Autor Tópico: Cantadas e Assédio Sexual  (Lida 73627 vezes)

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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #425 Online: 11 de Novembro de 2014, 16:31:50 »
Tem pouca mulher no fórum ou as que tem não deram uma opinião aqui?

Só queria ver o outro lado pela opinião delas.

Tínhamos até há pouco tempo duas foristas mulheres que participavam ativamente. Em um desses tópicos sobre cantadas e assédios, uma se mostrou (se não me engano) à favor de cantadas leves e educadas, enquanto a outra se mostrou totalmente contra, e foi enfática várias vezes.

Então temos 50/50  :hihi:

Bem, tem o problema que na internet, boa parte dos usuários "homens" são mulheres que se registram como homens justamente para evitar atenção indesejada ou alguma outra forma de desrespeito, e que uma parte um pouco menor, mas ainda significativa, dos usuários "mulheres" são homens vivendo fantasias de travestismo online. :/

Isso ocorre aqui? Tirando casos onde o próprio forista deixa claro não ser do sexo cadastrado, vocês já souberam de casos assim?

Em um fórum anterior a esse também notei um caso onde um forista homem de uns 23 anos eventualmente tinha trocado de nick para um feminino, de 33 anos...

Se a coisa é pública, perde o efeito...

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“Women Are Not Men,” Continued
STEPHEN J. DUBNER
03/07/2013 | 10:59 am PRINT
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An interesting followup to our recent “Women Are Not Men” podcast, from a listener named Misty Touchette. This incident might more appropriately be called “Men Are Not Men”:
I have two female friends that are about 30 and 55 years old.  They don’t know each other and have very different backgrounds.  A few weeks ago, both gleefully told me about their new Facebook accounts.  They’d made them under the guise of men.  Both chose a similar figure head: a photo of a white, attractive man. The reason? They were tired of being unfriended by issues/cause/political groups when engaging in … civic discourse.  When presenting themselves as women, their comments, even simple statements of alternate opinions on a topic, were flamed, trolled or deleted and then, of course, they were booted from some pages. 
I realize that women penning under a man’s pen name is nothing new.  As others have before them I’m sure, my friends have reported that the new manly persona are yielding an increase in support, silence/tolerance replacing backlash or a return in civil discourse.  After listening to “Women Are Not Men” and considering my friends, I couldn’t help but wonder, hey, how many Wikipedians labeled as men are actually women?

http://freakonomics.com/2013/03/07/women-are-not-men-continued/


Offline Skeptikós

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #426 Online: 11 de Novembro de 2014, 16:42:57 »
Se a resposta for "sim", eu concordo integralmente com você, meu caro Skeptikós.
A resposta é não, me parece improvável que uma pessoa vá cumprimentar a todos que por ele passar, e ainda por cima com o mesmo grau de humor.
Então, você acha que é apenas coincidência que alguns homens cumprimentem efusivamente apenas mulheres bonitas e jovens?
Não, acho que o fato de serem bonitas e jovens pode ter contribuído para eles terem se sentido motivados a cumprimenta-la.

Você acha que pode ter contribuído? Que bom...


Só não entendo por que isso seria um problema.
Quem defende isto sem reconhecer que o cumprimento está ocorrendo por interesse e não por generosidade/carinho humano ou é um hipócrita ou é ingênuo.
Seria hipócrita se esta mesma tivesse discursos contraditórios com suas ações, pode ter certeza que este não é o meu caso. Seria inocente se esta pessoa não soubesse que a aparência e o sexo da outra pessoa são fatores influenciadores neste tipo de situação, e de fato eu reconheço que são.

No entanto, nada disso me faz acreditar que cumprimentar ou saudar uma pessoa, mesmo que com interesses românticos, não seja um ato de educação.

No mais, não continuo vendo problemas algum em cumprimentar ou saudar uma pessoa também pelo fato dela ser atraente.

Sim, você não vê problema algum. Mas e se a pessoa que você cumprimenta, vê?
Se ela gostar, bom para os dois, se ela não gostar, tudo bem, eu sigo o meu caminho e ela segue o dela, simples assim. Não existe motivos para transformar esta situação em uma tempestade num copo d'água, como interpretando-a distorcidamente como um grande desconforto e/ou como um crime de assédio sexual. É a partir de interpretações desconexas com a realidade como essas (como ver assédio sexual num simples cumprimento feito por um estranho) que seres humanos geram para si mesmos desnecessário sofrimento.

Quando alguém o faz para uma pessoa bonita pode ser ou por uma sincera admiração da beleza dela ou porque há algum interesse, geralmente sexual. Qual você acha que é o mais comum em nossa sociedade na relação homem (flertador) e mulher ("alvo")?
Mesmo que haja atração sexual, não vejo mal algum em um cumprimento ou saudação em situações dessas.

No mais, em relação aos cumprimentos e saudações do vídeo, como dito ao Barata, a não ser que a mulher demonstrasse evidentemente estar interessada sexualmente na outra pessoa, parando-a e iniciando um papo entre eles, provavelmente a outra pessoa ficaria satisfeita em receber uma resposta ao seu cumprimento ou saudação, e seguiria o caminho no qual já estava. Isso só muda no caso onde houve clara demonstração de atração sexual, como nos casos das cantadas. Que também não vejo mal algum.

VOCÊ não vê mal algum! Percebeu que a única opinião que realmente importa a você é a sua?

Que tal considerar a da outra pessoa?
Eu até consideraria se ela não se apresentasse como tão absurda.

Ou você agora acha que todas as opiniões devem serem consideradas, por mais absurdas que pareçam?

Devemos dar ouvidos a uma parcela dos ativistas pró-pedofilia que desejam eliminar por completo a lei que prevê a fixação de uma idade de consentimento sexual, só para podermos considerar a opinião da outra pessoa?

Este tipo de opinião já foi ouvida, e como absurda que é, não sera levada em consideração. Quanto ao grupo que prevê uma diminuição da idade de consentimento, ao invés de sua eliminação total, este esta em dialogo, por que suas opiniões não são tão absurdas como a do primeiro.

O mesmo vale para o caso de cantadas e assédios sexuais, aqueles grupos de ativistas que militam contra abordagens com propostas sexuais agressivas, em meio a ameaças, chantagens e coerção constantes, princialmente vindas de indivíduos em um nível hierárquico superior, foram devidamente ouvidos, e medidas políticas foram tomadas com base em seus argumentos.

