Autor Tópico: Legalização da maconha  (Lida 135935 vezes)

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Offline Geotecton

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1250 Online: 29 de Dezembro de 2012, 00:04:22 »
Seja bem vindo Tarvf.
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Offline Moro

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1251 Online: 29 de Dezembro de 2012, 22:32:17 »
Eu já sou da opinião de que a guerra ao tráfico simplesmente não vale a pena. Para mim o governo deveria legalizar TODAS as drogas. A maconha e outras drogas leves poderiam ser abertas para o livre-mercado. Drogas mais pesadas seriam monopólio do governo, que as venderia de maneira controlada, mas por um preço contra o qual os traficantes não fossem capazes de competir.


D acordo. E existe mais, iria a ver a des-dogmatização do assunto, poderia se olhar o tema de maneira mais maduro sem que o usuário possa ser interpretado inclusive como assassino.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Barata Tenno

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1252 Online: 29 de Dezembro de 2012, 22:34:12 »
Eu já sou da opinião de que a guerra ao tráfico simplesmente não vale a pena. Para mim o governo deveria legalizar TODAS as drogas. A maconha e outras drogas leves poderiam ser abertas para o livre-mercado. Drogas mais pesadas seriam monopólio do governo, que as venderia de maneira controlada, mas por um preço contra o qual os traficantes não fossem capazes de competir.


D acordo. E existe mais, iria a ver a des-dogmatização do assunto, poderia se olhar o tema de maneira mais maduro sem que o usuário possa ser interpretado inclusive como assassino.

Se houver a legalização eles deixam de ser assassinos, não seria mais necessario mudar a visão das pessoas.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline Moro

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1253 Online: 29 de Dezembro de 2012, 23:13:10 »
Quis dizer que o viés sobre o tema iria permitir um debate mais amplo. Hoje o debate é praticamente inexistente e muito enviesado.
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Offline Barata Tenno

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1254 Online: 29 de Dezembro de 2012, 23:23:46 »
Quis dizer que o viés sobre o tema iria permitir um debate mais amplo. Hoje o debate é praticamente inexistente e muito enviesado.


Acho que é um problema de geração, essa atual ainda está presa a certos preconceitos, mais uns anos e a maioria dos votantes vão ser os jovens, que tem uma visão bem mais progressista.
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Offline SnowRaptor

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1255 Online: 29 de Dezembro de 2012, 23:38:02 »
Quis dizer que o viés sobre o tema iria permitir um debate mais amplo. Hoje o debate é praticamente inexistente e muito enviesado.


Acho que é um problema de geração, essa atual ainda está presa a certos preconceitos, mais uns anos e a maioria dos votantes vão ser os jovens, que tem uma visão bem mais progressista.

Como diria a frase atribuída a Planck (apesar de a ideia condizer com seus pensamentos): "o progresso é feito de velórios."
Elton Carvalho

Antes de me apresentar sua teoria científica revolucionária, clique AQUI

“Na fase inicial do processo [...] o cientista trabalha através da
imaginação, assim como o artista. Somente depois, quando testes
críticos e experimentação entram em jogo, é que a ciência diverge da
arte.”

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Offline uiliníli

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1256 Online: 29 de Dezembro de 2012, 23:46:20 »
Quis dizer que o viés sobre o tema iria permitir um debate mais amplo. Hoje o debate é praticamente inexistente e muito enviesado.

Acho que é um problema de geração, essa atual ainda está presa a certos preconceitos, mais uns anos e a maioria dos votantes vão ser os jovens, que tem uma visão bem mais progressista.


Não necessariamente. Quando os jovens de hoje substituírem os velhos, provavelmente 153% da população brasileira já vai ser evangélica.

Offline Geotecton

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1257 Online: 30 de Dezembro de 2012, 00:23:32 »
Quis dizer que o viés sobre o tema iria permitir um debate mais amplo. Hoje o debate é praticamente inexistente e muito enviesado.
Acho que é um problema de geração, essa atual ainda está presa a certos preconceitos, mais uns anos e a maioria dos votantes vão ser os jovens, que tem uma visão bem mais progressista.
Não necessariamente. Quando os jovens de hoje substituírem os velhos, provavelmente 153% da população brasileira já vai ser evangélica.

