Autor Tópico: Legalização da maconha  (Lida 135930 vezes)

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Offline DDV

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1125 Online: 04 de Novembro de 2012, 14:15:40 »

Putz, tô arrependido de ter escrito isso. A razão da comparação foi exatamente o que eu escrevi no post acima.

Citação de: Franky
O paracetamol (entre outros exemplos) oferece um risco muito maior que a cannabis

Até onde eu saiba, isso é completamente falso, ainda mais com esse "muito" aí.

Pode elaborar mais?



Os principais riscos do paracetamol só ocorrem quando o mesmo é usado de forma crônica (hepatotoxicidade) e quando usado acima da dose máxima diária. São situações raras, dado que ninguém tem interesse em ficar tomando paracetamol acima do recomendado e de forma contínua, como fazem com a maconha.

 
Não acredite em quem lhe disser que a verdade não existe.

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Offline Muad'Dib

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1126 Online: 04 de Novembro de 2012, 14:19:08 »
Citação de: Franky
Mas minha forma insatisfatória de me expressar não anula o fato de paracetamol oferecer risco à vida, alguns comprimidos são suficientes para matar, e, em comparação, eu posso fumar o dia inteiro cannabis e no dia seguinte acordar como se nada tivesse acontecido.

Ninguém usa paracetamol para ter estados mentais alterados e o paracetamol não vicia. Compará-lo com a maconha é completamente descabido e sem sentido. Se quiser uma comparação melhor, faça-a com medicamentos controlados (opióides, benzodiazepínicos, etc).

Certo.

Mas concordamos que maconha não mata OK? Qual o motivo de ela ser proibida? Saúde pública?


Offline Muad'Dib

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1127 Online: 04 de Novembro de 2012, 14:26:32 »

Putz, tô arrependido de ter escrito isso. A razão da comparação foi exatamente o que eu escrevi no post acima.

Citação de: Franky
O paracetamol (entre outros exemplos) oferece um risco muito maior que a cannabis

Até onde eu saiba, isso é completamente falso, ainda mais com esse "muito" aí.

Pode elaborar mais?



Os principais riscos do paracetamol só ocorrem quando o mesmo é usado de forma crônica (hepatotoxicidade) e quando usado acima da dose máxima diária. São situações raras, dado que ninguém tem interesse em ficar tomando paracetamol acima do recomendado e de forma contínua, como fazem com a maconha.

 

Qual a DL-50 da Cannabis?

EU não queria mais ficar discutindo o paracetamol mas vai um pouco além do que você citou o problema dele.

Offline DDV

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1128 Online: 04 de Novembro de 2012, 14:27:09 »
Citação de: Franky
Mas minha forma insatisfatória de me expressar não anula o fato de paracetamol oferecer risco à vida, alguns comprimidos são suficientes para matar, e, em comparação, eu posso fumar o dia inteiro cannabis e no dia seguinte acordar como se nada tivesse acontecido.

Ninguém usa paracetamol para ter estados mentais alterados e o paracetamol não vicia. Compará-lo com a maconha é completamente descabido e sem sentido. Se quiser uma comparação melhor, faça-a com medicamentos controlados (opióides, benzodiazepínicos, etc).

Certo.

Mas concordamos que maconha não mata OK? Qual o motivo de ela ser proibida? Saúde pública?

Provavelmente pelo potencial de "transtornos" sociais que ela pode causar, parecidos com os causados pelo álcool, e o fato de sua proibição ser viável, dado que não é uma droga popular como o álcool.
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Offline DDV

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1129 Online: 04 de Novembro de 2012, 14:32:17 »

Putz, tô arrependido de ter escrito isso. A razão da comparação foi exatamente o que eu escrevi no post acima.

Citação de: Franky
O paracetamol (entre outros exemplos) oferece um risco muito maior que a cannabis

Até onde eu saiba, isso é completamente falso, ainda mais com esse "muito" aí.

Pode elaborar mais?



Os principais riscos do paracetamol só ocorrem quando o mesmo é usado de forma crônica (hepatotoxicidade) e quando usado acima da dose máxima diária. São situações raras, dado que ninguém tem interesse em ficar tomando paracetamol acima do recomendado e de forma contínua, como fazem com a maconha.

