Não, não significa que foi feito um ótimo governo. E tenho um exemplo clássico: O "milagre econômico", onde quase todas as pessoas ficaram satisfeitas por cerca de uma década, quando então os erros administrativos começaram a cobrar o seu preço.
E eu ainda questiono estes números, pois a maioria das pessoas que conheço no setor privado está reclamando da situação econômica e do aumento brutal de sua burocratização.
A diferença agora é que não tivemos um milagre econômico, o Brasil não cresceu a taxas de 9,10%. A diferença está no ascensão econômica produzida em todas as camadas sociais do Brasil, desde as mais ricas, e principalmente menos favorecidas.
E evidência anedótica por evidência anedótica, todos os empresários que eu conheço, vivenciaram um boom em seus respectivos ramos desde 2004/5. E tenho conheço muitos empresários, alguns grandes fabricantes e outros pequenos comerciantes. Pois já fiz parte da associação comercial da cidade. Mas não é preciso de evidências anedóticas, basta consultar as séries históricas do IBGE e dos outros orgãos como a FGV. Só um detalhe do quanto esse governo leva a sério os resultados econômicos, a relação dívida/PIB atingiu o menor índice da série histórica, 35,7%. Ou seja nunca o Brasil esteve em situação tão confortável em relação a sua economia, mesmo com duas mega crises atingindo o mundo desenvolvido e contaminando nossa economia. Aliás, antes do governo petista, o Brasil nunca soube o que era conforto econômico e financeiro. Fato.
Endividou? Como? Ahhh, sssiiimmm. Absorvendo as dívidas dos governos estaduais e municipais em troca da extinção dos "trens-da-alegria" que eram os bancos estatais locais. Então pegue a relação 'PIB/dívida total', que voce tanto adora, retire a dívida absorvida pela União e então compare o crescimento do endividamento entre os governos do PSDB e do PT, mesmo após a manipulação, digo, re-arranjo do PIB feito no segundo meado da década passada.
Sim endividou, Geotecton. Eles torraram US$ 100 bi em patrimônio ( patrimônio desvalorizado e depenado, que valeria muitas vezes mais depois de um acerto nas estatais) da União e não diminuiram nem um pouco essa dívida, aliás emprestaram dinheiro, fazendo mais dívida, para que empresas comprassem esse patrimônio

, e o restante aceitaram títulos podres do próprio governo em valor de face, que esses mesmo empresários compraram por valores irrisórios. Sem falar na podridão que cercou essas privatizações.
Voce sabe que uma parte significativa da venda foi paga com títulos da própria União, não sabe? E que isto resultou em pouco dinheiro em caixa mas foi um dos motivos pelos quais aumentou, em muito a credibilidade dos títulos públicos, pois o Estado sinalizou que aceita os seus próprios papéis.
Você acreditou no conto da corochinha né. Isso me lembra essa analogia que fiz uma vez.
Acho muito engraçado quando falam em títulos podres.
Quer dizer, eu preciso de dinheiro, pego o seu emprestado e lhe emito uma nota promissória... dai quero vender meu carro e você me entrega a nota promissória que eu mesmo lhe passei (e que teria que pagar) mais a diferença... e dai, eu mesmo, que emiti a promissória, chamo isto de título podre.
Oras, que canalha que eu sou então, emito papeis que depois são podres.
Tá boa esta... a próxima é a do papagaio?
Não era melhor pagar por esses títulos o preço de mercado então? Se suas dívidas já não valem o que eram, o credor receberia pelo mesmo valor que o mercado paga. É simples.
A do papagaio é outra, meu caro.
Você me pede R$ 1000,00 e promete que quando eu for resgatar sua promissória você me pagará R$ 1500,00, eu aceito os teus termos e lhe empresto o dinheiro, então você resolve vender seu carro por R$ 3000,00 e eu lhe dou a sua promissória e mais R$ 1500,00... dai você chega para mim e me diz que a sua nota promissória, se avaliada por um investidor externo, valeria apenas R$ 900,00 e quer que eu trabalhe contigo nestes termos.
Beleza amigão... isto é muito honesto e correto... por favor, se eu me esquecer lembre-me de nunca mais fazer negócios com você. 
Conta a do português agora. 
É isso meu caro, você estava negociando com um governo que historicamente não honrava seus compromissos, por isso a maior parte desses títulos já eram renegociações, portanto juros. Papéis de difícil liquidez que não valiam o seu valor de face, porque o governo, não tinha condições de pagar.
Mas vamos lá corrigir sua analogia.
Você me vendeu seu fusca, por 1000 e eu aceitei dar os 1500 a tantas parcelas em tantos prazos. Não paguei. Com o tempo, e eu pagando um pouquinho por mês, uns 30, devido a uma renegociação com você, para que você não proteste minha promissória, vi esse valor subir para 3000 em 10 anos. Você, vendo que eu, na pindaíba, mal conseguia pagar uma parte dos juros, resolve vender essa promissória para outro por 100 mangos, porque pelo menos os 1500 mais alguns trocados você já recebeu durante todo esse tempo.
Daí eu resolvo vender uma casinha de aluguel, meia velha, que precisava de uma reforma pra render mais, que eu tinha lá na periferia, herança do meu avô Getúlio, pra ver se pago minhas dívidas e me levanto. Mas eu muito inteligente, metido a intelectual e economista, aceito que o comprador me pague com essa promissória, que ele comprou por 100 e está me dando por 1500. Acontece que ainda assim o comprador não tem os 4500 que eu estou pedindo pela casa.[ Essa é a melhor parte] O que eu faço? Corro no banco e empresto dinheiro para ele me pagar em 20 anos, com juros menores do que eu pago no banco. Resultado, fiquei sem a casa, sem a renda do aluguel, com as dívidas antigas mais as novas, com juros que eu aceito pagar muito maiores do aquelas antigas, porque tenho menos condição de pagar do que antes. Sou esperto pra caramba, não sou?