Então estamos todos condenados...
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Offline Moro

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1258 Online: 30 de Dezembro de 2012, 00:53:47 »
Quis dizer que o viés sobre o tema iria permitir um debate mais amplo. Hoje o debate é praticamente inexistente e muito enviesado.

Acho que é um problema de geração, essa atual ainda está presa a certos preconceitos, mais uns anos e a maioria dos votantes vão ser os jovens, que tem uma visão bem mais progressista.


Não necessariamente. Quando os jovens de hoje substituírem os velhos, provavelmente 153% da população brasileira já vai ser evangélica.
Os meus eu garanto. Meus filhos me olham com cara de espanto quando tento explicar a mitologia cristã ou quaisquer outras. Eles me olham tipo.. "alguém pode acreditar nisso?"

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Offline SnowRaptor

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1259 Online: 30 de Dezembro de 2012, 00:57:16 »
Os meus eu garanto. Meus filhos me olham com cara de espanto quando tento explicar a mitologia cristã ou quaisquer outras. Eles me olham tipo.. "alguém pode acreditar nisso?"

SO MUCH WIN!

Como conseguiu isso?

Meu maior medo é que meus filhos venham da escola com papos de "papai do céu".
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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1260 Online: 30 de Dezembro de 2012, 01:09:56 »
Desde pequenos eu fico provocando o ceticismo neles. Tipo, como será que o Coelho da Páscoa entrou em casa? Explica para mim.
Meio que fiz uma adaptação ao dragão na garagem, que foi meu tubarão invisível na piscina de casa. Um dia apareci com o pé machucado e expliquei para eles que havia sido o tubarão na piscina. Aí começaram a perguntar as provas de que ele existe e eu me saía com invisível, sem massa, etc..

Para a mais velha já mostrei o Valdomiro, as farsas do Chico, meninas ressuscitando, o pastor Goku, o mestre Kiai.. Então ela já tem por certo que nos enganamos a nós mesmos e que religião é um conjunto de crenças.

Único porém é que não afirmo que deus não existe, digo que não tenho provas de sua existência e ainda não encontrei algo que precisasse de deus para ser explicado.

Mas eu acho que para nós vai ser natural Snow. Ao contrario do que dizem, não acho o pensamento religioso um padrão, ao contrario, tem que marretar MUITO na cabeça da criança para acreditar em tudo isso.
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Offline uiliníli

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1261 Online: 30 de Dezembro de 2012, 01:19:37 »
Eu tenho uma ligeira suspeita de que tem algo de genético no ceticismo. Eu fui o primeiro da minha família a me tornar ateu. Minha mãe ficou estressadíssima na época e me proibiu de falar sobre religião com meu irmão mais novo... mas ele se tornou agnóstico sozinho e depois minha própria mãe se tornou também.

Minha namorada era evangélica, mas quando começamos a namorar ela já não se considerava mais religiosa. Depois de começarmos a namorar ela se tornou agnóstica, apesar de nunca termos discutido muito sobre religião antes disso. E agora ela me diz que o irmão mais velho dela, de forma independente, também está inclinado para o ateísmo.

Em parte, acho que isso se deve a algo que o Dawkins escreveu no Deus, um Delírio: muitas vezes as pessoas simplesmente se não se dão conta de que existe a opção de não crer em nada, então só de conhecer uma pessoa que vive sem crença e nem por isso é um psicopata/drogado/suicida as pessoas com tendências mais céticas acabam chegando ao ateísmo/agnosticismo sozinhas.

Offline SnowRaptor

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1262 Online: 30 de Dezembro de 2012, 01:35:54 »
Em parte, acho que isso se deve a algo que o Dawkins escreveu no Deus, um Delírio: muitas vezes as pessoas simplesmente se não se dão conta de que existe a opção de não crer em nada, então só de conhecer uma pessoa que vive sem crença e nem por isso é um psicopata/drogado/suicida as pessoas com tendências mais céticas acabam chegando ao ateísmo/agnosticismo sozinhas.

