Eu tentei te dar um toque para que percebesse que não disse nada em favor do que defende. Era para ter aproveitado...
Por mais que você possa ter se esforçado, seu discurso ficou parecendo algo saído de um gerador lerolereiro. Ainda assim ou por isso mesmo, vou tentar te ajudar. Não se iluda em pensar que acha que sabe o que estou fazendo, aviso. Menos ainda, que acha que sabe o que faz. Estou medindo você além do que possa imaginar, além de você poder não ser, necessariamente, meu objetivo nisto.
Há um bocado de anos, um amigo me convenceu a ler um livro de um tipo que eu não leria normalmente: O fator sorte, de... Max Gunt(h)er, se lembro mais ou menos. É o tipo de coisa que parece besteirol de autoajuda (e é mesmo, no cômputo), mas, com boa vontade, dá para tirar proveito de quase tudo, com poucas exceções, como de filosofia, por exemplo. Bom, uma coisa que nunca esqueci, que marcou bem, que tive que reconhecer algum valor, foi um trecho em que ele falava da utilidade da superstição, se lembro bem. Era algo mais ou menos como: se você não tem elementos para tomar uma decisão em bases verossímeis e realísticas, um princípio mítico qualquer, uma crença, uma superstição pode ser uma ajuda muito aceitável. No entender do autor, uma pessoa "metodicamente racional", fica em piores lençóis numa situação assim. Eu não concordo totalmente. Eu mesmo, quando não tenho elementos para decidir, arrisco qualquer coisa sem titubear e não me iludo com nada. Mas quem tem crenças, sempre acha que tem uma resposta ótima para tudo. Quando resulta bem, que maravilha! Quando não, um ad hoc qualquer resolve a questão da manutenção da crença.
Assim, eu entendo que vocês se sintam melhor em suas diversas crenças, usando-as como auxílios decisórios no mar do desconhecido. Ocorre que há um problema: vocês não tem solução para nada, mas acham que têm. Não passam daquele sujeito da piada do cara apitando feito louco às cinco da manhã na esquina e, quando o guarda o interpela pela perturbação que causa, diz que estava só espantando as girafas e a prova é que... não tem mais nenhuma girafa por ali. Pessoas assim pregam democracia, por exemplo, mas quando qualquer coisa vai contra seus interesses, dizem que existem conhecimentos sociais ocultos só reservados aos iniciados, que não são conhecidos por todos, então corrompem o sentido de democracia e dizem até mesmo que ela é para defender direitos de minorias! (ah, sim, "também" , é claro, para não perder moral totalmente...). Se ciência social fosse mesmo uma coisa que existisse, qualquer princípio baseado em democracia iria mesmo por terra. Não vai, porque o preceito democrático faz conveniente parte de toda essa enrolação religiosa que pregam, onde não importa consistência, qualquer realismo, só a arte de dominar.
Uma coisa que agrada muito é a ilusão de controle. Mas quando me vêm com essa ilusão para decidir coisas que me afetam, isso não me agrada em nada.
Dito isso...
Se contradisse quando mencionou os "planos de ressocialização que existem no mundo".
Vou tentar esclarecer melhor para o Price e para quem mais. Não é só uma inadequabilidade a um contexto geográfica e politicamente externo. Trata-se da dinâmica temporal dos sistemas complexos. Nem mesmo dentro de um mesmo sistema social são válidas, indefinidamente, certas premissas estatístico-baseadas instantâneas espurializadas. E não falo de décadas, como o exemplo do código de 40 até agora; falo de algo bem menor, como menos que o intervalo entre um levantamento estatístico desses e sua suposta disponibilidade para uso. Não existe ciência social, ciência sobre sociedades. Os lugares que "dão certo" não possuem detentores de conhecimento de porque "deram certo"; eles mesmos não sabem porque, só acreditando que sabem. Essa besteirada de modelarização por estatística social é puro culto cargo. Para quem acredita! Para os espertalhões, é ferramenta de poder.
