Eu não vejo contradição, o correto é você apontar as contradições que considera, para posterior análise.
Se a contradição está latente para você vou carifica-la então, conhecimento objetivo para Popper é uma teoria empíricamente falseável, a reencarnação não é empírica, é um pressuposto transcedental, logo é um princípio infalseável e entra em total discrepância com a definição popperiana...
Reencarnação é uma palavra muito antiquada até para lidar com essa questão. Por isso que na consciênciologia se usa a palavra serialidade existêncial como característica. E não é linguajar difícil nem para iludir ninguém não, é que uma palavra está carregada de conceitos religiosos e a outra é mais isenta.
Temos no livro de Popper em conjunto com Eccles,
O cérebro e o pensamento, e no livro
O conhecimento objetivo e problema corpo-mente uma boa aborgadem sobre isso. Estou lendo por enquanto
um paper relativo a isso.
E pela projeciologia, uma área da parapsicologia, que estuda a projeção da consciência para fora do corpo humano, a experiência da projetabilidade é totalmente empírica, perceptivel ao pesquisador. Tanto que já existe um tratado sobre isso e vários institudos de pesquisa. A obra principal de autoria do Waldo Vieira tem uma lista extensa de fontes bibliográficas, estando a maioria na biblioteca do Centro de Altos Estudos da Consciênciologia, o CEAEC em Foz do Iguaçu. Para Popper, o conhecimento objetivo é essa construção humana, a realidade humana e social, através de livros e universidades.
Pretendo ler algo a respeito sim, mas se você já leu seria interessante passar esse conhecimento.
Porquê?
Na verdade o que kant demonstrou em seu sistema foi o que acontece quando a razão tenta ir além dos limites da experiência e a arrogar-se de verdades metafísicas sobre a própria realidade. A razão dá origem ao que kant chama de “IDÉIAS” que são puros conceitos de razão. Porque temos razão, é natural que tenhamos tais idéias Adriano e elas surgem quando tentamos pensar em termos de uma unidade não condicionada ou absoluta...
kant acreditava que poderia ser possível derivar sistematicamente as idéias da razão de um estudo da lógica tradicional, nesta ocasião das formas do argumento silogístico. A metafísica, pensava kant, preocupava-se caracteristicamente com Deus, liberdade e imortalidade ao passo que seu sistema oferecia um contexto no qual esse pensamento metafísico, e a ilusão metafísica, deveriam ser ordenados. As três classes de idéias transcendentais, segundo kant, podiam ser arranjadas em uma ordem, a primeira contendo a unidade absoluta (não condicionada) do sujeito pensante, já a segunda, a unidade absoluta da série das condições da aparência e a terceira a unidade absoluta da condição de todos os objetos do pensamento em geral. Elas dizem respeito ao sujeito pensante (e destarte às ilusões da psicologia especulativa) e a Deus como a mais alta condição de possibilidade de tudo em que se pode pensar e portanto, às ilusões de teologia especulativa...
Quando essas idéias são aplicadas dessa maneira, fora dos limites da experiência possível e condicionada, elas dão origem a certas inferências pseudo racionais que são na verdade defeitos da razão. A estes kant chama de paralogismos, antinomias e ideais da razão pura.
O que pouco que li, mesmo na Wikipédia, é que esses limites da experiência de davam com o tempo e o espaço, e por isso a física seria a base de toda a lógica e conhecimento humano. Assim, a metafísica seria o que ultrapassa esses conceitos, na sua época o de tempo e espaço, que eram algo mais rígido.
Hoje temos os limites físicos expandidos, juntamente com a física quantica, que foi a base para a neurosifiologia de Eccles e conseguentemente influenciou a filosofia de Popper.
Kant ainda me parece muito complexo, tem muito a ver com inatismo, que é muito interessante, mas não vejo a princípio nenhuma contradição com Popper. E só descartar a palavra deus do contexto e fica ótimo, ao meu ver.