Agora, este grupo militante que pretende promover uma distorção arbitrária e subjetiva do conceito de assédio sexual já estabelecido, com o objetivo de transformar em assédio sexual qualquer comportamento masculino interpretado por uma mulher, segundo seus próprios critérios, independente do que diz a lei atual ou os especialistas em comportamento humano, chegando ao ponto de considerar exemplos desta nova conceituação de assédio, simples olhares, sorrisos ou cumprimentos e saudações comuns do dia dia, devem de fato terem sua opinião ignorada, e completamente desconsiderada, devido ao absurdo de seus pedidos.

Sobre a outra pessoa não gostar de ser cumprimentada por estranhos, por mais que ela odeie isso, a maioria da sociedade lida bem com esta situação, e por este motivo provavelmente lei ou campanha alguma irá mudar este quadro.
Então agora temos um ad populum?

O fato da maioria da sociedade aceitar algo não torna isto correto e nem desejável.
Na verdade torna sim (para a maioria), todas as leis e regras de conduta não são afinal, feitas mediante um acordo entre a maioria, visando o bem da maioria?

Errado e repito: O fato da maioria aceitar algo não torna este algo automaticamente correto e nem desejável.
Transforma em correto e desejável se correto e desejável for definido pelo acordo que é feito entre a maioria de um grupo social.

Agora eu lhe pergunto, se o bem estar social não é definido pelo acordo firmado entre cidadãos constituintes de uma sociedade, como ele o é então?

A não ser que você defina o bem estar social como uma lei divina nos dada por Deus, ao invés de um acordo firmado entre os homens, levando-se em conta os seus próprios valores individuais somados aos valores de seus semelhantes, buscando um bem comum.

O que você pode separar é o critério de correto e desejável de uma pessoa do critério de correto e desejável de uma sociedade. Esta pessoa, em uma sociedade democrática, possuí o direito de manifestar seu desacordo e/ou desconforto com o atual acordo social, e pode através de argumentos, tentar converter o máximo de indivíduos possível da sociedade em que ela vive, a abandonarem o atual critério pelo qual se guiam e adotarem o critério de certo e desejável proposto por esta pessoa. Você e o Barata estão tentando fazer isso aqui comigo e o Madiba, até agora sem sucesso. E não posso deixar de reconhecer que o inverso também é verdade.

E, até onde eu sei, não há uma lei que trate deste assunto.

Se ela existe por favor transcreva-a aqui.
Sim, não existe, por tanto não há até o momento restrições sociais quanto a abordarmos pessoas desconhecidas nas ruas. No entanto,  começa-se a criar restrições deste tipo, através por exemplo, do uso de campanhas como as que até agora foram debatidas aqui, e antes que restrições deste tipo se tornem lei ou senso comum, eu manifesto aqui de imediato, a minha opinião de ser contrária a estas ideias e de combate-las por este motivo.

Mesmo que esta maioria seja um grupo especial separado do todo, dentro deste grupo a aprovação de uma lei ou regra de conduta é feito mediante a aprovação da maioria.

Então se a maioria de 'grupo especial' decidir que os canhotos, por exemplo, devem ser eliminados, todos devem aceitar?
Eliminados em que sentido? Afastados da sociedade? Mortos? Me parece que esta analogia não casa bem com o assunto em questão, por que neste assunto em questão, não esta se pedindo a eliminação de ninguém, mas sim a desconsideração de uma opinião que pretende restringir a forma como se faz contato social entre pessoas estranhas nas ruas, onde segundo minha avaliação, o pedido é absurdo. Ao meu ver, mais saudável e correto, seria o grupo que faz este pedido, ressignificar a forma como lidam com este tipo de contato social inciado por estranhos nas ruas (para que este tipo de situação deixe de gerar sofrimento a eles), ao invés de proibir os outros de iniciarem qualquer contato com pessoas desconhecidas nas ruas, sob o risco de serem arbitraria e subjetivamente julgados como assediadores.

Por tanto seria saudável ela aprender a lidar de forma saudável com situações dessas (como a maioria das pessoas lidam), situações essas que são extremamente comuns numa sociedade onde é natural que pessoas estranhas se interagem na rua.
Por Odin.

A questão não está na interação entre pessoas estranhas na rua e sim no respeito ao que a outra pensa em foro íntimo sobre galanteios, sejam eles refinados ou grosseiros.

Ou somente a sua vontade é suficiente?
Neste caso a vontade dela se apresenta aos meus olhos como algo absurdo.

Este é o seu ponto de vista.

Não é o delas e certamente não é o de todas as demais pessoas.
Não, não é. Mas como eu disse, não me lembro de nenhum assunto que seja, onde exista consenso.

Se me fosse convencido de que é algo sensato, ai eu a levaria em consideração.

É claro, porque você é o detentor último da capacidade de avaliar e de decidir com sabedoria.
É você quem esta dizendo.  :hihi:

Eu conheço muitas mulheres, de diferentes idades, que não gostam de ser importunadas, mesmo que seja por um simples "olá, tudo bem?".
Como disse o Madiba, elas deveriam aprender a conviverem em sociedade, pois ao se estressar com simples cumprimentos de estranhos, quem sai perdendo é ela mesmo.
Ou aquele que faz galanteios deveria entender que existindo muitas pessoas que não gostam deste tipo de manifestação, deveria se comportar de maneira mais adequada (com prudência e cautela), mesmo que isto vá contra o seu desejo, ainda mais se no caso não for possível reconhecer claramente o grau de receptividade.
Não se pode proibir tudo aquilo onde não existe consenso, tomando com premissa a inação como regra onde ação e inação é a geradora do conflito. Se assim fosse feito, tudo o mais seria proibido, pois em nenhum assunto que seja existe consenso.
Então dissolva a sociedade porque não existe nada que seja consenso absoluto.
É exatamente isso que estou dizendo, com o adendo que considerar a inação como a melhor resposta, sempre que não existir o consenso, levaria-nos a inação completa, em todo e qualquer assunto de debate. Será que se pode imaginar o desastre que isso provocaria?

Não se está decidindo se armas nucleares devem ser usadas contra índios ou paulistas e sim sobre o exercício de um simples direito individual, qual seja, o de não ser perturbado.
A falta de objetividade e clareza do significado de assédio sexual, e do próprio absurdo de exemplos que dão como ilustração do que pode ser considerado assédio sexual, mas faz desconsiderar esta ideia de pertubação como algo que mereça atenção e concordância de minha parte, ou de qualquer outro.

