Autor Tópico: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper  (Lida 84083 vezes)

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Offline Luis Dantas

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Po
« Resposta #325 Online: 05 de Janeiro de 2008, 00:15:12 »
Ótimo, então você, diferentemente do Luiz, aceita a cognição como característica biológica.

Diferentemente de QUAL Luiz, Tarcísio? :)

Com certeza você não se refere a mim.  É claro que cognição é uma característica biológica; muitos seres vivos, pelo menos desde os insetos e os peixes, são capazes de perceber o mundo de alguma forma, e essa forma é moldada pela expressão de seu conteúdo genômico.

O que eu disse algumas mensagens atrás é que o raciocínio mal pode ser considerado uma característica biológica.  Mas raciocínio não é cognição, é um processo mais complexo e mais abstrato que tem a cognição como pré-requisito.


Quanto ao que você acabou de dizer, os papagaios pelo menos poderão dizer que não são eles explodindo a Terra...
« Última modificação: 05 de Janeiro de 2008, 00:26:28 por Luis Dantas »
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Em 18 de janeiro de 2010, ainda não vejo motivo para postar aqui. Estou nos fóruns Ateus do Brasil, Realidade, RV.  Se a Moderação reconquistar meu respeito, eu volto.  Questão de coerência.

Tarcísio

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #326 Online: 05 de Janeiro de 2008, 00:36:19 »
O que não ajudará em nada na sobrevivência dos mesmos hahahaha

Offline Luis Dantas

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #327 Online: 05 de Janeiro de 2008, 00:51:10 »
O que não ajudará em nada na sobrevivência dos mesmos hahahaha

Há bons motivos para crer que vírus, insetos e outros organismos mais simples sobreviverão por muito mais tempo que a humanidade.  Isso faz deles mais evoluídos?
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Tarcísio

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Po
« Resposta #328 Online: 05 de Janeiro de 2008, 00:58:38 »
O que não ajudará em nada na sobrevivência dos mesmos hahahaha

Há bons motivos para crer que vírus, insetos e outros organismos mais simples sobreviverão por muito mais tempo que a humanidade.  Isso faz deles mais evoluídos?

Assumo que você concordou com tudo que eu coloquei até então?

Sobre o que você disse, quanto mais o tempo passa, mais os bons motivos se reduzem a vontade humana.

Controle de mosquitos... vacine contra a gripe...

Offline Luis Dantas

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #329 Online: 05 de Janeiro de 2008, 02:38:47 »
Assumo que você concordou com tudo que eu coloquei até então?

Não.  De fato, muito do que você colocou eu nem consegui acompanhar.  Estou só questionando esse ponto específico.

Citar
Sobre o que você disse, quanto mais o tempo passa, mais os bons motivos se reduzem a vontade humana.

Controle de mosquitos... vacine contra a gripe...

Que antropocentrismo MAGNÍFICO... mas não, não me convence.  Nem chega na vizinhança, de fato.
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Offline Dbohr

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #330 Online: 05 de Janeiro de 2008, 07:14:48 »
Adriano,

O grande poder da matemática está em formar modelos dos quais se pode tirar conclusões. Nas ciências naturais dizemos que um modelo é bom quando ele faz previsões compatíveis com a observação e ruim de outra forma. MAS, independente do modelo, as respostas da Natureza são sempre as mesmas! Assim, se eu construo o modelo A e você constrói o modelo B e ambos descrevem bem um fenômeno, são ambos equivalentes ainda que sejam estruturados de maneira diferente.

No caso deste tópico, tentei demonstrar que é possível construir N métodos de valoração diferentes incluindo apenas a linguagem -- e todos dão resultados diferentes. O que isso te sugere?

-Que eu não sei construir modelos;
-Que a matemática não é a melhor forma de debater a questão;
-Que nada se pode afirmar sobre a sua tese de superioridade.

