Recapitulando, indo ao que interessa e deixando de lado liberalecos com argumentos infanto juvenis, e tentando resgatar algo de útil deste debate... vejamos o que o Banzai afirmou:
Etologia, psicologia(s), endocrionologia comportamental, ciências cognitivas, etc, não nos fornecem "leis" normativas/prescritivas,
Aqui primeiro ele nega a possibilidade de se inferir padrões de comportamentos em sociedades humanas
apenas tentam descrever e prever como os seres humanos vão se comportar em uma série de situações.
E aqui ele se contradiz totalmente afirmando que podem descrever (ao menos tentar) e prever o comportamento humano em ambientes variados.
https://www.priberam.pt/dlpo/prescritivohttps://www.priberam.pt/dlpo/normativocontraste com:
https://www.priberam.pt/dlpo/preditivo Mesmo "economia comportamental" não informa sobre como organizar a economia ou a sociedade, inferindo "leis naturais"
Já aqui ele fala algo surreal, comparável a isto: "a física, a química etc... não nos informa as regras e técnicas para se construir a bomba atômica, por isto não se pode construir bombas atômicas eficientes". As técnicas e regras para se construir a sociedade é a mesma coisa: devem ser inferidas a partir das relações entre as leis naturais básicas, assim como se utilizam as leis físicas, químicas e técnicas de engenharia/tecnologia para se chegar ao que é uma bomba atômica eficiente.
As "regras" para se governar a sociedade serão criação humana, que podem no máximo se pautar pelo melhor conhecimento disponível que houver sobre qualquer tema pertinente, do comportamento humano a coisas como clima e fontes de energia. Delas não se deriva logicamente leis no sentido de "humanos devem fazer assim e assado". Em vez disso, o empreendimento deve ser algo nas linhas de, "sabemos que humanos tendem a fazer isso e aquilo outro; a fim de tentarmos promover a isso e coibir aquilo outro, podemos fazer coisas como XYZ, para aumentar as chances de fazerem isso, e ABC, para tentar coibir, reduziras chances, não eliminar em absoluto as chances de fazerem aquilo outro, porém reduzindo as chances e conseqüentemente os danos apesar da imperfeição inerente ao empreendimento de tentar controlar humanos em um ambiente não absolutamente totalitário."
Se Peter Joseph concluiu algo além disso, que foi capaz de derivar propostas legislativas normativas a partir de ciências cognitivas e naturais, peço novamente que poste aqui.
Alem do mais, se é tão impossível assim inferir padrões de comportamento em sociedades humanas,
De onde foi que você tirou esse "se"? Você só consegue debater contra seus próprios espantalhos?
aproveitáveis para algum fim específicos, como é que as técnicas de Big Data e IA (Ciência de Dados) conseguem prever com enorme exatidão a demanda e oferta nas empresas com até meses de antecipação?
Os casos de maior "exatidão" devem ser coisas como prever que mulheres que pesquisaram sobre testes de gravidez e continuaram pesquisando sobre temas relacionados a maternidades, estarão interessadas em itens para bebês uns nove meses depois.
Fora isso, sem dúvida padrões de consumo podem se repetir mesmo que obscurecidos por flutuações, e com "vodu" matemático, se abstrair coisas dentro de um padrão mais "óbvio" (que seria usado sem qualquer matemática mais avançada), como tendências divergentes, sazonalidades, etc.
Como isso se encaixaria com uma legislação governamental, segundo o pensamento de Peter Joseph?
Como estas técnicas, associadas a conhecimentos de pisicometria conseguem identificar e prever os gostos e padrões de comportamento de um individuo ou massa de individuos, bastando ter acesso a dados suficientes, como vimos, por exemplo, no escândalo do vazamento de dados do facebook usado para engenharia social nas eleições americanas? Isto se deve a que, a mágica ou é apenas uma mentira da mídia comunista tecnófila?
