de erosão de baixa energia. Bretz demonstrou que esta interpretação não era a mais adequada (isto pode ser entendido de forma resumida nesta postagem).

O segundo mostrou como a Ciência se autoquestiona e se autorecicla, no qual um paradigma foi rompido em função da obtenção de novos dados e da re-interpretação de outros mais antigos.

O termo "catastrofista" usado no artigo original significa "um processo de maior energia em menor tempo de atuação" e não tem relação com o termo homônimo do século XVII, como querem os criacionistas, pois este tinha implicações teológicas e exegéticas.
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Offline Calberto

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #905 Online: 02 de Outubro de 2010, 20:21:30 »
Citar
O segundo mostrou como a Ciência se autoquestiona e se autorecicla, no qual um paradigma foi rompido em função da obtenção de novos dados e da re-interpretação de outros mais antigos.

Os criacionistas interpretam isso como o fato de que, enquanto a ciência procura a verdade absoluta os criacionistas já tem esta verdade absoluta: a Bíblia.
Também interpretam como que aos poucos, a medida que for autoquestionando, irá perceber que a Bíblia é realmente a palavra de Deus e lá está contida a verdade absoluta como diz neste trecho:

http://www.scb.org.br/artigos/FC02_AestruturaEssenciaGeologia.asp

Citar
Se em 1845 alguém tivesse predito que a guerra mundial de 1940 seria decidida pela explosão de bombas atômicas, sem dúvida alguns cientistas o teriam ridicularizado. Seguindo as idéias de Dalton, a crítica teria afirmado ser a divisão do átomo uma violação das leis da Física, pois o átomo era considerado como a menor partícula da matéria. A partir daquela data, o homem descobriu leis da natureza anteriormente desconhecidas . Esse mesmo princípio pode ser aplicado à atitude de Deus no passado. Durante o dilúvio, Deus pode ter liberado forças e fatores que presentemente não são observáveis ou compreendidos claramente;


Offline Geotecton

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #906 Online: 02 de Outubro de 2010, 23:01:45 »
Os criacionistas interpretam isso como o fato de que, enquanto a ciência procura a verdade absoluta os criacionistas já tem esta verdade absoluta: a Bíblia. Também interpretam como que aos poucos, a medida que for autoquestionando, irá perceber que a Bíblia é realmente a palavra de Deus e lá está contida a verdade absoluta como diz neste trecho:

http://www.scb.org.br/artigos/FC02_AestruturaEssenciaGeologia.asp

Eu li todo o texto do link indicado e a única palavra que eu encontrei para descreve-lo é esta: "Ridículo"!
« Última modificação: 20 de Janeiro de 2019, 01:26:54 por Geotecton »
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Offline Fernando Silva

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #907 Online: 03 de Outubro de 2010, 11:17:47 »
Citar
A partir daquela data, o homem descobriu leis da natureza anteriormente desconhecidas . Esse mesmo princípio pode ser aplicado à atitude de Deus no passado. Durante o dilúvio, Deus pode ter liberado forças e fatores que presentemente não são observáveis ou compreendidos claramente;
A velha história do "Um acontecimento futuro provará que eu estou certo".

Offline Fernando Silva

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #908 Online: 03 de Outubro de 2010, 11:19:51 »
Os criacionistas interpretam isso como o fato de que, enquanto a ciência procura a verdade absoluta os criacionistas já tem esta verdade absoluta: a Bíblia.
Como um crente já me disse: "A ciência nunca se decide e vive mudando de idéia. Fico com a Bíblia, que não muda".

Offline prgentil

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #909 Online: 03 de Outubro de 2010, 15:30:06 »
...
prgentil ...
vc é quem eu conversei lá no gospelbrasil?

Você é o Gilberto do Gospel Brasil????

Offline prgentil

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #910 Online: 03 de Outubro de 2010, 15:31:25 »
Os criacionistas interpretam isso como o fato de que, enquanto a ciência procura a verdade absoluta os criacionistas já tem esta verdade absoluta: a Bíblia.
Como um crente já me disse: "A ciência nunca se decide e vive mudando de idéia. Fico com a Bíblia, que não muda".

dá para acreditar na ciência já que ela vive mudando?

Offline Fernando Silva

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #911 Online: 03 de Outubro de 2010, 15:35:47 »
Os criacionistas interpretam isso como o fato de que, enquanto a ciência procura a verdade absoluta os criacionistas já tem esta verdade absoluta: a Bíblia.
Como um crente já me disse: "A ciência nunca se decide e vive mudando de idéia. Fico com a Bíblia, que não muda".
dá para acreditar na ciência já que ela vive mudando?
Está vendo esse computador na sua frente? Ele é real.
Elimine a ciência e você estará de volta ao passado remoto, no meio do mato, pelado, como um animal selvagem.

