A primeira tentativa formal de definição de uma postura ateísta partiu de Platão, ele definia o ateísmo de duas maneiras possíveis. Primeiro, o ateu é aquele que nega a existência dos deuses. Segundo, o ateu é aquele que reconhece a existência dos deuses, mas rejeita a ideia de que eles influenciem nossas vidas.
Aí, já não nos (a nós, que primamos pelo rigor na linguagem -- estamos juntos nessa, meu jovem!) interessa mais, uma vez que começam as firulas deturpantes até do signo -- já aparece ateísmo, além de ateu; são coisas diferentes. Que Platão se ...'Platoda'!
"-ismo", do grego "-ismós" significa neste caso ideologia. O ateísmo tomado como uma posição racional. E o ateu como o individuo que toma tal posição, não existe por isso nenhuma deturpação do termo.
O termo então passou por algumas mudanças de interpretação durante os tempos, na Europa medieval era utilizado exclusivamente para indicar aqueles que de culturas diferentes, que mesmo que acreditassem em algum deus ou deuses, negavam a existência do deus abraâmico (o deus das religiões judaico-cristãs, islamitas e etc.).
E lá vai lavagem de porcos 'de tetrinhas'...
Os Europeus medievais usavam o termo de forma limitada, mas ainda assim ele significava algo comum aos gregos, a negação e/ou rejeição de deus, mesmo que se referindo a um deus especifico apenas.
Com a chegada da globalização, o termo ganho a definição universal de indicar a postura de todo aquele que negue a existência de deuses no geral e não aquele que negue a existência de um deus mas acredite em outros.
Grande salto... Com a globalização?... Você fez um bom estudo mesmo disso, certo?... Para mim, tanto faz... Não tô nem aí para isso.
Alguns dicionários de filosofia ou enciclopédia, ou mesmo qualquer livro (bom) que conte a história do ateísmo pode lhe levar a estes mesmos pontos.
O que podemos notar em todas estas definições durante a história é o seguinte padrão; a negação da existência de deuses, logo a definição padrão de ateísmo seria simplesmente a postura daquele que nega a existência de deuses.
Não! De onde isso?! Na raiz o que havia era a *exclusão* de deuses num pobre diabo qualquer que desagradava, **como você expôs ali**; e ele era réprobo justamente por que deuses existiriam e ele seria um desprovido dos mesmos. Ou você adere à deturpação, ou à exatidão original. Pelo que diz mais abaixo (e mais acima), prima pelo rigor da origem (assim como eu!), ou vai mesmo se contradizer sem se corrigir? Se for por aí, tô dentro que é engraçado como você inventando toda conversa mole que pode para não responder àquela simples perguntinha.
Rejeitavam ou negavam a existência dos deuses, essa foi a acusação que sofrera Sócrates e Protágoras. O desagrado era motivo de encaixar tal definição pois não havia crime mais grave do que negar a existência dos Deuses, e a punição que acabaria com o desagrado a intenção. Porém ateísmo significava negar e/ou rejeitar a existência dos deuses. O individuo podia não ter feito tal negação, mas a acusação significava que ele a havia feito. Corrupção e injustiças já existiam mesmo no berço da civilização meu caro.
Um exemplo atual, só porque o acuso de assassinato para me livrar de você, sendo que de fato tu não o cometeu, mas apenas vem a me desagradar ultimamente, não muda o fato de que assassinato significa semanticamente assassinato. Apenas minha intenção, a causa dela e o resultado que espero alcançar com tal acusação significam outra coisa, desagrado é a causa, punição é a intenção e o o fim do desagrado o resultado esperado. Mas "assassinato" do qual você é acusado significa que você está sendo acusado de ter matado alguém, é isso que uma acusação de assassinato significa, assim como ateísmo significa negar/rejeitar a existência de deus(es), independentemente da intenção por trás de proferir tal palavra.
Por isso para ser classificado como ateu é necessário que a pessoa ao menos negue a existência deus(es), e este é o critério necessário para que uma pessoa seja classificada como ateu. Caso ela não nege a existência de deus(es) seria simplesmente uma contradição classifica-la como ateu.
Vou te dar a chance de se corrigir em tua contradição.
Posso corrigir a palavra "negue" que fora escrita errada.
Eu não vejo onde tenha havido contradição na minha definição da palavra "ateu".
Evidentemente parece claro é que Sócrates e Protágoras foram acusados e punidos injustamente, (Voltaire mesmo deixa isso evidente em seu dicionário filosófico na definição do termo ateu) pois eles não se enquadravam na acusação de ateísmo de que foram acusados. Mas aqui não esta em causa se a justiça foi feita naquela ocasião, e sim o valor semântico, o significado literal da palavra "ateu", que fica muito claramente explicitado como aquele que nega/rejeita a existência de deus(es).
As palavras são criadas significando coisas bem especificas, e se elas não forem usadas carretamento para indicar aquela especificidade para qual ela foi criada, então não faz sentido usa-las,
Concordo em gênero, número, grau, dimensão décima quinta, vetor de milésima ordem e matriz de 50 dimensões!