É verdade. Eu mesmo passei muito tempo achando que você tinha que ter religião, tinha que torcer pra algum time, tinha que ter uma banda favorita e uma cor predileta.
Elton Carvalho

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Offline Geotecton

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1263 Online: 30 de Dezembro de 2012, 01:38:58 »
O meu filho tem forte contato com o pensamento religioso por causa dos meus pais, da família em geral, dos amiguinhos de escola e da própria escola, que possui a disciplina de 'ensino religioso'. Eu cheguei ao ponto de proibi-lo de frequentar esta disciplina e, depois de um tempo, ele veio falar comigo, muito triste, porque ele se sentia isolado da sua turma.

Percebi, então, que estava sendo egoísta porquê eu estava subtraindo dele o direito de ser criança e, até mesmo, de escolha. A partir de então, eu permiti que ele voltasse a assistir qualquer aula.

Como contrapartida eu desconstruo todas as estórias religiosas que são contadas para ele por meio de analogias e pela acreção progressiva de informações científicas.

Não tenho nenhuma garantia de que ele não vá para o "lado negro da força", mas é nítido como ele já contesta várias 'informações' vindas da mitologia cristã.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1264 Online: 30 de Dezembro de 2012, 02:56:18 »
Em parte, acho que isso se deve a algo que o Dawkins escreveu no Deus, um Delírio: muitas vezes as pessoas simplesmente se não se dão conta de que existe a opção de não crer em nada, então só de conhecer uma pessoa que vive sem crença e nem por isso é um psicopata/drogado/suicida as pessoas com tendências mais céticas acabam chegando ao ateísmo/agnosticismo sozinhas.

É verdade. Eu mesmo passei muito tempo achando que você tinha que ter religião, tinha que torcer pra algum time, tinha que ter uma banda favorita e uma cor predileta.

Também número da sorte, e uma opinião bem sólida sobre se um aligátor venceria um tubarão branco ou vice-versa.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1265 Online: 30 de Dezembro de 2012, 02:59:43 »
Único porém é que não afirmo que deus não existe, digo que não tenho provas de sua existência e ainda não encontrei algo que precisasse de deus para ser explicado.

Boa. Só acho que poderia evitar de cair nessa de falar em "deus" no singular/Jeová como se fosse meio que uma coisa fundamentalmente diferente de todos os outros deuses... você não tem provas de Jeová, contra ou a favor... mas nem de Zeus, Júpiter, Bumba, e de centenas de outros, já inventados ou ainda por se inventar.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1266 Online: 30 de Dezembro de 2012, 03:07:33 »
Eu já sou da opinião de que a guerra ao tráfico simplesmente não vale a pena. Para mim o governo deveria legalizar TODAS as drogas. A maconha e outras drogas leves poderiam ser abertas para o livre-mercado. Drogas mais pesadas seriam monopólio do governo, que as venderia de maneira controlada, mas por um preço contra o qual os traficantes não fossem capazes de competir.


Você acredita que as drogas já legalizadas não oferecem problemas? E que o governo, por motivos de saúde pública, tenta desincentivá-las?

A legalização plena das drogas leves tem o potencial de aumentar esse tipo de problemas. Você essencialmente está dizendo, "grandes indústrias, podem agora lucrar vendendo essas coisas nocivas para a população. Cada novo viciado é um novo cliente, por anos a fio. Mas não se animem muito porque pretendemos fazer campanhas para reduzir o uso das drogas, até eventualmente eliminá-los levando vocês a falência, se não se diversificarem para outros ramos antes disso. Então aproveitem enquanto é tempo". Muito otimista e ingênuo isso.

Não é necessário ter liberação como alternativa à "guerra contra as drogas".

Offline uiliníli

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1267 Online: 30 de Dezembro de 2012, 03:32:21 »
Você acredita que as drogas já legalizadas não oferecem problemas? E que o governo, por motivos de saúde pública, tenta desincentivá-las?

E é um trabalho necessário e muito efetivo até, eu acredito. Naturalmente essas políticas de desincentivo deveriam existir também para outras drogas que fossem legalizadas (e na verdade elas já existem mesmo elas sendo ilegais.)