 

Qual a DL-50 da Cannabis?

EU não queria mais ficar discutindo o paracetamol mas vai um pouco além do que você citou o problema dele.

A DL50 não é o único fator a ser considerado quando se fala dos riscos de uma droga, dado que a morte não é o único tipo de mal que uma droga pode causar.

E todo medicamento de uso corriqueiro tem riscos, interações com outras drogas, efeitos colaterais e idiossincráticos, alguns mais e outros menos. A questão toda é a relação risco-benefício, que no caso específico do paracetamol, nas doses e na forma recomendada, é MUITO baixo.

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Offline Price

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1130 Online: 04 de Novembro de 2012, 17:30:08 »
Cannabis é um psicotrópico, paracetamol não, e o principal motivo para não comparar os dois é essa diferença.

É o mesmo que comparar paracetamol com tramadol ou codeína, todos podem ser utilizados como analgésicos, porém os dois últimos são opiáceos, e devem ser controlados.

A finalidade da comparação foi tentar mostrar que o argumento "Saúde Pública" usado para sustentar a proibição da cannabis não é coerente.


Os malefícios do paracetamol não são grandes o suficiente para serem mais destacáveis do que seus benefícios. Os malefícios e benefícios da cannabis ainda não são satisfatórios para uma relação malefício/benefício na proposição de uma mudança na abordagem hospitalar.

-

De fato alcançar a DL50 do THC pelo consumo de cannabis é bastante difícil, porém como isso é questão de dano causado por dosagem e não dano causado pelos efeitos da substância, não vejo sentido em utilizar esse argumento.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Price

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1131 Online: 04 de Novembro de 2012, 17:31:34 »

Putz, tô arrependido de ter escrito isso. A razão da comparação foi exatamente o que eu escrevi no post acima.

Citação de: Franky
O paracetamol (entre outros exemplos) oferece um risco muito maior que a cannabis

Até onde eu saiba, isso é completamente falso, ainda mais com esse "muito" aí.

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Os principais riscos do paracetamol só ocorrem quando o mesmo é usado de forma crônica (hepatotoxicidade) e quando usado acima da dose máxima diária. São situações raras, dado que ninguém tem interesse em ficar tomando paracetamol acima do recomendado e de forma contínua, como fazem com a maconha.

 

Qual a DL-50 da Cannabis?

EU não queria mais ficar discutindo o paracetamol mas vai um pouco além do que você citou o problema dele.

Cannabis não é princípio ativo para ter DL50. O que tem é o THC.
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Offline EuSouOqueSou

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1132 Online: 04 de Novembro de 2012, 19:26:29 »
[...]
Certo.

Mas concordamos que maconha não mata OK? Qual o motivo de ela ser proibida? Saúde pública?

Provavelmente pelo potencial de "transtornos" sociais que ela pode causar, parecidos com os causados pelo álcool, e o fato de sua proibição ser viável, dado que não é uma droga popular como o álcool.

Não mesmo, os danos sociais causados pelo álcool são bem maiores que os causados pela maconha.

Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline JohnnyRivers

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Washington libera maconha para uso recreativo
« Resposta #1133 Online: 07 de Novembro de 2012, 09:05:12 »
Citar

Washington - Os eleitores do Estado norte-americano do Maine aprovaram nesta terça-feira (6) a união civil entre pessoas do mesmo sexo. Ao mesmo tempo, o Estado de Washington tornou-se o primeiro dos EUA a liberar o uso recreativo da maconha.

As votações fizeram parte de uma série de plebiscitos simultâneos às eleições para a presidência, o Senado e a Câmara nos Estados Unidos.

A união civil entre pessoas do mesmo sexo é permitida em seis Estados norte-americanos e no Distrito de Colúmbia, mas a consulta realizada no Maine resultou no primeiro caso de aprovação do casamento entre homossexuais pelo voto popular nos EUA. Desde 1998, medidas similares foram rechaçadas nas urnas em mais de 30 dos 50 Estados norte-americanos.

Em Washington, a aprovação do uso recreativo da maconha estabelece um sistema por meio do qual o Estado concede autorizações para o cultivo, o processamento e a comercialização da droga.