O bom senso neste caso me leva a considerar o pedido destas moças absurdo, proibir pessoas estranhas de se falarem na rua? é sério? é neste nível de politicamente correto que chegamos?
Cara, eu estou começando a considerar que você ou está trollando ou tem um déficit cognitivo. Ninguém está proibindo a conversa entre as pessoas mas, do jeito que você escreve, dá a entender que uma 'cantada' disfarçada de "bom dia" é o mesmo que pedir uma informação sobre um endereço.
Cantada disfarçada de bom dia? é isso que você viu no vídeo?

Esqueça o vídeo.

O que eu escrevi é aplicável para o dia-a-dia.
Pode ser tomado como regra de conduta por você e pelo Barata, mas por qual motivo esta regra deveria ser imposta a terceiros, que de vocês discordam?

Já lhe adianto que argumentar que algumas pessoas se incomodam com simples cumprimentos ou saudações vindos de estranhos não irá me convencer que esta regra deve ser aplicável a todos.

Acho debatível a diminuição da idade de consentimento sexual, assim como campanhas de conscientização sobre o desencorajamento de abordagens sexuais mais agressivas, mas não acho que mereça consideração pedidos absurdos como o de jogar no mesmo balaio de assédio sexual, simples cumprimentos e saudações feitas por estranhos nas ruas.

Sou contra a proibição de cantadas também, mas nem é esta a questão, a questão é que estas campanhas feministas interpretam distorcidamente qualquer cumprimento ou saudação como um exemplo evidente de assédio sexual.

Em qual momento eu escrevi sobre feminismo?
Você não escreveu diretamente sobre feminismo, mas o tema que estamos debatendo é construído e divulgado por grupos feministas, como aquele contrários a cantadas de rua, alvo das crítica feitas no início deste tópico, ou este outro responsável pelo vídeo da modelo que se dizia assediada por cumprimentos, saudações e sorrisos vindos de estranhos que por ela passaram na rua.

E também sou contra este extremismo distorcido, transvestido de causa justa.

É uma forma de respeito. Só isto.
Eu discordo, pois não considero desrespeito dar um olá ou um bom dia a uma estranha na rua, mesmo que um dos motivos seja o de ela ser atraente.

Digo o mesmo sobre as cantadas.

Abraços!
« Última modificação: 11 de Novembro de 2014, 17:01:47 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #427 Online: 11 de Novembro de 2014, 16:57:12 »
galanteie, e se não for bem aceito, não tente novamente. fair enough.

Isso é pura demonstração de egoísmo e desprezo pelo sentimento de outras pessoas.

Barata!

Pare, respire, pense...

Como o cara vai saber a priori se a mulher odiaria a cantada dele? O cara tá afim da mulher, por que não tentar? Ele deve perder a chance de pegar uma mulher por causa de uma possibilidade dela "não gostar" (mais comum) ou abominar (muito incomum, raro mesmo) a sua cantada???   Faça me o favor....



Será o benedito que só tem virgem incapaz de pegar mulher nesse local? Nem uma palavra é necessária pra saber se uma mulher tem interesse em ouvir sua cantada ou não. Um olhar, um movimento com  cabelo, a pose, o jeito de andar, um sorriso, tudo isso se consegue perceber sem dizer uma única palavra. E porque não tentar sem saber? Porque tem gente que não gosta e tem gente que odeia e essas pessoas tem o direito de serem deixadas em paz.
Quer dizer que seu eu achar que ela está de bom humor, posso cumprimenta-la ou saudá-la, ou que ela está dando mole* tenho liberdade para canta-la?

Então o arbitrário e subjetivo critério de proibição de interação com estranhos, quando estes não gostam de serem importunados, não vale de nada, pois é anulado pelo arbitrário e subjetivo critério de liberação de interação com estranhos, baseado na arbitrária e subjetiva interpretação da pessoa se o estranho em questão está aberto ou não a interação com outros estranhos.  :hihi:

É uma perfeita antilogia.


* Arbitrária e subjetivamente, (a não ser que tenhamos instrumentos tecnológicos ou formação especializada em leitura de linguagem corporal), interpretei seus gestos, expressões faciais e postura corporal como aberta a abordagens-interações.
« Última modificação: 11 de Novembro de 2014, 17:00:03 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #428 Online: 11 de Novembro de 2014, 17:13:34 »
As mulheres de um modo geral tem experimentado uma transformação bastante evidente no papel que exercem, principalmente nas sociedades mais modernas, passando em menos de um século, de coadjuvantes submissas sem voz, restritas ao lar, sem direito a decidir sequer sobre o que ou quando falar, vestir, comer, ler, estudar, ir e vir, e com quem interagir, de simplesmente dizer um não , a protagonistas de fato e de direito nas sociedades mais modernas. Não é algo para se surpreender, portanto, que, cultivando maior senso crítico, e tendo maior acesso à informação passem a rejeitar papeis de infantilização e objetificação evidentes, embutidos na prática das cantadas e de assédio sexual ainda insistentemente presentes de forma retrógrada por chauvinistas e misóginos de todo tipo, não porque cantadas e até mesmo assédio não façam parte do universo de interação social entre as pessoas, mas por elas não se permitirem mais se sujeitar a caprichos tolos e tentativas medíocres de auto afirmação de incompetentes de plantão.

3,2,1... para o Sképtikos dizer que na verdade são os homens as vítimas.   :P

Nós dois sabemos quem é que faz discursos vitimista aqui, não é mesmo?  :hihi:
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Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Skeptikós

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #429 Online: 11 de Novembro de 2014, 17:21:09 »
Caras, não tem nada de puritanismo. A lógica é bem simples. O nível de estresse das mulheres transitando pelas ruas com a banalização generalizada da violência urbana é tão alto quanto o de vocês, agravado pelo fator sexual. Já não é nada confortável ter que preocupar com a carteira, com o celular, imaginem ter que preocupar com viados grandes, fortes e abusados, por todos os lados, que, na maioria das vezes, passam apenas cantadas, mas não raro, forçam a barra, são invasivos, inconvenientes, intimidadores e te expõem ao ridículo no meio da multidão com frequência com comentários vulgares. Parem de contabilizar apenas as vezes em que são correspondidos e talvez percebam o quanto isso pode ser desagradável. Claro que mirando diversas mulheres você vai acabar acetando uma que goste, mas a regra não é feita de exceções. Isso não tem nada a ver com ditadura feminista ou tentativa de castração, apenas com a percepção de segurança. Abram os jornais, assistam o noticiário. Coloquem-se no lugar das mulheres. O que não faltam são fatores estressantes.
Não é pra tanto, acho que você também deve reavaliar melhor aquilo que mulheres geralmente ouvem nas ruas, pois em relação ao vídeo em debate, em 10 horas de andanças de uma linda modelo pelas ruas de NYC, resumidas em um vídeo de pouco menos de dois minutos, contendo as abordagens "mais agressivas", com exceção de um cara que pediu o número de telefone e um outro que a chamou de linda, o máximo que a mulher ouviu foram cumprimentos de olá, saudações de bom dia e/ou sorrisos e olhares.