Em Portugal, que tem as regras mais liberais da Europa quanto às drogas, o consumo de maconha entre os jovens tem diminuído: http://www.time.com/time/health/article/0,8599,1893946,00.html

Citar
A legalização plena das drogas leves tem o potencial de aumentar esse tipo de problemas. Você essencialmente está dizendo, "grandes indústrias, podem agora lucrar vendendo essas coisas nocivas para a população. Cada novo viciado é um novo cliente, por anos a fio. Mas não se animem muito porque pretendemos fazer campanhas para reduzir o uso das drogas, até eventualmente eliminá-los levando vocês a falência, se não se diversificarem para outros ramos antes disso. Então aproveitem enquanto é tempo". Muito otimista e ingênuo isso.

É exatamente o que se faz com o cigarro, não? Com a bebida, por outro lado, o governo pega bem mais leve.

Citar
Não é necessário ter liberação como alternativa à "guerra contra as drogas".

Qual é a outra alternativa?

Offline AleYsatis

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1268 Online: 30 de Dezembro de 2012, 05:34:36 »
Tentei começar a ler aqui sobre essa discussão e são tantas páginas e é um assunto tão velho, não tenho paciência. É algo tão simples, não importa se o estado vai liberar ou não, as pessoas vão continuar usando. É exatamente igual o aborto, como que um estado pensa que vai conseguir controlar o corpo de 90 milhões de mulheres... ah faça-me o favor, quem quiser abortar vai abortar nem que seja com agulha de crochê em casa... É o mesmo que tentar controlar quem está se masturbando e gozando no ralo dos seus banheiros porque se estabeleceu que espermatozoide é vida... ô batalha ganha...   :stunned:

Mesma coisa as drogas, usar todo mundo vai usar mesmo, então temos que ver o que gera mais custos, mais problemas e etc, e tentar minimizar danos, agora querer acabar com as drogas é de rir para não chorar.

Não sei vocês sabem mas para meia duzia de substâncias controladas e proibidas no mundo existem milhaaaares de plantas e sementes e raízes e cogumelos que sequer regulamentados são, porque não se conhece todos... Eu mesmo compro varias coisas em sites na internet que entrega pelo correio e parcela no cartão de crédito porque não são crime, já que não são regulamentadas no Brasil ainda... Coisas muito mais forte que minha maconhazinha que teoricamente é regula mas eu nunca tive dificuldade de comprar em qualquer esquina...

Ah por favor, como que um governo estabelece leis que visam controlar os corpos das pessoas em coisas completamente subjetivas e ainda controlar a própria natureza, vão fazer o que, baixar um decreto para a natureza parar de fazer essas substancias? Enquanto se está com essa lógica idiota o trafico ta ai matando e gerando gastos pro estado e as pessoas se drogando da mesma forma...
« Última modificação: 30 de Dezembro de 2012, 05:50:01 por AleYsatis »
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Offline AleYsatis

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1269 Online: 30 de Dezembro de 2012, 05:49:12 »
Já viram esse vídeo?? A reportinha da Globo com seu senso comum besta fico fudida quando a entrevistada professora Gilberta Acselrad Coordenadora do Núcleo de drogas da universidade do Rio falou umas verdades sobre as drogas...  :biglol:


"É especifico de quem tem consciência querer experimentar com a consciência."

"O problema é o da perseguição as drogas"

"Não cabe ao estado deixar ou não deixar, as pessoas vão usar, isso faz parte da cultura humana"

"Qual seria o papel do estado? Seria controlar a elaboração e a qualidade de todas as drogas que existem e outras que estamos invetando, e ajudar as pessoas que se sentirem prejudicadas ou que sofram com essa liberdade que é uma liberdade social."

"O que eu aconselho ao jovens é participar de debates e de movimentos de esclarecimento sobre o que SE TORNOU um problema hoje, porque no passado não foi assim. O caos que vivemos com as drogas ele é recente, ele tem no máximo 100 anos."
« Última modificação: 30 de Dezembro de 2012, 05:56:08 por AleYsatis »
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Offline _Juca_

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1270 Online: 30 de Dezembro de 2012, 09:31:35 »
O meu filho tem forte contato com o pensamento religioso por causa dos meus pais, da família em geral, dos amiguinhos de escola e da própria escola, que possui a disciplina de 'ensino religioso'. Eu cheguei ao ponto de proibi-lo de frequentar esta disciplina e, depois de um tempo, ele veio falar comigo, muito triste, porque ele se sentia isolado da sua turma.