Adultos maiores de 21 anos poderão comprar até 28 gramas de maconha. A lei aprovada em plebiscito também estabelece um limite para a presença da droga no organismo de motoristas flagrados sob efeito da substância. As informações são da Associated Press.

Exame

Edit: Acabei criando um tópico por falta de atenção minha, mas se quiserem juntar ao já existente: Legalização da Maconha.
« Última modificação: 07 de Novembro de 2012, 09:10:38 por JohnnyRivers »
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Offline EuSouOqueSou

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1134 Online: 18 de Novembro de 2012, 14:43:13 »
Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

Offline Price

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1135 Online: 18 de Novembro de 2012, 14:57:33 »
Mais uma vez o povo comparando duas drogas totalmente diferentes. |(
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Offline Muad'Dib

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1136 Online: 18 de Novembro de 2012, 15:13:15 »

Putz, tô arrependido de ter escrito isso. A razão da comparação foi exatamente o que eu escrevi no post acima.

Citação de: Franky
O paracetamol (entre outros exemplos) oferece um risco muito maior que a cannabis

Até onde eu saiba, isso é completamente falso, ainda mais com esse "muito" aí.

Pode elaborar mais?



Os principais riscos do paracetamol só ocorrem quando o mesmo é usado de forma crônica (hepatotoxicidade) e quando usado acima da dose máxima diária. São situações raras, dado que ninguém tem interesse em ficar tomando paracetamol acima do recomendado e de forma contínua, como fazem com a maconha.

 

Qual a DL-50 da Cannabis?

EU não queria mais ficar discutindo o paracetamol mas vai um pouco além do que você citou o problema dele.

Cannabis não é princípio ativo para ter DL50. O que tem é o THC.

Nós não estamos em um congresso de farmacologia Price.

THC não é o único princípio ativo da cannabis.

DL-50 da maconha é uma forma de dizer. O que interessa aqui é que maconha não mata e não deixa sequelas.




Offline Price

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1137 Online: 18 de Novembro de 2012, 15:27:22 »

Putz, tô arrependido de ter escrito isso. A razão da comparação foi exatamente o que eu escrevi no post acima.

Citação de: Franky
O paracetamol (entre outros exemplos) oferece um risco muito maior que a cannabis

Até onde eu saiba, isso é completamente falso, ainda mais com esse "muito" aí.

Pode elaborar mais?



Os principais riscos do paracetamol só ocorrem quando o mesmo é usado de forma crônica (hepatotoxicidade) e quando usado acima da dose máxima diária. São situações raras, dado que ninguém tem interesse em ficar tomando paracetamol acima do recomendado e de forma contínua, como fazem com a maconha.

 

Qual a DL-50 da Cannabis?

EU não queria mais ficar discutindo o paracetamol mas vai um pouco além do que você citou o problema dele.

Cannabis não é princípio ativo para ter DL50. O que tem é o THC.

Nós não estamos em um congresso de farmacologia Price.

THC não é o único princípio ativo da cannabis.

DL-50 da maconha é uma forma de dizer. O que interessa aqui é que maconha não mata e não deixa sequelas.

THC é o único princípio ativo, que por sua vez tem 5 derivados, que não têm DL-50.

Farmacologicamente a maconha não mata, não existe consenso sobre suas causas a longo prazo a respeito de sequelas ou geração de doenças.
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Offline SnowRaptor

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1138 Online: 19 de Novembro de 2012, 16:56:15 »
[...]Farmacologicamente a maconha não mata, não existe consenso sobre suas causas a longo prazo a respeito de sequelas[...]

A parte que eu grifei é fundamental. E é o foco de toda a controvérsia: se não há consenso, vêm os defensores da maconha dizer que "ninguém provou que faz mal" e os antimaconhistas retrucam com "ninguém provou que não faz mal". E ficam os dois lados com achismos e a discussão não acaba.
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

-- François Jacob, 1997

Offline JohnnyRivers

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1139 Online: 19 de Novembro de 2012, 17:05:48 »
[...]Farmacologicamente a maconha não mata, não existe consenso sobre suas causas a longo prazo a respeito de sequelas[...]