Eu mesmo marco a terceira. Como falei antes, PODE SER que haja um critério objetivo de superioridade, mas não sei se o reconheceríamos de imediato.

Citar
Nada de ad hoc. A maior objetividade possível da minha proposta é a realidade desse conhecimento na obra de Popper e a importância e influência disso na ciência. É um fato concreto.

Ou seja:

A - A linguagem é um critério objetivo de superioridade.
B - Humanos dominam formas diferentes de linguagem.

A.B -> C

C - Humanos são superiores às demais espécies.

Prova que a proposição A não seja uma hipótese ad hoc? Nada do que li sobre Popper - ou Chomsky, diga-se - demonstra que isso seja verdade.

Offline Dbohr

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #331 Online: 05 de Janeiro de 2008, 07:18:37 »
1) O maior número de respostas para isso, quem dá são os humanos. Eleminamos o problema dos predadores os demais desaparecerão como esse.

2) Realmente, quando a terra estiver explodindo você dá um tapinha em qualquer papagaio e pergunta "E agora José?". Ou se preferir pergunte aos ursos polares como parar com a destruição do sistema onde eles estão adaptados. Nós, seres humanos e parte da natureza, estamos mudando tudo por lá, e os pobres tem a resposta?

Aliás, eu pagava pra ver uma baleia negociando uma reserva. Hahaha

Tarcisio, você tem todo direito de achar que somos superiores. Mas eu não compreendo qual o mérito do seu critério. Dentre todas as características possíveis de escolha, você e o Adriano se prendem àquelas nos quais somos muito bons para dar um gigantesco salto de lógica e afimar que nós somos DE FATO melhores que todo o resto.

Certas tribos indígenas só sabem contar até 3 e têm um vocabulário limitado. Pelo critério do Adriano, eles são inferiores ao resto das culturas humanas. São mesmo?
« Última modificação: 05 de Janeiro de 2008, 07:21:44 por Dbohr »

Tarcísio

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Po
« Resposta #332 Online: 05 de Janeiro de 2008, 07:50:58 »
Passei aquele tempo todo ali explicando, pra você dizer que dei um salto gigantesco, Dbohr?

../forum/topic=14432.300.html#msg281701

Assumo que você concordou com tudo que eu coloquei até então?

Não.  De fato, muito do que você colocou eu nem consegui acompanhar.  Estou só questionando esse ponto específico.

Citar
Sobre o que você disse, quanto mais o tempo passa, mais os bons motivos se reduzem a vontade humana.

Controle de mosquitos... vacine contra a gripe...

Que antropocentrismo MAGNÍFICO... mas não, não me convence.  Nem chega na vizinhança, de fato.

Que frescura MAGNÍFICA... mas não, não me convence. Nem chega na vizinhança, de fato.

Logo vi que você não entendia nada, mas já que você fez questão de assumir a debilidade, posso colar o ponto crucial desse tópico e a causa dessa confusão.

Acho que compreendi!

A diferença está entre o que vocês assumem por natureza. Pode não parecer, mais o núcleo do problema é esse. Enquanto pra uns o natural é "sem ação do homem" pro outro(Adriano) o natural é "tudo que existe no universo". Por isso a diferença de critérios.

Esse ponto foi mencionado, sim.  Adriano o considera importante, mas não é algo que mude o mérito da questão.
Mas o mérito da questão é esse e não outro. A tecnologia que desenvolvemos lida com a natureza, assim como qualquer espécie.
« Última modificação: 05 de Janeiro de 2008, 08:03:40 por Tarcísio »

Offline Adriano

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Po
« Resposta #333 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:09:16 »
Adriano,

O grande poder da matemática está em formar modelos dos quais se pode tirar conclusões. Nas ciências naturais dizemos que um modelo é bom quando ele faz previsões compatíveis com a observação e ruim de outra forma.
Sim, isso pela ótica humana. Pelo seu critério de avaliação de arbitrariedade, o que está dizendo é algo arbitrário, já que é dito por um humano sobre atividades humanas. Pelo que transmitiu de sua forma de avaliação, isso seria subjetividade sua, no caso de eu também te avaliar por esse seu "critério".