Então eu posso afirmar com total segurança que, mulheres assediadas sexualmente nas ruas são casos raros,  que receber cantadas, não é tão frequente assim (duas em 10 horas, sério?), e o que ocorre de fato com frequência (pelo menos no caso de mulheres lindas), são cumprimentos, saudações, olhares e sorrisos, nada mais do que isso.

Abraços!
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
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Offline Barata Tenno

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #430 Online: 11 de Novembro de 2014, 17:23:45 »
galanteie, e se não for bem aceito, não tente novamente. fair enough.

Isso é pura demonstração de egoísmo e desprezo pelo sentimento de outras pessoas.

Barata!

Pare, respire, pense...

Como o cara vai saber a priori se a mulher odiaria a cantada dele? O cara tá afim da mulher, por que não tentar? Ele deve perder a chance de pegar uma mulher por causa de uma possibilidade dela "não gostar" (mais comum) ou abominar (muito incomum, raro mesmo) a sua cantada???   Faça me o favor....



Será o benedito que só tem virgem incapaz de pegar mulher nesse local? Nem uma palavra é necessária pra saber se uma mulher tem interesse em ouvir sua cantada ou não. Um olhar, um movimento com  cabelo, a pose, o jeito de andar, um sorriso, tudo isso se consegue perceber sem dizer uma única palavra. E porque não tentar sem saber? Porque tem gente que não gosta e tem gente que odeia e essas pessoas tem o direito de serem deixadas em paz.
Quer dizer que seu eu achar que ela está de bom humor, posso cumprimenta-la ou saudá-la, ou que ela está dando mole* tenho liberdade para canta-la?

Então o arbitrário e subjetivo critério de proibição de interação com estranhos, quando estes não gostam de serem importunados, não vale de nada, pois é anulado pelo arbitrário e subjetivo critério de liberação de interação com estranhos, baseado na arbitrária e subjetiva interpretação da pessoa se o estranho em questão está aberto ou não a interação com outros estranhos.  :hihi:

É uma perfeita antilogia.


* Arbitrária e subjetivamente, (a não ser que tenhamos instrumentos tecnológicos ou formação especializada em leitura de linguagem corporal), interpretei seus gestos, expressões faciais e postura corporal como aberta a abordagens-interações.

Não é se ela "esta de bom humor", é se ela te deu algum sinal positivo e claro de que quer ser aproximada. Sabe quem usa muito isso? Pessoas nas ruas vendendo, pessoas recolhendo assinaturas para entidades. Uma troca de olhar e eles já sabem se devem se aproximar ou não. Sabe quem mais usa leitura de linguagem corporal? A polícia. Eles estão atentos em como as pessoas se comportam ao serem observadas, em como reagem ao avistar o policial. Óbvio que não é uma ciência exata, e no caso de cantadas, em caso de dúvida a alternativa é bem simples, não cante, guarde o seu elogio para você. Se a mulher quiser ser cantada, ela vai sorrir, ela vai dar a entender que quer ser aproximada. Ja chamou garçom sem pronunciar uma palavra, ou uma atendente de loja? Então, homens e mulheres que querem ser cantados podem usar a mesma técnica. Eu tenho uma regra minha, se uma pessoa mantém a troca de olhares fixa por mais de 5 segundos, ou ela quer foder ou quer te matar. 

E sério, você é extremamente desonesto, comparar mulheres que não querem ser deixadas em paz nas ruas com pedófilos que querem legalizar o abuso de crianças é tão fora de proporção que me tira do sério. De um lado temos pessoas que só querem sossego, só querem poder andar em paz nas ruas, sem ter que ouvir opiniões não solicitadas e do outro o extremo oposto, pessoas que querem incomodar, que querem obrigar pessoas andando nas ruas a ouvir suas opiniões e forçar um contato simplesmente porque acham que o outro não tem  o direito a paz.
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

Offline _Juca_

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #431 Online: 11 de Novembro de 2014, 17:34:41 »
As mulheres de um modo geral tem experimentado uma transformação bastante evidente no papel que exercem, principalmente nas sociedades mais modernas, passando em menos de um século, de coadjuvantes submissas sem voz, restritas ao lar, sem direito a decidir sequer sobre o que ou quando falar, vestir, comer, ler, estudar, ir e vir, e com quem interagir, de simplesmente dizer um não , a protagonistas de fato e de direito nas sociedades mais modernas. Não é algo para se surpreender, portanto, que, cultivando maior senso crítico, e tendo maior acesso à informação passem a rejeitar papeis de infantilização e objetificação evidentes, embutidos na prática das cantadas e de assédio sexual ainda insistentemente presentes de forma retrógrada por chauvinistas e misóginos de todo tipo, não porque cantadas e até mesmo assédio não façam parte do universo de interação social entre as pessoas, mas por elas não se permitirem mais se sujeitar a caprichos tolos e tentativas medíocres de auto afirmação de incompetentes de plantão.

3,2,1... para o Sképtikos dizer que na verdade são os homens as vítimas.   :P

Nós dois sabemos quem é que faz discursos vitimista aqui, não é mesmo?  :hihi:

Sim, é você que usa esse recurso, que no cúmulo da inversão, acha que as mulheres é que tem papel privilegiado na sociedade.