A parte que eu grifei é fundamental. E é o foco de toda a controvérsia: se não há consenso, vêm os defensores da maconha dizer que "ninguém provou que faz mal" e os antimaconhistas retrucam com "ninguém provou que não faz mal". E ficam os dois lados com achismos e a discussão não acaba.

Acabar não acaba, mas sempre da uma parada até que a brisa passe...

O meu achismo diz que maconha não deve ter efeitos no corpo humano mais negativos que o da nicotina a longo prazo.
"Que homem é um homem que não torna o mundo melhor?"

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Offline Price

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1140 Online: 19 de Novembro de 2012, 17:37:40 »
[...]Farmacologicamente a maconha não mata, não existe consenso sobre suas causas a longo prazo a respeito de sequelas[...]

A parte que eu grifei é fundamental. E é o foco de toda a controvérsia: se não há consenso, vêm os defensores da maconha dizer que "ninguém provou que faz mal" e os antimaconhistas retrucam com "ninguém provou que não faz mal". E ficam os dois lados com achismos e a discussão não acaba.

Quando os argumentos de um lado são melhores do que os outros há a liberação ou proibição, simples.

Na Califórnia não escolheram esperar os estudos sobre minimização dos efeitos negativos da maconha e consideraram suficiente o que já foi constatado como benéfico.
No Brasil, os estudos sobre a maleficidade da droga são suficientes para que a mesma seja proibida e os sobre a beneficidade da mesma ainda não são suficientes para a liberação.

Os estudos pró-maconha indicam bons resultados, mas ainda não vimos resultados que não sejam atingidos com outras drogas que por sinal não causam dependência. Sobre o THC, imagino que a maconha seja produzida com fins farmaceuticos e que somente o THC seja utilizado, de forma sintetizada que evite vício.
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A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Muad'Dib

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1141 Online: 08 de Dezembro de 2012, 18:01:24 »
Trechos de uma defesa da cannabis pelo senhos X.

"I do not consider myself a religious person in the usual sense, but there is a religious aspect to some highs. The heightened sensitivity in all areas gives me a feeling of communion with my surroundings, both animate and inanimate. Sometimes a kind of existential perception of the absurd comes over me and I see with awful certainty the hypocrisies and posturing of myself and my fellow men. And at other times, there is a different sense of the absurd, a playful and whimsical awareness. Both of these senses of the absurd can be communicated, and some of the most rewarding highs I’ve had have been in sharing talk and perceptions and humor. Cannabis brings us an awareness that we spend a lifetime being trained to overlook and forget and put out of our minds. A sense of what the world is really like can be maddening; cannabis has brought me some feelings for what it is like to be crazy, and how we use that word ‘crazy’ to avoid thinking about things that are too painful for us. In the Soviet Union political dissidents are routinely placed in insane asylums. The same kind of thing, a little more subtle perhaps, occurs here: ‘did you hear what Lenny Bruce said yesterday? He must be crazy.’ When high on cannabis I discovered that there’s somebody inside in those people we call mad."

"There is a myth about such highs: the user has an illusion of great insight, but it does not survive scrutiny in the morning. I am convinced that this is an error, and that the devastating insights achieved when high are real insights; the main problem is putting these insights in a form acceptable to the quite different self that we are when we’re down the next day. Some of the hardest work I’ve ever done has been to put such insights down on tape or in writing. The problem is that ten even more interesting ideas or images have to be lost in the effort of recording one. It is easy to understand why someone might think it’s a waste of effort going to all that trouble to set the thought down, a kind of intrusion of the Protestant Ethic. But since I live almost all my life down I’ve made the effort – successfully, I think. Incidentally, I find that reasonably good insights can be remembered the next day, but only if some effort has been made to set them down another way. If I write the insight down or tell it to someone, then I can remember it with no assistance the following morning; but if I merely say to myself that I must make an effort to remember, I never do."

"There is a very nice self-titering aspect to cannabis. Each puff is a very small dose; the time lag between inhaling a puff and sensing its effect is small; and there is no desire for more after the high is there. I think the ratio, R, of the time to sense the dose taken to the time required to take an excessive dose is an important quantity. R is very large for LSD (which I’ve never taken) and reasonably short for cannabis. Small values of R should be one measure of the safety of psychedelic drugs. When cannabis is legalized, I hope to see this ratio as one of he parameters printed on the pack. I hope that time isn’t too distant; the illegality of cannabis is outrageous, an impediment to full utilization of a drug which helps produce the serenity and insight, sensitivity and fellowship so desperately needed in this increasingly mad and dangerous world."