É que você não entendeu sobre o conhecimento objetivo do texto que postei acima.

MAS, independente do modelo, as respostas da Natureza são sempre as mesmas! Assim, se eu construo o modelo A e você constrói o modelo B e ambos descrevem bem um fenômeno, são ambos equivalentes ainda que sejam estruturados de maneira diferente.
Mentira (expressão apenas  :hihi:)! Até mesmo os modelos de relatividade da física não descreveram bem os fenômenos das descobertas empíricas na escala subatômica. Modelos são sempre revistos e formulados novos, que são avaliados pela comunidade científica para falsea-la. Quando falseado um modelo surgem novos e ocorre a expansão do conhecimento científico.

Veja o caso do modelo do físido surfista. É algo mais complexo para explicar uma realidade mais complexa. Sendo correta agregaria outros modelos, de maneira que seria uma nova explicação matemática da realidade física.

A verdade científica, e inclusive a matemática e a física são relativas, não são absolutas. A matemática tem muitos modelos a serem expandidos de maneira a compreender as novas realidades, principalmente as descobertas da física.

Einstein mudou o conhecimento da física através da linguagem matemática, com a apresentação de novos modelos que compõe a teoria da relativida.

No caso deste tópico, tentei demonstrar que é possível construir N métodos de valoração diferentes incluindo apenas a linguagem -- e todos dão resultados diferentes.
Demonstrou não, é uma conclusão subjetiva, dada a sua interpretação parcial do exposto no tópico. Expus a linguagem como critério e a valoração através da média qualitativa desse atributo de comunicação. Isso válido de espécie para espécie.

Vamos fazer assim então, bem prático. Cada espécie deve se manifestar nesse fórum para se representar. Se é subjetivo o homem comunicar a sua superioridade, então também o é outro homem comunicar a sua igualdade para com este. Se não existe diferença passível de mensuração, então façamos este teste empírico, e assumamos o CC como laboratório virtual.

O que isso te sugere?

-Que eu não sei construir modelos;
Não melhor que eu. Apenas sabe melhor matemática e física. O que não quer dizer que não posso utilizar a filosofia para uma abordagem qualitativa da física, como o questionamento dos paradgmas newtoniano-cartesiano e a visão mecanicista de mundo, que é ultrapassada. Além do uso da perspectiva intencional também na física, o que atrapalha o entendimento de muitas teorias.

-Que a matemática não é a melhor forma de debater a questão;
Até seria se nós dois estivessemos no mesmo nível de preparo. Nesse caso você é superior nessa linguagem, o que faz com que não seja adequada a linguagem, apenas por isso. Diferente de qualquer outro animal, eu posso apreender sobre a matemática de forma a mantermos uma comunicação com ela.

-Que nada se pode afirmar sobre a sua tese de superioridade.

Eu mesmo marco a terceira. Como falei antes, PODE SER que haja um critério objetivo de superioridade, mas não sei se o reconheceríamos de imediato.
Claro, parcialidade matemática e arbitrariedade matemática. É como se estivesse falando sozinho, já que assim somente suas conclusões pessoais tem valor. Está vendo a importância da comunicação? Sem ela não há interação e cooperação. E não está se esforçando para isso impondo a matemática como adequada ao contexto.

Citar
Nada de ad hoc. A maior objetividade possível da minha proposta é a realidade desse conhecimento na obra de Popper e a importância e influência disso na ciência. É um fato concreto.

Ou seja:

A - A linguagem é um critério objetivo de superioridade.
B - Humanos dominam formas diferentes de linguagem.

A.B -> C

C - Humanos são superiores às demais espécies.
É exatamente isso, mas não tem nada de arbitrário, essa é a questão. Arbitrário é a sua conclusão acerca do tema.