E eu pergunto: a Bíblia é confiável só porque não muda?

P.S. Quem disse que não muda?

Offline prgentil

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #912 Online: 03 de Outubro de 2010, 15:37:43 »
Descobri que tenho pés de barro. Há algum tempo, achava-me imbatível. Em minha suficiência, imaginei que sendo fiel a Deus, nenhum mal me alcançaria. Desafiei a vida. Realmente acreditei que as asas do Todo-Poderoso se abririam sobre mim e nada ou ninguém atravessaria aquela blindagem emplumada para me ferir. Em nome da fé, dei o melhor, certo que seria um sucesso. Frequentei todos os seminários para aprender “princípios universais para uma vida triunfante". Pensei que a existência se engrenava numa perfeita relação de causa e efeito.

Descobri que não sou onipotente, apenas um peregrino inadequado e efêmero. Achei que conseguiria controlar as variáveis do dia-a-dia com eficiência. Considerei a pedagogia que aprendi no seminário a mais eficiente para educar filhos. Disciplinei com “vara” – me instruíram que a Bíblia mandava bater. Trabalhei de domingo a domingo; eu esperava receber o devido galardão dos meus esforços. Ensinei as pessoas a semearem; tratava os resultados dessa "lei" como líquidos e certos. Afirmei que a salvação da alma acontece quando se acredita em doutrinas aprovadas pelos legítimos cânones da tradição pietista-reformada-pentecostal.

Descobri que não sei tudo. Tolamente, rebati “heresias” com argumentos incontestáveis. Promovi seminários para destruir raciocínios “apóstatas” (mal sabia que o bumerangue voltaria para me acertar o rosto). Quando me levantei para falar, estava tão convencido que era o dono da verdade que ensurdeci para as manifestações de bondade que me assediavam. Soberbo, gritei a pleno pulmão a minha certeza. De dedo em riste, fiz de minha interpretação a única verdade possível.

Descobri que não sou cidadão do mundo. Respirei o ar asfixiado do bairrismo. Dourei o meu gueto. Restringi a leitura. Fui treinado a não gostar de quem não era “salvo” – só que muitas vezes os “salvos” que eu me forçava para gostar, não passavam de pessoas mesquinhas, traiçoeiras e banais. Por volta dos quarenta anos, conheci gente mais feliz, mais íntegra, mais honesta, que muitos “santos”. Passei a olhar a vida por prismas nunca considerados. Engatinhei na meia idade.

Devido a tanta soberba, quebrei a cara, feri pessoas, paguei mico, chorei. Frustrei-me. Neurotizei amigos. Só agora reconheço que a vida não segue sobre trilhos. As lógicas religiosas não funcionam. Abaixei a crista.

Entendo que não sou mais um adolescente. Mas não desespero. Há tempo, não sei quanto, mas pretendo eternizar o instante precioso. Quero sorver a vida sem as inclemências que amordaçaram meus sorrisos. Anseio por doçura. Tenho sede de bondade. Busco a grandeza de quem ainda sabe rir e chorar.

fonte: http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=71&sg=0&id=2239

Offline prgentil

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #913 Online: 03 de Outubro de 2010, 15:40:30 »
Os criacionistas interpretam isso como o fato de que, enquanto a ciência procura a verdade absoluta os criacionistas já tem esta verdade absoluta: a Bíblia.
Como um crente já me disse: "A ciência nunca se decide e vive mudando de idéia. Fico com a Bíblia, que não muda".
dá para acreditar na ciência já que ela vive mudando?
Está vendo esse computador na sua frente? Ele é real.
Elimine a ciência e você estará de volta ao passado remoto, no meio do mato, pelado, como um animal selvagem.

E eu pergunto: a Bíblia é confiável só porque não muda?

P.S. Quem disse que não muda?

Calma. Só foi uma pergunta inocente. Só quis dizer que não dá para acreditar totalmente e cegamente em algumas coisas que a ciência afirma. Só isso. Já a bíblia claro que tem coisas contestáveis assim como a ciência.

só isso oras.

Offline Fernando Silva

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #914 Online: 03 de Outubro de 2010, 16:29:05 »
Só quis dizer que não dá para acreditar totalmente e cegamente em algumas coisas que a ciência afirma. Só isso. Já a bíblia claro que tem coisas contestáveis assim como a ciência.
Se você não é um cientista e não quer saber como as coisas funcionam, os resultados práticos da ciência lhe bastam: aviões, computadores, medicina moderna etc.
Estas tecnologias continuarão funcionando mesmo se a explicação mudar com o avanço da ciência.

