Autor Tópico: Cantadas e Assédio Sexual  (Lida 73628 vezes)

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Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #450 Online: 11 de Novembro de 2014, 19:29:10 »
Ahhh Baratta, o defensor da moralidade. Para você é incômodo, para muitas garotas salva o dia.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

Faisal Saeed Al Mutar


"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Barata Tenno

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #451 Online: 11 de Novembro de 2014, 19:47:06 »
Ahhh Baratta, o defensor da moralidade. Para você é incômodo, para muitas garotas salva o dia.

E foda-se a coitada que tem o dia estragado pela cantada. Obviamente ela é uma cidadã de segunda classe que não merece ser respeitada e ser deixada em paz, porque é inevitável e uma necessidade básica humana mexer com mulheres nas ruas, logo isso não deve ser nunca evitado, senão as pessoas morrerão e o mundo vai acabar.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #452 Online: 11 de Novembro de 2014, 20:03:03 »
Eu estou disposto a voltar atrás em meu ponto mesmos sendo contra toda a minha experiência de vida, onde quase sempre tive sorrisos em retorno, mesmo que não tenha logrado ficar com a garota na maioria das vezes. Sorriso e conversas foram a regra não a exceção.

Agora, gostaria de ter uma estatística mais confiável do que um site onde os afiliados por princípio são contra as cantadas.

Será que o mestre das pesquisas Buckaroo encontra algo? Eu estou procurando.

Postei anteriormente uma pesquisa feita num site de cassino online onde a coisa parecia substancialmente diferente, grande aprovação das cantadas, mas igualmente deve sofrer de problemas metodológicos. Muito provavelmente deve ser o problema com praticamente toda "pesquisa" relacionada.


...

Eu particularmente acho que a coisa seria mais ou menos "simples", em termos de ter alguma boa noção de se o que faz costuma incomodar ou agradar. Mas mesmo tirando os que querem incomodar propositalmente, ou, como colocava o gráfico postado pelo Barata, "só gritar coisas sexuais para as pessoas" não se importando se incomodam ou não com isso, também tem a parte problemática de aparentemente haver quem não distinga bem risos de nervosismo/desconforto e de polidez, e os espontâneos.

Em um dos textos que vi sobre o vídeo original, era colocada a "dica" mais ou menos nas linhas de, "não tem problema algum começar uma conversa com uma mulher na rua, mas fale com ela, não dela/sobre ela"*. Outra era mais ou menos nas linhas de, como encararia alguém abordando a mãe ou irmã da mesma forma (o que pressupõe que a pessoa tenha uma relação mais ou menos saudável com essas familiares, bem como elas não serem excepcionalmente sexualmente receptivas, de qualquer forma).



* ainda havendo ressalvas possíveis, como não dizer ter problemas em fritar batatas pré-fritas congeladas, para enganchar sobre como é rico e seria um bom marido, a exemplo de outra abordagem mal sucedida relatada num blog citado anteriormente.

Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #453 Online: 11 de Novembro de 2014, 20:20:56 »
Eu tenho uma regra minha, se uma pessoa mantém a troca de olhares fixa por mais de 5 segundos, ou ela quer foder ou quer te matar. 

E para as mulheres a coisa acaba sendo um pouco mais complicada porque podem suspeitar em alguns casos que pode ser ambas as coisas, em qualquer ordem possível.

Offline Skeptikós

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #454 Online: 11 de Novembro de 2014, 20:22:12 »
galanteie, e se não for bem aceito, não tente novamente. fair enough.

Isso é pura demonstração de egoísmo e desprezo pelo sentimento de outras pessoas.

Barata!

Pare, respire, pense...

Como o cara vai saber a priori se a mulher odiaria a cantada dele? O cara tá afim da mulher, por que não tentar? Ele deve perder a chance de pegar uma mulher por causa de uma possibilidade dela "não gostar" (mais comum) ou abominar (muito incomum, raro mesmo) a sua cantada???   Faça me o favor....



Será o benedito que só tem virgem incapaz de pegar mulher nesse local? Nem uma palavra é necessária pra saber se uma mulher tem interesse em ouvir sua cantada ou não. Um olhar, um movimento com  cabelo, a pose, o jeito de andar, um sorriso, tudo isso se consegue perceber sem dizer uma única palavra. E porque não tentar sem saber? Porque tem gente que não gosta e tem gente que odeia e essas pessoas tem o direito de serem deixadas em paz.
Quer dizer que seu eu achar que ela está de bom humor, posso cumprimenta-la ou saudá-la, ou que ela está dando mole* tenho liberdade para canta-la?

Então o arbitrário e subjetivo critério de proibição de interação com estranhos, quando estes não gostam de serem importunados, não vale de nada, pois é anulado pelo arbitrário e subjetivo critério de liberação de interação com estranhos, baseado na arbitrária e subjetiva interpretação da pessoa se o estranho em questão está aberto ou não a interação com outros estranhos.  :hihi:

É uma perfeita antilogia.


* Arbitrária e subjetivamente, (a não ser que tenhamos instrumentos tecnológicos ou formação especializada em leitura de linguagem corporal), interpretei seus gestos, expressões faciais e postura corporal como aberta a abordagens-interações.