Prova que a proposição A não seja uma hipótese ad hoc? Nada do que li sobre Popper - ou Chomsky, diga-se - demonstra que isso seja verdade.
Não posso fazer nada. Sua "superioridade" como indivíduo se faz presente. Insinua que sua conclusão pessoal seja correta. Eu discordo plenamente, é só isso que posso dizer.
« Última modificação: 05 de Janeiro de 2008, 08:19:36 por Adriano »
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Po
« Resposta #334 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:13:56 »
Certas tribos indígenas só sabem contar até 3 e têm um vocabulário limitado. Pelo critério do Adriano, eles são inferiores ao resto das culturas humanas. São mesmo?
Primeiro que não são meus critérios, são os critérios da humanidade. Não sou eu quem está querendo invalidar a comunicação humana e dize-la como sendo igual a de outros animais.

Segundo que as culturas podem ser comparadas qualitativamentes, mas isso não significa imposição de uma a outra. O multiculturalismo é o parâmetro atual. Porém essas tribos indígenas podem ser integradas na nossa cultura, como acontece muito. Não sou relativista cultural. Existem padrões de humanidade em todas as culturas, principalmente as habilidades linguísticas. Essa é uma característica cognitiva inata.
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Offline Adriano

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Po
« Resposta #335 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:18:39 »
Passei aquele tempo todo ali explicando, pra você dizer que dei um salto gigantesco, Dbohr?

../forum/topic=14432.300.html#msg281701

Assumo que você concordou com tudo que eu coloquei até então?

Não.  De fato, muito do que você colocou eu nem consegui acompanhar.  Estou só questionando esse ponto específico.

Citar
Sobre o que você disse, quanto mais o tempo passa, mais os bons motivos se reduzem a vontade humana.

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Que antropocentrismo MAGNÍFICO... mas não, não me convence.  Nem chega na vizinhança, de fato.

Que frescura MAGNÍFICA... mas não, não me convence. Nem chega na vizinhança, de fato.

Logo vi que você não entendia nada, mas já que você fez questão de assumir a debilidade, posso colar o ponto crucial desse tópico e a causa dessa confusão.

Acho que compreendi!

A diferença está entre o que vocês assumem por natureza. Pode não parecer, mais o núcleo do problema é esse. Enquanto pra uns o natural é "sem ação do homem" pro outro(Adriano) o natural é "tudo que existe no universo". Por isso a diferença de critérios.

Esse ponto foi mencionado, sim.  Adriano o considera importante, mas não é algo que mude o mérito da questão.
Mas o mérito da questão é esse e não outro. A tecnologia que desenvolvemos lida com a natureza, assim como qualquer espécie.
Perfeito, esse é bem o ponto. A distorção fica por conta de quem não assume como natureza as manipulações do homem, mesmo as que dão base ao conhecimento, que são a produção de livros e as publicações científicas. São conhecimentos objetivos empíricos, palpáveis, sensíveis aos sentidos.
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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #336 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:28:56 »
Eu assumo como natureza as manipulações do Homem -- e ainda assim falho em ver como isso pode ser um critério de superioridade. Explica para mim, por favor. Explique como se eu tivesse sete anos de idade.

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #337 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:34:54 »
Citar
Até mesmo os modelos de relatividade da física não descreveram bem os fenômenos das descobertas empíricas na escala subatômica. Modelos são sempre revistos e formulados novos, que são avaliados pela comunidade científica para falsea-la. Quando falseado um modelo surgem novos e ocorre a expansão do conhecimento científico.

Parabéns, você compreende os rudimentos do método científico. Mas isso só não basta: o que eu estava dizendo é que "Se dois modelos descrevem bem um mesmo fenômeno, então ambos são equivalentes".