Você, então, acabou de apresentar belo arrazoado demonstrando que não faz sentido usar, já que esse sentido foi totalmente corrompido ao longo do tempo.
Realmente houve algumas mudanças, é o que a história parece nos mostrar.
Mas uma coisa continua imutável, a atitude de negar/rejeitar esta presente em todas as definições durante a história.
Quanto ao fato da distorção original das palavras pelo o uso comum, o eliminismo talvez seja uma opção ao menos para o uso de algumas palavras em contextos formais de debate. O eliminismo prega pela eliminação de palavras de uso comum as substituindo por palavras de uso técnico, oriundas da área de estudo do objeto por ela tratado.
Porém isso se mostra inviável no nosso dia a dia, onde a maioria das pessoas desconhecem tais palavras. E a insistência em usa-las ao invés de facilitar o entendimento da comunicação provavelmente surtiria efeito contrário, de dificultar a comunicação.
Mas aquilo para que atento aqui, sobre o uso da palavra ateísmo é que ela já vem sofrendo algumas modificações durante o tempo, e pelo menos um significado padrão parece ter sobrevivido, que é o de significar a atitude de negar/rejeitar os deu(es). E se ao menos este significado pode ser salvo mantendo sua ligação com as raízes da palavra, pessoas inteligentes que conhecem tal significado deveriam se preocupar em defende-lo, corrigindo aqueles que vem utilizando dela de maneira a deturpar tal significado.
E um dos objetivos disso é manter um padrão para o significado de algumas palavras, o que com objetivo maior visa uma comunicação mais eficiente.
ou devemos agora chamar de água todo líquido, do ferro derretido ao ácido sulfúrico, evidentemente não fazemos isso pois tal atitude traria resultados indesejados, e nossa capacidade de comunicação e linguagem estaria ameaçada, mais do que isso nossa civilização e conhecimento como conhecemos hoje estaria ameaçados e é por isso que existem padrões e critérios para os significados das palavras.
Não precisa insistir tanto. Concordo com você! Aparentemente até... mais que você mesmo! hahahahahaha... Vai na tranquilidade que você se centra.
Que bom, parece que estamos neste ponto em perfeito acordo.
Ou já não basta ter negado que não existe critério e padrão na ciência
Não neguei; não existe. Essa miragem (alucinação, de fato) só aparece da perspectiva de máquinas filosofosas. Não existe realmente no objeto.
Ok, maquinas humanas criaram o conceito ciência, e ele provavelmente deve respeitar alguns critérios para poder ser usado corretamente para se referir a uma fonte de produção de conhecimento especifico não?
Ou estaria de acordo com a norma chamar a produção de conhecimento esotérico como as filosofias da new age de representantes legitimas da ciência.
Se algo as impede de serem classificadas como ciência algum critério seletivo deve operar neste processo.
e agora você agora vai negar também que na linguagem não existem critérios e padrões estabelecidos?
Nem eu nem, espero, você, depois de me apresentar uma tão boa defesa do que eu digo, pelo que não posso cançar de te agradecer pelo gol contra ti mesmo! hahahahahahaha...
Não vejo gol contra algum.
Frege, Russel e Wittgeinstein se revirariam no tumulo se ouvissem você dizer isso, pelo menos Chomsky ainda esta vivo e pode fazer mais do que se revirar onde quer que esteja para nos defender de interpretações tão absurdas sobre a linguagem.
Esses são seus defensores, então? Seus líderes? Conceituais, mentais, racionais? Sou obrigado a tomá-los como meus também? Santo proteus! Eu ficaria... assim... igual a você, caso eu os adotasse como meus ídolos?!!! E quem me protegeria disso?!!!
Já disse que não tenho ídolos, mas uso alguns nomes em alguns momentos para realizar citações e em outros por pura diversão, como agora.
Oh! hahahaha... De que poderia me interessar o julgamento que esses fariam de mim, ou seus fantásticos movimentos post mortem?
Bom, são estudantes da linguagem, provavelmente discordariam de você, isso não torna você errado, torna-o apenas em desacordo com os principais nomes que estudaram ou estudam a linguagem e a linguística.
Por mim, que esse pessoal todo aí e os julgamentos deles se lasquem todos, meu jovem. Já bastam os crentes "tradicionais" citanto profetas e versículos para mim.
Como disse os citei apenas como uma diversão, uma alusão ao fato de aqueles que se dedicaram tanto ao estudo da linguagem e da linguística terem os seus fundamentos desafiados de forma tão pobre como aqui aconteceu.
Com o cético a mesma coisa acontece. E a doutrina se fundamenta na adoção de três princípios fundamentais; O da antilogia, que consiste na oposição entre argumentos equipolentes que formem uma contradição aparente de idéias, resumida na fórmula geral: a todo argumento se opõe outro de igual força, o que leva a epoché, a suspensão do juízo por simples incapacidade de adotar qualquer um dos pontos de vista conflitantes, já que eles se anulam entre si, e que por fim leva a ataraxia, completa ausência de pertubações mentais.