Offline Derfel

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1142 Online: 08 de Dezembro de 2012, 18:52:19 »
[...]Farmacologicamente a maconha não mata, não existe consenso sobre suas causas a longo prazo a respeito de sequelas[...]

A parte que eu grifei é fundamental. E é o foco de toda a controvérsia: se não há consenso, vêm os defensores da maconha dizer que "ninguém provou que faz mal" e os antimaconhistas retrucam com "ninguém provou que não faz mal". E ficam os dois lados com achismos e a discussão não acaba.

Quando os argumentos de um lado são melhores do que os outros há a liberação ou proibição, simples.

Na Califórnia não escolheram esperar os estudos sobre minimização dos efeitos negativos da maconha e consideraram suficiente o que já foi constatado como benéfico.
No Brasil, os estudos sobre a maleficidade da droga são suficientes para que a mesma seja proibida e os sobre a beneficidade da mesma ainda não são suficientes para a liberação.

Os estudos pró-maconha indicam bons resultados, mas ainda não vimos resultados que não sejam atingidos com outras drogas que por sinal não causam dependência. Sobre o THC, imagino que a maconha seja produzida com fins farmaceuticos e que somente o THC seja utilizado, de forma sintetizada que evite vício.

Pelo que vejo, a questão da proibição da maconha se trata mais de um problema político e de segurança que propriamente de saúde. Mesmo porque existe dentro da Saúde Mental e da Saúde Pública de uma maneira geral um certo consenso que os malefícios da proibição da maconha são maiores que os causados pela droga em si.

Offline AleYsatis

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1143 Online: 08 de Dezembro de 2012, 21:31:13 »
O que importa é que na minha Kitnet ela já legalizada faz tempo...  :histeria:
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Offline DDV

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1144 Online: 08 de Dezembro de 2012, 21:35:26 »
O que importa é que na minha Kitnet ela já legalizada faz tempo...  :histeria:

É de se notar.  :D
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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1145 Online: 08 de Dezembro de 2012, 23:54:57 »
[...]Farmacologicamente a maconha não mata, não existe consenso sobre suas causas a longo prazo a respeito de sequelas[...]

A parte que eu grifei é fundamental. E é o foco de toda a controvérsia: se não há consenso, vêm os defensores da maconha dizer que "ninguém provou que faz mal" e os antimaconhistas retrucam com "ninguém provou que não faz mal". E ficam os dois lados com achismos e a discussão não acaba.

Quando os argumentos de um lado são melhores do que os outros há a liberação ou proibição, simples.

Na Califórnia não escolheram esperar os estudos sobre minimização dos efeitos negativos da maconha e consideraram suficiente o que já foi constatado como benéfico.
No Brasil, os estudos sobre a maleficidade da droga são suficientes para que a mesma seja proibida e os sobre a beneficidade da mesma ainda não são suficientes para a liberação.

Os estudos pró-maconha indicam bons resultados, mas ainda não vimos resultados que não sejam atingidos com outras drogas que por sinal não causam dependência. Sobre o THC, imagino que a maconha seja produzida com fins farmaceuticos e que somente o THC seja utilizado, de forma sintetizada que evite vício.

Pelo que vejo, a questão da proibição da maconha se trata mais de um problema político e de segurança que propriamente de saúde. Mesmo porque existe dentro da Saúde Mental e da Saúde Pública de uma maneira geral um certo consenso que os malefícios da proibição da maconha são maiores que os causados pela droga em si.

É. A questão da saúde deve ser a primeira a ser respondida, para que sirva de argumento perante a lei, e não o contrário.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1146 Online: 09 de Dezembro de 2012, 00:01:23 »
[...]
Certo.

Mas concordamos que maconha não mata OK? Qual o motivo de ela ser proibida? Saúde pública?

