Num modelo anarquista como o que você propõe, quem impediria um serviço de segurança de manter dentro de sua esfera de controle um regime escravista, por exemplo?
Nono, eu não estou propondo nada. Só estava respondendo à pergunta lá de cima sobre como seria a segurança numa anarquia, apenas dei alguns exemplos.
para se manterem na linha, no seu exemplo uma companhia privada encarregada de manter a segurança, essas mesmas companhias também precisam de uma força maior que as fiscalize, as impeça de cometer abusos
O consumidor.
Como é o caso do Estado: quem o fiscaliza é a população.
Se eliminamos o Estado fragmentamos o poder e perdemos o controle sobre ele.
A idéia é justamente essa. Soberania individual às pessoas, cujos defensores são contratados.
A empresa receberia diretamente do consumidor, e responderia a ele diretamente acerca de seus serviços.
quem impediria um serviço de segurança de manter dentro de sua esfera de controle um regime escravista
Daí entramos no campo da lei e da ética. Num sistema cujo poder está na mão do indivíduo, seria inválido qualquer contrato de venda do próprio corpo.
Se o indivíduo fosse coagido, poderia contratar outra empresa, apelar à lei, se armar, chamar seus amigos e matar o dono da empresa, etc. De qualquer forma, uma empresa escravagista perderia muitos clientes. Talvez não seja economicamente viável uma escravidão desse tipo, mas não sei dizer com certeza o que aconteceria.