E até agora, estava construindo modelos para tentar demonstrar analiticamente que cada um deles permite toda uma gama de conclusões diferentes -- o que é sinal que ou o modelista não sabe o que está fazendo, ou o fenômeno é complexo demais - e portanto, nada se pode afirmar de concreto.

Você, por outro lado, insiste em desviar do assunto e se escudar em Popper. Pois bem, então reforço a pergunta do meu último post: demonstre que a linguagem é um critério de superioridade. Não precisa usar matemática. Não precisa citar Popper. Apenas me diga porque é uma boa idéia usar esse critério.

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Claro, parcialidade matemática e arbitrariedade matemática. É como se estivesse falando sozinho, já que assim somente suas conclusões pessoais tem valor. Está vendo a importância da comunicação? Sem ela não há interação e cooperação. E não está se esforçando para isso impondo a matemática como adequada ao contexto.

Ad hominem, agora? Muito bom.

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Po
« Resposta #338 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:35:30 »
Eu assumo como natureza as manipulações do Homem -- e ainda assim falho em ver como isso pode ser um critério de superioridade. Explica para mim, por favor. Explique como se eu tivesse sete anos de idade.

Se você leu Popper e Chomsk e não entendeu, então não sou eu que vou faze-lo entender. Nem tenho didática. O que digo é que a minha conclusão é diferente da sua. E não tem nada mais de objetivo na sua do que na minha. Não para você dizer que o critério é arbitrário e você imparcial. Muita pretensão ao meu ver. Mas enfim, me parece esgotada a comunicação. Entramos em ruído, sem a possibilidade de troca de conteúdo informacional.
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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Po
« Resposta #339 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:37:41 »

Perfeito, esse é bem o ponto. A distorção fica por conta de quem não assume como natureza as manipulações do homem, mesmo as que dão base ao conhecimento, que são a produção de livros e as publicações científicas. São conhecimentos objetivos empíricos, palpáveis, sensíveis aos sentidos.


Não, Tarsísio não chegou em ponto algum.

O Dr Manhattan já resumiu bem:
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"Sinceramente, ainda não consigo ver sentido nesse argumento de superioridade. Para você ter uma idéia, podemos transportar
esse argumento para uma escala menor: podemos dizer que o Gary Kasparov é um humano superior? Ou Michael Jordan? Ou Gisele Bundchen? Dizem que o Michael Schumacher dirige melhor do que eu, mas tenho lá minhas dúvidas se ele sabe resolver a equação
de Schroedinger para o átomo de hidrogênio."

Fernando resumiu ainda mais:
Citar
"Por que não definimos antes o que significa superioridade biológica?"

Ou seja, não conseguimos nem definir 'superioridade biológica', sequer há parâmetros consistentes para a suposta 'superioridade biológica'. A ainda estamos a pé.

E você ainda desqualificou Dbhor pela tua incapacidade de entender sua abordagem, que é a mais imparcial e clara, porém, que você considerou complexa demais.

Ja eu fui 'expulso' por você porque você quer falar em filosofia. E quando lhe perguntei o porquê do título ser 'superioridade biológica' você não respondeu.

E seu entendimento da sociobiologia é equivocado: ele demonstra, com certeza, de que aspectos sociais e culturais humanos podem ser explicados pela seleção natural. Até aí ninguém discordou, ao contrário. Só que isso coloca humanos no patamar do resto da evolução, então não faz sentido você defender uma suposta superioridade de uma espécie, qualquer que seja.

Lembrando que no outro post o convidei a estabelecer critérios para determinar essa superioridade, e quando chegamos nas contradições óbvias, o seu 'espírito cético' não acordou, você preferiu me culpar por usar tal critério (escolhido por você mesmo!).

Então, você se nega a que ajudemos a estruturar sua idéia, que desafia o que biólogos concluíram. Aí fica difícil, né ?

Então, para mim neste post você só conseguiu repetir sua teimosia, com mais interlocutores, nada mais.

