Não é nenhum pouco divertido perder tempo rebatendo falácias tão ridículas e baixas sobre coisas tão graves. Depois do que vi bem atentamente aqui, o mais provável é que eu não passe destas respostas.
Por que se deu o trabalho de fazer estas?
Se contradisse quando mencionou os "planos de ressocialização que existem no mundo".
Vou tentar esclarecer melhor para o Price e para quem mais. Não é só uma inadequabilidade a um contexto geográfica e politicamente externo. Trata-se da dinâmica temporal dos sistemas complexos. Nem mesmo dentro de um mesmo sistema social são válidas, indefinidamente, certas premissas estatístico-baseadas instantâneas espurializadas. E não falo de décadas, como o exemplo do código de 40 até agora; falo de algo bem menor, como menos que o intervalo entre um levantamento estatístico desses e sua suposta disponibilidade para uso. Não existe ciência social, ciência sobre sociedades. Os lugares que "dão certo" não possuem detentores de conhecimento de porque "deram certo"; eles mesmos não sabem porque, só acreditando que sabem. Essa besteirada de modelarização por estatística social é puro culto cargo. Para quem acredita! Para os espertalhões, é ferramenta de poder.
A primeira coisa que um Cientista sabe muito bem é qual ciência é possível. Pensadores mágicos não conseguem nem mesmo distinguir ciência do que não é. Nem com as invecionices filosofóides tipo-popperipóides deles.
Em partes você está certo, algumas, somente.
Embora: 1- seja irrelevante tentar mentalizar nos pormenores o possível cenário onde essa sua idealização da realidade seja possível, vale a pena mostrar porque o seu discurso é em muitas partes completamente errado, 2- eu não saiba qual tipo de cientista que você, "Cientista", é, isto é, se se fato for alguma espécie da cientista, tenho certeza mais que absoluta que o seu conhecimento é suficientemente para entender o que formula e no que se baseia qualquer ciência social.
Como você deve - ou deveria saber - as Ciências Sociais muitas vezes se baseiam em Teorias procedentes de fenômenos imediatamente ou gradualmente perceptíveis na sociedade, que, outras muitas vezes, buscam a elucidação de componentes um tanto menos objetivos. Esse é a primeira grande dificuldade de objetivistas, imediatistas e outros próximos de entender a variabilidade destas Ciências; sequer os termos, veja só, que baseiam teorias complexíssimas, como a do Valor e do Comportamento estão fora de décadas de discussão, imagine só o que ocorre nas análises de teor e aplicabilidade das Teorias... é uma verdadeira zorra. O importante disto é que estes componentes bizarros e fundamentais, mesmo sob debate interminável, são apreendíveis restritamente ao fenômenico. Depois da sedimentação da Teoria, a mesma é aplicada à realidade, muito simplesmente buscando provar que a sociedade funciona de um certo modo de acordo com um determinado tipo de estímulo. Esta prática dá muito certo, graças à ela aquele conhecimento básico chamado Economia pode nos prover meios de nos comunicar por um modo que não seja sinais de fumaça.
Sim, as tendências sociais podem variar com uma velocidade extrema, porém, não é assim que ocorre com relações sociais comuns como as que tratamos neste tópico.
Toda alteração comportamental que ocorre na sociedade é determinada por uma causa, esta causa pode ser um indivíduo, um grupo de vários deste ou uma catástrofe natural, a velocidade em que esta alteração ocorre também é foco de estudos por alguns escritores. Uma vasta literatura (que eu posso te passar posteriormente) demonstra que a tendência das variações comportamentais na sociedade tendem à planificação, de modo que a sociedade perfeitamente organizada é aquela onde a observação da realidade permite suposições acerca do futuro com certeza quase plena, de modo que o comportamento humano se "exatificasse" com o tempo. Esta planificação tem vários caráteres, como o pessoal, onde o indivíduo se molda de acordo com o comportamento de indivíduos no seu mesmo abiente ou onde o indivíduo é, em casos extremos, induzido a seguir padrões sociais.
Esta sua alegação de que estudos sociais que lidam com políticas públicas e seus efeitos são meros chutes é ao menos infundada, saiba que existe uma imensa produção intelecutal sendo produzida neste momento sobre como a sociedade pode ser melhor gerida, estas práticas, por sinal, já demonstram, há séculos, extremo grau de acerto e satisfatoriedade. A sua afirmação de que "eles mesmos (cientistas) não sabem porque [suas políticas deram certo]" também é completamente infundada, entenda que, mesmo que consideradas as gigantescas variáveis que fazem as situações sociais serem perfeitas shapeshifters, os cientistas sociais contam com muitos instrumentos para qualificar causas e efeitos dentro de sisitemas observados. Sobre a sua afirmação da possível invalidez de dados estatíscos devido ao seu caráter temporal, tenha em mente duas afirmações básicas: nem todo efeito observado "se modifica tão rapidamente ao ponto de um estudo cientifico ser desatualizado antes de ser empregado", e nem toda política leva anos ou décadas para ser implantada, sendo que, o que mais pesa neste tempo, é o interesse dos que iniciá-la e colocá-la em prática.
Um detalhe a mais que comento sobre esse comentário do Price é o "real função social" (do sistema carcerário). Que "real"? Isso é uma arbitração. Quem diz e prova que a função da reclusão de transgressores é "ressocializá-los"? Por que não pode ser proteger os não transgressores deles? Por que não existir apenas prisão perpétua ou pena de morte e outras punições agressivas não reclusivas para casos menores? Tudo isso é arbitrário. Não tem nada de "real função" de nada disso. Tem é a realidade e a fantasia -- a filosofia. A conversa mole, fiada, loroteira.
O Cientista também filosofa? Eu também, assim como outros foristas. Se você quer praticar a mil vezes desgraçada prática filosófica de especular, que você tanto abominou anteriormente, crie um tópico.
Como estou sem tempo, não pude dar toda a atenção que você merece, então não revisei o escrito. Se houver qualquer erro que eu verifique, retificarei posteriormente.