Não é se ela "esta de bom humor", é se ela te deu algum sinal positivo e claro de que quer ser aproximada. Sabe quem usa muito isso? Pessoas nas ruas vendendo, pessoas recolhendo assinaturas para entidades. Uma troca de olhar e eles já sabem se devem se aproximar ou não. Sabe quem mais usa leitura de linguagem corporal? A polícia. Eles estão atentos em como as pessoas se comportam ao serem observadas, em como reagem ao avistar o policial. Óbvio que não é uma ciência exata, e no caso de cantadas, em caso de dúvida a alternativa é bem simples, não cante, guarde o seu elogio para você. Se a mulher quiser ser cantada, ela vai sorrir, ela vai dar a entender que quer ser aproximada. Ja chamou garçom sem pronunciar uma palavra, ou uma atendente de loja? Então, homens e mulheres que querem ser cantados podem usar a mesma técnica. Eu tenho uma regra minha, se uma pessoa mantém a troca de olhares fixa por mais de 5 segundos, ou ela quer foder ou quer te matar.
Não muda o fato que de forma geral, a leitura sera feita com base em interpretações arbitrárias e subjetivas. Como você mesmo disse, não é uma ciência exata.

E sério, você é extremamente desonesto, comparar mulheres que não querem ser deixadas em paz nas ruas com pedófilos que querem legalizar o abuso de crianças é tão fora de proporção que me tira do sério. De um lado temos pessoas que só querem sossego, só querem poder andar em paz nas ruas, sem ter que ouvir opiniões não solicitadas e do outro o extremo oposto, pessoas que querem incomodar, que querem obrigar pessoas andando nas ruas a ouvir suas opiniões e forçar um contato simplesmente porque acham que o outro não tem  o direito a paz.
Ambas acho absurdas, no entanto reconheço que não é uma boa analogia a que foi feito.

O que? Interações humanas que não são extremamente precisas e científicas? Que choque!!! Quando surgir algo que preveja com 100% de precisão o comportamento humano você me avisa.

É realmente é um absurdo pessoas não quererem ser incomodadas, tão absurda aquela lei do silêncio.....
Assim como você acusou-me de estar usando uma falsa analogia quando comparei um aspecto do ativismo pró-pedofilia a este ativismo feminista contra-cantadas, também alerto-o de estar cometendo uma falsa analogia agora, ao comparar a lei do silêncio com a do ativismo feminismo contra-cantadas. Inclusive você já usou esta falso analogia em um outro momento e eu o expliquei o por que dela não se aplicar.

As mulheres de um modo geral tem experimentado uma transformação bastante evidente no papel que exercem, principalmente nas sociedades mais modernas, passando em menos de um século, de coadjuvantes submissas sem voz, restritas ao lar, sem direito a decidir sequer sobre o que ou quando falar, vestir, comer, ler, estudar, ir e vir, e com quem interagir, de simplesmente dizer um não , a protagonistas de fato e de direito nas sociedades mais modernas. Não é algo para se surpreender, portanto, que, cultivando maior senso crítico, e tendo maior acesso à informação passem a rejeitar papeis de infantilização e objetificação evidentes, embutidos na prática das cantadas e de assédio sexual ainda insistentemente presentes de forma retrógrada por chauvinistas e misóginos de todo tipo, não porque cantadas e até mesmo assédio não façam parte do universo de interação social entre as pessoas, mas por elas não se permitirem mais se sujeitar a caprichos tolos e tentativas medíocres de auto afirmação de incompetentes de plantão.

3,2,1... para o Sképtikos dizer que na verdade são os homens as vítimas.   :P

Nós dois sabemos quem é que faz discursos vitimista aqui, não é mesmo?  :hihi:

Sim, é você que usa esse recurso, que no cúmulo da inversão, acha que as mulheres é que tem papel privilegiado na sociedade.

Na verdade ele acha que todo mundo é privilegiado, menos o homem branco héterossexual, a raça que mais sofre no planeta, coitados, sempre oprimidos...
Primeiro, é mentira. Segundo, é uma ridicularização desnecessária a que vocês estão fazendo.

Eu nunca defendi em tom sério, que se não por ridicularização, assim como vocês acabaram de fazer, que homens, brancos e héteros são os únicos desfavorecidos. Agora, eu já disse sim que, leis que preveem direitos especiais para grupos específicos de pessoas, como o de reservar 1/3 das vagas do senado para mulheres, mesmo que elas não atinjam a quantidade de votos necessários para se elegerem, é sim uma lei que privilegia as mulheres, e desfavorece os homens, simplesmente em função de seus gêneros, o que configura uma discriminação de gênero, e algo que eu efetivamente combato e sou contra.

Outro dia você chamou negros e gays de privilegiados por terem ou almejarem leis contra a discriminação, sem falar de todos os outros mimimis de que minorias são privilegiadas por leis ou incentivos...
Sim, em minha opinião, leis ou medidas políticas que favoreçam um grupo especifico em detrimento de outro, é sim um tipo de privilégio concedido por lei, e por vezes gerador de um efeito contrário do que aquele esperado, gerando ainda mais antagonismo e discriminação do que existia antes, em decorrência do grupo que não se beneficia da lei se sentir injustiçado*, e o outro, beneficiado pelo privilégio, se sentir no direito de abusar de seu direito para se beneficiar ou atacar o outro**.

