Para tudo. A copa é um ótimo negócio para a população, a renda gerada supera em duas vezes os gastos, tanto público como privado, gerou mais de 3 milhões de empregos e gerou arrecadação tributária de mais de 18 bi, duas vezes mais do que os gastos com estádios, mesmo os privados.
http://fgvprojetos.fgv.br/sites/fgvprojetos.fgv.br/files/estudo_9.pdf
Puta que pariu!!
Apesar de ser apenas um estudo estimativo, e que foi realizado, em 2009 ou antes, como denota este trecho
[...]
O impacto direto da Copa do Mundo no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é estimado em R$ 64,5 bilhões para o período 2010-2014 – valor que corresponde a 2,17% do valor estimado do PIB para 2010, de R$ 2,9 trilhões.
[...]
ele apresenta alguns aspectos que podem aferidos. Eis um trecho revelador:
Estudos internacionais apontam que o custo de oportunidade implícito em sediar um megaevento esportivo pode ser significativo. De fato, uma vez que os impactos do evento em si são transitórios,1 o retorno sobre os investimentos realizados depende criticamente do grau de aproveitamento dos legados pelo país-sede2. A questão do retorno é ainda exacerbada pelo fato de que, frequentemente, boa parte dos investimentos públicos em questão é financiada por meio da expansão da dívida pública, que tem seus próprios custos e impactos macroeconômicos negativos3.
Como estou sem tempo, estou "emprestando" a forma de citação do forista _thiago.
[1] Este aspecto corrige a informação do _Juca_ sobre os empregos gerados. Se realmente foi aquele o número informado, eles já desapareceram porque são, na quase totalidade, empregos temporários relacionados às obras, da indústria para produção de objetos relativos ao evento e do setor hoteleiro.
[2] A maioria dos "legados" do país sede, anunciados ao longo dos dois primeiros anos após a escolha do país sede, simplesmente não foi feita, incluindo as obras de mobilidade urbana e de revitalização de espaços públicos. Exemplos? O "trem-bala" e a segunda pista principal do aeroporto de Afonso Pena.
[3] Este ocorreu sem margem de dúvida e sentiremos o resultado nefasto nos próximos anos.
Continuando com o trecho:
Para que o Brasil alcance o maior retorno social sobre os investimentos e ações da Copa do Mundo, estes devem ser realizados de forma eficiente, vale dizer, ao menor custo possível (em termos de recursos e tempo) para obter os resultados desejados. Em termos concretos, isso significa realizar obras e ações dentro dos orçamentos e prazos estritamente necessários para garantir produtos de qualidade.
Não fui ainda atrás dos números, mas pelo que eu apurei quase todos os estádios tiveram seus orçamentos largamente ultrapassados. Se bem me lembro, apenas um acréscimo dentro de uma margem "aceitável". Sem contar com o que ocorreu nas obras de entorno.
Continuando com o trecho:
Revendo o histórico do investimento público no Brasil, podemos identificar diversas causas frequentes de ineficiências:
• Realização de orçamentos deficientes ou equivocados;
Ocorreu em quase todos os estádios e obras associadas ao evento, incluindo o famigerado "trem bala".
Continuando com o trecho:
• Readequações devidas a erros ou omissões nos projetos iniciais;
• Readequações devidas a obras mal executadas;
• Custos devidos a atrasos e interrupções nas obras (horas extras, licitações emergenciais, obras refeitas devido a deteriorações);
• Custos devidos a distorções no ambiente macroeconômico, cambial ou financeiro.
Por sorte, com exceção do último, todas essas modalidades de ineficiência podem ser prevenidas por meio da aplicação judiciosa dos princípios da gestão pública – licitações bem planejadas e realizadas, utilização de expertise técnica e, principalmente, ações abrangentes e ininterruptas de acompanhamento e controle.
Eu realmente preciso comentar isto _Juca_?