Não é uma "especulação", é um FATO. Estou falando de valores, não de "verdade científica" que precisa ser comprovada.
Se for para questionar isso, esses valores consensuais, como já disse antes, teria que ir se filosofar muito longe, e nos perguntarmos porque algumas cadeias de reações valem mais que química mais estática e etc, fugindo totalmente do que deveria ser a discussão.
E se quiser questionar esses valores consensuais, o mesmo vale tanto para o direito ao aborto quanto para o direito à menstruação.
Você afirma que valores não é especulação? Existir os valores nas pessoas existe, então o que você diz está correto.
Mas o problema é: quanto eles realmente valem? Quer dizer, as pessoas sentem mais pena de matar um recém-nascido do que abortar em 8 meses. Esses não são valores? Quer dizer, tais valores dependem se as pessoas viram ou não o organismo exterminado, pois os instintos fazem com depois da visão "sentirem pena"... então, porque tenta-se abusar da ciência e biologia que não dão valores nem descrevem conduta social, para entrar na questão?
Não é simplesmente uma nomenclatura, mas uma nomenclatura correspondente a um estado.
Sim, um estado, o que já disse várias vezes, o estado irrecuperável (atualmente) do ser humano na ciência prática.
Mas além do mais não é válido para fetos a comparação, pois fetos se manterão vivos sem o cérebro, e o cérebro ainda se formará.
Para ser comparável a questão, cadáveres com morte cerebral ainda teriam de sobreviver e que outros cérebros cresceriam sozinhos - o que vá me dizer que isso não abriria discussões sobre se realmente está morto.
Mas pelo amor de Vênus, me diga como você esperaria que eu pudesse defender qualquer coisa que seja sem fazer essas comparações.
Por exemplo, defenda o direito à menstruação mas não ao aborto, sem fazer essas comparações.
E se não der para fazer sem comparações, defenda com comparações mesmo.
Mas comparações não chegam a lugar algum... é um relativismo monstro.
Aqui por exemplo se ouviu "sem cérebro é que nem uma árvore" - e os caras que se amarram a uma árvore na frente uma escavadeira?
Toda conduta social e direitos, o que inclui a questão do aborto, depende de "valores" mas que vão pelos ares quando comparamos e comparamos. Principalmente se tentar colocar a ciência para fazer isso.
Sim. Você acha que em alguma instância além de legítima defesa ou simiar, se pode matar seres humanos com "vida cerebral"?
Mas essa não é a questão, a questão é a discussão sobre fetos.
Mas para responder: não, atualmente quando vejo no noticiario realmente acho errado a morte de outros seres humanos.
Cientificamente depois da formação do cérebro, também, imagino eu, é indiscutível a questão de ser idêntico a um recém-nascido na questão de vida humana (mesmo não eliminando nada na questão de fetos) - apesar de judicialmente não ser bem assim, já que os casos que geram maior indenização são os que incluem trabalhadores "na flor da idade" (aos 20 e poucos anos), por questões emocionais temporárias - então aí entram os "valores" para discordar.
Fazemos o que, ficamos mostrando comparações entre ciência que não nos diz se um ser humano vale mais que um cachorro, ou os valores que elegem o Lula? Ou você quer dizer, misturar um e outro? Aí quem dita o que está valendo mais?
Então você defende a menstruação mas não o aborto sem nenhuma justificativa biológica? Qual seria a justificativa, e porque seria menos furada que a biológica?
Não tem justificativa. Pura "prática".
Então porque perde-se tempo referindo-se a comparações de células ou Sistema Nervoso Central para justificar algo que não é exatamente preciso (direito a vida humana)?
Estou começando achar que você está de sacanagem.
Não, sua mensagem partiu de um pressuposto, de que a definição de vida é clara em sem questões.
?????
Você AO MENOS LEU antes de responder?
Sim, e minha resposta foi referente ao "Caso houvesse", o que sugere que não é. Mas crescer cérebros em corpos não é o que ocorre em um feto?
É um critério com o qual todos concordam, provavelmente inclusive você, que a vida humana deva ser legalmente protegida, mais do que outras formas de vida.
Sim, incluindo eu. Mas não vou negar que isso por uma questão emocional, é essa que dita, para também o resto das pessoas, que seres humanos valem mais que cachorros, instinto antropomórfico.
Cientificamente não é dita as regras dessas "condutas sociais".
E essa mesma questão emocional, basta lembrar ao que disse acima, sobre não haver pena de fetos de 8 meses só porque não os vêem, mas que a culpa emocional aumenta depois de uma olhada no ultra-som.
Então, o cérebro tem valor porque nosso emocional protege tais, mas o mesmo emocional não o protege se não o vê-lo dentro de um crânio humano com feições definidas até certo ponto. Então, o emocional está valendo ou não?
Se, não acha que se pode banalmente matar as pessoas com "vida cerebral", ou que não tem que se construir "vegetódromos" de animação suspensa para que pessoas com morte cerebral, decapitadas, que tiveram a cabeça explodida por um tiro de espingarda, pessoas aos pedaços, órgãos diversos, sejam colocados para continuar a viver até que se tenha tecnologia para reconstruir um corpo inteiro a partir do que sobrou, você concorda com esse critério
Se não discordo, concordo? Pelo que eu saiba existe "dúvida".
Segundo que você assume que tudo que eu pratico pelo emocional eu concordo precisamente em meus conhecimento.