Se quiser me expulsar mais uma vez, esteja à vontade. Eu volto se achar conveniente...
--
Si hemos de salvar o no,
de esto naides nos responde;
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tierra adentro hay que tirar;
algun día hemos de llegar...
despues sabremos a dónde.

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #340 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:38:44 »
Citar
Se você leu Popper e Chomsk e não entendeu, então não sou eu que vou faze-lo entender. Nem tenho didática. O que digo é que a minha conclusão é diferente da sua. E não tem nada mais de objetivo na sua do que na minha. Não para você dizer que o critério é arbitrário e você imparcial. Muita pretensão ao meu ver. Mas enfim, me parece esgotada a comunicação. Entramos em ruído, sem a possibilidade de troca de conteúdo informacional.

Por favor, tente mais um pouco. Eu só preciso entender essa parte. Não pode ser tão difícil de explicar, já que é tão auto-evidente.

Offline Dbohr

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #341 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:41:32 »
E Tarcísio:

Considero um salto de lógica, sim, porque você definiu de antemão que as características humanas são superiores para, constatando que os humanos as tem, concluir que são superiores.

Isso para mim é raciocínio circular.

Mas talvez você consiga me explicar melhor porque não seria. Por favor, eu só quero entender.

Offline Adriano

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Po
« Resposta #342 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:43:10 »
E até agora, estava construindo modelos para tentar demonstrar analiticamente que cada um deles permite toda uma gama de conclusões diferentes -- o que é sinal que ou o modelista não sabe o que está fazendo, ou o fenômeno é complexo demais - e portanto, nada se pode afirmar de concreto.
O modelista não sabe o que está fazendo e está apelando para o argumento de autoridade. Posso dizer que, na minha opinião, devido os meus conhecimentos de filosofia da ciência, não fico devendo nada para o "modelista". Compreendo bem os modelos epistemológicos da mesma.

Você, por outro lado, insiste em desviar do assunto e se escudar em Popper.
A proposta do tópico é essa. Se não quer discutir isso na filosofia de Popper o tópico perdeu a razão de ser. Que  seja feitou outro então.

Pois bem, então reforço a pergunta do meu último post: demonstre que a linguagem é um critério de superioridade. Não precisa usar matemática. Não precisa citar Popper. Apenas me diga porque é uma boa idéia usar esse critério.
Já fiz isso. Mas aqui vamos entrar na "guerra" linguística de acusações de superioridade objetiva, agregando os sentimentos e caminhando para a exaltação dos animos. O modus operandis disso ocorrer é bem conhecido.

Poderia dizer que já te refutei, mas isso seria um contra senso, já que a proposta é discutir a idéia, e essa sempre fica em aberto. O que pode acontecer é um consenso ou não. E não estou querendo te convenser, espero que não insista nisso comigo também. Consenso seria a melhor proposta, mas está inviável, ao meu ver.

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Claro, parcialidade matemática e arbitrariedade matemática. É como se estivesse falando sozinho, já que assim somente suas conclusões pessoais tem valor. Está vendo a importância da comunicação? Sem ela não há interação e cooperação. E não está se esforçando para isso impondo a matemática como adequada ao contexto.

Ad hominem, agora? Muito bom.
Sim, foi um ad hominem contra um argumento de autoridade pessoal (modelista?).

Mas me desculpe caso tenha ficado ofendido. Também não estou gostando do tom de superioridade e agressividade da sua "imparcialidade".
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Offline Adriano

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Po
« Resposta #343 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:44:29 »
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Se você leu Popper e Chomsk e não entendeu, então não sou eu que vou faze-lo entender. Nem tenho didática. O que digo é que a minha conclusão é diferente da sua. E não tem nada mais de objetivo na sua do que na minha. Não para você dizer que o critério é arbitrário e você imparcial. Muita pretensão ao meu ver. Mas enfim, me parece esgotada a comunicação. Entramos em ruído, sem a possibilidade de troca de conteúdo informacional.