Offline Barata Tenno

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #432 Online: 11 de Novembro de 2014, 17:39:07 »
As mulheres de um modo geral tem experimentado uma transformação bastante evidente no papel que exercem, principalmente nas sociedades mais modernas, passando em menos de um século, de coadjuvantes submissas sem voz, restritas ao lar, sem direito a decidir sequer sobre o que ou quando falar, vestir, comer, ler, estudar, ir e vir, e com quem interagir, de simplesmente dizer um não , a protagonistas de fato e de direito nas sociedades mais modernas. Não é algo para se surpreender, portanto, que, cultivando maior senso crítico, e tendo maior acesso à informação passem a rejeitar papeis de infantilização e objetificação evidentes, embutidos na prática das cantadas e de assédio sexual ainda insistentemente presentes de forma retrógrada por chauvinistas e misóginos de todo tipo, não porque cantadas e até mesmo assédio não façam parte do universo de interação social entre as pessoas, mas por elas não se permitirem mais se sujeitar a caprichos tolos e tentativas medíocres de auto afirmação de incompetentes de plantão.

3,2,1... para o Sképtikos dizer que na verdade são os homens as vítimas.   :P

Nós dois sabemos quem é que faz discursos vitimista aqui, não é mesmo?  :hihi:

Sim, é você que usa esse recurso, que no cúmulo da inversão, acha que as mulheres é que tem papel privilegiado na sociedade.

Na verdade ele acha que todo mundo é privilegiado, menos o homem branco héterossexual, a raça que mais sofre no planeta, coitados, sempre oprimidos...
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Offline Georg Hagedorn

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #433 Online: 11 de Novembro de 2014, 17:42:10 »
As mulheres de um modo geral tem experimentado uma transformação bastante evidente no papel que exercem, principalmente nas sociedades mais modernas, passando em menos de um século, de coadjuvantes submissas sem voz, restritas ao lar, sem direito a decidir sequer sobre o que ou quando falar, vestir, comer, ler, estudar, ir e vir, e com quem interagir, de simplesmente dizer um não , a protagonistas de fato e de direito nas sociedades mais modernas. Não é algo para se surpreender, portanto, que, cultivando maior senso crítico, e tendo maior acesso à informação passem a rejeitar papeis de infantilização e objetificação evidentes, embutidos na prática das cantadas e de assédio sexual ainda insistentemente presentes de forma retrógrada por chauvinistas e misóginos de todo tipo, não porque cantadas e até mesmo assédio não façam parte do universo de interação social entre as pessoas, mas por elas não se permitirem mais se sujeitar a caprichos tolos e tentativas medíocres de auto afirmação de incompetentes de plantão.

3,2,1... para o Sképtikos dizer que na verdade são os homens as vítimas.   :P

Nós dois sabemos quem é que faz discursos vitimista aqui, não é mesmo?  :hihi:

Sim, é você que usa esse recurso, que no cúmulo da inversão, acha que as mulheres é que tem papel privilegiado na sociedade.

Leia Martin Van Creld - O mito da fragilidade feminina

Depois de ler conteste alguma coisa do livro e aí eu acredito em você.
"Alguma frase aleátoria na assinatura"

Skorpios

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #434 Online: 11 de Novembro de 2014, 17:47:03 »
Esse tópico está bizarro...

Offline Skeptikós

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #435 Online: 11 de Novembro de 2014, 17:59:57 »
Existem grupos organizados assédios - A maioria das mulheres não gosta, e a grande maioria.
Quando começam a aparecer grupos organizados de mulheres pedindo pra parar com isso, deveria se parar com isso - Existem formas de abordar sem assediar, o que acontece é que uma CANTADA na rua, não é nada agradável para as mulheres - e eu não me baseio em evidências anedóticas para discutir sobre isso.

(...)

Fonte: http://thinkolga.com/chega-de-fiu-fiu/

Se uma pesquisa com 83% dizendo que não gosta não é evidência, evidência nenhuma vai servir.
Pesquisas de opinião são altamente suscetíveis ao erro, pois pessoas mentem consciente ou inconscientemente, por isso o mais ideal seria um estudo cerebral das reações neurológicas das pessoas enquanto respondia a estímulos externos claros.

Além do mais, com pesquisas de opinião, é fácil manipular os resultados obtidos através de metodologia tendenciosa, bem como a escolha tendenciosamente seletiva do grupo a ser entrevistado (as pessoas que responderam o questionamento eram provavelmente leitoras do site 'chega de Fiu-fiu", ou seja, já alinhadas com a ideologia e causa do site, e por tanto, um grupo muito especifico de mulheres que não podem serem generalizados como representativos da população brasileira em seu total).

Pode-se também, através das perguntas feitas induzir as respostas que se desejam, perguntas inespecíficas, como a que da o nome de cantada mas não define exatamente o que é uma cantada, onde cantada pode ser qualquer coisa que uma mulher entenda que é.

Se ainda assim não for possível alcançar os resultados que se desejam, pode-se passar para a fraude, o que não é improvável de acontecer.

Existe uma alta probabilidade de coisas como essas acontecerem quando pesquisas deste tipo são feitas por grupos evidentemente com interesses  nos resultados, como é o caso desta pesquisa divulgada por vocês, que foi feita por um grupo feminista cujo o interesse nos resultados obtidos é explicito, visto que o objetivo deste grupo é explicitamente combater as cantadas de rua*. Além do mais, a pesquisa não seguiu metodologia científica e acadêmica. Seria mais digno de crédito se a pesquisa fosse realizada por um grupo de pesquisadores imparciais e independentes que se guiassem por metodologia científica e acadêmica (o que não aconteceu no caso).

Na minha opinião, esta pesquisa não possui valor científico algum.

Abraços!



*Este grupo inclusive foi o tema de início deste tópico, e por consequência, deste debate. E uma das suas características denunciadas fora justamente o sensacionalismo, a atitude tendenciosa, a distorção conceitual de termos como cantadas e assédio sexual, entre outras características mais que tornam o grupo em questão, sem merecimento de crédito como um produtor de dados confiáveis.
« Última modificação: 11 de Novembro de 2014, 18:03:34 por Skeptikós »
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #436 Online: 11 de Novembro de 2014, 18:07:40 »
galanteie, e se não for bem aceito, não tente novamente. fair enough.

Isso é pura demonstração de egoísmo e desprezo pelo sentimento de outras pessoas.

Barata!

Pare, respire, pense...

Como o cara vai saber a priori se a mulher odiaria a cantada dele? O cara tá afim da mulher, por que não tentar? Ele deve perder a chance de pegar uma mulher por causa de uma possibilidade dela "não gostar" (mais comum) ou abominar (muito incomum, raro mesmo) a sua cantada???   Faça me o favor....