Abraços!


*Pessoas que tiram notas superiores perderem sua vaga para um cotista com notas inferiores, p. ex.
**Se vê brancos que ofendem negros em função de sua cor serem punidos e repreendidos, mas não se vê o mesmo quando o caso é o inverso. Um negro pode ofender um branco se valendo da impunidade de não ser punido por isso, e da garantia que se for ofendido de volta pode forçar mediante uma acusação de racismo, a punição do branco.
"Che non men che saper dubbiar m'aggrada."
"E, não menos que saber, duvidar me agrada."

Dante, Inferno, XI, 93; cit. p/ Montaigne, Os ensaios, Uma seleção, I, XXV, p. 93; org. de M. A. Screech, trad. de Rosa Freire D'aguiar

Offline Barata Tenno

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #455 Online: 11 de Novembro de 2014, 20:56:58 »
Não, não é, em ambos os casos são pessoas querendo paz e sossego e pessoas sem noção achando que é um direito incomodar os outros.

E sobre a outra resposta. Q.E.D.
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Offline Sergiomgbr

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #456 Online: 11 de Novembro de 2014, 21:22:04 »
Tópico perfeito para bordejadores.
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Skeptikós

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #457 Online: 11 de Novembro de 2014, 21:23:05 »
Não, não é, em ambos os casos são pessoas querendo paz e sossego e pessoas sem noção achando que é um direito incomodar os outros.

E sobre a outra resposta. Q.E.D.
No caso da lei do silêncio, é de forma geral aceita como consensual (no caso das restrições a sons e ruídos no período da noite p. ex.), visto que  a maioria esmagadora das pessoas (com raríssimas exceções) guardam a noite para dormir, o que justifica a proibição de sons que possam interferir no sono após as 22:00 hrs. Além do mais, noites mal dormidas por motivos de som alto dos vizinhos podem trazer evidentes prejuízos a saúde.

Sobre abordar, cumprimentar, saudar, olhar e/ou sorrir para pessoas desconhecidas na rua não temos este mesmo consenso geral de que é extremamente perturbador. E quanto a saúde, ai que não tem comparação alguma mesmo, receber cumprimentos, saudações e/ou olhares-sorrisos de estranhos na rua certamente não traz prejuízos a saúde.

Logo, é mais do que evidente que a comparação de uma coisa com a outra é uma escancarada falsa analogia.
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Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #458 Online: 11 de Novembro de 2014, 21:33:39 »
Não, não é, em ambos os casos são pessoas querendo paz e sossego e pessoas sem noção achando que é um direito incomodar os outros.

E sobre a outra resposta. Q.E.D.

Eu acho que é um bando de caretas enrustidos e pessoas de bom senso.
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Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #459 Online: 11 de Novembro de 2014, 21:34:33 »
Barata, eu e você, centro de SP, vamos cantar 100 garotas a esmo, de maneira educada e de bom humor. Vamos ver o resultado?
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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #460 Online: 11 de Novembro de 2014, 21:35:20 »
Não, não é, em ambos os casos são pessoas querendo paz e sossego e pessoas sem noção achando que é um direito incomodar os outros.

E sobre a outra resposta. Q.E.D.
No caso da lei do silêncio, é de forma geral aceita como consensual (no caso das restrições a sons e ruídos no período da noite p. ex.), visto que  a maioria esmagadora das pessoas (com raríssimas exceções) guardam a noite para dormir, o que justifica a proibição de sons que possam interferir no sono após as 22:00 hrs. Além do mais, noites mal dormidas por motivos de som alto dos vizinhos podem trazer evidentes prejuízos a saúde.

Sobre abordar, cumprimentar, saudar, olhar e/ou sorrir para pessoas desconhecidas na rua não temos este mesmo consenso geral de que é extremamente perturbador. E quanto a saúde, ai que não tem comparação alguma mesmo, receber cumprimentos, saudações e/ou olhares-sorrisos de estranhos na rua certamente não traz prejuízos a saúde.

Logo, é mais do que evidente que a comparação de uma coisa com a outra é uma escancarada falsa analogia.

Comparação com a lei do Silêncio é apenas mais uma analogia baratiana.
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Offline _Juca_

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #461 Online: 11 de Novembro de 2014, 21:39:52 »
Barata, eu e você, centro de SP, vamos cantar 100 garotas a esmo, de maneira educada e de bom humor. Vamos ver o resultado?

Que resultado? você vai incomodar 100 garotas que não pediram para ser cantadas, que você não sabe se estão disponiveis ou mesmo se querem alguma aproximação mínima com estranhos,  para tentar provar seu ponto de vista? Chegamos no auge da falta de noção agora.

Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #462 Online: 11 de Novembro de 2014, 21:39:57 »
Eu estou disposto a voltar atrás em meu ponto mesmos sendo contra toda a minha experiência de vida, onde quase sempre tive sorrisos em retorno, mesmo que não tenha logrado ficar com a garota na maioria das vezes. Sorriso e conversas foram a regra não a exceção.