Nenhuma coisa nem outra, mais "hype". As pessoas voluntariamente contribuem com as informações que tornam a previsão de suas preferências políticas e sensibilidades mais ou menos óbvias. A "engenharia social" foi apenas um "empurrãozinho" na direção do que as pessoas já tendiam a fazer deliberadamente. Novamente, não fica claro quais seriam as derivações legislativas de Peter Joseph a partir dessas tecnologias.
https://www.vox.com/science-and-health/2018/3/23/17152564/cambridge-analytica-psychographic-microtargeting-what
[...] Very few papers have addressed whether personality targeting works for political campaigns. Jay Van Bavel, a social psychologist at NYU, pointed me to one unpublished PhD dissertation that addresses the question. It finds mixed evidence on the ability of personality traits to predict who is most likely to turn out to vote and mixed evidence over whether personality traits can predict who is most likely to be persuaded by advertisements.
Other research has shown personality traits are only somewhat useful in predicting voting preferences. A 2009 paper from NYU found parents’ political orientation was much more predictive of voting behavior in the 2008 election than any of the Big Five personality traits. And no factor was more predictive than simply asking people if they were liberal or conservative.
It’s also worth noting: The American public was subjected to an enormous, Russian-backed misinformation campaign in the runup to the 2016 election. And even there, it’s very unclear what impact (if at all) it had on the election results. Likewise, it’s very hard to assess the impact of microtargeting. [...]
O sensor de movimento do celular diz a velocidade e para onde o usuário vai todos os dias. A informação pode ser usada para avaliar instabilidade emocional. O smartphone é um vasto questionário psicológico preenchido a toda hora, consciente e inconscientemente.
Isso deve ser um bom exemplo de hype, duvido que algo assim tenha sido usado. Eles ainda trabalhavam com coisas feitas a partir de dados levantados quando estavam trabalhando para Ted Cruz, não teriam tempo de fazer mais do que chutes sobre como que velocidade e localidades onde as pessoas vão poderiam ser úteis, se é que tinahm posse desses dados especificamente.
Sobre livre arbítrio, posso citar de cabeça aqui três experiências científicas que sugerem fortemente a sua inexistência, não existindo isso de liberdade para escolher o que é considerado moralmente correto:
https://veja.abril.com.br/ciencia/o-livre-arbitrio-nao-existe-dizem-neurocientistas/
https://pt.wikipedia.org/wiki/Experi%C3%AAncia_de_Milgram
https://pt.wikipedia.org/wiki/Experimento_de_aprisionamento_de_Stanford
Agora, eu gostaria que me mostrassem experiências científicas que demonstrem a existência de livre arbítrio prático. Eu já postei umas cinco vezes estas experiências acima aqui neste fórum, mas até hoje ninguém postou uma sequer que demonstre o contrário.
Pelo visto, você não viu nenhum tópico sobre o tema livre-arbítrio nesse fórum.
../forum/topic=2124.0.html../forum/topic=27195.0.html../forum/topic=1263.0.html../forum/topic=24447.0.html../forum/topic=24235.0.html../forum/topic=2316.0.htmlDeve ter mais. Eles certamente citam os experimentos citados e mais ainda
O experimento da prisão de Stanford tem falhas graves. Deve ser uma minoria das pessoas no fórum que acredita em livre-arbítrio metafísico. O livre arbítrio "prático" se refere apenas a que em um dado momento uma pessoa tem aquilo que julga ser sua verdadeira vontade (mecanicamente determinada), mas pode se ver obrigada a variados graus de concessões devido a variáveis externas (o extremo sendo uma arma apontada para sua cabeça). Como explícito, isso não nega o determinismo físico absoluto dos processos de decisão no cérebro animal, apenas compatibiliza esse determinismo com o aspecto prático da previsibilidade do comportamento ser consideravelmente limitada, exceto sob questões bastante específicas, e na posse dos dados necessários, bem como a sensação de vontade.
Novamente, não é claro como disso se derivaria leis naturais da governança de Peter Joseph. Seria talvez mais do que a derivação de legislação, a previsão de que eventualmente os humanos conseguirão prever o próprio comportamento e se "formigueirizar" completamente, é isso?