O cético por tanto examina e investiga vários pontos de vista, sem no entanto aderir a qualquer um deles. O cético em essência nada aceita e nada rejeita, mas tudo observa, examina e dúvida onde por fim suspende o juízo, o que o leva a alcançar assim a completa ausência de pertubações mentais.
Pelo visto, você tem lido bastante coisa a respeito. Você acredita fervorosamente que lendo bastante a respeito aprenderá (ou já aprendeu...) a/(ou só)como ser cético? Eu, particularmente, não creio nisso...
Não sei.
Sim, então... crê que não sabe...
Não saber implica em ausência de opinião formada capaz de levar a uma conclusão sobre o assunto. Não tenho certeza se não sei, continuo sem saber. 
...Não sabe se crê fervorosamente que aprende(-se) assim ou se crê fervorosamente que não aprende(-se) assim? Não ficou claro o que "não sabe".
Continuo sem saber, e não me envergonho disso, pois como diz a minha assinatura; "E antes que saber, duvidar me agrada".
Pelo que você tem dito, sua crença em que aprende-se assim está exposta por toda parte. Minha óbvia conclusão é que você não sabe que crê piamente nisso. Certo?
Não se se pode se chamar de crença. Além disso não me lembro de ter dito uma maneira de como se aprender algo corretamente.
Só espero que pelo menos nisso você não creia também: que dizer não sei em todos os embarassos vai te dar via de fuga salvadora.
Não sei, e não é uma fuga, eu realmente não sei 
(E a "prova" que tenho de que não seria uma fuga é... sua palavra?! O problema é que ela está conflitando demais muito muito muito muito com suas... palavras! hahahahahaha)
Não sabe que não sabe? Não sabe O que não sabe? Não sabe o que disse?
Tudo bem, parece desorientação simples, embora possivelmente insolúvel mas eu sei bem e posso te dizer: você crê piamente nessa doutrina filosófica e a prega aqui o tempo todo
Eu não a preguei, eu as descrevi, assim como um livro de história descreve acontecimentos como se imagina que eles aconteceram, sem prega-los como certos, mas como se pensa que eles tenham ocorrido. Assim eu descrevo aqui como a doutrina cética me parece ter sido descrita pelos grandes pensadores que aparentam terem a formulado.
pela decretação de que são as normas para o ceticismo. Não são? Você nega o que afirmou todo o tempo?
Não sei se decretar é a palavra mais adequada, mas não nego que tenha descrito algumas normas que são necessárias serem respeitadas para que uma pessoa se enquadre como cética de acordo com a definição de "cético" segundo as fontes que citei. Mas dito antes, eu descrevo aqui algo que me parece representar o que o ceticismo é, cito fontes que podem ser confrontadas. Não estou pregando ceticismo, nem defendendo uma postura minha, mas apenas descrevendo a doutrina cética como interpretada por mim em meus estudos sobre ela.
Essa é muito fácil também.
Se algo não esta em conformidade com os métodos de validação cientifica, e ainda assim é chamado de ciência por seu defensor, este é chamado de pseudocientista, e sua defesa de pseudociência.
E do mesmo modo, se alguém se diz cético, mas sua atitude não esta em conformidade com a doutrina cética, este é chamado de pseudocético, e sua defesa de pseudoceticismo.
Não concordam comigo?
Eu não. Fazemos juízos opostos sobre tal questão...
Me parece que sim. Então lancemos uma opinião de um terceiro e deixemos que os outros que a lerem tirem suas próprias impressões.
Eu tenho certeza de que não te parece assim. Então, você tem certeza de que assim te parece... Acho que entendi. Vejo que fazemos juízos opostos de tudo...
Não estou interessado em ainda mais juízos que os nossos dois opostos. Esses nossos juízos opostos já são mais que suficientes para mim. Você acredita que não são?
Não sei, por isso lancei mais um, quem sabe depois disso não cheguemos numa conclusão, veremos:
(não estou mais perguntando se crê em nossos juízos opostos apenas; agora a pergunta foi se crê que outros mais são necessários, consegue captar? -- toma um inibidor de sono recomendado por médico)
Você disse que são necessários para você, isso eu não sei, pois nem sempre aquilo que queremos é aquilo que necessitamos.
Quanto a mim, não tenho certeza se algo mais é necessário, até agora não chegamos a um acordo, se o objetivo é o acordo, talvez seja pontos de vistas de terceiros possam ajudar, já que até o momento com nossos próprios não chegamos a nenhum acordo. mas se for desnecessário, incluí-lo não me parece ser capaz de fazer mal algum.
Obs: A outra parte de sua defesa responderei depois, estou sem tempo para fazer isso agora. Acompanhar o raciocínio dos argumentos neste debate esta bastante complicado agora, devido ao tamanho astronômico que chegou a soma dos argumentos que compõem o debate, esta tomando muito tempo que poderia estar sendo gasto em atividades mais produtivas. O que acha de encerrarmos por aqui?