A primeira coisa que um Cientista sabe muito bem é qual ciência é possível. Pensadores mágicos não conseguem nem mesmo distinguir ciência do que não é. Nem com as invecionices filosofóides tipo-popperipóides deles.
Em partes você está certo, algumas, somente.
Estou certo, como praxe, em tudo.
Embora: 1- seja irrelevante tentar mentalizar nos pormenores o possível cenário onde essa sua idealização da realidade seja possível,
Não disse coisa com coisa, você. Que "possível cenário"? A realidade? Inverteu a realidade com a fantasia. Os pormenores (e são muuuuuuitos mais do que, não você possa computar mas, supor) compõem o cenário real, o único possível. Os pormenores, que não podem ser avaliados em suficiência. Desejo religioso não muda isto. Quem está idealizando uma "realidade" analisável e controlável (e... "liiinda") não sou eu. Isso foi só sentença sem objetividade e sentido, típica da compulsão de dizer algo quando não se tem nada para dizer.
vale a pena mostrar porque o seu discurso é em muitas partes completamente errado,
Se você entende assim, por que não me faz o imenso obséquio de me mostrar? Já podia ter feito (claro que não pode; estou só ironizando) isso, em vez de discursar isso tudo.
2- eu não saiba qual tipo de cientista que você, "Cientista", é, isto é, se se fato for alguma espécie da cientista,
Sou pensador científico, máquina pensadora científica. Cientistas, além dessa característica, produzem ciência formalizada(mente), são os agentes do fenômeno e processo científico; produzo tecnologia, e isto não é ciência. Mas deixo claro que é ridícula a profissionalização que "fizeram" (não é possível fazer tal coisa) disso, gerando contingentes ingentes de cientistóides produzindo lixo que não acaba mais, lixo que nem de veículo serve para o princípio ativo representado pela ínfima produção dos pouquíssimos que produzem mesmo ciência, um femtograma num mar de inutilidade perniciosa. É rídículo estabelecer prazos para "continuar sendo cientista" (mas como eu rio disso ...e choro por isso) e volumes de produção e visualização para "mostrar trabalho e relevância". A organização acadêmica no mundo parece o cenário político brasileiro, algo patético, boquiabertante. É o comunismo "científico". E comunismo é muito 'comum', hehehehehehe... Mas é uma Mer...cadoria sem valor em qualquer situação. Cientista só tem valor quando é, intrinsecamente, um empreendedor privado, não importa de onde venha auxílio para ele, qualquer que seja.
tenho certeza mais que absoluta que o seu conhecimento é suficientemente para entender o que formula e no que se baseia qualquer ciência social.
Qualquer **suposição** **fantasiosa**, na melhor hipótese, de ciência social, queira dizer.
Sim, tenha toda a absoluta certeza, meu conhecimento é maior que a vastidão do infinito. Sei do que está tentando falar, ou seja:
Na indução inválida, isto é, essa puramente estatística. A estrutura do conhecimento formado indutivamente é muito simples, mas poucos são capazes de entender mesmo esta simplicidade. Não conseguem aceitar viver dentro de seus limites, daí degringolam a filosofar, defecam em cima da indução e, usando ela mesma! asseveram que estão fazendo outra coisa muito mais extraordinária que pode romper seus limites.
...Aliás parece que você tinha dito que entendia o que eu dizia exatamente ou muito... por aí... tocando nesse tema... Disse que os outros têm preguiça de pensar. Você não tem, é claro, não é mesmo?
Como você deve - ou deveria saber - as Ciências Sociais muitas vezes se baseiam em Teorias procedentes de fenômenos imediatamente ou gradualmente perceptíveis na sociedade, que, outras muitas vezes, buscam a elucidação de componentes um tanto menos objetivos.