Agora, gostaria de ter uma estatística mais confiável do que um site onde os afiliados por princípio são contra as cantadas.

Será que o mestre das pesquisas Buckaroo encontra algo? Eu estou procurando.

Postei anteriormente uma pesquisa feita num site de cassino online onde a coisa parecia substancialmente diferente, grande aprovação das cantadas, mas igualmente deve sofrer de problemas metodológicos. Muito provavelmente deve ser o problema com praticamente toda "pesquisa" relacionada.


...

Eu particularmente acho que a coisa seria mais ou menos "simples", em termos de ter alguma boa noção de se o que faz costuma incomodar ou agradar. Mas mesmo tirando os que querem incomodar propositalmente, ou, como colocava o gráfico postado pelo Barata, "só gritar coisas sexuais para as pessoas" não se importando se incomodam ou não com isso, também tem a parte problemática de aparentemente haver quem não distinga bem risos de nervosismo/desconforto e de polidez, e os espontâneos.

Em um dos textos que vi sobre o vídeo original, era colocada a "dica" mais ou menos nas linhas de, "não tem problema algum começar uma conversa com uma mulher na rua, mas fale com ela, não dela/sobre ela"*. Outra era mais ou menos nas linhas de, como encararia alguém abordando a mãe ou irmã da mesma forma (o que pressupõe que a pessoa tenha uma relação mais ou menos saudável com essas familiares, bem como elas não serem excepcionalmente sexualmente receptivas, de qualquer forma).



* ainda havendo ressalvas possíveis, como não dizer ter problemas em fritar batatas pré-fritas congeladas, para enganchar sobre como é rico e seria um bom marido, a exemplo de outra abordagem mal sucedida relatada num blog citado anteriormente.

Acho difícil mesmo definir uma metodologia de pesquisa sem viés. A própria pergunta "o que você acha de receber cantadas na rua" pode ser entendida como "o que você acha de alguém pedir para te chupar na rua" ou do extremos oposto "o que você acha de receber um convite de um gato bem sucedido para sair?"

Depende muito da interpretação.  Deveria ser uma pesquisa social onde alguém analisa os efeitos práticos e não uma pesquisa de múltiplas escolhas.
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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #463 Online: 11 de Novembro de 2014, 21:40:44 »
Barata, eu e você, centro de SP, vamos cantar 100 garotas a esmo, de maneira educada e de bom humor. Vamos ver o resultado?

Que resultado? você vai incomodar 100 garotas que não pediram para ser cantadas para tentar provar seu ponto de vista? Chegamos no auge da falta de noção agora.

Incomodar segundo sua teoria. Lisonjear segunda a minha. Você faz raciocínio circular nesse seu argumento.
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Offline Georg Hagedorn

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #464 Online: 11 de Novembro de 2014, 21:43:42 »
Cantadas não são proíbidas, portanto não há nenhum problema.
"Alguma frase aleátoria na assinatura"

Offline _Juca_

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #465 Online: 11 de Novembro de 2014, 21:47:37 »
Barata, eu e você, centro de SP, vamos cantar 100 garotas a esmo, de maneira educada e de bom humor. Vamos ver o resultado?
Que resultado? você vai incomodar 100 garotas que não pediram para ser cantadas para tentar provar seu ponto de vista? Chegamos no auge da falta de noção agora.

Incomodar segundo sua teoria. Lisonjear segunda a minha. Você faz raciocínio circular nesse seu argumento.
Não estou teorizando nada, você não sabe se essas mulheres querem qualquer aproximação, você não sabe se elas estão disponíveis para galanteios, você não sabe se elas querem um galanteio, você não sabe se elas vão se sentir mal com um galanteio, tudo em um lugar público e movimentado, onde todo tipo de abordagem e possível, e ainda assim você vai abordá-las. É total falta de noção com o respeito à outrem.

Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #466 Online: 11 de Novembro de 2014, 21:53:31 »
Você também não sabe. Vamos descobrir. Esse seu raciocínio só pararia em pé se você estivesse correto, mas como sempre você está errado.
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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #467 Online: 11 de Novembro de 2014, 21:57:42 »
Você também não sabe. Vamos descobrir. Esse seu raciocínio só pararia em pé se você estivesse correto, mas como sempre você está errado.

Então, o fato de eu não saber não vai me fazer importunar mulheres na rua que eu não conheco, para descobrir se elas gostam ou não. Se um dia precisar galantear uma mulher, vou me certificar antes de conhecer o mínimo dela para saber se existe abertura para tal.

Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #468 Online: 11 de Novembro de 2014, 22:03:22 »
porque como todo ideólogo, você se recusa a testar a realidade que você tem certeza em que vive. Somente o esperado.

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Offline Geotecton

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #469 Online: 11 de Novembro de 2014, 22:05:51 »
Se a resposta for "sim", eu concordo integralmente com você, meu caro Skeptikós.
A resposta é não, me parece improvável que uma pessoa vá cumprimentar a todos que por ele passar, e ainda por cima com o mesmo grau de humor.
Então, você acha que é apenas coincidência que alguns homens cumprimentem efusivamente apenas mulheres bonitas e jovens?
Não, acho que o fato de serem bonitas e jovens pode ter contribuído para eles terem se sentido motivados a cumprimenta-la.
Você acha que pode ter contribuído? Que bom...