Percebi, então, que estava sendo egoísta porquê eu estava subtraindo dele o direito de ser criança e, até mesmo, de escolha. A partir de então, eu permiti que ele voltasse a assistir qualquer aula.

Como contrapartida eu desconstruo todas as estórias religiosas que são contadas para ele por meio de analogias e pela acreção progressiva de informações científicas.

Não tenho nenhuma garantia de que ele não vá para o "lado negro da força", mas é nítido como ele já contesta várias 'informações' vindas da mitologia cristã.

Acontece o mesmo com meu filho, mas nunca tentei influenciar ele, apenas deixo bem claro minha posição, e falo com todas as letras que sou ateu.Inclusive ele frequenta aulas de catecismo, onde todos seus amiguinhos vão. Mas ele não reza e parece que a Igreja é apenas mais um lugar comum para ele.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1271 Online: 30 de Dezembro de 2012, 15:39:42 »
Você acredita que as drogas já legalizadas não oferecem problemas? E que o governo, por motivos de saúde pública, tenta desincentivá-las?

E é um trabalho necessário e muito efetivo até, eu acredito. Naturalmente essas políticas de desincentivo deveriam existir também para outras drogas que fossem legalizadas (e na verdade elas já existem mesmo elas sendo ilegais.)

Em Portugal, que tem as regras mais liberais da Europa quanto às drogas, o consumo de maconha entre os jovens tem diminuído: http://www.time.com/time/health/article/0,8599,1893946,00.html

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A legalização plena das drogas leves tem o potencial de aumentar esse tipo de problemas. Você essencialmente está dizendo, "grandes indústrias, podem agora lucrar vendendo essas coisas nocivas para a população. Cada novo viciado é um novo cliente, por anos a fio. Mas não se animem muito porque pretendemos fazer campanhas para reduzir o uso das drogas, até eventualmente eliminá-los levando vocês a falência, se não se diversificarem para outros ramos antes disso. Então aproveitem enquanto é tempo". Muito otimista e ingênuo isso.

É exatamente o que se faz com o cigarro, não? Com a bebida, por outro lado, o governo pega bem mais leve.

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Não é necessário ter liberação como alternativa à "guerra contra as drogas".

Qual é a outra alternativa?

Resumidamente, só tratar como algo de menor gravidade, e coibir mais pautado em quantidade e meios usados (violência, crianças). Versão mais longa:

../forum/topic=15405.0.html#msg325129



Offline uiliníli

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1273 Online: 30 de Dezembro de 2012, 15:53:16 »

Resumidamente, só tratar como algo de menor gravidade, e coibir mais pautado em quantidade e meios usados (violência, crianças). Versão mais longa:

../forum/topic=15405.0.html#msg325129



Gostei muito disto aqui:

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Lock up dealers based on nastiness, not on volume. All drug dealers supply drugs; only some use violence, or operate flagrantly, or employ juveniles as apprentice dealers. The current system of enforcement, which bases targeting and sentencing primarily on drug volume, should be replaced with a system focused on conduct. If we target and severely sentence the nastiest dealers rather than the biggest ones, we can greatly reduce the amount of gunfire, the damage drug dealing does to the neighborhoods around it, and the attractive nuisance the drug trade offers to teenagers. [...] If we’re already locking up ordinary drug dealers forever, locking up the nastier ones forever and a day won’t create much competitive disadvantage for violence-prone or juvenile-employing organizations. [...]

Offline EuSouOqueSou

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Re:Legalização da maconha
« Resposta #1274 Online: 09 de Janeiro de 2013, 15:31:23 »
http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,legalizar-a-maconha--para-combater-carteis-,982051,0.htm

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Legalizar a maconha para combater cartéis[/b]

México estuda iniciativa para liberar a venda da droga e reduzir a violência no país após mudanças na legislação nos Estados do Colorado e de Washington
09 de janeiro de 2013 | 2h 04

Perdoemos os mexicanos por tentarem entender este enigma: então agora os Estados Unidos, depois de combater durante décadas a maconha mexicana, embarcaram numa cruzada por sua legalização? Os mesmos EUA, que desde sempre consideraram a Cannabis uma ameaça, financiam programas para envenenar as plantações de maconha, rasgam carrocerias de automóveis na fronteira, utilizam cães farejadores, sensores de fibra ótica e máquinas de raios X para detectar a modesta erva?