Será o benedito que só tem virgem incapaz de pegar mulher nesse local? Nem uma palavra é necessária pra saber se uma mulher tem interesse em ouvir sua cantada ou não. Um olhar, um movimento com  cabelo, a pose, o jeito de andar, um sorriso, tudo isso se consegue perceber sem dizer uma única palavra. E porque não tentar sem saber? Porque tem gente que não gosta e tem gente que odeia e essas pessoas tem o direito de serem deixadas em paz.
Quer dizer que seu eu achar que ela está de bom humor, posso cumprimenta-la ou saudá-la, ou que ela está dando mole* tenho liberdade para canta-la?

Então o arbitrário e subjetivo critério de proibição de interação com estranhos, quando estes não gostam de serem importunados, não vale de nada, pois é anulado pelo arbitrário e subjetivo critério de liberação de interação com estranhos, baseado na arbitrária e subjetiva interpretação da pessoa se o estranho em questão está aberto ou não a interação com outros estranhos.  :hihi:

É uma perfeita antilogia.


* Arbitrária e subjetivamente, (a não ser que tenhamos instrumentos tecnológicos ou formação especializada em leitura de linguagem corporal), interpretei seus gestos, expressões faciais e postura corporal como aberta a abordagens-interações.

Não é se ela "esta de bom humor", é se ela te deu algum sinal positivo e claro de que quer ser aproximada. Sabe quem usa muito isso? Pessoas nas ruas vendendo, pessoas recolhendo assinaturas para entidades. Uma troca de olhar e eles já sabem se devem se aproximar ou não. Sabe quem mais usa leitura de linguagem corporal? A polícia. Eles estão atentos em como as pessoas se comportam ao serem observadas, em como reagem ao avistar o policial. Óbvio que não é uma ciência exata, e no caso de cantadas, em caso de dúvida a alternativa é bem simples, não cante, guarde o seu elogio para você. Se a mulher quiser ser cantada, ela vai sorrir, ela vai dar a entender que quer ser aproximada. Ja chamou garçom sem pronunciar uma palavra, ou uma atendente de loja? Então, homens e mulheres que querem ser cantados podem usar a mesma técnica. Eu tenho uma regra minha, se uma pessoa mantém a troca de olhares fixa por mais de 5 segundos, ou ela quer foder ou quer te matar.
Não muda o fato que de forma geral, a leitura sera feita com base em interpretações arbitrárias e subjetivas. Como você mesmo disse, não é uma ciência exata.

E sério, você é extremamente desonesto, comparar mulheres que não querem ser deixadas em paz nas ruas com pedófilos que querem legalizar o abuso de crianças é tão fora de proporção que me tira do sério. De um lado temos pessoas que só querem sossego, só querem poder andar em paz nas ruas, sem ter que ouvir opiniões não solicitadas e do outro o extremo oposto, pessoas que querem incomodar, que querem obrigar pessoas andando nas ruas a ouvir suas opiniões e forçar um contato simplesmente porque acham que o outro não tem  o direito a paz.
Ambas acho absurdas, no entanto reconheço que não é uma boa analogia a que foi feito.
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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #437 Online: 11 de Novembro de 2014, 18:12:29 »
As mulheres de um modo geral tem experimentado uma transformação bastante evidente no papel que exercem, principalmente nas sociedades mais modernas, passando em menos de um século, de coadjuvantes submissas sem voz, restritas ao lar, sem direito a decidir sequer sobre o que ou quando falar, vestir, comer, ler, estudar, ir e vir, e com quem interagir, de simplesmente dizer um não , a protagonistas de fato e de direito nas sociedades mais modernas. Não é algo para se surpreender, portanto, que, cultivando maior senso crítico, e tendo maior acesso à informação passem a rejeitar papeis de infantilização e objetificação evidentes, embutidos na prática das cantadas e de assédio sexual ainda insistentemente presentes de forma retrógrada por chauvinistas e misóginos de todo tipo, não porque cantadas e até mesmo assédio não façam parte do universo de interação social entre as pessoas, mas por elas não se permitirem mais se sujeitar a caprichos tolos e tentativas medíocres de auto afirmação de incompetentes de plantão.

3,2,1... para o Sképtikos dizer que na verdade são os homens as vítimas.   :P

Nós dois sabemos quem é que faz discursos vitimista aqui, não é mesmo?  :hihi:

Sim, é você que usa esse recurso, que no cúmulo da inversão, acha que as mulheres é que tem papel privilegiado na sociedade.

Na verdade ele acha que todo mundo é privilegiado, menos o homem branco héterossexual, a raça que mais sofre no planeta, coitados, sempre oprimidos...
Primeiro, é mentira. Segundo, é uma ridicularização desnecessária a que vocês estão fazendo.

Eu nunca defendi em tom sério, que se não por ridicularização, assim como vocês acabaram de fazer, que homens, brancos e héteros são os únicos desfavorecidos. Agora, eu já disse sim que, leis que preveem direitos especiais para grupos específicos de pessoas, como o de reservar 1/3 das vagas do senado para mulheres, mesmo que elas não atinjam a quantidade de votos necessários para se elegerem, é sim uma lei que privilegia as mulheres, e desfavorece os homens, simplesmente em função de seus gêneros, o que configura uma discriminação de gênero, e algo que eu efetivamente combato e sou contra.
« Última modificação: 11 de Novembro de 2014, 18:16:13 por Skeptikós »
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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #438 Online: 11 de Novembro de 2014, 18:24:59 »
A mulher gosta de cantadas (se não forem grosseiras) não tanto porque tem interesse em corresponder na maioria dos casos, mas sim por ser uma forma de "validação" da sua atratividade física/sexual. Toda mulher gosta de se sentir atraente e desejada.

Mesmo as mulheres muito atraentes, já acostumadas a cantadas e completamente seguras de sua atratividade, ainda assim nunca "enjoam" de uma validação, apenas mudam o nível da validação que gostam (Ex: só gostam se for de um homem muito atraente com sinais claros de ser rico, etc).





Isso é o que diz a lógica e me parece que realmente uma pesquisa em um site feminista não é o mais indicado.