Só não entendo por que isso seria um problema.
Quem defende isto sem reconhecer que o cumprimento está ocorrendo por interesse e não por generosidade/carinho humano ou é um hipócrita ou é ingênuo.
Seria hipócrita se esta mesma tivesse discursos contraditórios com suas ações, pode ter certeza que este não é o meu caso. Seria inocente se esta pessoa não soubesse que a aparência e o sexo da outra pessoa são fatores influenciadores neste tipo de situação, e de fato eu reconheço que são.

No entanto, nada disso me faz acreditar que cumprimentar ou saudar uma pessoa, mesmo que com interesses românticos, não seja um ato de educação.

No mais, não continuo vendo problemas algum em cumprimentar ou saudar uma pessoa também pelo fato dela ser atraente.
Sim, você não vê problema algum. Mas e se a pessoa que você cumprimenta, vê?
Se ela gostar, bom para os dois, se ela não gostar, tudo bem, eu sigo o meu caminho e ela segue o dela, simples assim.

Não, não é tão simples assim porque foi uma decisão unilateral, tomada por alguém que ou nunca é assediado ou não se importa com isto, ao passo que a outra parte você desconhece a opinião.


Não existe motivos para transformar esta situação em uma tempestade num copo d'água, como interpretando-a distorcidamente como um grande desconforto e/ou como um crime de assédio sexual.

Não existe para você. Para a pessoa que recebeu o seu galanteio pode ser motivo de constrangimento, seja por medo, insegurança, experiências frustradas, etc. Mas você não pensa nisto. Ou se pensa, não se importa nem um pouco.

E em momento algum eu mencionei assédio sexual. É simples aborrecimento mesmo.


É a partir de interpretações desconexas com a realidade como essas (como ver assédio sexual num simples cumprimento feito por um estranho) que seres humanos geram para si mesmos desnecessário sofrimento.

Como eu escrevi antes, não é uma questão restrita apenas ao assédio sexual, que neste caso é a forma mais grave da impertinência de alguns.


Quando alguém o faz para uma pessoa bonita pode ser ou por uma sincera admiração da beleza dela ou porque há algum interesse, geralmente sexual. Qual você acha que é o mais comum em nossa sociedade na relação homem (flertador) e mulher ("alvo")?
Mesmo que haja atração sexual, não vejo mal algum em um cumprimento ou saudação em situações dessas.

No mais, em relação aos cumprimentos e saudações do vídeo, como dito ao Barata, a não ser que a mulher demonstrasse evidentemente estar interessada sexualmente na outra pessoa, parando-a e iniciando um papo entre eles, provavelmente a outra pessoa ficaria satisfeita em receber uma resposta ao seu cumprimento ou saudação, e seguiria o caminho no qual já estava. Isso só muda no caso onde houve clara demonstração de atração sexual, como nos casos das cantadas. Que também não vejo mal algum.
VOCÊ não vê mal algum! Percebeu que a única opinião que realmente importa a você é a sua?

Que tal considerar a da outra pessoa?
Eu até consideraria se ela não se apresentasse como tão absurda.

Absurdo é você ignorar o fato de que existem mulheres (e homens) que não querem nenhum tipo de contato ou diálogo quando estão em trânsito na rua. E pior é você achar que tem o direito de 'encher o saco' de outras pessoas.


Ou você agora acha que todas as opiniões devem serem consideradas, por mais absurdas que pareçam?

Eu estou lendo as suas, não estou?


Devemos dar ouvidos a uma parcela dos ativistas pró-pedofilia que desejam eliminar por completo a lei que prevê a fixação de uma idade de consentimento sexual, só para podermos considerar a opinião da outra pessoa?

Falsa analogia. E bem grotesca.

Eu defendo o direito das pessoas poderem transitar sem que chatos e ou mal-educados fiquem aborrecendo-as, sejam quais forem os motivos. Isto não guarda nenhuma relação com pessoas que queiram praticar atos sexuais com crianças.


Este tipo de opinião já foi ouvida, e como absurda que é, não sera levada em consideração.

Errado meu caro Skeptikós.

Este tipo de opinião deveria ser ouvida justamente para que os movimentos feministas sexistas, que são imbecis per se, não ganhassem força para pleitear a criminalização de algo que deveria ser apenas uma regra não-escrita de boa conduta e de respeito.


Quanto ao grupo que prevê uma diminuição da idade de consentimento, ao invés de sua eliminação total, este esta em dialogo, por que suas opiniões não são tão absurdas como a do primeiro.

É claro.

Absurdo é pedir que alguém não aborreça uma pessoa enquanto esta está em trânsito. Aceitável é o diálogo com quem, por exemplo, queira rebaixar a idade de consentimento para 10 anos.  ::)


O mesmo vale para o caso de cantadas e assédios sexuais, aqueles grupos de ativistas que militam contra abordagens com propostas sexuais agressivas, em meio a ameaças, chantagens e coerção constantes, princialmente vindas de indivíduos em um nível hierárquico superior, foram devidamente ouvidos, e medidas políticas foram tomadas com base em seus argumentos.

