No dia a dia, eu noto duas situações distintas:
PRIMEIRA SITUAÇÃO: A pirataria feita com o único intuito de lucro, os camelôs são apenas uma parte do elo, várias pessoas fazem parte desse esquema;
SEGUNDA SITUAÇÃO: A pirataria que é praticada pela pelos usuários de internet (os grupos espalhados pelas redes P2P são um exemplo). O conteúdo pirateado é exclusivamente formado por: filmes, músicas, programas, jogos, HQs e livros. Mesmo estes se dividem em três grupos distintos:
- Os que produzem o conteúdo ilegal, mas veêm nisso uma tática para que a indústria pratique preços mais acessíveis. Mesmo assim é raro aparecer alguém comemorando porque comprou o DVD original de certo filme ou série, ou então porque algum jogo ou software teve o preço reduzido.
- Aqueles que copiam o material protegido, mas fazem isso porque são anarquistas (na definição deles) e acham que esse tipo de conteúdo deveria ser liberado e ponto final.
- Os que disponibilizam conteúdo que tem um mercado muito restrito ou então já não estão a venda, a grande maioria dos arquivos é composta de produções pouco conhecidas do grande público ou filmes cults.
Esses são os que produzem os produtos piratas, na outra ponta temos os consumidores, que são bem mais variados e estão espalhados por toda a população. Não dá para separá-los em grupos, mas é fácil descobrir o porquê de tanta gente adquirir produtos piratas:
- É mais barato;
- É fácil de encontrar, você não precisa se arriscar numa favela violenta para adquirir uma cópia de um tênis, ele é vendido livremente em camelôs e lojas populares;
- Dificilmente você será preso porque esta ouvindo um player recheado de mp3 piratas;
- O acesso a produtos de marcas famosas e por um preço mais acessível, mesmo que seja uma cópia mal feita (existem exceções, lógico). No Paraguai existem imitações de Rolex por R$500,00, enquanto o original custa R$8.000,00;
- É o crime que você comete no conforto de sua casa, sem que para isso tenha de se arriscar e muito menos esconder dos amigos ( a não ser que o amigo seja muito chato e sempre peça uma cópia para ele assistir ou ouvir em casa).
Em tempo: eu não estou defendendo ninguém, apenas coloquei aqui o que eu entendo que seja pirataria e o porquê de tanta gente praticá-la sem se preocupar com as consequências.
A meu ver, e posso estar muito enganado, o combate deveria visar principalmente quem produz este material, e não, como algumas propostas que surgiram, policiar a rede de alguma forma. Eu mantenho a minha opinião (expressa em um tópico anterior) de que uma ferramenta de controle da internet nas mãos de um estado inexcrupuloso poderia ser muito perigosa, sem falar que tal ferramente teria que ser, devido a sua natureza, bastante invasiva.
Obviamente que um estado inexcrupuloso poderia criar tal ferramenta a qualquer momento, mas já imaginou alguém aqui do fórum tendo de se explicar porque só chama o Lula* de ladrão**?
* Citei ele porque é o presidente atual, mas pode ser qualquer um.
** Não me refiro a ninguém em particular.