Por favor, tente mais um pouco. Eu só preciso entender essa parte. Não pode ser tão difícil de explicar, já que é tão auto-evidente.
Não é mais auto-evidênia do que a inexistência de deus. Nem por isso vou tentar convencer alguém que pensa exatamente o contrário e que acha que tem melhores condições para saber a verdade.
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Offline Dbohr

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #344 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:47:14 »
Eu parti do modelo mais geral possível - N características - e adequei às suas especificações -- ou seja, uma única característica. Se isso não é ser imparcial o bastante, me proponha outro método.

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O modelista não sabe o que está fazendo e está apelando para o argumento de autoridade

Onde? Me aponte, por favor. Não gosto de cair em falácias e sempre gosto que me corrijam.

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Já fiz isso. Mas aqui vamos entrar na "guerra" linguística de acusações de superioridade objetiva, agregando os sentimentos e caminhando para a exaltação dos animos. O modus operandis disso ocorrer é bem conhecido.

Comecemos do zero.

Explique, em cinco linhas, porque a linguagem é um critério de superioridade. Explique com suas próprias palavras. Eu só quero entender melhor.


Offline Adriano

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Po
« Resposta #345 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:47:24 »
Para querer entender algo, quem que considerar esse algo como um critério válido. O que me parece é que quer pregar armadilhas argumentativas para depois finalizar e mostrar como você tinha razão em apontar o mau uso da racionalidade pelo interlocutor. Já te conheço Dbohr, mas não sou nenhum crentezinho não.

O problema definitivamente não é comigo, e se pensa assim, então é inútil e prejudicial continuar. Muito perigoso, tentendo a provocações. Não quero saber disso.
Princípio da descrença.        Nem o idealismo de Goswami e nem o relativismo de Vieira. Realismo monista.

Offline Adriano

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #346 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:48:36 »
Eu parti do modelo mais geral possível - N características - e adequei às suas especificações -- ou seja, uma única característica. Se isso não é ser imparcial o bastante, me proponha outro método.

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O modelista não sabe o que está fazendo e está apelando para o argumento de autoridade

Onde? Me aponte, por favor. Não gosto de cair em falácias e sempre gosto que me corrijam.

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Já fiz isso. Mas aqui vamos entrar na "guerra" linguística de acusações de superioridade objetiva, agregando os sentimentos e caminhando para a exaltação dos animos. O modus operandis disso ocorrer é bem conhecido.

Comecemos do zero.

Explique, em cinco linhas, porque a linguagem é um critério de superioridade. Explique com suas próprias palavras. Eu só quero entender melhor.


Eu sinceramente não acretito na sua pretenção de aprender. Se fosse, então estaria admitindo que estou correto, e que apenas não entendeu. Mas não é isso que acontece, pelo que percebo. Sou cético em relação a isso.
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Offline Dbohr

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #347 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:48:44 »
Não estou provocando ninguém. Quero entender a premissa. Eu JÁ aceitei as conclusões; só preciso compreender que a premissa está correta. É isso que me falta.

Offline Dbohr

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Popper
« Resposta #348 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:49:31 »
Dito de outra forma: SE a premissa estiver correta, ENTÃO a conclusão está correta.

Então, por favor, explica melhor a premissa. Prove que ela está correta.

Tarcísio

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Re: Superioridade biológica do homem na filosofia da ciência de Karl Raimund Po
« Resposta #349 Online: 05 de Janeiro de 2008, 08:50:33 »
Eu assumo como natureza as manipulações do Homem -- e ainda assim falho em ver como isso pode ser um critério de superioridade. Explica para mim, por favor. Explique como se eu tivesse sete anos de idade.

Esse é homem de coragem! Falta pouco Dbohr.

Existem seres mais adaptados e menos adaptados?
Se sim, isso tem relação com como ele lida com a seleção natural? Você pode explicar essa relação?

 

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