Estas feministas foram vitoriosas em suas propostas porque existiam indivíduos arrogantes e inescrupolosos que se valiam de suas posições de 'força' para fazer chantagens sexuais. Aquelas existem por causa destes.

 
Agora, este grupo militante que pretende promover uma distorção arbitrária e subjetiva do conceito de assédio sexual já estabelecido, com o objetivo de transformar em assédio sexual qualquer comportamento masculino interpretado por uma mulher, segundo seus próprios critérios, independente do que diz a lei atual ou os especialistas em comportamento humano, chegando ao ponto de considerar exemplos desta nova conceituação de assédio, simples olhares, sorrisos ou cumprimentos e saudações comuns do dia dia, devem de fato terem sua opinião ignorada, e completamente desconsiderada, devido ao absurdo de seus pedidos.

Vou escrever mais uma vez. E será a última.

Não se trata de assédio sexual e sim de aborrecer pessoas em trânsito na rua.

Depois disto somente fazendo croquis em uma story board.


Sobre a outra pessoa não gostar de ser cumprimentada por estranhos, por mais que ela odeie isso, a maioria da sociedade lida bem com esta situação, e por este motivo provavelmente lei ou campanha alguma irá mudar este quadro.
Então agora temos um ad populum?

O fato da maioria da sociedade aceitar algo não torna isto correto e nem desejável.
Na verdade torna sim (para a maioria), todas as leis e regras de conduta não são afinal, feitas mediante um acordo entre a maioria, visando o bem da maioria?
Errado e repito: O fato da maioria aceitar algo não torna este algo automaticamente correto e nem desejável.
Transforma em correto e desejável se correto e desejável for definido pelo acordo que é feito entre a maioria de um grupo social.

A sociedade alemã dos anos de 1930 achou correta e desejável o confinamento de judeus em guetos. Você acha que eles agiram de forma adequada?


Agora eu lhe pergunto, se o bem estar social não é definido pelo acordo firmado entre cidadãos constituintes de uma sociedade, como ele o é então?

Que bom que você mencionou sobre bem-estar social. Eu avalio que se for consultada, a maior parte da sociedade vai se posicionar contra o "direito auto-arrogado dos chatos" em aborrecer pessoas que se deslocam em vias públicas.


A não ser que você defina o bem estar social como uma lei divina nos dada por Deus,

Eu não defino nada.


ao invés de um acordo firmado entre os homens,

Seria bom considerar a opinião das mulheres também.  :)


levando-se em conta os seus próprios valores individuais somados aos valores de seus semelhantes, buscando um bem comum.

Então eu suponho que a nossa sociedade já fez isto e deliberou que "os chatos podem continuar 'aporrinhando' a vida dos outros" sem qualquer constrangimento.

Você poderia me mostrar onde foi publicada tal decisão?


O que você pode separar é o critério de correto e desejável de uma pessoa do critério de correto e desejável de uma sociedade. Esta pessoa, em uma sociedade democrática, possuí o direito de manifestar seu desacordo e/ou desconforto com o atual acordo social, e pode através de argumentos, tentar converter o máximo de indivíduos possível da sociedade em que ela vive, a abandonarem o atual critério pelo qual se guiam e adotarem o critério de certo e desejável proposto por esta pessoa.

Felizmente a sociedade já concedeu certas garantias individuais, incluindo o da privacidade. Eu estenderia esta para quando alguém se deslocar em uma via pública, o faça sem ser importunado por outras pessoas.


Você e o Barata estão tentando fazer isso aqui comigo e o Madiba, até agora sem sucesso.

Estais completamente enganado.

Eu não quero convencê-lo de nada.


E não posso deixar de reconhecer que o inverso também é verdade.

 :)



E, até onde eu sei, não há uma lei que trate deste assunto.

Se ela existe por favor transcreva-a aqui.
Sim, não existe, por tanto não há até o momento restrições sociais quanto a abordarmos pessoas desconhecidas nas ruas.

Restrições sociais existem, tanto é que estamos aqui discutindo-as. O que não existe é um arcabouço legal regulamentado-as. Ainda.


No entanto,  começa-se a criar restrições deste tipo, através por exemplo, do uso de campanhas como as que até agora foram debatidas aqui, e antes que restrições deste tipo se tornem lei ou senso comum, eu manifesto aqui de imediato, a minha opinião de ser contrária a estas ideias e de combate-las por este motivo.

Tais campanhas só ganham 'força' por causa de pessoas como você, que não respeitam a privacidade de outras em espaços públicos destinados primordialmente ao deslocamento urbano.


Mesmo que esta maioria seja um grupo especial separado do todo, dentro deste grupo a aprovação de uma lei ou regra de conduta é feito mediante a aprovação da maioria.
Então se a maioria de 'grupo especial' decidir que os canhotos, por exemplo, devem ser eliminados, todos devem aceitar?
Eliminados em que sentido? Afastados da sociedade? Mortos? Me parece que esta analogia não casa bem com o assunto em questão, por que neste assunto em questão, não esta se pedindo a eliminação de ninguém, mas sim a desconsideração de uma opinião que pretende restringir a forma como se faz contato social entre pessoas estranhas nas ruas, onde segundo minha avaliação, o pedido é absurdo.