Já a Bíblia ... o que ela tem de tão útil assim que já não exista em outros lugares?
Por que chafurdar na lama para encontrar algumas pérolas se elas podem ser achadas em lugares mais limpos?

A Bíblia tem valor como registro das crendices, da cultura e da história de povos antigos, assim como a mitologia grega e egípcia, por exemplo, mas, para que sirva como um guia de moral e ética, tem que ser expurgada da maior parte de seu conteúdo.

Offline Geotecton

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #915 Online: 03 de Outubro de 2010, 17:23:47 »
Os criacionistas interpretam isso como o fato de que, enquanto a ciência procura a verdade absoluta os criacionistas já tem esta verdade absoluta: a Bíblia.
Como um crente já me disse: "A ciência nunca se decide e vive mudando de idéia. Fico com a Bíblia, que não muda".

dá para acreditar na ciência já que ela vive mudando?

Caro prgentil

A crença na ciência deve ser do tipo crítico e racional e não de cunho acrítico, como na religião, lembrando sempre que os conceitos podem ser reavaliados em face de novas descobertas.
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Offline Calberto

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #916 Online: 03 de Outubro de 2010, 19:43:29 »
Desmontem a Bibria... revelem como ela trata-se de uma adulteração fraudulenta da Torah e acabe com o argumento criacionista na sua origem.... simples.



Spitfire isso é muito complicado. Como demonstrar científicamente que as cobras não falam e nem comem pó e a mulher não veio da costela do homem?

Offline prgentil

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #917 Online: 03 de Outubro de 2010, 21:38:10 »
Os criacionistas interpretam isso como o fato de que, enquanto a ciência procura a verdade absoluta os criacionistas já tem esta verdade absoluta: a Bíblia.
Como um crente já me disse: "A ciência nunca se decide e vive mudando de idéia. Fico com a Bíblia, que não muda".

dá para acreditar na ciência já que ela vive mudando?

Caro prgentil

A crença na ciência deve ser do tipo crítico e racional e não de cunho acrítico, como na religião, lembrando sempre que os conceitos podem ser reavaliados em face de novas descobertas.

Não pretendo fazer teologia com verdades “puras”, abstraídas da Bíblia a partir do pressuposto de que uma correta dissecação do texto garante a verdade. Preocupo-me com problemas éticos e práticos da pastoral. Lido com pessoas reais, que vivem problemas reais, que fazem perguntas reais.

Não pretendo fazer teologia a partir de afirmações teóricas descoladas das questões “duras” que intrigam a minha alma. Quero ser realista. Entendo por realismo, o esforço de aproximar coração e mente da existência. Acredito que o Logos, o Verbo, se fez carne e habitou entre nós; vimos, tocamos e cheiramos a verdade. O conhecimento do Logos não se restringe à racionalidade, mas transborda para o compromisso, para a comunhão, para a solidariedade e para a busca da justiça. A obediência da fé tem mais possibilidade de compreender os mistérios de Deus que o estéril exercício da racionalidade.

Não pretendo fazer teologia a partir da letra do texto, que mata. Entendo que certas verdades só são captadas pelo espírito. É preciso nascer, nadar, voar, absorver-se, divagar no Espírito para fragilmente intuir o Mistério. As cataratas espirituais caem dos olhos; as vestes puídas são despidas; os vícios categoriais, abandonados, mas só molhamos o calcanhar no rio eterno.

Não pretendo fazer teologia a partir do sucesso. Entendo que o carreirismo eclesiástico deságua em perversidade. Sacerdotes mataram o Nazareno. Teólogos acenderam fogueiras na Idade Média. Presbíteros sustentaram o aparthaid sul-africano. A verdade não se reduz à mecânica, ao ato de funcionar. Prefiro ostracismo ao aplauso dos pelegos da fé; exílio, aos holofotes do espetáculo religioso; abandono, ao adesismo interesseiro.

Não pretendo fazer teologia a partir das lógicas ensimesmadas. Reconheço que apesar de pequenos percalços, levo uma vida bem confortável. Procuro não permitir que vantagens, amparos, privilégios, me roubem da compaixão. Admito que é muito fácil abstrair sobre o sofrimento universal de dentro de zonas de segurança. Entendo o grande projeto de Deus para a humanidade: trocar corações de pedra por corações de carne. Assim, preciso molhar meus textos com lágrimas, impregnar meus discursos com misericórdia, calcar minha história com ternura.