Provavelmente pelo potencial de "transtornos" sociais que ela pode causar, parecidos com os causados pelo álcool, e o fato de sua proibição ser viável, dado que não é uma droga popular como o álcool.

Não mesmo, os danos sociais causados pelo álcool são bem maiores que os causados pela maconha.



Essa escala considera de alguma forma a proporção do uso?

Offline Derfel

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1147 Online: 09 de Dezembro de 2012, 00:13:43 »
[...]Farmacologicamente a maconha não mata, não existe consenso sobre suas causas a longo prazo a respeito de sequelas[...]

A parte que eu grifei é fundamental. E é o foco de toda a controvérsia: se não há consenso, vêm os defensores da maconha dizer que "ninguém provou que faz mal" e os antimaconhistas retrucam com "ninguém provou que não faz mal". E ficam os dois lados com achismos e a discussão não acaba.

Quando os argumentos de um lado são melhores do que os outros há a liberação ou proibição, simples.

Na Califórnia não escolheram esperar os estudos sobre minimização dos efeitos negativos da maconha e consideraram suficiente o que já foi constatado como benéfico.
No Brasil, os estudos sobre a maleficidade da droga são suficientes para que a mesma seja proibida e os sobre a beneficidade da mesma ainda não são suficientes para a liberação.

Os estudos pró-maconha indicam bons resultados, mas ainda não vimos resultados que não sejam atingidos com outras drogas que por sinal não causam dependência. Sobre o THC, imagino que a maconha seja produzida com fins farmaceuticos e que somente o THC seja utilizado, de forma sintetizada que evite vício.

Pelo que vejo, a questão da proibição da maconha se trata mais de um problema político e de segurança que propriamente de saúde. Mesmo porque existe dentro da Saúde Mental e da Saúde Pública de uma maneira geral um certo consenso que os malefícios da proibição da maconha são maiores que os causados pela droga em si.

É. A questão da saúde deve ser a primeira a ser respondida, para que sirva de argumento perante a lei, e não o contrário.
Então concorda que ela deveria ser liberada?

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1148 Online: 09 de Dezembro de 2012, 00:24:02 »
[...]Farmacologicamente a maconha não mata, não existe consenso sobre suas causas a longo prazo a respeito de sequelas[...]

A parte que eu grifei é fundamental. E é o foco de toda a controvérsia: se não há consenso, vêm os defensores da maconha dizer que "ninguém provou que faz mal" e os antimaconhistas retrucam com "ninguém provou que não faz mal". E ficam os dois lados com achismos e a discussão não acaba.

Quando os argumentos de um lado são melhores do que os outros há a liberação ou proibição, simples.

Na Califórnia não escolheram esperar os estudos sobre minimização dos efeitos negativos da maconha e consideraram suficiente o que já foi constatado como benéfico.
No Brasil, os estudos sobre a maleficidade da droga são suficientes para que a mesma seja proibida e os sobre a beneficidade da mesma ainda não são suficientes para a liberação.

Os estudos pró-maconha indicam bons resultados, mas ainda não vimos resultados que não sejam atingidos com outras drogas que por sinal não causam dependência. Sobre o THC, imagino que a maconha seja produzida com fins farmaceuticos e que somente o THC seja utilizado, de forma sintetizada que evite vício.

Pelo que vejo, a questão da proibição da maconha se trata mais de um problema político e de segurança que propriamente de saúde. Mesmo porque existe dentro da Saúde Mental e da Saúde Pública de uma maneira geral um certo consenso que os malefícios da proibição da maconha são maiores que os causados pela droga em si.

É. A questão da saúde deve ser a primeira a ser respondida, para que sirva de argumento perante a lei, e não o contrário.
Então concorda que ela deveria ser liberada?

Atualmente defendo que seja, porém somente em tratamentos de saúde, com consumo feito em internação.
Se você aceitar algumas colocações minhas...
A única e verdadeira razão de eu fazer este comentário em resposta é deixar absolutamente claro que NÃO ACEITO "colocações" suas nem de quem quer que seja.

Offline Derfel

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1149 Online: 09 de Dezembro de 2012, 00:53:38 »
Não há motivos para o uso em internação e isso não resolveria o problema que é causado pela proibição, talvez apenas criasse mais um.

 

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