A analogia não procede na proposição e sim no mérito, ou seja, se todas as decisões da maioria devem ser implementadas. Eu entendo que não.


Ao meu ver, mais saudável e correto, seria o grupo que faz este pedido, ressignificar a forma como lidam com este tipo de contato social inciado por estranhos nas ruas (para que este tipo de situação deixe de gerar sofrimento a eles), ao invés de proibir os outros de iniciarem qualquer contato com pessoas desconhecidas nas ruas, sob o risco de serem arbitraria e subjetivamente julgados como assediadores.

Ninguém precisa "ressignificar" nada. Basta não 'aporrinhar' aquele(a)s pessoas em que não há certeza de que querem ser abordadas.


Por tanto seria saudável ela aprender a lidar de forma saudável com situações dessas (como a maioria das pessoas lidam), situações essas que são extremamente comuns numa sociedade onde é natural que pessoas estranhas se interagem na rua.
Por Odin.

A questão não está na interação entre pessoas estranhas na rua e sim no respeito ao que a outra pensa em foro íntimo sobre galanteios, sejam eles refinados ou grosseiros.

Ou somente a sua vontade é suficiente?
Neste caso a vontade dela se apresenta aos meus olhos como algo absurdo.
Este é o seu ponto de vista.

Não é o delas e certamente não é o de todas as demais pessoas.
Não, não é. Mas como eu disse, não me lembro de nenhum assunto que seja, onde exista consenso.

Não se trata de obter consenso e sim o de respeitar o direito à privacidade de um transeunte.


Se me fosse convencido de que é algo sensato, ai eu a levaria em consideração.
É claro, porque você é o detentor último da capacidade de avaliar e de decidir com sabedoria.
É você quem esta dizendo.  :hihi:

Não, não é.

Infelizmente é uma postura constante sua.

 
Eu conheço muitas mulheres, de diferentes idades, que não gostam de ser importunadas, mesmo que seja por um simples "olá, tudo bem?".
Como disse o Madiba, elas deveriam aprender a conviverem em sociedade, pois ao se estressar com simples cumprimentos de estranhos, quem sai perdendo é ela mesmo.
Ou aquele que faz galanteios deveria entender que existindo muitas pessoas que não gostam deste tipo de manifestação, deveria se comportar de maneira mais adequada (com prudência e cautela), mesmo que isto vá contra o seu desejo, ainda mais se no caso não for possível reconhecer claramente o grau de receptividade.
Não se pode proibir tudo aquilo onde não existe consenso, tomando com premissa a inação como regra onde ação e inação é a geradora do conflito. Se assim fosse feito, tudo o mais seria proibido, pois em nenhum assunto que seja existe consenso.
Então dissolva a sociedade porque não existe nada que seja consenso absoluto.
É exatamente isso que estou dizendo, com o adendo que considerar a inação como a melhor resposta, sempre que não existir o consenso, levaria-nos a inação completa, em todo e qualquer assunto de debate. Será que se pode imaginar o desastre que isso provocaria?
Não se está decidindo se armas nucleares devem ser usadas contra índios ou paulistas e sim sobre o exercício de um simples direito individual, qual seja, o de não ser perturbado.
A falta de objetividade e clareza do significado de assédio sexual, e do próprio absurdo de exemplos que dão como ilustração do que pode ser considerado assédio sexual, mas faz desconsiderar esta ideia de pertubação como algo que mereça atenção e concordância de minha parte, ou de qualquer outro.

Já expliquei que não se trata apenas de assédio sexual.


O bom senso neste caso me leva a considerar o pedido destas moças absurdo, proibir pessoas estranhas de se falarem na rua? é sério? é neste nível de politicamente correto que chegamos?
Cara, eu estou começando a considerar que você ou está trollando ou tem um déficit cognitivo. Ninguém está proibindo a conversa entre as pessoas mas, do jeito que você escreve, dá a entender que uma 'cantada' disfarçada de "bom dia" é o mesmo que pedir uma informação sobre um endereço.
Cantada disfarçada de bom dia? é isso que você viu no vídeo?

Esqueça o vídeo.

O que eu escrevi é aplicável para o dia-a-dia.
Pode ser tomado como regra de conduta por você e pelo Barata, mas por qual motivo esta regra deveria ser imposta a terceiros, que de vocês discordam?

Quanto ao Barata eu não sei mas não quero impor nada a ninguém.

Ao contrário de você e a sua 'cruzada anti-feminista'.


Já lhe adianto que argumentar que algumas pessoas se incomodam com simples cumprimentos ou saudações vindos de estranhos não irá me convencer que esta regra deve ser aplicável a todos.

Sim, eu já percebi que o que realmente interessa é somente a sua opinião.