Caminho ao sabor do vento. Navego, impreciso. Trabalho constrangido pelo amor. Vivo pela graça. Espero joeirar da fragilidade a bem-aventurança da mansidão. E com ela herdar a terra.

fonte: http://www.ricardogondim.com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=65&sg=0&id=2215

Offline Fernando Silva

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #918 Online: 04 de Outubro de 2010, 06:45:29 »
Caminho ao sabor do vento. Navego, impreciso. Trabalho constrangido pelo amor. Vivo pela graça. Espero joeirar da fragilidade a bem-aventurança da mansidão. E com ela herdar a terra.
Se bem entendi, você (ou melhor, o Ricardo Gondim), não sabe bem em que acreditar, portanto segue uma crendice meio vaga, meio "Deus é amor", "O amor é tão lindo" e coisas assim. Sem coragem de analisar direito as escrituras, com medo de cavar muito fundo e descobrir coisas mal cheirosas.

Não pretendo fazer teologia com verdades “puras”, abstraídas da Bíblia a partir do pressuposto de que uma correta dissecação do texto garante a verdade. Preocupo-me com problemas éticos e práticos da pastoral. Lido com pessoas reais, que vivem problemas reais, que fazem perguntas reais.
Ou seja, o que a Bíblia diz não é realmente importante. O objetivo é dar uma resposta satisfatória às pessoas, mesmo que seja inventada na hora.


.
« Última modificação: 04 de Outubro de 2010, 06:49:16 por Fernando Silva »

Offline calvino

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« Resposta #919 Online: 04 de Outubro de 2010, 10:17:28 »
Eu fico furioso quando os criacionistas apresentam as suas especulações como "verdades" científicas, sem nunca terem comparecido a uma sala de aula, sem nunca terem ido a uma biblioteca, sem nunca terem pisado em um laboratório, sem nunca terem sujado os calçados no campo e sem nunca terem "quebrado a cabeça" para interpretar os dados obtidos.


Por isso eu me calo. Tenho consciência da minha ignorância no assunto.
Assunto que pretendo estudar com calma. Aliás, já tenho lido uma coisa ou outra.
"Se a moralidade representa o modo como gostaríamos que o mundo funcionasse, a economia representa o modo como ele realmente funciona" Freakonomics.

Offline Geotecton

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« Resposta #920 Online: 04 de Outubro de 2010, 11:16:37 »
Eu fico furioso quando os criacionistas apresentam as suas especulações como "verdades" científicas, sem nunca terem comparecido a uma sala de aula, sem nunca terem ido a uma biblioteca, sem nunca terem pisado em um laboratório, sem nunca terem sujado os calçados no campo e sem nunca terem "quebrado a cabeça" para interpretar os dados obtidos.

Por isso eu me calo. Tenho consciência da minha ignorância no assunto.
Assunto que pretendo estudar com calma. Aliás, já tenho lido uma coisa ou outra.

Caro calvino.

Sinceramente eu acho que voce não tem qualquer problema quanto a isto, pois voce demonstrou até o momento que o mais importante é a sua fé e as mensagens salvíficas do seu deus trazidas pelo texto religioso cristão, e pela vivência prática destas mensagens, principalmente as do NT.

A minha crítica diz respeito àqueles que não querem distinguir os campos dos conhecimentos, criados pelos próprios cristãos e que, em uma atitude que passa para o campo da desonestidade, acusam os cientistas (ateus e não-ateus) de subserviência à supostos interesses escusos.
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Offline calvino

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« Resposta #921 Online: 04 de Outubro de 2010, 11:22:24 »
Caro calvino.

Sinceramente eu acho que voce não tem qualquer problema quanto a isto, pois voce demonstrou até o momento que o mais importante é a sua fé e as mensagens salvíficas do seu deus trazidas pelo texto religioso cristão, e pela vivência prática destas mensagens, principalmente as do NT.

A minha crítica diz respeito àqueles que não querem distinguir os campos dos conhecimentos, criados pelos próprios cristãos e que, em uma atitude que passa para o campo da desonestidade, acusam os cientistas (ateus e não-ateus) de subserviência à supostos interesses escusos.

Obrigado pela consideração Geo.
E esse meu silêncio é o mais profundo respeito que posso demonstrar pela classe.
Já que não posso colaborar ajudando, procuro não atrapalhar :ok:
"Se a moralidade representa o modo como gostaríamos que o mundo funcionasse, a economia representa o modo como ele realmente funciona" Freakonomics.

Offline Spitfire

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #922 Online: 04 de Outubro de 2010, 11:54:58 »
Desmontem a Bibria... revelem como ela trata-se de uma adulteração fraudulenta da Torah e acabe com o argumento criacionista na sua origem.... simples.