E além disso, por algum outro motivo, aparentemente defende a vida humana também num período sem "vida cerebral", desde a fecundação ou a ejaculação, mas não os óvulos.
Você está sendo desonesto, está pondo palavras na minha boca.Inclusive se voltar o tópico, verá que inclusive questionei quando o Tarcísio afirmou isso, e me lembro de também ter feito o mesmo no tópico "O que é vida, o que é morte?".
com a qual você possivelmente concorda, como todos concordamos, (...) se gafanhotos podem ser mortos e etc.
Concordo, não. Pratico na vida vida devido ao lado emocional.
Nunca me ouvira dizer "é cientificamente comprovado que o homem surgiu para governar sobre os outros organismos".
Mas também não me verá chocado pela morte de um gafanhoto com a de outra pessoa.
E o que você tenta fazer é uma mistura entre esses dois para definir as coisas?
e o direito à menstruação ou levar os espermatozóides a morte não é questionado, bem como tomar banho e etc)
Não é o assunto, mas se quiser, é só abrir um tópico e eu responderei.
Mas se bem verificar, eu questionei porque um óvulo fecundado tem mais valor que um não questionado, e qual a base para a história de "'potencial' de se tornar um ser humano".
Bem, eu não vi a tal falha ainda.
Eu sublinhei acima quando falo sobre o cadáver irrecuperável não ser idêntico a um feto na questão.
Para mim essa tal falha poderia servir tanto para a defesa da vida zigótica quanto do óvulo, com igual lógica.
Sim, concordo.
Engraçado. Se fosse eu colocando isso, e se fosse você respondendo a isso, uma resposta esperada seria algo como "Mas por que? O que é a vida afinal? Ninguém sabe. Por que a certeza da futura morte do feto pode ser usada como justificativa para matá-lo num instante arbitrário, enquanto que sabemos que todos os seres vivos, todas as pessoas, irão morrer no futuro, já que ninguém vive para sempre, e nem por isso se defende o direito de matar a quem quisermos matar? E será que não seria possível congelar um feto ou indivíduo dado como morto e no futuro, construir o restante dos órgãos vitais e lhe devolver a vida?"
Você está distorcendo o que eu digo.
Você está sendo desonesto. Eu respondo ao que eu não concordo, não à qualquer coisa. O problema imagino é que você deva de achar suas mensagens irrebatíveis então?
Eu coloquei pela questão de proteção da própria vida. Achei relativismo desnecessário para o assunto, mas se quiser abrangê-lo, eu posso abrir dúvidas quanto ao que eu mesmo falo: mas e se abríssemos uma discussão sobre quantos mais anos a pessoa irá viver, e proteger os mais jovens?
Não é "preconceito", é um favoritismo. A menos que se queira ir a discussões filosóficas intermináveis e bem mais abrangentes, a "vida humana" é dada como mais importante, sem ser algo questionado.
As parte em negrito são a contradição da frase.
Não tem nada a ver com jamais avançarmos em técnicas de ressurreição ou qualquer coisa que se possa imaginar. E sim, tem a ver com a ciência atual. Se alguém for incinerado, tendo todas suas moléculas totalmente destruídas, hoje em dia é dado como morto. No futuro, talvez inventem a viagem no tempo e possa se salvar a pessoa antes dela ser incinerada, ou talvez possa se pegar as cinzas, fazer uma reconstituição molecular fantástica baseado num arquivo de DNA salvo anteriormente. Talvez inventem aparelhos em que alguém possa colocar um espermatozóide apenas, e depois de 9 meses ou menos, nasçam alguns bebês, quantos se instruir para sair, meio como num microondas, ou mais similarmente meio como aquela coisa de fazer comida da enterprise NCC1701 D.
Se voltar no tópico, eu mesmo assumi que comecei a falar bobagem e viajar. Como explico, simplesmente não achei maneira até então de explicar porque não serve de argumento algo que depende da prática científica, já que mudei durante toda a época e sabemos muito bem que poderá mudar. Se a prática pode ou não, não é bem definido.
Bem, a princípio poderia se argumentar, a favor do aborto, que antes de haver vida cerebral, esso destino é reversível, tal como é o destino da fecundação de um óvulo, só que de forma mais complicada, podendo envolver desde remédios tomadas como anticoncepcionais a procedimentos mais complexos, mais vistos como aborto "de verdade".
Certo, como respondi sua mensagem por partes sem ter lido tudo antes, perceberá que você preveu uma resposta minha.
Mas tendo que a vida não pode ser interrompida porque o estado de "não-vida" cerebral não é irreversível, mas tende a se "resolver" naturalmente, o mesmo, novamente, é válido para o óvulo.
Corcordo. E como já disso, eu mesmo já questionei a história de "potencial de se tornar vida após recundação".
A menstruação só deveria ser permitida quando fosse "irreversível", quando a mulher tentasse a fecundação por diversas vezes, sem sucesso. Assim, tal como o aborto espontâneo é menos que "culposo", não foi intencional e não é crime, também seria um caso similar para mulheres que de fato tivessem tentado fecundar com todos os meios que pudessem (vários parceiros, inseminação artificial, etc), mas não conseguido. As que não tentassem, ah, essas vagabundas teriam que ir em cana. Onde teriam direito/dever à visitas íntimas, claro.
É, você entendeu bem como eu coloco as "comparações" como infundadas.