Essa é a do Português. Gostou?
Qual foi o crescimento médio do respectivos períodos de governo?
Quais eram os cenários econômicos locais e mundiais no quinquênio imediatamente anterior à posse dos respectivos governos? Houve alguma influência deles na condução das políticas econômicas?
Houve sim, mas o governo atual enfrentou uma, agora duas crises, dezenas de vezes pior que aquelas, e até agora se sai relativamente muito melhor que as crises que foram de dimensões bem menores daquela época. Aquele governo ficou refém de uma política financeira absurda, de juros estratosféricos, dólar artificialmente muito forte, que produziam crescimento pífio, além de nunca conseguir controlar muito bem a inflação porque os investimentos eram medíocres, resultados de política zero para essa área, coisas que mesmo que o cenário externo fosse muito favorável, e não era ruim naquela época para o mundo em si, não ajudaria o Brasil a acumular reservas, pois o Brasil não era competitivo nem em favor do câmbio artificial nem de políticas de investimento e inovação, e a China ainda não era o imenso dragão exportador e competidor de hoje, só começava a colocar sua manufatura no Brasil, favorecida pelo câmbio. Está certo que as commodities estavam bem mais baratas, mas a competição também não era o que é hoje, com um mínimo de política cambial e de investimentos descentes o Brasil poderia ter exportado mais, inclusive e sobretudo commodities.
O erro não foi atrelá-lo, pois tal medida era necessária para conter a inflação inercial. O erro foi demorar na liberação do câmbio.
Não. Todos os países que fizeram isso erraram monumentalmente, pois uma vez o dólar atrelado por lei, as demandas começam a ser tornar artificiais, e numa espiral descendente, o país fica refém dessa idiotice financeira, pois quando essa lei for revogada, o país vai quebrar, e o custo vai ser muito maior. E mesmo assim, esse governo não controlou tão bem a inflação, e o juros absurdos nunca foram reduzidos, incompetência não é pra qualquer um.
A política de elevação do salário-mínimo acima da inflação; o início da diversificação do parque fabril automotivo com aumento da renda do trabalhador; o maior acesso da população aos serviços de planos de saúde e telefonia (por exemplo) e a instalação de mecanismos de proteção da 'coisa pública' como a LRF são o que?
A política de elevação do salário-minimo é louvável, mas o acesso da população aos planos de saúde e telefonia se deram em cima de uma das maiores maracutais ( que foi devidamente
documentada ) fora os preços abusivos e os serviços e investimentos porcos dessas companhias.
Sem dúvida. E que foi ajudada pelas crises internacionais de 1995, 1997, 2000 e 2002.
E pela incompetência para governar.
Os famigerados pacotes assistencialistas não lhe dizem nada?
Que foram tão tímidos, que é até vergonha comparar com a erradicação que pobreza extrema está sofrendo no Brasil, que começou apenas um ou dois anos depois do início desse governo.
A política de reajuste do salário-mínimo acima da inflação não lhe diz nada?
Louvável com eu disse
A política de atração de investimentos internacionais não lhe diz nada?
Não houve atração de investimentos. Quando acabou as privatizações elas ralearam e boa parte desses investimentos eram títulos podres ou na forma de aquisição de empréstimos para pagar a privatização, entre eles do próprio BNDES, e que algumas empresas não pagaram.
As benesses assistencialistas não tiveram nenhuma influência, pois o brasileiro médio é excepcional em se tratando de análise crítica econômica e política. 
Até onde eu sei, essas benesses foram feitas à parte mais miserável da população, e a grande maior parte dos brasileiros nunca recebeu um tostão de qualquer Bolsa do família, mas foram muito beneficiados pela mísera ascensão econômica dessa população, inclusive os extratos mais ricos da sociedade.
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Mas quem o elegeu realmente foram as classes C, D e E que são as que contém a maior parte da população e que foram as mais beneficiadas com o assistencialismo, feito às expensas das outras camadas sociais via impostos e pelo endividamento maciço.
Eu acho que você sonhou com classes C e D recebendo ajuda governamental, desculpe. E como eu disse a aprovação se dá em todas as camadas sociais até mesmo na A e B, sempre tão conservadoras.
Tem é?
Voce está concorrendo também a algum cargo?
Se você suspeita de minha integridade, eu lhe convido a uma visita aqui para tirar suas dúvidas.

E a resposta é "não". A maioria das pessoas não tem condições de fazer uma análise de qualidade sobre os cenários político e econômico. Elas simplesmente respondem aos estímulos mais imediatos, no qual a situação da sua economia pessoal é o mais importante.
E existe alguma coisa mais importante que a situação econômica pessoal e familiar? Se a situação econômica e familiar progride por longos anos seguidos, se as perspectivas econômicas do país são igualmente boas, acho que as pessoas tem pleno direito e capacidade de avaliar bem seu governo e apoiá-lo, independente de sua escolaridade ou extrato social. Desculpe, Geo, mas isso é um tremendo de um preconceito.
E, por fim, responda os seguintes itens para os leitores do fCC:
a) O PT implementou as diretrizes econômicas que propugnava quando de sua formação?
b) O PT implementou as diretrizes políticas que propugnava quando de sua formação?
Se a resposta for "sim", apresente-as. Se a resposta for "não", explique porquê.
Olha Geo, afora esse tremendo espantalho socialista que você está colocando, eu responderei suas indagações, mas como isso vai demandar mais tempo e vai alongar demais esse post, e porque meu filho está enchendo o saco pra jogar Minecraft nesse PC, e como me recuso a ter mais de um em casa, depois eu respondo. Inté.