Teorias sociais empíricas (sou eu quem tem que resumir agora?). Como você, logo em seguida, reconhece e se contradiz, isso não é aplicável a sistemas crescentemente complexos, com muitos elementos sobre e subestruturados. Tenta-se isso com sistemas como gases confinados e criam-se equações de estado, o que é útil para simplificar as coisas para o que interessa tecnologicamente. Mas uma pessoa não é uma molécula dentro de um cinlindro e, muitas vezes, pasmem!, reage ao ser tratada como tal. A razão é muito simples: é porque, ela mesma, é um sistema relativamente muito complexo em si, é muito menos parecida com qualquer outra do superssistema que compõe que qualquer molécula de fluido gasoso de um sistema termodinâmico "simples". Não dá para generalizar *generalizadamente* (porque aqui está o pulo do gato: a grande maioria das pessoas são mesmo tão iguais umas às outras quase tanto quanto moléculas que seu conjunto até parece, *por vezes*, se comportar mesmo algo como um fluido até laminar; mas há as turbulências...) a individualidade das pessoas como se fossem moléculas.
Esse é a primeira grande dificuldade de objetivistas, imediatistas e outros próximos de entender a variabilidade destas Ciências;
Não. Essa é a dificuldade de todos, que nunca foi resolvida por ninguém, assim como as mazelas para as quais as religiões dão conforto. Alguns tendentes religiosos criaram uma nova religião, a puseram sob a égide respeitavel de ciência e, sem saberem o que é ciência, pensando que a mesma são simplesmente números, tentam matematizar a(s) sociedade(s). Apresentando "números" acham que estão mostrando alguma coisa para alguém que não fantasia.
sequer os termos, veja só, que baseiam teorias complexíssimas, como a do Valor e do Comportamento estão fora de décadas de discussão, imagine só o que ocorre nas análises de teor e aplicabilidade das Teorias... é uma verdadeira zorra.
Toda religião é. É assim mesmo, pura filosofia, crença. Exegeses "profundas" intermináveis, regurgitando o mesmo nada volteante velho de sempre, só impressionam os fracos de espírito cognitivo -- os pensadores mágicos.
O importante disto é que estes componentes bizarros e fundamentais, mesmo sob debate interminável, são apreendíveis restritamente ao fenômenico.
Exatamente. O problema é que a complexidade fenomênica disso não pode ser representada por nenhum sistema de amostragem e computação que possuímos. São apreensíveis sim, mas nunca foram apreendidos. E debates jamais resolverão isso, só "servindo", no máximo, para decidir quem subjuga quem.
Depois da sedimentação da Teoria, a mesma é aplicada à realidade, muito simplesmente buscando provar que a sociedade funciona de um certo modo de acordo com um determinado tipo de estímulo. Esta prática dá muito certo, graças à ela aquele conhecimento básico chamado Economia pode nos prover meios de nos comunicar por um modo que não seja sinais de fumaça.
Meu jovem, você deve ser jovem ainda. Aquela sua defesa dos pobres enganados da tekpix deixa transparecer também. Mas precisa encarar a realidade deste mundo algum dia. Tem um tópico por aí em que... foi o forista Buckaroo Banzai quem trouxe um estudo mostrando que um lixeiro e uma doméstica se saíram melhor em previsões econômicas que catedráticos na "matéria". Economistas próprios reconhecendo a invalidade da "arte"(religião) econômica. Como eu já disse, a ilusão de controlar agrada tanto que pouco importa se há controle mesmo. Já vi um estudo feito com qualquer coisa como uma espécie de videogame em que os jogadores não percebiam que seus controles eram 'bypassados' de maneira que nem eram eles mesmos quem faziam os movimentos. Eles achavam que eram os tais! Quando tinham que jogar por si mesmos, um fiasco total. Se não você, talvez os meninos internaltas Buckaroo ou Gigaview possam garimpar isso por aí na net. São excelentes nisso, internautas inveterados. Fico impressionado até. Peça a eles, se tiverem boa vontade, se você achar mesmo que tem qualquer importância.
Seu grande problema será provar para mim que a religião que defende funciona mesmo. Vejamos.
Talvez eu continue depois. Isso até me distrai. Esperar pelas tergiversações, pelo enrolation...