Os dados do Buck são relevantes também.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #439 Online: 11 de Novembro de 2014, 18:28:51 »
<a href="https://www.youtube.com/v/p8uOErVShiE" target="_blank" class="new_win">https://www.youtube.com/v/p8uOErVShiE</a>

Mais estereotipado impossível.
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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #440 Online: 11 de Novembro de 2014, 18:31:43 »
Sem contar que ao que tudo indica, é pura encenação, onde tanto as mulheres como os homens estão atuando.
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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #441 Online: 11 de Novembro de 2014, 18:39:47 »
Eu estou disposto a voltar atrás em meu ponto mesmos sendo contra toda a minha experiência de vida, onde quase sempre tive sorrisos em retorno, mesmo que não tenha logrado ficar com a garota na maioria das vezes. Sorriso e conversas foram a regra não a exceção.

Agora, gostaria de ter uma estatística mais confiável do que um site onde os afiliados por princípio são contra as cantadas.

Será que o mestre das pesquisas Buckaroo encontra algo? Eu estou procurando.
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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #442 Online: 11 de Novembro de 2014, 18:43:51 »
Na dúvida, ultrapasse. Beleza! Ao que mais isso se aplica no quotidiano? A sério. Sem zoeira, mesmo! Eu tentei traçar um paralelo mental, mas estou sem criatividade...

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #443 Online: 11 de Novembro de 2014, 18:45:26 »
É que eu não tenho dúvidas doubt. Estou esperando dados confiáveis para voltar atrás.
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Offline AlienígenA

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #444 Online: 11 de Novembro de 2014, 18:54:42 »
É que eu não tenho dúvidas doubt. Estou esperando dados confiáveis para voltar atrás.

Como assim não tem dúvidas? Sobre haver uma ínfima possibilidade muitíssimo remota de haver mulheres que não gostam de abordagens no meio da rua?  :hein:

Offline Skeptikós

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #445 Online: 11 de Novembro de 2014, 19:12:43 »
Acho que não há dúvidas para ele de que a maioria de fato gostem de receberem atenção de desconhecidos na rua, em forma de agradáveis cumprimentos, saudações, sorrisos, olhares, elogios e cantadas educadas.

Não que haja algumas que se distanciem do senso comum de apreciarem este tipo de comportamento, pois como dito em outro momento, não conheço assunto que exista consenso geral.
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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #446 Online: 11 de Novembro de 2014, 19:18:21 »
Existem grupos organizados assédios - A maioria das mulheres não gosta, e a grande maioria.
Quando começam a aparecer grupos organizados de mulheres pedindo pra parar com isso, deveria se parar com isso - Existem formas de abordar sem assediar, o que acontece é que uma CANTADA na rua, não é nada agradável para as mulheres - e eu não me baseio em evidências anedóticas para discutir sobre isso.

(...)

Fonte: http://thinkolga.com/chega-de-fiu-fiu/

Se uma pesquisa com 83% dizendo que não gosta não é evidência, evidência nenhuma vai servir.
Pesquisas de opinião são altamente suscetíveis ao erro, pois pessoas mentem consciente ou inconscientemente, por isso o mais ideal seria um estudo cerebral das reações neurológicas das pessoas enquanto respondia a estímulos externos claros.

Além do mais, com pesquisas de opinião, é fácil manipular os resultados obtidos através de metodologia tendenciosa, bem como a escolha tendenciosamente seletiva do grupo a ser entrevistado (as pessoas que responderam o questionamento eram provavelmente leitoras do site 'chega de Fiu-fiu", ou seja, já alinhadas com a ideologia e causa do site, e por tanto, um grupo muito especifico de mulheres que não podem serem generalizados como representativos da população brasileira em seu total).

Pode-se também, através das perguntas feitas induzir as respostas que se desejam, perguntas inespecíficas, como a que da o nome de cantada mas não define exatamente o que é uma cantada, onde cantada pode ser qualquer coisa que uma mulher entenda que é.

Se ainda assim não for possível alcançar os resultados que se desejam, pode-se passar para a fraude, o que não é improvável de acontecer.

Existe uma alta probabilidade de coisas como essas acontecerem quando pesquisas deste tipo são feitas por grupos evidentemente com interesses  nos resultados, como é o caso desta pesquisa divulgada por vocês, que foi feita por um grupo feminista cujo o interesse nos resultados obtidos é explicito, visto que o objetivo deste grupo é explicitamente combater as cantadas de rua*. Além do mais, a pesquisa não seguiu metodologia científica e acadêmica. Seria mais digno de crédito se a pesquisa fosse realizada por um grupo de pesquisadores imparciais e independentes que se guiassem por metodologia científica e acadêmica (o que não aconteceu no caso).

Na minha opinião, esta pesquisa não possui valor científico algum.

Abraços!



*Este grupo inclusive foi o tema de início deste tópico, e por consequência, deste debate. E uma das suas características denunciadas fora justamente o sensacionalismo, a atitude tendenciosa, a distorção conceitual de termos como cantadas e assédio sexual, entre outras características mais que tornam o grupo em questão, sem merecimento de crédito como um produtor de dados confiáveis.

Essa pesquisa mesmo não sendo científica tem muito mais valor que "eu acho", "me contaram", "eu to dizendo que é assim".
He who fights with monsters should look to it that he himself does not become a monster. And when you gaze long into an abyss the abyss also gazes into you. Friedrich Nietzsche

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #447 Online: 11 de Novembro de 2014, 19:20:16 »
galanteie, e se não for bem aceito, não tente novamente. fair enough.

Isso é pura demonstração de egoísmo e desprezo pelo sentimento de outras pessoas.

Barata!

Pare, respire, pense...

Como o cara vai saber a priori se a mulher odiaria a cantada dele? O cara tá afim da mulher, por que não tentar? Ele deve perder a chance de pegar uma mulher por causa de uma possibilidade dela "não gostar" (mais comum) ou abominar (muito incomum, raro mesmo) a sua cantada???   Faça me o favor....



Será o benedito que só tem virgem incapaz de pegar mulher nesse local? Nem uma palavra é necessária pra saber se uma mulher tem interesse em ouvir sua cantada ou não. Um olhar, um movimento com  cabelo, a pose, o jeito de andar, um sorriso, tudo isso se consegue perceber sem dizer uma única palavra. E porque não tentar sem saber? Porque tem gente que não gosta e tem gente que odeia e essas pessoas tem o direito de serem deixadas em paz.
Quer dizer que seu eu achar que ela está de bom humor, posso cumprimenta-la ou saudá-la, ou que ela está dando mole* tenho liberdade para canta-la?