O sucesso das iniciativas de legalização nos Estados do Colorado e de Washington, em novembro, provocou um novo debate na nação que é uma das maiores produtoras de maconha do mundo: o México, que vem sofrendo horrores em sua guerra contra os cartéis assassinos da droga, acaso deveria seguir o exemplo dos Estados do oeste americano? O novo presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, opõe-se à legalização, porém, disse recentemente à rede CNN que as notícias vindas daqueles Estados americanos "poderão nos levar a repensar a estratégia".

Esta reflexão já começou. Pouco depois da aprovação da medida nos EUA, o governador de Colima, Mario Anguiano, levantou a ideia de um referendo sobre a legalização em seu pequeno Estado costeiro. No Congresso mexicano, Fernando Belaunzaran, um deputado do Partido da Revolução Democrática, de esquerda, apresentou um projeto de lei que prevê a legalização em nível nacional. Os cartéis ganham provavelmente de 20 a 25% do faturamento de suas exportações de entorpecentes, da maconha, e Belaunzaran afirma que a legalização reduziria consideravelmente esses lucros que permitem aos cartéis comprar armas sofisticadas que são a causa de tanto derramamento de sangue.

"É uma questão de vida ou morte", disse Belaunzaran em uma recente entrevista coletiva. "E depois de 60 mil mortos (a estimativa das vítimas de seis anos de guerra contra os cartéis), ninguém pode afirmar que ela não seja essencial às vidas dos mexicanos."

O prefeito da Cidade do México, Miguel Angel Mancera, pediu a realização de um fórum sobre a legalização nacional um mês antes que a questão fosse votada no Colorado e em Washington. Desde então, várias entre as principais personalidades mexicanas vêm questionando a oportunidade de adotar as rigorosas medidas proibicionistas ainda usadas pelo governo dos EUA enquanto muitos americanos, no plano estadual e municipal, rejeitaram estas medidas nas urnas.

No jornal centrista Reforma, da Cidade do México, o colunista Sergio Aguayo definiu o amplo movimento de legalização nos EUA como "um tapa na cara" do ex-presidente mexicano Felipe Calderón, que combateu vigorosamente os cartéis na maior parte do seu mandato encerrado em 1.º de dezembro.

Fluxo. Embora a luta não tenha contribuído sensivelmente para parar o fluxo das drogas, disse Aguayo, Calderón não quis contestar substancialmente a política de tolerância zero do governo de Washington.

"Ele tinha a responsabilidade ética de conduzir a busca de alternativas", escreveu Aguayo. "Mas não o fez, apesar das evidências que estavam se acumulando de que ele ficaria à margem da história."

O colunista Claudio Lomnitz insistiu num tom ainda mais ousado, no jornal liberal La Jornada, imaginando um futuro em que a droga artesanal mexicana seria comercializada como tequila de qualidade. Até sugeriu nomes para marcas futuras de cepas mexicanas, com base na contracultura dos gringos da era da Guerra Fria, que a erva ajudou a alimentar: Na estrada, ou Uivo.

Neste momento, há um escasso apoio dos mexicanos para a legalização.

Uma pesquisa realizada em novembro mostrou que 79% continuam contrários à ideia. Em comparação, uma sondagem da Gallup divulgada no mês passado mostrou que 50% dos americanos se opõem à legalização e 48% são favoráveis.

O fato de, em geral, no México estar havendo menos estardalhaço em torno da legalização não surpreende Isaac Campos, historiador da Universidade de Cincinnati, para quem as atitudes conservadoras a respeito da droga têm raízes profundas no México.

O país, afirma num livro publicado em abril, condenou a maconha em 1920, 17 anos antes dos EUA, e os jornais mexicanos da época espalharam a ideia de que os fumantes de maconha eram mentalmente instáveis e propensos à violência. Entretanto, nos últimos anos, a hipótese de legalização passou a integrar a visão atual, disse Jorge Hernandéz, presidente do Grupo para uma Ampla Política para as Drogas no México, que apoia o abrandamento da legislação sobre o entorpecente.