Acho debatível a diminuição da idade de consentimento sexual, assim como campanhas de conscientização sobre o desencorajamento de abordagens sexuais mais agressivas, mas não acho que mereça consideração pedidos absurdos como o de jogar no mesmo balaio de assédio sexual, simples cumprimentos e saudações feitas por estranhos nas ruas.

Já expliquei que não se trata apenas de assédio sexual.


Sou contra a proibição de cantadas também, mas nem é esta a questão, a questão é que estas campanhas feministas interpretam distorcidamente qualquer cumprimento ou saudação como um exemplo evidente de assédio sexual.
Em qual momento eu escrevi sobre feminismo?
Você não escreveu diretamente sobre feminismo, mas o tema que estamos debatendo é construído e divulgado por grupos feministas, como aquele contrários a cantadas de rua, alvo das crítica feitas no início deste tópico, ou este outro responsável pelo vídeo da modelo que se dizia assediada por cumprimentos, saudações e sorrisos vindos de estranhos que por ela passaram na rua.

Os 'movimentos feministas da vida' só existem por causa de pessoas como você, que se acham no direito de importunar outras pessoas quando em deslocamento na via pública.


E também sou contra este extremismo distorcido, transvestido de causa justa.
É uma forma de respeito. Só isto.
Eu discordo, pois não considero desrespeito dar um olá ou um bom dia a uma estranha na rua, mesmo que um dos motivos seja o de ela ser atraente.

Digo o mesmo sobre as cantadas.

Então se prepare porque pessoas como você vão sofrer derrotas cada vez maiores dos movimentos feministas mais extremados.
« Última modificação: 12 de Novembro de 2014, 08:47:14 por Geotecton »
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Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #470 Online: 11 de Novembro de 2014, 22:10:20 »
hehe, a discussão não terá fim.. discordo de quase todos os pontos do Geo.
“If an ideology is peaceful, we will see its extremists and literalists as the most peaceful people on earth, that's called common sense.”

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"To claim that someone is not motivated by what they say is motivating them, means you know what motivates them better than they do."

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Offline Sergiomgbr

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #471 Online: 11 de Novembro de 2014, 22:22:08 »
Hoje quando eu acordei, logo de manhã, a dona Carlota, minha vizinha do prédio ao lado olhou para dentro do meu quarto e me fitou com um olhar guloso. Depois, a fiscal da dengue falou que eu estava muito bem e disse que eu devia me preocupar com as fêmeas dos pernilongos que são que chupam sangue. Fui na padaria e a garçonete sorriu lasciva e respirou fundo olhando dentro dos meus olhos, e foi aí que eu alertei sobre uma abelha num pão doce de uma cliente do lado e ela me chamou de inteligente, disse que eu era o herói  e ficou me encarando, aí depois, quando eu vinha voltando pro apê, vieram três mulheres na minha direção e eu pude perceber que tinham olhares maliciosos e estavam falando de mim, aí eu ví uma estudante muito bonita e disse bom dia pra ela, e ela me retribuiu com um "melhor agora" e ficou me olhando com ar de luxúria, quando a outra amiga dela chamou do outro lado da rua e elas ficaram me olhando, aí veio uma motorista de caminhão e buzinou pra mim, depois, uma taxista elogiou meu sapato, no que a cliente que ia entrar no taxi falou que devia ser um sapato de " couro muito bom", me olhando fixamente...

Bom, isso foi só enquanto eu acordei e fui na padaria. É ou não é o máximo?
Até onde eu sei eu não sei.

Offline Moro

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #472 Online: 11 de Novembro de 2014, 22:24:52 »
pois é, é o máximo você ainda não ter entendido a diferença entre cantada e assédio, pois na cantada como todos os que a defende estão propondo, não há nenhum olhar de luxúria / tesão / metelão.

Mais engraçado ainda você não ler nada e ficar com o mesmo argumento sem entender o que outros escrevem.
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Offline Geotecton

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #473 Online: 11 de Novembro de 2014, 22:29:11 »
hehe, a discussão não terá fim.. discordo de quase todos os pontos do Geo.

Leia com cuidado e você verá que a nossa grande discordância está na questão 'abordar sem um claro sinal de consentimento'.
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Offline Buckaroo Banzai

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Re:Cantadas e Assédio Sexual
« Resposta #474 Online: 11 de Novembro de 2014, 22:31:02 »
Citar
http://nymag.com/scienceofus/2014/08/i-talked-to-strangers-for-a-week.html

I Talked to Strangers for a Week, and It Did Not Go Well

By Melissa Dahl

Recently, Matthew Hutson argued in a Science of Us piece that New Yorkers might be happier if we engaged in a little more small talk. That story cited a new study in which some Chicago commuters were told to strike up a conversation with the person sitting next to them on the train; they later reported enjoying their commute more than the people who’d been told to sit in silence for the ride

...



Nos comentários:

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joanie1 Aug 28, 2014
There's a simple rule this writer doesn't understand:
When you try to talk to me while I'm reading a page-turner, or writing, or otherwise engaged in doing something, you aren't conversing, you are INTERRUPTING me.
When you interrupt me repeatedly, you're being RUDE.
Only if I'm doing nothing is it OK to talk to me.


cbftstorm Aug 28, 2014
@joanie1 To point three: Not even then.

 

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