Spitfire isso é muito complicado. Como demonstrar científicamente que as cobras não falam e nem comem pó e a mulher não veio da costela do homem?

Falo de literalidade da bíblia... como interpretar ela de forma literal se nela foram omitidas informações (e acrescentadas outras) que estão contidas na mitologia original? Quem te disse que através da cabala e da Torah Oral não contenham informações que permitam outra interpretação, adversa, ao que foi escrito na Torah?

Deturparam o mito original e querem (os criacionistas) que eu interprete a versão deles de forma literal??? Non-sense...

Offline André Luiz

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #923 Online: 04 de Outubro de 2010, 14:08:22 »
Torah que por sua vez é uma deturpaçao de outro mito original, este por sua vez é a deturpaçao de outro e assim vai

Os gregos tinham uma soluçao interessante pra este dilema ( trazer seus mitos e crenças para o mundo real), para eles estas paradas aconteçeram numa idade mitica, no tempo antes do tempo, ou algo assim.

E ja vi algo parecido por parte dos cristaos tambem, (dos que dizem que é impossivel se provar a veracidade da biblia),  ja que Javé pode mudar a realidade quando bem entender  o que chegou até os escritores da biblia seriam revelaçoes divinas, fragementos desta idade mitica

É viagem é, mas pelo menos é mais honesto do que isso

http://br.noticias.yahoo.com/s/afp/100923/saude/ci__ncia_religi__o_b__blia_eua_oriente_m__dio

A materia apenas diz que em condiçoes especificas o mar vermelho pode se "abrir"



 
« Última modificação: 04 de Outubro de 2010, 14:20:34 por André Luiz »

Offline West

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Re: Argumentos teístas freqüentes e suas refutações.
« Resposta #924 Online: 04 de Outubro de 2010, 15:39:53 »

Tipo "a Terra é plana" (já que há uma montanha tão alta que lá de cima se pode ver toda ela).

acho que já respondi a esta alegação:


Do livro a case of a creator, de Lee  Strobel

Escritores de livros de astronomia apenas mantem a reciclagem do mito da Terra plana, que era a idéia de que Colombo foi informado que a Terra era plana e ele pensou que era redonda. Isso é um mito também. " Os estudiosos daquela época sabiam que a terra era uma esfera. Mesmo os antigos gregos sabiam que era uma esfera. Eles o sabiam durante mil anos ou mais. David Lindberg, ex-professor de história da ciência e atualmente diretor do Instituto de Investigação em Ciências Humanas da Universidade de Wisconsin, disse em uma entrevista recente: E um mito  óbvio que antes de Colombo, os europeus acreditavam quase por unanimidade em uma terra plana, alegadamente tiradas de certas afirmações bíblicas e executadas pela igreja medieval. Este mito parece ter tido uma origem século XVIII, elaborado e popularizado por Washington Irving, que flagrantemente fabricou provas para isso em sua história em quatro volumes de Colombo .... A verdade é que é quase impossível encontrar uma pessoa educada depois de Aristóteles que duvida que a Terra é uma esfera. Na Idade Média, não poderia surgir de qualquer tipo de educação, a escola da catedral ou na universidade, sem ser muito claro sobre a esfericidade da Terra e até mesmo sua circunferência aproximada.

tem que fazer também uma distinção quando a biblia fala de forma figurativa, e não literal.


Os gregos podem ter legado a ideia de esfericidade da terra ao demais povos antigos ( e não é isso que estamos discutindo), mas para a cosmologia bíblica hebraica o universo seria formado por um oceano infinito, chamado de abismo, onde a terra estaria imersa. Esta, por sua vez, também, segunda a visão bíblia, teria a forma plana e seria coberta por uma cúpula transparente chamamada firmamento que teria a função de impedir que as águas do abismo desabassem sembre ela, sendo que neste mesmo firmamento teria Deus fixado a lua, o sol e as estrelas.

http://www.webartigos.com/articles/14360/1/A-influencia-do-mito-cosmogonico-aquatico-nos-relatos-da-Criacao-do-Mundo-de-Genesis-apontamentos-sobre-a-visao-cosmologica-dos-antigos-hebreus/pagina1.html

http://nihilsubsolenovum.wordpress.com/2009/04/13/a-cosmologia-biblica/
"Houve um tempo em que os anjos perambulavam na terra.
Agora não se acham nem no céu."
__________
Provérbio Iídiche.

"Acerca dos deuses não tenho como saber nem se eles existem nem se eles não
existem, nem qual sua aparência. Muitas coisas impedem meu conhecimento.
Entres elas, o fato de que eles nunca aparecem."
__________
Protágoras.Ensaio sobre os deuses. Séc. V a.C.

 

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