Então o arbitrário e subjetivo critério de proibição de interação com estranhos, quando estes não gostam de serem importunados, não vale de nada, pois é anulado pelo arbitrário e subjetivo critério de liberação de interação com estranhos, baseado na arbitrária e subjetiva interpretação da pessoa se o estranho em questão está aberto ou não a interação com outros estranhos.  :hihi:

É uma perfeita antilogia.


* Arbitrária e subjetivamente, (a não ser que tenhamos instrumentos tecnológicos ou formação especializada em leitura de linguagem corporal), interpretei seus gestos, expressões faciais e postura corporal como aberta a abordagens-interações.

Não é se ela "esta de bom humor", é se ela te deu algum sinal positivo e claro de que quer ser aproximada. Sabe quem usa muito isso? Pessoas nas ruas vendendo, pessoas recolhendo assinaturas para entidades. Uma troca de olhar e eles já sabem se devem se aproximar ou não. Sabe quem mais usa leitura de linguagem corporal? A polícia. Eles estão atentos em como as pessoas se comportam ao serem observadas, em como reagem ao avistar o policial. Óbvio que não é uma ciência exata, e no caso de cantadas, em caso de dúvida a alternativa é bem simples, não cante, guarde o seu elogio para você. Se a mulher quiser ser cantada, ela vai sorrir, ela vai dar a entender que quer ser aproximada. Ja chamou garçom sem pronunciar uma palavra, ou uma atendente de loja? Então, homens e mulheres que querem ser cantados podem usar a mesma técnica. Eu tenho uma regra minha, se uma pessoa mantém a troca de olhares fixa por mais de 5 segundos, ou ela quer foder ou quer te matar.
Não muda o fato que de forma geral, a leitura sera feita com base em interpretações arbitrárias e subjetivas. Como você mesmo disse, não é uma ciência exata.

E sério, você é extremamente desonesto, comparar mulheres que não querem ser deixadas em paz nas ruas com pedófilos que querem legalizar o abuso de crianças é tão fora de proporção que me tira do sério. De um lado temos pessoas que só querem sossego, só querem poder andar em paz nas ruas, sem ter que ouvir opiniões não solicitadas e do outro o extremo oposto, pessoas que querem incomodar, que querem obrigar pessoas andando nas ruas a ouvir suas opiniões e forçar um contato simplesmente porque acham que o outro não tem  o direito a paz.
Ambas acho absurdas, no entanto reconheço que não é uma boa analogia a que foi feito.

O que? Interações humanas que não são extremamente precisas e científicas? Que choque!!! Quando surgir algo que preveja com 100% de precisão o comportamento humano você me avisa.

É realmente é um absurdo pessoas não quererem ser incomodadas, tão absurda aquela lei do silêncio.....
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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #448 Online: 11 de Novembro de 2014, 19:21:59 »
As mulheres de um modo geral tem experimentado uma transformação bastante evidente no papel que exercem, principalmente nas sociedades mais modernas, passando em menos de um século, de coadjuvantes submissas sem voz, restritas ao lar, sem direito a decidir sequer sobre o que ou quando falar, vestir, comer, ler, estudar, ir e vir, e com quem interagir, de simplesmente dizer um não , a protagonistas de fato e de direito nas sociedades mais modernas. Não é algo para se surpreender, portanto, que, cultivando maior senso crítico, e tendo maior acesso à informação passem a rejeitar papeis de infantilização e objetificação evidentes, embutidos na prática das cantadas e de assédio sexual ainda insistentemente presentes de forma retrógrada por chauvinistas e misóginos de todo tipo, não porque cantadas e até mesmo assédio não façam parte do universo de interação social entre as pessoas, mas por elas não se permitirem mais se sujeitar a caprichos tolos e tentativas medíocres de auto afirmação de incompetentes de plantão.

3,2,1... para o Sképtikos dizer que na verdade são os homens as vítimas.   :P

Nós dois sabemos quem é que faz discursos vitimista aqui, não é mesmo?  :hihi:

Sim, é você que usa esse recurso, que no cúmulo da inversão, acha que as mulheres é que tem papel privilegiado na sociedade.

Na verdade ele acha que todo mundo é privilegiado, menos o homem branco héterossexual, a raça que mais sofre no planeta, coitados, sempre oprimidos...
Primeiro, é mentira. Segundo, é uma ridicularização desnecessária a que vocês estão fazendo.

Eu nunca defendi em tom sério, que se não por ridicularização, assim como vocês acabaram de fazer, que homens, brancos e héteros são os únicos desfavorecidos. Agora, eu já disse sim que, leis que preveem direitos especiais para grupos específicos de pessoas, como o de reservar 1/3 das vagas do senado para mulheres, mesmo que elas não atinjam a quantidade de votos necessários para se elegerem, é sim uma lei que privilegia as mulheres, e desfavorece os homens, simplesmente em função de seus gêneros, o que configura uma discriminação de gênero, e algo que eu efetivamente combato e sou contra.

Outro dia você chamou negros e gays de privilegiados por terem ou almejarem leis contra a discriminação, sem falar de todos os outros mimimis de que minorias são privilegiadas por leis ou incentivos...
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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #449 Online: 11 de Novembro de 2014, 19:27:35 »
Acho que não há dúvidas para ele de que a maioria de fato gostem de receberem atenção de desconhecidos na rua, em forma de agradáveis cumprimentos, saudações, sorrisos, olhares, elogios e cantadas educadas.

Não que haja algumas que se distanciem do senso comum de apreciarem este tipo de comportamento, pois como dito em outro momento, não conheço assunto que exista consenso geral.

exato, obrigado.

Como disse, é a situação que vivi e vejo sempre, quando não há algo idiota como "e aí gostosa", qualquer coisa que venha com um sorriso e seja educado, só praticamente vi bons feedbacks, o que não quer dizer que a garota efetivamente saiu com quem as fez.

Mas como disseram, meu mundo não representa o mundo, ainda que eu tenha vindo de escolas públicas com renda baixa e melhorado gradualmente para um nível de vida razoavelmente bom e essa situação tenha me acompanhado a mim e a meus conhecidos em todos os mundos que vivi.
Além da experiência, acho que era isso que se esperaria pela lógica, aceitação maciça de uma cantada bem humorada e educada.

Mas ainda é anedótico. Procurando melhores dados.
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