Não me importo não, Dantas. Só não o fiz logo justamente para não cair indevidamente em flood 
Quem faz a menção sobre essa abertura mental é Thomas Kuhn, com a noção de paradigma como fator preponderante para as revoluções científicas. O que entendo de Lakatos, é que este retoma a racionalidade crítica de Popper, algo que Kuhn "refuta" ao falar de paradigma, e mescla isso na sua teoria das metodologias dos programas de pesquisa científica - MPPC. Assim a mudança não se dá num passe de mágica na cabeça dos cientístas e sim na contrução de metodologias programáticas, que eu associo as da consciênciologia.
Vamos esquecer por um momento quem disse o quê (quase meia noite; e esta realmente não é minha área de conhecimento). Isso posto, eu não entendi direito o parágrafo acima.
O Einstein não mudou o modo de fazer ciência. Ele propôs, dentro do Método Científico tradicional, uma nova interpretação dos mesmos resultados obtidos por Michaelson e Morley. Tomou uma coisa que já tinha ficado subjacente do Eletromagnetismo de Maxwell, umas contas malucas que o Lorentz já tinha feito e disse: "vocês não estão encontrando o valor da velocidade de arraste da Terra em relação ao Éter porque ele não existe!".
ISSO foi uma quebra de paradigma -- mas a ciência em si não mudou, nem mudaram os métodos dela. Apenas alguém que teve que chegar e dar uma outra interpretação para explicar o que estava mais ou menos óbvio, mas que de tão na cara não tinha sido percebido ainda.
Isso que entendi é diferente do que você está dizendo? Se for diferente, então O QUÊ você está dizendo?? Ainda não consegui alcançar.
Diferente é a interpretação da história da ciência. Mas já li críticas a Lakatos numa abordagem sobre a metodologia econômica, em que retomavam Popper, com a falseabilidade.
Eu discordo da idéia de que o método não mudou, já que as teorias estão muito ligadas ao método, e isso fica bem claro pra mim na teoria popperiana. A falseabilidade não é apenas em torno de idéias e hipóteses, por isso que existe a crítica da mudança de paradigma que muda também o método, revoluciona a ciência. Já existe uma idéia assim em Popper, mas a ideía de metodologia de programas de pesquisa é mais abrangente, embora muitas críticas dizem que não existiu tal programa em muitos casos.
O que digo, e está de acordo com os filósofos da ciência, é que não existe esse tal de método científico útico e imutável que está alegando. Por isso que digo que quando surge uma lista de procedimentos, que isso é receita de bolo, e que não resolve a situação de explicar o avanço científico e muito menos de limita-lo. Mas é apenas a minha opinião.
Eu não acho adequada a comparação com a homeopatia, até por eu nem saber o que seja direito, não é um dos temas que me interesso.
Sucintamente, a Homeopatia afirma que o princípio ativo dos seus remédios sobrevive a inúmeras diluições em água. Quimicamente, uma pastilha Homeopática não é diferente de água, farinha e açúcar, mas os Homeopatas juram de pés juntos que são remédios poderosos. E quando as pesquisas científicas demonstram que a eficácia deles não é diferente da esperada de um Placebo, os Homeopatas simplesmente dizem que o Método Científico não é capaz de aferir a real eficácia de seus remédios.
Eu comparo com as alegações da Conscienciologia porque no meu entender também ela afirma coisas que não podem ser verificadas empiricamente a contento, e você parece propor (a menos que eu tenha entendido TUDO errado) que é preciso um novo Método Científico para verificar a validade dessas alegações - que essencialmente é o mesmo que a Homeopatia afirma.
O que eu diria é que existe uma interpretação diferente sobre o significado do método científico. E disso já esto cansado de ver no fórum e nos textos sobre ceticismo e ciência, que todos alegam o método científico, como se fosse uma lei imutável e totalmente definida, ainda mais com a multiplas áreas do saber que existem.
A física é a base, então é natural que o método utilizado por essa seja mais influente, mas não dá para estender isso para outras áreas, nem mesmo a biologia atua da mesma maneira, quem dirá as ciências humanas e psiquicas, na qual a consciênciologia está adentrando.
Mas acima de tudo fica a opinião pessoal de cada um, já que eu considero os experimentos satisfatórios e você não, não acha válido o empirismo. Aliás esse ponto já tinha ficado claro entre a gente. O que muda agora são as justificativas que cada um dá. Foi avançado um pouco nesse sentido.