Por que a quase totalidade das pessoas vê problema em matar pós-natos a troco de nada, mas uma parcela acha aceitável matar pré-natos?
A resposta, ao meu ver, está em 2 fatores: proximidade e empatia.
Proximidade: a grande maioria dos seres humanos possui pessoas ligadas à ela por laços de parentesco, amizade, afetivos, econômicos e etc. Ou seja, possui pessoas que se importam se elas forem mortas. Com os pré-natos isso nem sempre ocorre, dado o fato dele estar "escondido". Os casos em que o fator proximidade não entra (Ex: ermitões, indigentes, etc) entra o fator empatia, que explicarei a seguir.
Empatia: a maioria dos seres humanos sabe se imaginar no lugar de outros seres humanos. Sabem que algo que ocorreu a alguém poderia ter ocorrido com ele próprio. Isso gera uma espécie de "acordo" (em nível emocional) para que as pessoas não pratiquem ou defendam a prática indiscriminada de atos danosos contra outros seres humanos, pois poderiam ocorrer também com ela própria. Se o homicídio for combatido em geral, a chance do indivíduo ser assassinado é menor.
Com os fetos, essa empatia quase sempre não ocorre. Além do fato dele estar "escondido" (já dito), todas as pessoas que pensam sobre essa questão já nasceram, estando portanto 100% livres do risco de serem "abortadas". Daí vem a completa falta de "identificação" ou "empatia" com a situação dos pré-natos.