Em 2009, o Congresso mexicano descriminalizou a posse de uma pequena quantidade de maconha e de drogas pesadas. Mas Hernández disse que o debate se mantém num plano "imaturo" no México, "no sentido de que as pessoas usam argumentos emocionais e questões morais para debater, e ainda não realizaram uma verdadeira discussão no que se refere aos seus aspectos técnico e regulador".

A legalização no âmbito nacional provavelmente encontrará forte oposição no Congresso. Hernández tem questões pessoais em relação ao projeto, mas disse que mesmo que não passe, poderá acabar "abrindo um espaço" para futura discussão.

Peña Nieto, que se opõe à legalização, falou em termos semelhantes, embora ninguém saiba ao certo o que o novo presidente quer dizer com "espaço para refletir" sobre a política em relação à guerra contra as drogas. Talvez ele espere para ver se as pesquisas no México seguem a tendência no Colorado.

Mas, mesmo então, o endosso da legalização poderá prejudicar as relações do México com os EUA, e comprometer os milhões de dólares destinados à guerra às drogas que os EUA despejam no país.

Embora recentemente o presidente Barack Obama tenha dito que não consideraria uma prioridade perseguir os que fumam por recreação no Colorado e em Washington, ele reiterou que não apoia a legalização, e a venda, posse e cultivo da planta continuam ilegais de acordo pela legislação federal.

Nos últimos meses, os governantes latino-americanos ousaram desafiar a posição dos EUA. O Parlamento do Uruguai estava propenso a aprovar uma ampla medida de legalização, mas o presidente José Mujica pediu aos parlamentares que esperassem, pois as pesquisas de opinião no país mostram também que o público reluta em legalizar a droga.

Em setembro, Calderón fez um comentário pouco claro afirmando que as "alternativas do mercado" podem ser uma solução para o problema hemisférico da droga. Vários outros chefes de Estado e de governo atuais e anteriores têm se mostrado mais diretos em seu apoio à legalização, ou pelo menos a um debate aprofundado sobre o tema.

Um estudo divulgado em outubro pelo Instituto Mexicano de Competitividade calculou que as medidas de legalização nos Estados do Colorado, Washington e Oregon (onde a legalização não passou) significariam que os consumidores americanos poderiam adquirir maconha americana mais barata e de melhor qualidade, reduzindo os lucros dos carteis da droga do México e criando "o mais importante choque estrutural que o narcotráfico experimentou em uma geração".

Mas, e se o México legalizar a maconha? A colunista do jornal Reforma, Ximena Peredo, afirma que isso "abriria as portas para enormes possibilidades de crescimento" no México, embora Alejandro Hope, coautor do relatório do Instituto de Competitividade, não tenha tanta certeza: "O que torna a maconha tão cara são os riscos envolvidos em sua comercialização, e a legalização poderia provocar uma queda substancial dos preços".

Além disso, os carteis da drogas, que enfrentam crescente repressão no mercado de narcóticos, já ampliaram suas atividades recorrendo ao sequestro, à extorsão e ao tráfico de pessoas. O fechamento de suas operações com a erva não levaria os carteis a adotar mais crimes violentos? A maconha faz "parte do nosso patrimônio", disse Adrian Vaquier, um vendedor de serviços de telefonia celular de 37 anos. Os soldados camponeses de Pancho Villa a fumavam na Revolução Mexicana e ela foi mencionada com destaque na famosa balada La Cucaracha, acrescentou.

Ao mesmo tempo, prosseguiu, a atual estratégia não funciona e continua enriquecendo os líderes dos carteis, "como acontecia com Al Capone". / TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

Qualquer sistema de pensamento pode ser racional, pois basta que as suas conclusões não contrariem as suas premissas.

Mas isto não significa que este sistema de pensamento tenha correspondência com a realidade objetiva, sendo este o motivo pelo qual o conhecimento científico ser reconhecido como a única forma do homem estudar, explicar e compreender a Natureza.

 

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