Adriano,
O grande poder da matemática está em formar modelos dos quais se pode tirar conclusões. Nas ciências naturais dizemos que um modelo é bom quando ele faz previsões compatíveis com a observação e ruim de outra forma.
Sim, isso pela ótica humana. Pelo seu critério de avaliação de arbitrariedade, o que está dizendo é algo arbitrário, já que é dito por um humano sobre atividades humanas. Pelo que transmitiu de sua forma de avaliação, isso seria subjetividade sua, no caso de eu também te avaliar por esse seu "critério".
É que você não entendeu sobre o conhecimento objetivo do texto que postei acima.
MAS, independente do modelo, as respostas da Natureza são sempre as mesmas! Assim, se eu construo o modelo A e você constrói o modelo B e ambos descrevem bem um fenômeno, são ambos equivalentes ainda que sejam estruturados de maneira diferente.
Mentira (expressão apenas

)! Até mesmo os modelos de relatividade da física não descreveram bem os fenômenos das descobertas empíricas na escala subatômica. Modelos são sempre revistos e formulados novos, que são avaliados pela comunidade científica para falsea-la. Quando falseado um modelo surgem novos e ocorre a expansão do conhecimento científico.
Veja o caso do modelo do físido surfista. É algo mais complexo para explicar uma realidade mais complexa. Sendo correta agregaria outros modelos, de maneira que seria uma nova explicação matemática da realidade física.
A verdade científica, e inclusive a matemática e a física são relativas, não são absolutas. A matemática tem muitos modelos a serem expandidos de maneira a compreender as novas realidades, principalmente as descobertas da física.
Einstein mudou o conhecimento da física através da linguagem matemática, com a apresentação de novos modelos que compõe a teoria da relativida.
No caso deste tópico, tentei demonstrar que é possível construir N métodos de valoração diferentes incluindo apenas a linguagem -- e todos dão resultados diferentes.
Demonstrou não, é uma conclusão subjetiva, dada a sua interpretação parcial do exposto no tópico. Expus a linguagem como critério e a valoração através da média qualitativa desse atributo de comunicação. Isso válido de espécie para espécie.
Vamos fazer assim então, bem prático. Cada espécie deve se manifestar nesse fórum para se representar. Se é subjetivo o homem comunicar a sua superioridade, então também o é outro homem comunicar a sua igualdade para com este. Se não existe diferença passível de mensuração, então façamos este teste empírico, e assumamos o CC como laboratório virtual.
O que isso te sugere?
-Que eu não sei construir modelos;
Não melhor que eu. Apenas sabe melhor matemática e física. O que não quer dizer que não posso utilizar a filosofia para uma abordagem qualitativa da física, como o questionamento dos paradgmas newtoniano-cartesiano e a visão mecanicista de mundo, que é ultrapassada. Além do uso da perspectiva intencional também na física, o que atrapalha o entendimento de muitas teorias.
-Que a matemática não é a melhor forma de debater a questão;
Até seria se nós dois estivessemos no mesmo nível de preparo. Nesse caso você é superior nessa linguagem, o que faz com que não seja adequada a linguagem, apenas por isso. Diferente de qualquer outro animal, eu posso apreender sobre a matemática de forma a mantermos uma comunicação com ela.
-Que nada se pode afirmar sobre a sua tese de superioridade.
Eu mesmo marco a terceira. Como falei antes, PODE SER que haja um critério objetivo de superioridade, mas não sei se o reconheceríamos de imediato.
Claro, parcialidade matemática e arbitrariedade matemática. É como se estivesse falando sozinho, já que assim somente suas conclusões pessoais tem valor. Está vendo a importância da comunicação? Sem ela não há interação e cooperação. E não está se esforçando para isso impondo a matemática como adequada ao contexto.
Nada de ad hoc. A maior objetividade possível da minha proposta é a realidade desse conhecimento na obra de Popper e a importância e influência disso na ciência. É um fato concreto.
Ou seja:
A - A linguagem é um critério objetivo de superioridade.
B - Humanos dominam formas diferentes de linguagem.
A.B
C
C - Humanos são superiores às demais espécies.
É exatamente isso, mas não tem nada de arbitrário, essa é a questão. Arbitrário é a sua conclusão acerca do tema.
Prova que a proposição A não seja uma hipótese ad hoc? Nada do que li sobre Popper - ou Chomsky, diga-se - demonstra que isso seja verdade.
Não posso fazer nada. Sua "superioridade" como indivíduo se faz presente. Insinua que sua conclusão pessoal seja correta. Eu discordo plenamente, é só isso que posso dizer.